Cover Girl escrita por Fer-chan


Capítulo 5
Cap. 5 Just For You


Notas iniciais do capítulo

fic sasusaku



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Cover Girl Cap. 5

Tudo nos últimos dias o estava pegando de surpresa e se havia algo que Uchiha Sasuke o ex-vingador a atual ANBU de Konoha detestava eram surpresas, pelo simples fato de saber que está desinformado e assim não podendo traçar planos precisos para nada sair errado, isso o deixava furioso. Surpresas são assim, por isso o Uchiha as detestava.

O semblante fechado e agoniado enquanto andava apressado e furioso denunciava que algo - ou tudo - não andava bem para o moreno. Desde que teve a conversa com a Haruno não conseguiu esquecer as palavras da garota, não precisamente as que foram para ofendê-lo, mais sim as palavras iniciais, aquelas que poderiam – se fossem verdade – acabar com o martírio de ambos.

– Eu nunca deveria ter feito àquelas fotos eu queria queimar todas aquelas revistas. As palavras da Haruno ainda insistiam em queimar como acido na cabeça do Uchiha.

Será que ela se sentiu tão mal com o que eu disse? Ou realmente ela não queria mais ter tirado as fotos?Ela parecia mal!

Os pensamentos do ex-vingador foram interrompidos bruscamente por um ser verde que vinha em sua direção. O sorriso gigante no rosto denunciava a felicidade excessiva que estava transbordando.

Algo enrolado e relativamente colorido na mão de Rock Lee chamou a atenção do Uchiha o fazendo bufar instintivamente enquanto passava a mão pelos cabelos negros com urgência.

–Lá vem o filhote verde mal parido de cruz credo. Será que ele não sabe que existem roupas pretas e brancas ou azuis?

O ser verde finalmente chegou perto de Sasuke parando de costas para o chafariz que havia no meio da praça, o Uchiha sem muita vontade virou-se de frente a Lee quando ouviu seu nome sendo chamado com uma voz estridentemente irritante.

O Uchiha não sabia se prestava mais atenção na fonte de água a sua frente ou na roupa verde do ninja que parecia que com o forte sol e o reflexo de toda a água jorrando atrás de si havia ficado mais luminosa e brilhante do que de costume.

Essa combinação maldita de verde com água e sol está me cegando, se eu quisesse ficar cego usava o Mangekyou Sharingan constantemente.

—Sasuke-san, que bom vê-lo. Olhe só o que eu consegui recentemente.

Disse maliciosamente desenrolando o objeto colorido na frente dos olhos do moreno tapando o próprio rosto e revelando um exemplar da revista secret’s idêntico ao que Sasuke havia molhado – segundo ele, não propositalmente.

—Você ficou tão desesperado pensei que não conseguiria outro. —Disse o Uchiha entre dentes tentando disfarçar inutilmente à raiva na voz que já estava mais rouca que de costume.

—É, eu realmente pensei, Sasuke-san. Mais as bancas estão cheias de revistas novamente. Todos ficaram tão apaixonados que pediram mais exemplares da revista da minha linda flor de Konoha, assim eu comprei outro e, com certeza com esse não ocorrerá nenhum infortúnio como ocorreu com o outro. Não é Sasuke-san?

O mestre do Taijutsu podia ver o sangue fervente e a raiva corroendo o semblante fechado do Uchiha que não desviou os olhos em quase momento algum da revista que Lee carregava. Logo depois como em um passe de mágica, Sasuke suavizou as feições enquanto olhava para Lee. Parecia quase amigável.

—Eu já expliquei que foi um movimento involuntário. Mas já que você não acredita, eu gostaria que nós esquecêssemos desse fato e voltássemos ao normal, como antes. Para selar o momento que tal um abraço?

Se alguém o abraçar é perigoso essa cor verde grudar na roupa igual à caneta verde fluorescente de marcação, ou então aqueles tubinhos fluorescentes que dão em festas.

O Uchiha disse a ultima frase tentando esconder o asco e o desgosto, logo depois avistou o semblante feliz e radiante de efusividade do ser verde a sua frente. Constatou que tudo havia ido pelo caminho certo.

—Há! Que idéia ótima Sasuke-san. Sim vamos selar esse precioso momento de amizade com um lindo abraço fraternal carregado com todo o fogo da juventude.

