não deveria ser assim escrita por Finn the human Ghoul


Capítulo 23
O instinto


Notas iniciais do capítulo

Não vou nem dizer nada, eu sei que demorei muito pra postar, mas comprei um novo teclado essa semana, então prometo me empenhar mais desta vez para concluir a Funfic.
enfim, Espero que gostem!



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 O felino azul adentra sem medo a densa floresta chuvosa, procurando às cegas aquela mesma caverna que já tinha visitado antes. Ele andava com pressa, machucando seus braços e pernas com os galhos que encontrava pela frente, mas isso não parecia incomodá-lo. Ele estava realmente determinado a salvar sua amiga.

 Gumball estava se guiando pela intensidade da chuva, com a idéia de que quanto mais forte ela ficasse, mais próximo ele estaria, e pela primeira vez seu raciocínio estava certo, ou quase. A chuva forte agora era uma quase tempestade de ventos fortes, o que como sempre revelou uma falha na idéia dele, uma vez que ele já estava longe o suficiente para se perder em meio a densa mata fechada em que se encontrava. Como já era de se esperar, ele já não sabia como havia chegado ali ou para onde deveria prosseguir. O céu já estava escuro com o decair da noite e não dava par enxergar direito, sem contar que aquela chuva intensa só piorava a situação.  O felino já estava ficando nervoso, pois tinha consciência de que cada minuto perdido ali poderia ser crucial para a vida de Penny e que devia pensar em algo o quanto antes.

Gumball: Para onde será que eu vou agora? = diz ele confuso.

  Ele olha para os lados buscando localização, mas era inútil.

Gumball: eu não posso ficar parado aqui, tenho que fazer algo e rápido! Concentre-se Gumball, só se concentre. –diz ele a si mesmo.

 Ele então decide ficar quieto por um instante, tentando se concentrar em qualquer som ou ruído ao seu redor que talvez lhe desse alguma luz. Mesmo sem obter resultado ele continuou tentando, com certa confiança, como se algo dentro dele lhe dissesse que esse era o caminho certo, algo como um instinto. Seu lado racional já tinha desistido de convencê-lo de que ele estava perdido e que aquilo era inútil, e como se não bastasse estar dependendo de seu lado instintivo, seu corpo já mostrava sinais de desistência perante o frio, já que ele não era tão forte como sua mãe, que passaria facilmente por uma situação assim...

  Mesmo estando tremendo de frio, suas orelhas felinas ainda se mantinham inquietas procurando qualquer som estranho que lhe ajudasse de alguma forma. Em meio ao som da tempestade, uma de suas orelhas se ergue, como sinal de que algo tinha sido notado por ele.

Gumball: ...? - de olhos fechados, ele se vira de costas, como se tivesse percebido algo.

 Ele nota uma variação nos sons das gotas de água ao redor, uma variação como um eco profundo. Ele estranha o som e começa a caminhar ainda de olhos fechados, adentrando lentamente nos arbustos a sua frente, se guiando apenas pelo tal eco que ouvira. Ele dá de cara com vinhas na sua cara que quase prende sua cabeça, e abre os olhos em um susto. Com os olhos abertos entre as vinhas, ele vê uma caverna escura, exatamente igual a que tinha visto na outra ilha da odisséia, mas desta vez essa estava totalmente tomada pela vegetação.  Ele retira as vinhas e as folhas que impediam a sua passagem, e a cada passo que dava em direção a possível entrada, o som de gotas d’água fazendo eco ficavam cada vez mais fortes, assim como os sons de um peixe tagarela e uma fantasma assustada que começava a bagunçar a sua audição. Sim, parece que o os dois haviam Finalmente encontrado o felino.

Darwin: Te achamos, até que enfim!- diz ele, exausto.

Gumball: por que demoraram tanto? – diz ele examinando a passagem, mas sem perder a chance de soltar uma resposta sarcástica.

Carrie: tá escuro e chovendo muito, você acha que foi fácil chegar aqui?! Espera... Onde é aqui? – diz Ela, mostrando estar tão perdida quando o Gumball. Por certo o encontraram por pura sorte.

Gumball: eu não queria perder tempo, então sai correndo. – diz ele, sem se importar com o perigo que fez os dois e até mesmo ele passar.

Carrie: Mas você poderia ter se perdido! Se bem que eu não faço idéia de onde que a gente tá...

Gumball: certo, mas pelo menos eu achei a caverna, mereço um bônus por isso. – diz ele, se gabando do feito.

Darwin: Caverna? Onde?

Gumball: Ué, essa aqui, não ta vendo?

Carrie: Gumball, a gente não ta vendo nada nesse escuro.

Gumball: olha aqui, ta bem na sua frente! – ele puxa Darwin e o coloca de frente para um monte de vinhas que tapavam a tal caverna.

Darwin: você achou mesmo! Mas como? – diz ele, encarando o caverna através das vegetação que a estava escondendo.

Gumball: eu acho que foi por causa do eco dela ou algo assim.

Darwin: ta me dizendo que você ouviu o eco da caverna? No meio de todo esse barulho de chuva?!

Carrie: não tô escutando nada daqui.

Gumball: como assim? eu consigo ouvir daqui o barulho das gotas fazendo eco lá dentro.

Darwin: cara, ta chovendo, tem tanto som de gota caindo aqui que fica ate difícil de te escutar! – diz Darwin, ainda sem entender essa lógica do irmão.

Carrie: bom, talvez seja por que o Gumball seja um gato. – diz ela, se referindo as habilidades felinas dele, embora a frase tenha soado estranho.

