Harry Potter, Um Conto Nada Infantil escrita por Potteriana
Notas iniciais do capítulo
Então, já faz um tempão né? Aqui vai mais um capítulo.
O natal passou e as férias também. Os alunos estavam chegando e entrando no Grande Salão para o almoço. Era um alvoroço de gente contando como foram as férias e as novidades.
O trio se encontrava sentado à mesa: Harry lendo “Quadribol Através dos Séculos” (presente de natal de Hermione), Rony comendo e Mione concentrada em traduzir alguns textos para a aula de Runas Antigas.
— Eu não sei pra quê você tá fazendo isso – diz Ron – as aulas só voltam amanhã. Aproveite o último dia de férias!
Mione ignora completamente o garoto e continua fazendo suas anotações.
— Até quando você vai me ignorar? – desabafa ele.
Harry estava muito ocupado olhando uma massa de cabelos ruivos que vinha em sua direção para se preocupar com as discussões dos dois.
— Harry, eu posso falar com você? – diz Gina.
— Oi pra você também – resmunga Ron – como foi o natal?
— Ótimo – diz ela rispidamente e volta sua atenção para Harry.
— Claro – diz ele – vejo vocês mais tarde - acrescenta para os amigos.
Eles andam até uma sala de aula vazia e fecham a porta.
— Gina – começa Harry – me desculpe. Eu deveria ter defendido você e separado a briga.
— De boa – diz ela – tudo bem, já passou. Vim aqui por outro motivo.
Harry ficou um pouco decepcionado, porque achou que ela pediria pra voltar, porém fingiu não estar triste.
— Ok, o que é então?
— É que a Padma disse que tá afim de você – disse ela sem rodeios.
— Que?
— Isso mesmo – diz ela impaciente – é pegar ou largar.
— Gina, não quero ninguém além de você – começa o garoto – eu am...
— Harry, você realmente acha que vou voltar com você depois daquela? – diz Gina – você me humilhou. Só vim passar o recado, tchau.
Ela sai fechando a porta deixando o garoto sozinho na sala com as lágrimas descendo pelo rosto.
***
Hermione vinha tentando descobrir um jeito de parar essa “coisa” que possuía as pessoas. Buscou em vários livros, até mesmo na seção reservada e não encontrou coisa alguma. Estava começando a ficar sem esperança e o pior de tudo: não podia compartilhar com Ron o que descobrira porque ele havia sido um babaca.
Depois de ter visto o que fizera com Krum, decidiu escrever uma carta para ele marcando um encontro no fim de semana que iriam para Hogsmeade. O garoto sequer respondeu e Mione se perguntava se ele havia recebido a carta.
No dia da visita ao povoado, Hermione foi ansiosa até o Três Vassouras, tirou a neve do casaco e das botas e pediu uma cerveja amanteigada quente para esquentar o corpo. Olhava para os lados e para a porta à procura de Krum e soltou o ar, que não sabia que estava prendendo, quando viu o rapaz no recinto.
— Oi – diz ela quando ele se aproximou.
— Oi – disse Krum.
— Aceita uma cerveja amanteigada? – pergunta ela.
— O que você quer comigo? – diz ele indo direto ao assunto.
Mione respira fundo e começa a falar.
— Eu queria pedir desculpas pelo que fiz na minha casa – diz – não era eu.
— Aham, tá – retruca Krum – e eu sou o Mestre dos Magos! Conta outra!
— Não é isso – desespera Hermione – pode parecer loucura o que vou dizer, mas, por favor, acredite em mim.
— Ok então – diz o rapaz mais calmo, porém na defensiva – pode falar.
A garota começa a narrar toda a história, desde os seus casos (sem citar nomes e a gravidez) até os casos da escola. Quando termina espera a resposta de Krum para saber se poderia confiar nele ou não para contar o seu plano.
— Uau – começa ele tomando uma colher da sua sopa de abóbora – é muita informação pra processar.
— Eu sei – diz Mione – às vezes nem eu sei o motivo disso tudo. E é por isso que te chamei aqui ao invés de escrever uma carta. Sua escola é especializada em Artes das Trevas então deve ter algum feitiço ou livro que você possa ter lá que fale disso.
Ele toma algumas colheradas da sopa antes de falar.
— É o seguinte – inicia ele – nunca vi nada desse jeito. Geralmente, esse tipo de coisa não chega num nível em que o corpo possuído faça essas coisas. O consciente do possuído é ativado em situações assim e acaba se livrando do feitiço ou da poção.