Disse abrindo exageradamente os braços fazendo suas mangas verdes ficarem mais cintilantes com o reflexo da água correndo incessantemente da fonte atrás de si.

O Uchiha o olhou com repulsa estampada no rosto e finalmente deu um passo para frente encurtando a distancia. Olhou Lee com os braços abertos e deu outro passo encurtando ainda mais o vazio entre os dois, ergueu vagarosamente as mãos pousando-as juntas sobre a face alva, inspecionou mais uma vez Lee que o chamava para o abraço balançando a revista na mão direita. Fixou o olhar nas folhas esvoaçando-se com o gesto do garoto, tirou rapidamente as mãos do rosto e em um movimento rápido e preciso empurrou com um pouco de força o ser verde para dentro do chafariz.

O viu perder o equilíbrio e tropeçar na pequena mureta - que impedia a água de vazar para rua - e cair dentro do pequeno lago artificial, submergiu molhando totalmente suas roupas que ficaram em um tom de verde escuro, o cabelo que ficou ainda mais brilhante e escorrido e o mais importante; à revista que havia sido novamente e totalmente destruída pela água, ou seria pelo Uchiha ciumento?

O moreno com um sorriso irônico de canto observou a cena toda, quase se permitiu sorrir quando avistou Lee debatendo-se na água proferindo a ele xingamentos e lamentando-se sobre o estado recente da revista destruída e manchada pela tinta escorrida, estava tudo em frangalhos. Não havia salvação.

—Uchiha desgraçado! Eu sabia que não devia confiar em você. Traidor miserável, maldito.

Ainda sentado submerso na água gritava incessantemente apontando freneticamente para o Uchiha que a essa altura já estava cercado por uma multidão, alguns riam sem parar do estado do ninja molhado, outros sentiam pena, algumas senhoras abafavam risinhos descontraídos enquanto observavam uma criança levada atirar um sorvete meio derretido de baunilha em cima do Jounin encharcado.

—A culpa não foi minha. Foi dessa pedra aqui. —Disse abaixando-se rapidamente e pegando uma pedra relativamente grande do chão. —Eu tropecei nela e me desequilibrei. E é melhor você parar de comprar essa revista, eu acho que ela está te dando azar.

Disse com acidez jogando a pedra - sem usar força - na direção do ser verde molhado, logo depois que escutou o splash da pedra atingindo o alvo virou-se de costas saindo entre a multidão que já começava dispersar-se gradativamente.

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—Eu acho que você está fazendo isso só para se defender, é plausível. —Disse a Hyuuga logo após escutar tudo o que aconteceu a Haruno, inclusive as desculpas que a rosada não cedeu ao Uchiha.

—Ainda bem que você me entendeu, Hinata-chan. A Ino acha que eu deveria ter o perdoado, mas eu não consegui. Acho que meu estoque de desculpas para Uchihas acabou. —Divagou com Hinata enquanto desciam à rua em direção as suas casas, o hospital estava às moscas, foram liberadas mais cedo do que o normal.

—A Ino-chan não entende porque ela não passou pelas coisas que você passou. Para ela foi mais fácil, nunca teve que perdoar erros terríveis de alguém, como você fez. Só que um dia a paciência acaba.

A Hyuuga explicou melancólica olhando a amiga que andava mirando o chão o tempo todo. Logo depois desviou o olhar da cabeça baixa da medica-nin para olhar a frente, avistou Sasuke parado ao longe. Pode perceber que o vingador estava esperando ávido por um momento a sós com Sakura.

Despediu-se rapidamente da amiga com uma desculpa qualquer e virou a primeira rua rapidamente para não dar mais explicações. Antes de sumir completamente pode avistar Sakura chamando seu nome com a mão direita estendida tentando inutilmente alcançá-la em uma tentativa totalmente falha de rete-la ao seu lado.

A Haruno deu-se por vencida com um semblante aborrecido murmurando futilidades sobre o comportamento repentinamente instável e nada amigável da Hyuuga, afinal ela havia deixado-a lamentando-se sozinha, inadmissível.

Olhou para frente e encontrou quem menos queria no momento: Uchiha Sasuke, apoiado na parede com os braços cruzados sobre o tórax bem formado quase todo exposto pelo Kimono preto sem mangas semi-aberto. Observou-o sair da calma aparente quando finalmente se deu conta que ela o havia visto. Descruzou os braços rapidamente desapoiou-se da parede e com passos firmes e rápidos foi de encontro a Haruno que no exato momento em que captou as intenções do Uchiha virou-se sutilmente para fugir para o lado contrario.