Gumball: Um gato? – diz ele encarando seu irmão, esperando ver a reação dele com essa alfinetada.

Carrie: sim por que...espera! No outro sentido, quis dizer no outro sentido! –diz ela envergonhada.

Darwin: ele entendeu, ele só ta zoando com a gente. – diz ele, não tão feliz com a brincadeira.

Carrie: ...não faça isso de novo, não quero brigas numa hora dessas.

Gumball: Calma, era só brincandeira. Se bem que o que ela falou tem sentido.

Darwin: e vocês sabem que a gente tá perdendo muito tempo nessa conversa, né?

Carrie: então o que estão esperando, que a chuva pare? Se a Masami tiver mesmo aí dentro isso vai ser difícil. – incentiva ela.

Gumball: certo, eu vou na frente! – diz ele, abrindo passagem entre as vinhas.

 Carrie? psé, só podia ser. – ela cruza os braços.

Darwin: vamos logo! – diz ele, puxando o braço dela, os descruzando.

Carrie: wow, calma! – diz ela corando o rosto. ( não preciso avisar que essa seja talvez a terceira na “vida” que ela experimenta a sensação de tocar alguém, né?)

 Eles adentram na caverna escura deixando o Gumball ir à frente, servindo de guia. Ele caminha devagar e semi-ereto pelas galerias da caverna, fazendo o mesmo que havia feito do lado de fora, apenas escutando os sons ao redor.

 Pouco a pouco uns sons isolados de intensas gotas d’água, caindo e ecoando, iam aumentando gradualmente, era como se um pouco da chuva de fora estivesse sendo trazida para dentro da caverna. Ao pensar isso, logo veio a imagem de Masami na cabeça de Gumball, pois poderia ser ela a fonte deste som (sério? Ninguém pensou nisso né .-.). Suas orelhas se mexiam toda vez que sentia um estímulo sonoro. Era até engraçado para Carrie e Darwin vê aquela cena, pois sempre antes que Gumball escolhesse uma direção, uma de suas orelhas se mexia. parecia que a busca pela sua amiga acabou despertando seus instintos primitivos.

 Ele continua seguindo pelas galerias da caverna e cada vez mais o som aumenta, até que ele encontra por fim uma saída. Uma passagem estreita é avistada por ele bem a sua frente, e um forte vento pôde ser sentido com à medida que se aproximava dela. Para Gumball não restava dúvidas, com certeza era ela, ele tinha finalmente achado a garota nuvem! 

 

 MASAMI POV

 

  Eu já estava sem forças por ter atravessado tudo aquilo. Meu corpo se encontrava em forma de tempestade, mas sem a mesma força que tinha antes, quando comecei tudo isso. Depois de todo esse caos que eu havia criado, Penny agora se encontrava em minhas mãos, presa dentro da cúpula de vento que eu havia feito, e que mantinha com os redemoinhos de minha mão. Faltava pouco para eu cumprir o meu desejo, mas apenas agora, tão longe, foi que a dúvida e a culpa começaram a me fazer questionar os meus atos...

Masami: o que... Eu devo fazer agora? - digo a mim mesma, enquanto mantinha o corpo de Penny presa na câmara de ar. Ela continuava inconsciente.

??????: Apenas pegue a relíquia para fazer o seu desejo.— diz uma voz em minha cabeça.

Masami: mas... Não estou mais certa se isso vai valer à pena...

??????: Vai desistir agora, mesmo depois de tudo que já fez?— continua a voz.

Masami: i-isso não está certo! – digo, quase prestes a desistir.

??????: Engraçado, você não me questionou nas ordens anteriores. — zomba a voz.

Masami: eu... Estava confusa e...

??????: Vai mesmo colocar tudo a perder?!— a voz parecia estar começando a se irritar.

Masami: e o que aconteceria com ela se eu fizesse o desejo?

??????: Já falei para você as conseqüências, não me faça repetir.

Masami: mas... não, eu não posso fazer isso!

??????: ...se é assim que vai ser então... você ainda pode poupar a Penny, não precisa envolvê-la se não quiser.— persiste a voz , mudando o seu tom.

Masami: mas e quanto à condição do desejo?... – digo, estranhando a nova opção.

??????: Confie em mim, apenas segure a relíquia e faça outro desejo.

Masami: mas... C-certo...

 Trago para perto um objeto redondo e reluzente, que vem a mim, girando dentro de um pequeno tufão que se desfaz ao alcançar a palma de minha mão. seguro ele firme e fecho meus olhos para enfim fazer meu desejo, o objeto então começa a emanar uma luz de dentro dele, até que...

 

POV Off

 

 Masami segura à relíquia em suas mãos, atenta em seus pensamentos, mas é interrompida pela mesma voz que falara com ela antes:

??????: Idiota e ingênua assim como a Masami que conheço.— diz a voz rindo, agora mais forte em sua cabeça.

Masami: o que, como assim?! – diz ela confusa e assustada.

 O objeto se destrava e se abre ao meio, liberando uma de luz forte como um flash. Masami abaixa sua cabeça no mesmo instante e deixa a relíquia cair no chão. ela ergue novamente sua cabeça, lentamente, com um olhar sombrio e esverdeado, encarando Penny com um sorriso malicioso em seu rosto.

— se não quer fazer, então deixe que eu mesmo faço. – diz a garota nuvem, rindo...

 

 

CONTINUA...


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Notas finais do capítulo

Oque ouve com a Masami no final? e oque aquela relíquia estranha (que na minha cabeça se parece com uma pokébola dourada) fez com ela?
Algo me diz que ela não era exatamente uma relíquia do desejo...



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