Confusões do Amor. escrita por My other side


Capítulo 9
9 - Minha casa.


Notas iniciais do capítulo

Oi pessoas, meu braço está bem melhor, então aproveitem.
Boa leitura.



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POV Jace

Para o pedido que Clary me fez, eu não fui treinado para ignorar ou recusar, ela me olhava intensamente esperando a resposta para sua intimação. Eu estava tão sem palavras, que a única coisa que eu consegui foi ficar parado a olhando, primeiro eu achei que fosse uma brincadeira, mas não, Clary estava lucida, não tínhamos bebido muita coisa, uns três ou quatro copos de vodka e tequila pra ela e para mim.

Ah Clary, sabe que não consigo resistir a um pedido seu. – Disse antes de segurar sua mão e sair com ela daquela boate, meu carro estava estacionado em algum lugar, mas eu resolvi chamar um taxi.

Por que um táxi? Você não veio de carro? – Ela perguntou assim que um taxista parou a nossa frente.

Vim, mas não quero colocar nossas vidas em risco. – Respondi me sentando ao seu lado no taxi.

Desde quando você é tão responsável? – Ela me perguntou sorrindo.

Desde que conheci você. – Ela corou um pouco e deu o endereço ao motorista.

O que eu disse a ela é 100% verdade, antes que de ela aparecer na escola a poucos dias, eu não ligava para limites, aliás essa era uma palavra que eu desconhecia, mas ai, um lindo dia, eu vi uma garota ruiva descendo de um carro e pronto, tudo mudou. As coisas que meus pais falavam quando fazia algo errado, agora faziam todo sentido pra mim. Eu nunca entendi quando eles diziam Um dia, você vai sentir o que sentimos, a necessidade de cuidar de quem se ama, e aconteceu, tenho necessidade de cuidar dela. Clary pode parecer forte para os outros, a intocável, mas para mim, ela é a minha garotinha, que precisa de proteção.

Chegamos. – Ela disse me tirando dos devaneios que nem notei estar.

Tem alguém em casa? – Perguntei assim que saímos do taxi.

É isso o que vamos descobrir. – Ela disse com um sorriso travesso nos lábios.

Clary me puxou para entrar naquela linda casa. Quando ela acendeu as luzes, vi que o local combina perfeitamente com ela, tem paredes brancas, com alguns detalhes vermelhos e vários quadros espalhados pelas paredes.

Vem! – Ela me puxou pelo braço apagando as luzes da sala e subindo para o andar de cima.

Clary...

– Shh! Acho que meu irmão já está aqui, quer ser morto? – Ela perguntou em um sussurro.

Acho que prefiro continuar vivo. – Sussurrei de volta. Ela abriu uma porta e me fez entrar lá, entrando logo em seguida e fechando a porta atrás de si.

Assim que ela acendeu as luzes, notei que aquele era o quarto dela, algumas fotos espalhadas, alguns quadros pintados ou inacabados em um canto, e uma cama de casal com cobertores lilás. Tinha uma prateleira, com vários livros, organizadas metodicamente. O quarto em si era bem bonito e arrumado, mas não tinha nada a ver com ela.

Seu quarto?

– Sim, mas não fui eu que escolhi as cores. Minha mãe na verdade. Depois que tudo aconteceu, passei um mês viajando, quando voltei, estava assim. – Ela disse apontando as cores do quarto, que alternavam e rosa bebê e rosa fosforescente.

Não achei que tivesse sido você que escolheu. – Cheguei mais perto dela e a abracei. – Por que me trouxe aqui? Pretende me sequestrar para me usar como escravo sexual? – Disse e a senti rir contra meu peito.

Não vamos fazer sexo. Prometi para o meu irmão.

– E por que prometeu isso?

– Por que não quero sofrer como das outras vezes. – Ela levantou a cabeça e me olhou nos olhos.

Nunca faria aquilo com você.

– Mas e a Aline...

– Aline não é nada mais que um erro.

– Vamos esperar um pouco sim? Podemos só dormir.

– Faço tudo por você. – Dei um beijo calmo em seus lábios e senti gosto de cereja e tequila neles.

Vou pegar um pijama do Sebbys pra você, acho que serve. Vocês tem o mesmo corpo.

– Seu irmão é tão gostoso assim? – Brinquei enquanto ela sai do quarto, ouvi sua risada do lado de fora da porta.

Me sentei em uma cadeira perto da escrivaninha e olhei para o teto, onde várias fotos estavam, em todas elas apareciam a Clary e o irmão, a mais engraçada de todas era uma de Clary ainda bebê, seus cabelos ruivos estavam soltos e ela vestia um pequeno vestido, parecia correr pela grama, pois seus cabelos flutuavam, em outra foto, ela já estava maior, devia ter quinze anos, o irmão estava ao seu lado, havia um garoto na foto abraçado a ela, ele tinha pele clara e mesmo de longe dava para perceber o azul de seus olhos. Clary sorria para o garoto enquanto Sebastian os olhava com certo receio. A porta se abriu e Clary entro com roupas nas mãos. Ela olhou para o teto e encarou a foto.

