Anti Sociedade - Interativa escrita por AceMe


Capítulo 20
A Vitória Ameniza As Perdas?


Notas iniciais do capítulo

Oi, gente! Então, esse é o último capítulo, mas provavelmente farei um epílogo. Por isso, não marcarei a história como terminada. Espero pela opinião de vocês!
Boa leitura!



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Ver um amigo morrer lentamente na sua frente, principalmente quando sabe que a culpa é sua, é terrível. Ver pela segunda vez é pior ainda.

O sangue do Michael está sujando todo o chão. Me causa uma mistura de nojo e desespero. Largo a arma do crime no chão e tampo minha boca. Segurar minhas lágrimas para os líderes não acharem nada tão estranho me faz uma pessoa pior ainda.

–Está convencido agora de que minha filha está conosco? – Meu pai encara Zaire brabo.

–Você conheceu a mãe dela. O teste foi necessário. – O homem dá meia volta, provavelmente voltando para seu escritório.

Nerida chega para frente e cutuca a cabeça de Michael com a ponta do salto. Quase tenho um treco.

–Alguém precisa se livrar desse corpo. – A voz dela é neutra. Incrível como conseguem ser tão indiferentes nessas situações, apesar da cara horrorosa de repulsa.

–Vou ligar para alguém lá embaixo vir limpar. – Geovanna volta rapidamente para sua sala.

Tanaka não fala nada. Apenas balança a cabeça devagar antes de se refugiar por trás de sua porta.

Olho para meu pai com o canto dos olhos. Ele me olha triste. Sabe que o Michael é meu amigo, mas não falou nada. E também não pode fazer nada. Se ele não estivesse do outro lado seria tão bom. Pena que as coisas não podem seguir como imaginamos.

–Perdoe-me por isso, querida. – Ele põe a mão sobre meu ombro. – Realmente, não queria que tivesse que fazer isso tão jovem.

Enquanto ele fala comigo, vai me empurrando para o escritório dele, bem longe de Michael. Quando ele abre a porta e a fecha rapidamente quando entramos, tento afastar os pensamentos de meu amigo para o mais longe possível. Não posso me deixar abalar por nada. Não agora. Uma líder não pode parecer fraca, tenho que ser mais como meu pai.

–Eu entendo a dor que está passando, afinal ele era seu amigo. E eu já tive que fazer isso antes.

Ein? Do que ele está falando?

–Como assim, “já teve que fazer isso antes”? O senhor... já matou alguém? – Estou realmente surpresa. Ele nunca me disse nada sobre isso. Nem ele, nem ninguém.

Meu pai dá um longo suspiro e se apoia na ponta da escrivaninha dele. O escritório é bem simples, tem apenas o básico: A escrivaninha, o computador, uma cadeira, material de escrita, e também um quadro com avisos e notificações. Quer dizer, além do pequeno “depósito” de fotos e outras quinquilharias, atrás da mesa de trabalho.

–Bem. Você já tem 16 anos. Talvez já seja a hora de te contar. – Agora, ele me encara nos olhos, mais sério do que nunca, e ao mesmo tempo, cheio de dó e compaixão. – Se lembra de quando eu disse que sua mãe e sua irmã foram mortas por um agente contratado, já que ela não queria passar para nosso lado, mesmo casada comigo?

–Sim, como me esqueceria? – Ele acha mesmo que concordo com o que fazem. Acho que, mesmo se dominarmos tudo, vou mantê-lo comigo. Eu o amo de qualquer forma, sendo ele do meu lado, ou não.

–Então... Esse agente. Ele sou eu.

Meu mundo desaba nesse momento. Dou um passo para trás e me seguro na parede para não cair.

–Você. Matou. Minha. Mãe. – Falo pausadamente, tentando compreender que a união dessas palavras é real. – Meu pai matou minha mãe. É isso mesmo?

–Calma, filha. Por favor, compreenda meu ponto. – Ele se levanta e tenta tocar em meu braço. Eu rapidamente repudio o gesto dele. – Me deixe ao menos explicar.

Fico quieta, e ele entende como se tivesse dito “continua”.

