My Firts Love escrita por Artwork


Capítulo 1
One Shot.




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Wilbur estava acabado, praticamente morto de tão cansado que estava, a viagem tinha sido longa. Afinal, atravessar o tempo e o espaço em uma maquina do tempo não é nada fácil.

A professora da escola de Wilbur os pediu para fazer uma redação sobre um super herói antigo dos anos 2000 e Wilbur, completamente entediado, decidiu ir a procura de informações do jeito antigo: em uma maquina do tempo indo para o passado.

Ele tinha parado no topo de um prédio grande e afastado de tudo, menos de uma escola e de seu campo de atletismo. Havia uma corrida lá em baixo e Wilbur, curioso pelos gostos antigos, desceu apressadamente pelo enorme e grandioso prédio até lá em baixo. Como naquela época ainda não existia teletransporte, Wilbur não sabia mexer no elevador e, por isso, teve que descer 14 andares de escada.

Chegando na arquibancada do campo, exausto e arfando, viu as pessoas gritarem e torcerem por um corredor, cada um torcendo pelo seu. Wilbur se inclinou para frente e tentou respirar fundo, a respiração desregular.

Ele foi andando de cabeça baixa até esbarrar com um corpo dois palmos mais baixo que ele. Wilbur resmungou um "mil perdoes" quando olhou pro chão e viu que havia derrubado uma tiara rosa da, possível, garota. Ele se agachou para pegar a tiara ao mesmo tempo que a menina, fazendo com que os dois batessem testa com testa. Eles resmungarem um "ai" e riram disso.

— Desculpe. — disse a voz fina na frente dela com um riso gracioso.

— Não, não... — ele disse, e parou para encarar a garota na sua frente. Ela era alta, magra, de cabelos pretos longos e lisos. Ela usava uma blusa rosa e uma calça branca, e provavelmente usava a tiara rosa para prender seu longo cabelo, que agora cobria um de seus olhos negros.

Ela era, de fato, linda.

—... Tudo bem. — ele completou o que disse, encarando ela com a boca aberta fazendo ela soltar outro riso gracioso. Ele pegou a tiara rosa e deu para ela.

— Obrigado. — ela disse, colocando o cabelo para trás da orelha e colocando a tiara. — Sou Violet. Violet Parr.

— Hã... Hã... — ele disse, ainda abobalhado com sua beleza. — Hã... Eu sou...

— Você é...? — ela disse, o ajudando e dando outro riso gracioso.

— Hã... Eu sou? Ah, sim, eu sou Wilbur. Wilbur Robinson! — ele disse, tentando parar de ser tão burro com ela. Porque meu coração tá assim?

— Você é novo? Nunca te vi por aqui. — ela comentou, se levantando junto com ele.

— É, sou, só vou passar uns dias para uma pesquisa. — ele disse, depois mentiu: — Meu pai é jornalista.

— Ah, legal, sobre o que vai pesquisar?

— Super heróis. — ele disse, subitamente, fazendo ela se arrepiar e ficar ereta.

— Ah, legal... Tchau Wilbur! — ela disse, apressada e indo se sentar ao lado de um garoto de gola preta alta.

O que raios eu disse de errado? Droga! Droga!

Wilbur suspirou e pegou seu bloco de notas portátil cuja ele usaria para fazer sua redação. Era idiotice, ele sabia, mas algo dizia que ele tinha que documentar Violet Parr, a menina dos olhos negros, porque ele sabia que a veria de novo.

E ele estava certo.

~*~

Não demorou muito até que Violet e Wilbur virassem amigos.

Ele começou a frequentar a escola dela atrás de livros de super heróis e, ao mesmo tempo, começou a ficar amigo dela. Ele dizia que era do campo, neto de fazendeiro cuja cresceu na fazenda e não conhecia nada; ela foi prestativa e paciente, os levando em todos os lugares em todos os momentos. Wilbur adorava Violet e, por isso, odiava seu "concorrente": Tony.

Enquanto era amigo de dia de Violet, a noite ele pesquisava sobre os heróis. Quando saia com ela a noite, procurava pelo dia; mas nunca comentando nada com Vi, pois ele sabia o quão esse assunto era irritante para ela, mesmo sem saber porque. Ainda sim, ele gostava tanto de Vi que chegou a chama-la por seu apelido: Vi.

Ele pesquisava sobre a super heroína cuja tinha mais gostado: A Garota Incrível, da Família Incrível. Tinha a Sra. Incrível, o Sr. Incrível, A Garota Incrível, o Garoto Incrível e o Bebê Incrível, mas a Garota Incrível era a melhor. Com poderes de mover objetos e fazer campos de força ao seu redor, a GI era de longe a super heroína que Wilbur mais gostava.

E ela lhe era bastante familiar.

Ele não tinha contado a Violet que era do futuro mas, a cada dia, ele via que era mais preciso. Ele podia voltar para casa no mesmo momento em que veio para cá sem problemas mas ele não queria ir, e isso é o problema. Ele não queria ir embora para o tempo dele onde, provavelmente, Violet estaria casada com Tony e com uma filha da idade de Wilbur.

Ela disse que queria ter uma filha camada Spencer.

Um dia ele já tinha completado a redação sobre a Garota Incrível, juntamente com mais de 20 paginas sobre a linda Violet Parr e já podia ir para casa. Aí estava o problema: ir para casa e nunca mais ver Violet Parr.