—Sakura espere. Eu preciso falar com você. —Disse puxando-a pelo braço direito e a virando de frente para ele.

—O que foi? Você quer saber o numero do meu manequim para comprar roupas para mim? —Disse acida olhando profundamente para o rosto do Uchiha.

—Eu já pedi desculpas por isso. —Disse no mesmo tom, estava perdendo a pouca paciência.

—E eu não as dei. Agora, por favor, me solte e me deixe em paz. —Disse apertando a mandíbula e tentando afastar-se do moreno.

—Ok! Eu já sei que você não me desculpou, eu não mereço. Mas eu quero perguntar outra coisa. —Soltou-a olhando-a fixamente. —Aquilo que você disse para mim, sobre querer queimar as revistas, era verdade? Você quer mesmo se livrar delas? —Perguntou receoso procurando por respostas nas expressões da medica-nin.

—Agora é tarde, olhe ao seu redor está cheio delas eu não posso fazer nada. —Disse melancólica olhando para os lados como se estivesse apontando as bancas lotadas das revistas.

–Mas eu posso. —O vingador pensou rapidamente.

—Você vai ver. Eu ainda vou ter suas desculpas.

Disse perigosamente perto do ouvido da medica-nin cedeu um beijo rápido no pescoço da mesma para logo depois sair rapidamente rua abaixo não dando tempo para contestações pelo seu ato que deixou uma Sakura perplexa pouco raivosa e sem reação para trás.

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—É impossível e, sem mais. —Terminou com semblante calmo foliando um folheto amarelo e vermelho de viagens com descontos promocionais.

—Você sabe que não é, dobe, só quero que me ajude em algumas coisas, mais nada. ——Terminou quase convencendo o amigo que já cedia por cansaço, o moreno nunca fora tão persistente.

—Eu ainda não sei... Mais se você quer mesmo pegar todas as revistas é melhor começar rápido porque a cada minuto alguém está comprando um exemplar novo... Inclusive o Lee.

Terminou colocando o folheto no bolso com risinhos de deboche ao avistar o semblante enfurecido do Uchiha, que não se preocupou em esconder a raiva em imaginar o mestre do taijutsu comprando outra revista e vangloriando-se novamente. Definitivamente não deixaria isso acontecer.

—Vá para o inferno então. Eu não preciso da sua ajuda.

Disse bufando enquanto olhava com mal agrado o loiro descendo a rua tranquilamente depois de negar ajuda que o moreno tanto desejava. Havia decidido que faria o que Sakura queria, pegaria todas as revistas de konoha e daria todos os exemplares capturados a medica-nin para fazer o que ela bem desejasse, queimar, rasgar, molhar, guardar, comer, enfim, queria vê-la sorrindo novamente.

Desceu a rua à procura da primeira banca de revistas que visse. Ela seria a primeira vitima do ex-vingador, e novo objetivo. Entrou e constatou que era a mesma banca que comprou a ultima e primeira caixa de exemplares, havia lá o mesmo senhor do outro dia só que desta vez ele vestia uma camisa listrada em diversas cores diferentes.

—Olha só, o rapaz do outro dia. Vai comprar mais revistas? —O velho perguntou com um sorrisinho malicioso.

—Sim, me de todas que você tem, as das prateleiras, do balcão e, as do estoque. —Sibilou pausadamente fingindo calma enquanto olhava raivoso para lentidão do velho em recolher todas as revistas.

–Se esse velho continuar assim eu vou apodrecer neste lugar.

—Deixa que eu ajudo. —Rapidamente pegou todas as revistas da banca e juntou-as a pilha grande do estoque que já estava no balcão. Terminou ofegante de desespero em sair daquele lugar.

—Posso perguntar o que vai fazer com tantas revistas? —Perguntou olhando para o Uchiha impaciente.

—É claro que não. Cuide da sua vida. Agora me de a nota para eu pagar. —Respondeu acido a pergunta do vendedor mais que intrometido na opinião do ex-vingador.

Olhou com o canto dos olhos o homem terminar a nota com o valor absurdo dos exemplares e pegou-a rapidamente, não se importou com o valor absurdo. Tateou o bolso direito em busca da carteira com o dinheiro e os diversos cartões de credito que sempre carregava consigo, mais nada encontrou, alarmou-se imediatamente.