–Eu era bem jovem, e havia acabado de assumir a liderança quando sua mãe chegou aqui na base. Gradualmente, fui me apaixonando pela espontaneidade e pela inocência dela. Nós nos casamos e tivemos você, e um pouco depois, sua irmã. Eu não havia contado ainda nada para ela, sobre a verdade do que fazemos aqui. Cedo ou tarde ela teria que saber, e me convenceram a contar tudo a ela. Mostrei aquele vídeo do David Moore. Ela ficou chocada.

“Ela secretamente, montou um grupo, chamado Anti Governantes, e chamou algumas pessoas para participar. Descobri isso quando ela me chamou para fazer parte também. Os outros acabaram descobrindo, e logo praticamente todos os governantes do mundo estavam sabendo. Tentei impedir, mas o destino dela foi inevitável. Me obrigaram a matá-la, para mostrar que não havia me aliado aos Anti Governantes, e tirar o perigo da jogada. Tivemos também que apagar a memória dos rebeldes, já que ela havia contado para todo mundo.”

–Mas, a sua irmã eu não matei. Queria cuidar das duas. O problema é que acharam que seria muito perigoso juntar as duas filhas de Celina. Ela sozinha causou um alvoroço por aqui, quanto mais duas meninas tão parecidas com ela. Eles apagaram as memórias de vocês duas. Eu a entreguei para espiões de confiança na cidade de onde Celina veio, Niterói.

–Você está querendo dizer que... minha irmã ainda está viva!? O que estamos esperando, podemos ir buscá-la agora! – Isso amenizaria minha dor. Minha irmãzinha poderia ser uma bela amiga, e talvez uma aliada.

O olhar de tristeza de meu pai aumenta ainda mais.

–Sinto muito, mas sua irmã também já morreu. Ela era a Helen.

–O quê!? A Helen era a minha irmã!? – Praticamente grito de desespero do lado dele.

–Sim. Mesmo contra os outros líderes, a deixei ficar aqui. Por isso que já tínhamos informações dela nos arquivos. Mesmo ela tendo puxado o lado rebelde, tentei convencê-la sutilmente que estava no caminho errado. Infelizmente, ela é insistente, como a mãe de vocês. Minha penalidade por tê-la deixado ficar foi matá-la, do mesmo jeito que fiz com Celina. – Ele faz uma pequena pausa, como se tivesse soluçado. – Por favor, filha, espero que possa me entender. Não tive escolha momento algum.

–Depois falo com você. – Saio do escritório batendo a porta.

Não tinha escolha, sei. Poderia ter deixado os Governantes de lado, e ficado junto de minha mãe. Venceriam, com certeza! O plano era brilhante e estavam em maior número! As lágrimas que escorrem de meus olhos são um misto de fúria, tristeza e decepção, que me permito ter quando não há ninguém olhando. Meu pai é só mais um capacho, um seguidor de ordens qualquer. Quem poderia dizer que não se livraria de mim só porque os chefes pediram? A própria amada, e a própria filha. Helen... Passei a vida pensando em como seria minha irmã, e ela estava ao meu lado o ano passado inteiro! Se eu soubesse, as coisas seriam diferentes.

–Kelly! – Ouço alguém me chamando.

Rapidamente seco minhas lágrimas e estabilizo minhas emoções. Fui treinada desde cedo para ser líder e não transparecer nenhum ponto fraco. Apesar de não ter sido minha aula favorita – ou a que eu melhor soubesse fazer – aprendi alguns truques. Só espero que meus olhos não estejam vermelhos, o que minha voz saia um pouco esganiçada.

–Sim, o que foi? – Me viro para a voz, cuja dona é a Nádia.

A expressão dela é uma mistura de raiva e orgulho. Está com as duas mãos sobre a cintura, passando um ar imponente de superioridade, apesar de ser meia cabeça menor do que eu, mesmo com aquele cabelo embaraçado todo para o alto, que nem a bandana resolve.

–O que achou do meu presente de dia das mães atrasado para minha mais nova mãe, a líder Geovanna Moore. Quem diria que eu chegaria tão longe na escala social da base? E só denunciando aquele traíra do Michael para ela, dizendo que era um espião rebelde que queria ficar mais próximo de mim.