Quem é o garoto? – Perguntei e vi sua expressão mudar.

– O nome dele é Dilan. Meu primeiro namorado, o cara que espalhou para a escola inteira que a gente tinha transado.

– E por que colou a foto dele ai? – Perguntei enquanto ela me dava as roupas.

Para me lembrar todas as manhãs que não devo confiar em ninguém. – Ela disse me olhando.

Pode confiar em mim.

– Vá tomar seu banho. Quero dormir. – Ela disse me dando um sorriso frágil e me empurrando para o banheiro.

Fechei a porta atrás de mim e meu primeiro pensamento sobre aquela foto é a de que ela ainda sente algo por ele, mas como? Eu se estivesse em seu lugar, o odiaria pelo resto da vida, nunca iria querer vê-lo, mesmo que por foto. Mas o que ela disse tem sentido, quando você vê o motivo por sofrer todos os dias, fica impossível esquecer o que fizeram, ajuda a criar um tipo de barreira de proteção. Afastei aqueles pensamentos e tirei minhas roupas, entrei no box e liguei o chuveiro, a água era morna e ótima para fazer o corpo relaxar, tomei um banho rápido, e me sequei com uma toalha que encontrei em uma pequena cômoda no banheiro, que era extremamente grande, assim como o meu. Encontrei uma escova de dentes não usada e escovei meus dentes, aquele gosto de bebida saiu rapidamente da boca, vesti as roupas do irmão dela, que ficaram do tamanho certo em mim. Sai do banheiro e Clary estava sentada em um puf ao lado da cama.

Demorei? – Perguntei mesmo sabendo a resposta, eu as vezes demoro mais que a Isabelle no banho.

Claro que demorou, quase dormi aqui. – Ela disse sorrindo. – Me dê suas roupas, vou colocar na máquina, amanhã ela vai estar seca. – Entreguei as roupas a ela.

Clary saiu do quarto e eu me deitei na cama dela, fiquei encarando o teto até ela voltar, Clary pegou alguma coisa no armário e entrou no banheiro. Já estava quase pegando no sono quando ela saiu do banheiro com uma camisola preta de cetim, que ia até a coxa, o cabelo estava preso em um coque frouxo e seu rosto estava corado.

Para de me olhar assim. – Ela pediu me fazendo sorrir.

Você me arrasta pra sua casa para só dormir e veste uma camisola dessas, como quer que eu te olhe? – Perguntei me sentando na cama.

Como se fosse um cavalheiro? – Ela perguntou se ajoelhando na minha frente.

Sou cavalheiro, mas não posso fingir que sou cego. – Eu sorri a puxando para mim. – Você não disse nada sobre beijos. – Disse mordicando seu pescoço.

Exato! – Ela disse me surpreendendo e nos girando na cama, ficando por cima de mim.

Apoiei minhas mãos em sua cintura e beijei seus lábios, Clary colocou as mãos no meu cabelo e pescoço, me puxando ainda mais para ela. As mãos de Clary eram ágeis, assim como as minhas, que não ficaram apenas em sua cintura, coloquei uma mão em sua coxa, a puxando ainda mais para mim e a outra mão já estava por dentro de sua camisola, tocando sua pele quente. Clary estava febril, assim como eu. Seus beijos eram como caricias em meu pescoço e meus lábios. Nossos beijos, eram duradouros e calorosos. Era difícil respirar, meus pulmões queriam ar, mas minha mente não obedecia, eu queria beijá-la sempre, não larga-la mais, as mãos de Clary estavam em meu peito, enviando ondas de choque para o meu corpo, nós dois estávamos arfando, os cabelos dela, estavam caídos nos ombros e faziam cosquinha no meu corpo por onde passavam.

Acho que devemos parar agora, não vou aguentar por muito tempo. – Eu disse e girando na cama, fazendo com que ela ficasse por baixo de mim.

Queria não ter prometido nada pro meu irmão. – Ela disse sorrindo e depositando mais um beijo perto da minha boca, me fazendo estremecer.

Quem sabe, você possa quebrar essa promessa?

– Um Morgenstern nunca quebra uma promessa, principalmente quando é com outro Morgenstern. – Ela sorriu e me empurrou de lado, me deitei e a puxei contra mim, Clary estava arfando e seu coração acelerado, assim como eu.

Isso é bom. Agora sei que você é verdadeira e honesta com quem ama. Me promete uma coisa?

– O que?

– Promete que sempre vai precisar de mim. E que nunca vai sair das minhas vistas e me deixar. – Pedi.

Prometo. Não quero te deixar, sinto que você é diferente Jace. – Ela disse se aconchegando mais em mim, escondi meu rosto em seus cabelos e respirei aliviado.

Depois que perdi meus pais, eu nunca consegui amar novamente dessa maneira, mas com Clary é diferente e eu não quero perde-la, sempre imaginei que seria a garota me pedindo isso e não ao contrário, mas nesse caso não ligo para orgulho masculino, e sim para a vontade que tenho de tê-la ao meu lado.


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Notas finais do capítulo

O que acharam?
Comentários? Favoritos? Recomendações?
Até amanhã.



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