—Por Kami! Eu perdi minha carteira, mais espere eu vou até em casa procurar e volto em seguida. —Disse logo após tatear selvagemente todos os bolsos da roupa e nada encontrar. Já estava saindo para fora da banca quando ouviu a voz do homem o chamar rapidamente.

—Espere, eu não posso segurar essas revistas aqui. Se quiser todas vai ter que levá-las agora, porque se não, caso contrário, vou vendê-las ao primeiro que chegar e quiser comprar. —Disse tudo claramente com tom de triunfo uma espécie de vingança pela acidez do Uchiha.

—Será que você é surdo? Eu disse que não tenho dinheiro comigo preciso da minha carteira. —Apertou os dentes e fechando os olhos respirando profundamente logo depois em uma tentativa falha de buscar calma.

—Eu sei que não tem dinheiro agora... Mas eu gostei da sua Katana. —Disse calmamente apontando para a arma ninja que estava presa nas costas do moreno.

—Você quer minha... Katana em troca das revistas?

–Filho de uma p...

Olhou-o com ódio, afinal, possuía o objeto há muito tempo, havia uma espécie de apresso sentimental e não iria se desfazer tão facilmente da arma ninja, é claro, se não estivesse totalmente obcecado com alguns objetivos.

—Ok fique com ela. —Desprendeu lentamente a Katana das costas e entregando-a por cima do balcão ao velho sorridente, quando sentiu o primeiro puxão firmou o punho não querendo solta-la como uma criança manhosa. Olhava fixamente ao objeto tão adorado ao mesmo tempo em que corriam os olhos para a pilha de revistas, finalmente largou a Katana com desgosto.

—Há! Meu neto vai adorar isso. Ele vai fazer aniversario amanhã. Ele adora essas coisas ninja, tenho certeza que ela irá brincar até estragá-la toda, até deixá-la enferrujada e sem lamina, quebrar o cabo, e melecá-la com as mãos sujas de doces e terra....

—Será que o senhor, por favor, poderia calar a boca?

O Uchiha o interrompeu raivoso quase ativando o sharingan e com um tom acido e baixo prendendo a mandíbula, mais o suficientemente alto e firme para o velho parar de atormentá-lo com relatos da previa morte da sua adorada Katana causada por um pirralho nojento.

Pegou as revistas - que estavam em uma pilha excepcionalmente grande – e colocou-as em uma sacola grande o suficiente para caber ainda mais. Saiu com semblante fechado e raivoso da loja. Só o fato de não sentir mais o peso da sua ex-arma ninja nas costas o deixava extremamente mal-humorado.

Rumou para casa que para sua sorte localizava-se perto da banca. Deixou as revistas em cima da cama e parou um minuto para avaliar como ele podia ter comprado tantas revistas, parou o raciocínio abruptamente disposto a encontrar a carteira perdida com o dinheiro e os cartões de credito que sempre carregava consigo.

Revirou os lençóis olhou embaixo da cama revirou os armários e finalmente a achou largada perto do sofá quase escondendo-se embaixo dele. A pegou e muito rapidamente deixou mais uma vez o apartamento para continuar seu atual objetivo: resgatar todas as revistas de Konoha.

Já portando todos os cartões de credito e sua clássica irritação - que estava mais alterada hoje por motivos óbvios – entrou na banca seguinte que se encontrava relativamente bem mais longe da primeira. Entrou e instintivamente avaliou o espaço que se encontrava algumas prateleiras cheias de revistas, alguns doces com aspecto duvidoso e a vendedora: uma velha de mais ou menos uns cinqüenta e cinco a sessenta anos vestindo uma blusa vermelha cheia de botões e uma saia marfim totalmente fora de moda combinando com o coque mal feito prendendo o cabelo grisalho e os óculos gigantes de arco tartaruga.

—Humm! Posso oferecer algo? —Disse maliciosamente as palavras em duplo sentido enquanto escorregava lentamente os grandes óculos pelo nariz fino, avaliando o Uchiha de cima a baixo com avidez o deixando levemente constrangido.

–Talvez deixar este mundo já seria de bom tamanho.

—Eu quero todas as revistas secret’s. —Disse recompondo-se ao mesmo tempo em que afastou-se instintivamente do balcão em que a senhora estava totalmente debruçada mandando-lhe um olhar mais que pervertido.