–Você não fez isso! – Chego mais perto e faço a minha melhor expressão de ameaçadora para cima dela. – Só porque ele não gosta... – Droga! Revelei um ponto fraco! – Não gostava de você, não é motivo para tirar a vida de alguém! – A seguro pela camisa, como se fosse dar-lhe um soco no meio da cara. Não acredito que tentei ser amiga dessa falsa!

O sorriso maldoso que ela carregava deu lugar a uma cara mais séria.

–Acontece que eu adorei a Geovanna. Adorei a ideia de ser filha de uma das pessoas mais importantes do mundo, e também uma possível sucessora, apesar de meu irmão. Às vezes abandonar as ideias antigas é necessário. Agora entendo o ponto dos Governantes, e vejo como os rebeldes são um vírus, a exemplo do Michael ou da Helen. Ambos colocaram a vida de pessoas em risco sem pensar, ou abalaram os sentimentos de alguém. – Sério, devo ser mesmo muito forte, para não ter quebrado o nariz dessa criancinha. – E acho bom desistir desse plano de conquistar a base, o planeta e blá, blá, blá. Posso contar para a Geovanna sobre todos. Como será que seu querido pai vai ficar com essa notícia? Pelo que ouvi de minha mãe, ele já fez muita besteira na vida. Não seria surpresa para ninguém se pagasse mais uma vez, tirando sua vida ou sendo exilado. Ou quem sabe os dois? E então, vai encarar me bater? Agora ninguém é mais superior a mim, não preciso ficar de rosto abaixado.

Meus dentes já estão cerrados há eras. O que um coração corrompido não faz? Sou obrigada a soltá-la e a deixar ir. Antes de entrar novamente na sala de Geovanna, ela vira o rosto novamente para mim.

–E quem disse que eu tirei a vida dele? Pelo que sei, não fui eu quem usou uma faca para esse objetivo, Kelly Murray. K de killer, M de murder. É uma assassina que nem o pai.

Bato meu pé no chão e mostro os dentes. Ela, com medo, rapidamente entra e fecha a porta. Essa foi a gota d’água. Não dá mais para aguentar! Tem muita coisa acontecendo ao mesmo tempo! Volto ao pé da escada para o terraço, onde o corpo de Michael já foi retirado, e encontro a Raja parada. Ela me aborda assim que me vê.

–Kelly, onde você se meteu? Eu tentei de ligar para falar que achei o arquivo, mas você não atendia.

–Eu desliguei o rádio. – Se tivesse vindo mais rápido, talvez tudo isso pudesse ter sido evitado. Mas, não tenho raiva de Raja, não é culpa dela. O detector de memórias estar pronto antes foi uma surpresa para todos.

Estranhamente, Raja muda o rumo da conversa e aponta para as manchas do sangue de Michael no chão.

–Isso não teria nada a ver com você, espero.

Agora, não faço a menor ideia do que responder. Contar a verdade, mentir, falar que ele morreu, mas sem contar que fui eu... Na verdade, não tenho tempo de resolver isso agora. Primeiro, tenho que realizar o plano. Se formos rápidos, a Nádia contar ou não para a Geovanna não vai significar nada.

–Talvez. – Ela me olha desconfiada, mas não a deixo falar nada. – Mas agora não é a hora, precisamos seguir com o plano. Vai para o computador, eu vou ver como eles estão lá em cima.

–Tudo bem. Depois conversamos. – Minha vice vira para a direção oposta de onde eu vim e vai para o trabalho.

Subo as escadas pulando dois degraus de cada vez, mas antes de empurrar a porta, dou uma longa bufada. É agora ou nunca.

Todos já estão em ordem e posicionados. A maioria carrega armas grandes na mão, apesar de alguns preferirem as de menor calibre, provavelmente para lutarem melhor. Na frente de todos, a Lola dá ordens loucas, como já era de se imaginar:

–Abaixem as armas! Coloquem-nas entre as pernas! Imitem uma galinha! Por que não estão fazendo o que estou mandando?

–Vai ver é porque eu não te dei a permissão de dar ordens. – Ela se vira para mim, não com a rivalidade de antigamente, mas talvez com um reconhecimento de igualdade. Mas, não tenho certeza se estou correta. Quando se trata da Lola, tudo é imprevisível. – O reforço já está chegando?