Não, ele não podia abandona-la.

Ele pensou em todas as maneiras possíveis de ficar com Vi aqui, no ano de 2000, ao lado da garota cuja amava, É, amava. Ele nunca soube o que era amar mas, olhando para Violet, a única coisa que ele quer é ter uma filha chamada Spencer com ela e ser feliz como sua mãe e seu pai eram. O amor de sua mãe e seu pai.

Mas ele não podia fazer isso, não com sua família. Ele nunca mais os veriam e eles também não veriam mais Wilbur, e isso lhe partia o coração. Mas pensar em Violet casada com Tony tendo um filho chamado Richard com ele também era horrível. Mesmo não tendo certeza, Wilbur acreditava que ao lado de Tony ela nunca iria ter uma filha chamada Spencer. Ela só falou dessa ideia com Wilbur, então ela só podia fazer essa ideia com ele. Essa era a única esperança que ele mantinha.

Mas ele não podia fazer nada, ele tinha que ser realista: por mais que doa, o primeiro amor nunca é eterno.

Porém Wilbur daria tudo para que fosse.

Ele tampou os olhos de Violet e a guiou até o topo do prédio branco cuja a maquina do tempo estava. Ele suspirou, tentado manter seu coração calmo e destampou os olhos de Violet, fazendo a mesma encarar a maquina do tempo.

— Um carro voador dos anos 80? — perguntou ela, sorrindo.

— O que? Não! Violet, é uma maquina do tempo.

Ela se virou e o encarou, virou tão rápido fazendo a tiara rosa cair e o cabelo cobrir seu rosto de novo.

— Uma... Maquina do tempo? — ela perguntou, lentamente e hesitando.

— É. — disse Wilbur, sorrindo com os olhos brilhando. — Olha, eu sei que parece bizarro e tudo mais...

— Você é do futuro? — perguntou Violet, rápida e direta. Ah, como ele amava isso em Violet.

— Vi, eu sei que é estranho mas...

— Estranho? O menino cuja eu gosto é do futuro! Eu provavelmente sou adulta, se não uma velha quando você nasceu! — ela gritou, surtando e continuando a gritar com Wilbur, mas ele não ouvia mais.

"O menino cuja eu gosto é do futuro!"

Ela gostava de Wilbur! Gostava dele!

— Você não tinha esse direito, Robinson, não tinha! — tinha gritado Violet, as lagrimas aparecendo. — Você vai embora! Eu nunca mais vou te ver, Wilbur! EU NUNCA MAIS VOU TE VER!

— E você acha que eu estou feliz!? Eu não estou! — ele gritou. — Sabe porque? Porque eu gosto de você! ESCUTOU MUNDO?! EU GOSTO DE VIOLET PARR! E NÃO IMPORTA SE O TEMPO E ESPAÇO EXPLODIREM POR ISSO, EU VOU CONTINUAR A GOSTAR DE VOCÊ, DROGA! — ele gritou, a segurando e a balançando pelos ombros, depois respirou fundo e suspirou. — Eu queria ser seu namorado... Queria ter a Spencer com você...

Ele estava pronto para beija-la quando sentiu algo se chocar contra seus lábios. Não, não era Violet, era algo... Frio?

Ele abriu os olhos e viu Vi rindo, enquanto uma bola transparente a rodeava, quase a protegendo.

— Como você...? — ele perguntou fazendo Violet rir. — A Garota Incrível, claro! Como não vi?

— Porque você é muito burro. — ela disse, abrindo a bolha fazendo Wilbur entrar.

Wilbur a abraçou e ela pões a cabeça em seu peito, chorando. Porque o garoto que amava tinha que ir embora? Porque ele tinha que ter nascido anos depois de Violet ter nascido? Porque ele tinha que ser tão lindo, fofo... Apaixonante?

— Fica. — ela sussurrou de forma franca — Por favor, fica comigo.

Aquilo partiu o coração de Wilbur. Ele queria, queria muito, mas não podia. Se ficasse poderia dar algo errado e fazer com que ele deixe de existir e não ia adiantar nada. Wilbur não era de chorar, mas agora estava morrendo de vontade de fazer isso.

— Ah, minha Garota Incrível. — ele sussurrou, afundando nos cabelos dela — Tenha uma filha chamada Spencer por mim.

Violet soluçou.

— Nunca. — ela sussurrou — Não com outra pessoa. Eu vou te esperar, mesmo que você vá ter 10 anos e eu 65, nos vamos nos encontrar e virar melhores amigos. Mesmo que não... Que não der para nos beijar, nos vamos...

Ele se afastou dela e sussurrou um "Shiii" enquanto pegava seu rosto branco e sorria tristemente, pegado seu cabelo e colocando atrás da orelha.

— Então vamos fazer valer. — ele sussurrou, a beijando.

Violet continuou a soluçar depois disso, mesmo sendo seu primeiro beijo e seu primeiro "namorado". Ela sabia que iria revê-lo, daqui a muitos anos, e esperaria por ele. Casada ou não, com filhos ou não, Violet iria espera-lo.

Ela iria esperar ele chegar, e ele ia esperar ele nascer.

Ambos iriam esperar a eternidade se fosse preciso porque, não importa como eles estivessem, o que eles tinham um com o outro era maior que tudo, maior que o espaço e do que a vida.

E era maior, muito maior do que o tempo.


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