Save me escrita por Bella


Capítulo 5
Brigas e Irei cuidar de você


Notas iniciais do capítulo

Oie gente fofa e linda!
EU NÃO ACREDITO QUE RECEBI UMA RECOMENDAÇÃO! Ary Lynch sua linda, fofa e maravilhosa obrigada MESMO pelo carinho, adorei sua recomendação, ela me fez ganhar o dia!
Mais gente favoritou! Assim vocês me matam kkkkkk obrigada meninas que favoritaram, vocês são as melhores.
Não vou nem falar do quanto eu adorei os comentários :3 e como não falar de todos que estão acompanhando :)
Boa leitura!



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Pov Austin

Minha situação? Bem, Paul, Carlos e Ian me espancaram tanto, que eu achei que não iria sobreviver.

Me xingaram das piores coisas existentes, palavrões que eu nem conhecia, e disseram que se eu não desse o dinheiro das drogas logo, eles iriam atrás dos meus pais, e a culpa seria novamente minha.

Cheguei em casa á noite, meu corpo está doendo tanto que eu mal conseguia parar em pé.

Meus pais por um milagre, estavam sentados na mesa e quando minha mãe me viu, teve um ataque.

─ O que aconteceu com você?! – minha mãe disse se aproximando e colocando as mãos em meu rosto ferido.

─ Eu... fui assaltado. – melhor desculpa que consegui pensar.

─ O que roubaram de você? – meu pai perguntou se juntando a nós.

O olhei indignado.

─ O que roubaram?! O QUE ROUBARAM?! EU ESTOU TODO FERIDO E VOCÊ ME PERGUNTA O QUE ROUBARAM?! – eu gritava.

─ Austin... – minha mãe tentava se aproximar de mim, mas eu recuava.

─ Aliás por quê vocês se importam?! Que diferença faz se eu fui espancando ou não?!

─ Como assim Austin?! Somos seus pais, é óbvio que faz diferença! Nós nos preocupamos com você! – meu pai exclamava.

A raiva e tristeza que passei por eles terem desaparecido da minha vida, subiu minha cabeça.

─ Pais?! Desde que o Jason morreu nenhum de vocês dois se importou comigo, eu chorava dia e noite me afundando na culpa pela morte dele, na solidão. E o que vocês fizeram? Me abraçaram e disseram que estavam lá pra mim? NÃO! Era como se vocês não existissem na minha vida, me davam luxo e dinheiro, para tentar compensar a incapacidade de me tratar bem, pois eu sei que também acham que foi minha culpa! – tudo que estava entalado na minha garganta, eu gritava finalmente.

─ NÓS NUNCA DISSEMOS QUE FOI SUA CULPA! – minha mãe estava se descontrolando também.

─ Más eu sei que no fundo me culpam, acreditem eu também me culpo dia e noite por tudo que aconteceu. Mas não foi intencional.

─ Acha que foi fácil para nós?! Você não sabe a dor que é perder um filho! – meu pai gritava na minha cara.

─ E você não sabe a dor que é perder seus pais. – falei calmo.

Minha mãe chorava e meu pai me encarou surpreso.

Subi correndo para o meu quarto, pude ouvir saltos me perseguindo. Minha mãe.

Entrei em meu quarto e tranquei a porta antes que ela entrasse, encostei a cabeça na mesma respirando com dificuldade devido ao choro.

─ Austin, filho...

─ Vai embora. Se realmente se importa, me deixe sozinho. – Acho que pude ouvi-la chorando, mas a escutei indo embora.

Tirei a camisa e me olhei no espelho, eu estava coberto por hematomas feios, alguns cortes pequenos e outros grandes. Meu rosto também estava com um corte na bochecha direita, minha boca roxa e um de meus olhos inchado.

Fui tomar banho, não irei comentar a dor que eu senti da água caindo sobre meus ferimentos expostos.

Como eu não queria sair do quarto, não pude pegar algum remédio ou gelo, fui dormir com uma dor física insuportável, e uma dor sentimental que não há palavras para descrever.

..............

Acordei ás 7:15, flashes do dia anterior e da noite invadiram minha mente sem prévio aviso. Allycia, espanco, brigas...