–Sim, ela está a caminho.

–Ela? Está querendo dizer que o reforço é só uma única pessoa? – Joseph exclama surpreso, na frente dos demais. – E cadê o Michael?

–Não. Quer dizer que eles podem ser representados por uma única pessoa, que continuarão tão eficientes como se fosse um exército inteiro. E o Michael... Ele vai nos dar sorte. – Dou uma leve olhada nas pessoas presentes. – Então, vamos logo. E que a liberdade de escolha seja nossa!

...

Descemos todos para o térreo. Ninguém suspeita ainda de nós. Estão apenas esperando a hora de levar os rebeldes para o apagador de memórias. A porta está sendo aberta para o reforço entrar, o qual eles também não suspeitariam estar do lado contrário.

São muitas pessoas, tantas que nem dá para contar direito. Juntando com os nossos aliados, é o suficiente para combater os Governantes. À frente deles está a líder. Uma mulher alta, de fisionomia esbelta. O cabelo castanho bate nos ombros, e dá um leve contraste com o tom de pele pardo. Os olhos cor de violeta são intensos e raivosos, difíceis de desviar o olhar. Apesar do piercing ao redor da sobrancelha esquerda e de algumas mechas azuis, ela tem a total confiança dos Governantes. Isso porque a nossa aliada e ninguém mais, ninguém menos que a líder do mercado negro, Odete Leroy. Todos os anos entrega vários rebeldes, mas também os salva.

–Odete. – Lola chega na divisa com o mundo lá fora.

–Lola. – Odete faz os mesmos e as duas se encaram por um tempo. – Senti saudades.

–Me abraça logo, eu sei que você quer isso, mana. – A outra obedece, e enquanto a abraça, os outros integrantes do mercado negro entram.

Sim, a Odete é a irmã de Lola. Foi assim que conseguimos a ajuda deles. O Spartan cutuca minha manga.

–Não creio que a Lola realmente tinha uma irmã!

–É claro que eu tenho uma irmã! – Lola e Odete se desgrudaram. – O que você acha que eu sou para ficar falando de alguém que não existe? Maluca?

–Tipo isso.

Ah, Spartan. Para que falar isso? Assim só complica mais as coisas. A Clare, o Ren, o Joseph e eu demoramos cerca de 20 segundos para afastar os dois. Pode não parecer muito, mas durou uma eternidade. Quando finalmente terminamos, ligo o rádio para falar com a Raja:

–Pode mandar!

As celas são abertas. Os rebeldes saem. O alarme toca. A confusão começa.

–Aí, gente! Nós representamos os rebeldes, e queremos a base de volta! – Nesse momento, vejo os líderes nos vendo lá do alto. Momentaneamente vejo a cara de meu pai e me arrependo. Mas esse sentimento dura menos de um segundo. – É o seguinte: Ou nos dão a base de volta, ou vai ser na base da violência!

–Insolente, nós nunca entregaremos a base na mão de desmiolados que nem vocês. Soldados! Partam para a violência também! – Senhor Tanaka é quem vai contra mim, e nenhum dos outros faz nada para impedir.

Os momentos que se sucedem são, obviamente, de guerra. Misturam-se soldados com rebeldes, mas dá para saber quem é quem por causa da roupa: Soldados estão com uniforme, os rebeldes com roupas normais. Rapidamente, passamos para os que saíram das celas armas de verdade. Quem não sabe empunhá-las, ou lutar, mandei que Joseph e outro cara os escondessem nos buracos.

Diversas vezes ataco soldados com a minha arma de choque. Não quero tirar a vida de mais ninguém hoje, só neutralizar. Esses vão dormir profundamente por horas, já que a minha é mais moderna e avançada do que a deles. Porém, muitas pessoas não pensam como eu. Entre uma eletrocutada e outra, vejo a Lola partindo ossos em pedaços, ou o Jóu fazendo dupla com o Wave para quebrar narizes.

A batalha continua assim até o alarme parar. A Raja e outras 6 pessoas fortes que pedi que ajudassem vem em nossa direção com os líderes rendidos. Nós vencemos.

NÓS VENCEMOS!