Ele para a colher no meio do caminho até à boca e continua.
— A não ser...
— A não ser o que? – diz ela curiosa.
— Casos de tomar posse de outro corpo só ocorrem entre pessoas vivas, por isso elas saem mais facilmente do transe. E se...
— Fosse uma pessoa morta? – completa Hermione.
***
— Benzinho – diz Lockhart num tom meloso – chegaaaaaay.
— Olá meu anjo querubim – diz Alvo no mesmo tom.
— Foi horrível ter que passar as férias longe de você – diz Lockhart – mas disse para minha família sobre nós dois e eles ficaram muito felizes!
— Eu disse que eles iriam aceitar meu quindim – disse Alvo indo de encontro ao namorado – e por esse motivo, hoje à noite farei uma surpresa para você.
— Conta pra mim vai – diz Lockhart batendo o pé no chão igual uma criança birrenta.
— Se eu contar não é surpresa – diz Alvo puxando o noivo para um beijo quente cheio de vontade.
— Como senti falta disso meu brigadeiro – diz Lockhart – suspirando entre os beijos.
— Você não viu nada ainda – arfa Alvo – mas vamos guardar esse fogo para mais tarde.
— Não vejo a hora de te foder minha mousse de maracujá – disse ele.
— Sabe de nada inocente – completa Alvo baixinho para que o noivo não o ouvisse.
***
A noite chega à Hogwarts e o calor de alunos misturado aos da comida envolve Harry, Ron e Hermione num ambiente aconchegante e delicioso. Quando o diretor levanta todos cessam suas conversas e param seus garfos (exceto Rony) para escutá-lo.
— Boa noite caros alunos – diz ele com um sorriso no rosto – gostaria de desejar a todos um bom retorno e que suas férias de inverno tenham sido ótimas. Estejam prontos para uma nova etapa cheia de maravilhas para serem descobertas.
— O que deu nele hoje? – diz Harry fazendo a pergunta que todos pensavam.
Ron, com a boca cheia de pudim, dá de ombros e o discurso continua.
— E antes de irem para os dormitórios gostaria de dizer a todos algo que anseio há um bom tempo. Como todos sabem, eu e o Professor Lockhart estamos noivos.
Um suspiro geral de tédio passa por todo salão.
— Como se ninguém ouvisse os gemidos desses dois de noite – diz Fred.
— E se for o que tô pensando, hoje será pior – completa George.
Todos em sua volta riem e já começam a discutir sobre fazer um Abaffiato nos dormitórios.
— Tem crianças nos dormitórios – diz Mione – eles parecem se esquecer disso!
— E nas férias – continua o diretor – pude refrescar minhas memórias e cheguei à seguinte conclusão.
Dumbledore vai até a ponta da mesa, onde Gilderoy está sentado, faz um movimento no ar com a varinha e aparece em sua mão uma caixinha prateada com uma fita de cetim da mesma cor. Ele retira a fita, abre a caixinha e revela uma aliança em formato de rosa e se ajoelha. Gilderoy já estava com os olhos cheios de lágrimas antes mesmo de o diretor falar.
— Docinho – começa ele – quando vi essa aliança lembrei de você não só pelo formato, mas também pela cor azul que me lembra seus olhos lindos que me levam para outro mundo. E como não fiz o pedido oficialmente antes...
Algumas pessoas no salão suspiraram ao ouvir as palavras dele, enquanto outras simulavam vômito. Gilderoy estava chorando e Minerva lhe entrega um lencinho.
— Gilderoy Lockhart – diz ele – você aceita se casar comigo?
Um silêncio preenche o salão que aguarda ansioso pela resposta.
— SIM meu docinho de coco! – diz ele – SIM!
E quando os dois se beijam o salão inteiro se levantou e aplaudiu o novo casal.
— A cerimônia ocorrerá dentro de duas semanas – berra Alvo em meio a multidão de vivas – todos estão convidados! Agora, para a cama!
***
Hermione estava inquieta. Já quebrara regras da escola, mas a ideia nunca fora sua. Quando deu 23:00 a moeda em sua mão esquentou, o que significava que ele estava no corredor que combinaram.
Chegando lá, viu ele e não pôde conter um suspiro. Ele é realmente muito lindo.
— Então – disse ele – pronta?
— Nunca estive mais pronta.
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Já sabem quem anda possuindo os alunos e professores de Hogwarts? Comentem aí.