Eu não estava com a mínima vontade de sair de casa, porém se eu não fosse para aquele pedaço de inferno, eu iria ter a cabeça livre para me sentir mais inútil. O tédio iria me distrair.

Parecia que casa osso do meu corpo havia se deslocado, e cada articulação tinha ido junto. Me olhei novamente no espelho, os machucados pareciam ter piorado e a dor parecia estar maior.

Me arrumei com MUITA dificuldade, a dor era tão grande, que eu me segurava para não gritar.

Desci as escadas, e meus pais estavam sentados na mesa. Eles iam falar comigo, mas simplesmente ignorei e saí de casa o mais rápido possível.

Eu não sei se a dor física podia superar a emocional, era discutível,pois eu queria chorar por meus pais serem tão ausentes e materialistas. É tudo, dinheiro e trabalho e o filho que se dane.

Cheguei na escola, saí do carro de cabeça baixa tentando esconder os ferimentos em meu rosto.

Me sentei em um lugar isolado e meio escondido e fiquei pensando, como eu vou dar o dinheiro para os capangas se eu não tenho no momento, já que meus pais ainda não depositaram nada na minha conta e depois de ontem, duvido que irão.

Se eles pegarem os meus pais, a culpa será minha e dessa vez eu não sei se vou...

─ Hey. – uma voz doce e conhecida me chama.

Virei o rosto e vi Allycia, que quando viu meu rosto fez uma expressão chocada.

─ O que fizeram com você? – essa simples pergunta me fez lembrar de tudo como um choque, fazendo com que as lágrimas caíssem.

Pov Ally

Ele estava com um corte em sua bochecha, sua boca estava inchada, e seu olho não estava diferente.

O que fizeram com ele?!

Algumas lágrimas escaparam, ele tentava contê-las, porém sem sucesso.

Me sentei devagar ao seu lado, ele estava com a cabeça baixa e as lágrimas continuavam rolando. O que eu faço?!

Meio sem jeito, coloquei minha mão delicadamente em suas costas tentando passar algum conforto.

Ele gemeu de dor, tirei minha mão na mesma hora. Ele estava machucado em outros lugares?! O que diabos fizeram?!

─ O que aconteceu? – eu perguntava docemente, tentando passar a mensagem de que eu só queria ajudar.

─ Nada, eu estou bem. – respondeu com a voz embargada. Ri irônica.

─ Bem?! Você está com o rosto todo machucado e está chorando. Me diz o que houve.

Minha resposta foi... nada. NADA! Como eu ajudo ele se o mesmo não colabora?

─ Olha, obrigada por ter me tirado de lá ontem, se não fosse por você eu nem sei o que poderia ter acontecido. Agora pelo o que estou vendo, você está assim por ter me ajudado, de um jeito ou de outro estou envolvida e devo acrescentar, muito preocupada com você. Me diz...

─ Escute, não precisa agradecer não foi nada. Mas a única coisa que eu quero agora, é que não se aproxime de mim e me deixe sozinho. – falou se levantando e saindo de lá.

Se ele acha que vou desistir está muito enganado. Ele me ajudou, agora irei retribuir o favor, não porquê me sinto obrigada, mas sim preocupada com ele.

Voltei para a escola, não avistei o loiro, mas vi Trish e mais dois garotos que conheci ontem vindo na minha direção.

─ Ally! Onde você se meteu ontem? Ninguém te viu mais e a única coisa que vimos foi seu armário aberto com sua mochila dentro. – falou levantando a mochila. Pois é hoje eu tive de vir com outra.

─ Eu passei mal e decidi ir embora. – uau nunca inventei uma desculpa tão rápido antes.

─ E deixou seu armário aberto? – Dez o ruivo perguntou desconfiado.

─ Devo ter esquecido aberto.

─ Hmm sei. – John disse desconfiado.

─ Enfim, já que vocês estudam aqui a algum tempo... – meus olhos corriam em volta procurando o loiro. Achei! Está encostado em seu carro. – Quem é ele? – perguntei apontando para o mesmo.

Os três olharam para onde eu estava apontando, e do nada o clima ficou estranho.

─ Aquele é o Austin. – Trish disse meio triste.

─ Era nosso melhor amigo junto com seu irmão Jason. – Dez disse.

─ Você disse “era”?

─ É uma longa história. – John suspirou.