Gritos de alegria e emoção circundam o térreo. Várias pessoas tiram os sapatos e os jogam para o alto, como se fosse uma formatura. Realmente, não dá para acreditar. Nós finalmente vencemos, é bom repetir isso.

...

–Vamos lá, pai. Nós ainda podemos continuar juntos. Os rebeldes são bons. Você cresceu com a mentalidade de que somos ruins, mas posso garantir que não somos.

–Eu não sei, filha.

É, realmente. É difícil acreditar que alguém é bom se você está preso por ela.

–Eu te perdoo, pai. Apesar de tudo, não consigo ficar sozinha, sem ninguém da família do meu lado. – Pego o controle remoto do meu bolso e aponto para o monitor que instalamos. – Que tal conversar com a mamãe?

Ele me olha mais atentamente.

–Sua... Mãe?

Confirmo com a cabeça e ligo aquele vídeo dos planos. Tem uma parte depois que ela corta, explicando sobre os rebeldes.

–Nossa. Não me lembrava que a Celina tinha a voz tão leve. – Ele dá um meio sorriso para mim. – Talvez eu possa tentar ver como é esse seu lado.

–Pai! – Exclamo sorridente e lhe dou um abraço apertado. Ele automaticamente o retribui e cheira meu cabelo. – Sabe que vai ficar preso aqui do mesmo jeito por um tempo, não é? – Falo sem me desgrudar.

–Já suspeitava.

–E que vai ter que passar pelo detector de mentiras?

–Faz parte.

–E que mesmo assim, não poderá ocupar nenhum cargo, a menos que seja de papai.

–Posso sobreviver com isso.

Nós nos separamos. Um soldado entra na sala e diz que meu tempo com ele acabou. Tenho que sair.

Usamos aquelas celas para prender os líderes e soldados provisoriamente, até passarem por julgamento. Os outros Governantes ainda acham que estamos submissos, graças ao vírus da Raja, e algumas aulas de teatro antes disso tudo acontecer.

Chego na cantina, já vejo meus amigos na mesa 75. Antes de ir para lá, vou pegar meu almoço. Com a Juanita, que a propósito, está com uma coleira de magnetismo.

–Olá, Juanita. Belo colar. – Digo ironicamente, enquanto escolho uma bebida.

–Ora, sua! – Ela chega um pouco para frente e o “colar” a faz chegar para trás, graças ao outro componente na parede.

–Parece que o Spartan tinha razão. O tempo passa, mas você continua só servindo marmita.

Quando caminho até a mesa, me arrependo de falar dele. Parecia que foi a alguns minutos que Spartan estava lutando com fones de ouvido, para escutar música, nas batalha contra os Governantes. Estava até com duas armas, estava se saindo muito bem quando olhava para ele. Mas, mais tarde, encontramos o corpo dele jogado no chão. Suas costas foram perfuradas por uma bala. Ainda não sabemos quem foi o autor, mas iremos descobrir e fazê-lo pagar.

Sento-me à mesa com eles. Apesar de tudo, eles não estão muito tristes, afinal, nós ganhamos, não é? E, eu ainda não os contei sobre Michael.

Nós conversamos um pouco, até que Nádia, uma das faxineiras com o colar de magnetismo, passa por nós.

–Nossa, estão bem amigos com alguém que acabou com seu companheiro. – E continua trabalhando.

–O que ela quis dizer com isso? – Angel pergunta. Foi ela que sofreu mais com a morte se Spartan, parece que ela tinha uma queda por ele. – O Michael está demorando não, acham?

Eles acham que ele foi dormir mais cedo naquele dia. Resolvo falar de uma vez:

–Eu... Ontem, os líderes descobriram que ele era um rebelde. E me mandaram matá-lo para provar que estava do lado deles, mas na verdade nunca estive! Só que se eu não fizesse isso, tudo iria por água a baixo! Então, ele fez silenciosamente que sim, para eu fazer isso. E eu... Eu simplesmente fiz! – Falo rapidamente. – Vocês entendem, não é?


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado! Essa foi uma história que eu gostei bastante de escrever, e fui bem apoiada aqui em casa! Não percam o epílogo, e falem o que acharam do "final".
Até a próxima, :)!



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