—Todas? Mais são muitas... Muitas mesmo. —Disse quase séria olhando o Uchiha de cima a baixo novamente.

—Não importa. Só me de as revistas. —Respondeu o mais seco que conseguiu, queria acabar com o olhar pervertido daquela mulher descerebrada.

Avistou a mulher afastar-se lentamente do balcão e começar a resgatar as revistas rapidamente das prateleiras empoeiradas e sujas, logo depois afastou-se e sumiu por uma pequena porta para logo em seguida voltar com duas pilhas enormes de exemplares, rapidamente o moreno calculou que era muito mais que na outra banca passada, no mínimo umas duzentas revistas cobriam o balcão mal limpo e marrom.

—O preço é esse.

Disse estendendo uma pequena nota fiscal azul clara para o Uchiha que a olhou rapidamente não dando importância pra os números absurdamente expansivos do papel. Retirou a carteira do bolso e sacou um dos vários cartões de credito, ofereceu-o a velha que no momento em que foi resgatar o cartão da mão do Uchiha aproveitou para prendê-la na sua própria mão.

—Nossa! Que mãos lindas você tem. —Disse acariciando descaradamente enquanto o Uchiha sentia lapsos de nojo revirar o próprio estomago.

—Só desconte o dinheiro. —Disse puxando rapidamente a mão e cruzando os braços no peito como se estivesse na defensiva.

–Kuso! Vou gastar litros de desinfetante para lavar essa mão.

—Se você prefere assim... Então me de sua identidade. —Disse com voz melada olhando insistentemente para o Uchiha que estava abrindo a carteira novamente à procura do documento.

—Kuso! Eu não estou com minha identidade aqui, mais isso é mesmo necessário? Eu sou Uchiha Sasuke todo mundo me conhece. —Disse altero tentando convencer a velha.

—Há querido eu sei que você é quem diz que é. Mais esse é o protocolo eu tenho que segui-lo. —Terminou mordendo o lábio inferior e piscando o olho direito em uma tentativa inútil e enojante de ser sexy.

—Não tem nada que eu possa fazer? Eu preciso das revistas agora. —O Uchiha Disse entre dentes apertando os punhos, reação causada pela raiva e pelo suco biliar que passeou do estomago até a garganta.

Te jogo na parede e te chamo de lagartixa morta, baby! O sarcasmo tomou conta do pensamento do moreno.

—Bem, sempre tem algo a ser feito... —Disse passando a língua nos lábios com uma dose generosa de saliva, ato que fez o Uchiha engolir o vomito. —Sempre tem algo que queremos receber e, no seu caso... Bem, é a beleza, não é, tchutchuco? —Terminou gloriosa com a própria observação obvia enquanto ajeitava os enormes e horrendos óculos no rosto.

—Seja mais clara. —Disse ríspido e indolente, enquanto olhava a velha com um sorrisinho libidinoso no rosto mal talhado.

—Tire a roupa! A.g.o.r.a! —Disse pausadamente a ultima palavra, não queria que o Uchiha tivesse desculpas por mal entendidos.

—Você enlouqueceu completamente. —O moreno com extrema repulsa disse baixo mais autoritário como sempre.

—Vem muitas pessoas querendo essas revistas, inclusive aquele garoto com barriga de tanquinho e roupa verde colada, ele encomendou muitas... mas como você é meu preferido eu decidi vende-las a você, mas se você não colaborar... —Terminou quase cantarolando deixando a situação clara para o Uchiha: ele não teria saída ao não ser acatar o pedido da velha babona.

O Uchiha ficou estático por um momento avaliando a situação: ou tirava a roupa e conseguia as revistas ou não tirava e Lee iria comprá-las, um arrepio correu pela espinha com a ultima suposição, decidiu-se então pela primeira.

Remexeu-se um pouco para os lados olhando para a rua, a banca era um pouco fechada com vidros em cor escura. Colocou as duas mãos pelas laterais do Kimono preto sem mangas meio aberto e deslizou-as - sem vontade - até o laço que o prendia, o desfez jogou-o no chão e tirou o Kimono do corpo apoiando-o em uma das prateleiras vazias.

Logo depois deixou os braços caírem ao lado do corpo sem vontade. Não queria olhar o a velha mais ele era Sasuke Uchiha e nenhuma velha tarada, pervertida e libidinosa o deixaria permanecer de cabeça baixa.