Nós sentamos em uma das mesas, e eles me contaram tudo. Que Austin e seu irmão eram seus melhores amigos, que eram inseparáveis, até que o irmão do Austin foi assassinado e ele se culpa por isso.

─ Por quê? – perguntei.

─ Jason havia pedido para ele trancar a casa na noite do assassinato, mas ele não o fez. Então um dos ladrões matou Jason, e Austin se afastou de nós, deixando de ser aquele rapaz alegre, divertido e amigo que sempre foi. Sentimos muita falta dele. – Dez disse cabisbaixo.

─ Não sabemos o que aconteceu, ou o motivo pelo qual ele está tão frio e estranho. – disse John.

Olhei para Austin, que olhava atentamente para o chão ainda encostado em seu carro.

Eu não sei o que se passa com ele, mas eu vou descobrir e irei ajuda-lo.

O sinal tocou e cada um foi para as suas respectivas aulas. Eu particularmente não prestei atenção em nenhuma, estava pensando em Austin e imaginando o que ele tem.

Minha próxima aula era de Matemática, entrei na sala e vi ele sentado na última carteira da fileira do canto direito.

Fui me sentar ao seu lado. Observação: ele nem sequer olhou na minha cara.

O professor Stiven começou a falar sobre equações e lá vai farinha, mas eu não tava nem aí! O que me prendia a atenção era Austin com uma expressão de quem está com dor. E parece que ninguém percebeu.

Ele tentava relaxar, mas estava nítido que ele estava desconfortável.

Finalmente alguém notou!

─ Sr. Moon? – o professor o chamou. – Está tudo bem? – Austin apertou os olhos e balançou a cabeça negativamente. – Pode se retirar se quiser.

Austin juntou suas coisas e saiu da sala rapidamente. Acham que eu vou ficar parada aqui? Não.

─ Professor, posso ir ajuda-lo? Eu estava com ele de manhã e notei que estava mal. Por favor. – ele hesitou um pouco, mas assentiu.

Peguei minhas coisas e saí correndo de lá. E agora onde ele se enfiou?

Fui para o lugar mais óbvio, o banheiro masculino.

Fiquei em frente ao banheiro, e espiei pela porta. Meu queixo caiu. Austin estava com a camisa levantada ( ele tem um corpo LINDO, mas isso não vem ao caso agora) e todo o seu corpo estava coberto de machucados e hematomas.

Ele tocava alguns, mas seu rosto mostrava que a dor era muita.

Adivinhem o que eu fiz? Exatamente entrei no banheiro masculino.

Ele se virou assustado.

─ O que está fazendo aqui? – perguntou abaixando sua camisa.

─ Vim procurar o Taylor Lautner. Vim te ajudar oras!

─ Eu não preciso de ajuda.

─ A não? Não é o que seu rosto sofrido diz.

Me aproximei de vagar e ele me olhava hesitante, qual é eu não vou te bater!

Levantei um pouco sua camisa, e olhei os machucados que estão definitivamente precisando de cuidado.

─ Sabia que tem de cuidar desses ferimentos? – perguntei.

─ Eu... não tive como. – ele ia sair do banheiro. Exatamente IA!

Fiquei na frente da porta bloqueando a passagem. Ele me encarou impaciente.

─ Se você não der um jeito nesses machucados, eles vão infeccionar e saiba que não será bonito. – falei séria.

─ E você é alguma enfermeira por acaso? – perguntou irônico.

─ Minha mãe é veterinária, mas entende de ferimentos. E para a sua sorte eu também, vamos.

– peguei em sua mão o puxando, mas ele ficou parado no mesmo lugar.

─ Eu me viro sozinho quando eu chegar em casa. Vou voltar pra aula.

─ Você mal consegue andar! Deixa de ser teimoso, e vamos pra minha casa – o tentei puxar, mas o teimoso continuou parado.

─ Sua casa?

─ Daí me paciência. – falei olhando o teto. – Eu tenho tudo necessário lá para tratar disso, vamos!

─ Nã... – ele ia negar porém sua expressão mudou. – Ta doendo. – falou colocando a mão no lado direito do quadril. Parece que está mesmo doendo.

─ Vamos logo. – peguei sua mão e ele olhou o gesto. – Irei cuidar de você.


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Notas finais do capítulo

Até mais!!!!