—Pronto! É o que queria? —Disse abrindo os braços rapidamente deixando-os cair nas laterais proporcionando um barulho abafado.

—Tire o resto. Mais desta vez faça com mais entusiasmo. Se quiser posso colocar uma musiquinha para você relaxar, tchutchuco. —Disse apontando o aparelho de som e dando uma gargalhada inclinado a cabeça totalmente para traz soltando alguns fios brancos do coque mal feito.

O moreno bufou visivelmente e com lentidão levou as mãos até o botão da calça preta e começou a abri-lo enquanto a velha assistia tudo com um filete de sangue escorrendo da narina esquerda, deixou as calças caírem assim permanecendo somente de boxer branca.

—Pronto já está tudo feito.

Disse depois de alguns segundos estático e sem roupas. Vestiu-se rapidamente com semblante mais que irritado e indo em direção das revistas. Queria se livrar da velha mais do que quis se livrar de Itachi.

—Espere! Como você foi um bom garoto, e é claro está usando boxer branca, minha preferida, vou dar um presentinho para você.

Abaixou-se no balcão e puxou uma bolsa preta e grande o suficiente para caber todas as revistas, deu-a para o ex-vingador que colocou todos os exemplares enquanto a velha passava o cartão de credito sem precisar mais da identificação do moreno.

Saiu da loja em disparada queria se afastar o máximo possível da velha e das imagens horripilantes que haviam ocorrido a pouco, queria que o trauma se fosse o mais rápido possível de sua mente perturbada.

Passou em mais milhares de bancas que havia em konoha; algumas mais difíceis de conseguir os exemplares, outras totalmente fáceis, algumas prevalecia o dinheiro do Uchiha outras seu nome e algumas simplesmente o fato de ser bonito ajudava, ainda mais quando a vendedora era uma fangirl desvairada ao ponto de ceder todas as revistas de graça, em alguns casos só precisou ativar o sharingan.

O ex-vingador sabia muito bem que essa leva de revistas era a ultima que chegaria a Konoha e não precisaria se incomodar com mais delas nas bancas, ele havia comprado todas, absolutamente tudo que viu pela frente e até o que não viu e procurou para achar. Estava decidido que ninguém teria as revistas, não mais, a não ser Haruno Sakura.

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A Haruno olhava petrificada para o loiro a sua frente que não parava de falar e gesticular um minuto se quer.

—Eu não sei o que o teme tem Sakura-chan, mais ele está muito mal. A ultima vez que o vi há alguns minutos ele estava deitado na cama tremendo de frio e tão pálido, quer dizer, pálido ele já é, mais ele estava ainda mais, pode acreditar nisso eu sei que é difícil mais ele estava e também estava com umas olheiras enormes e roxas e suando frio e todo descabelado e murmurando incoerências do tipo: ‘eu estou vendo a luz’ ou ainda pior ‘eu estou morrendo’. Há Sakura-chan foi horrível você tem que ir até o apartamento dele imediatamente. —Terminou ofegante.

—Você tem certeza Naruto? Como ele pode estar tão mal eu o encontrei ontem mesmo á tarde e ele estava perfeitamente bem.

Terminou assustada tentando achar alguma falha na explicação do loiro para a suposta doença do moreno, afinal, ele não poderia adoecer tão rápido só havia se passado algumas horas desde que o viu.

A ultima vez havia sido horas depois do almoço quando Hinata a deixou a ver navios, só tinha se passado a tarde e a noite, isso não poderia acontecer até as nove da manhã do dia seguinte.

–Porque você não me disse isso antes Naruto? Ele deve estar muito mal. Eu vou apara o apartamento dele agora mesmo ver o que está acontecendo!

Tirou o jaleco branco rápido e desajeitadamente o largou em qualquer lugar que não pode sequer ver e saiu correndo pelo hospital desesperada. A preocupação com o Uchiha era tanta que os saltos altos e a saia justa não interferiram e nem incomodaram em nada a corrida da garota até o Uchiha adoentado, a ansiedade queimava nas veias, não suportava a idéia que alguma coisa se passasse com Sasuke por culpa de um atraso tolo.

Correu pelas ruas ensolaradas o mais rápido que as pernas permitiram. Esbarrou em pessoas e não deu a mínima importância. Já estava na praça perto do chafariz localizou-se rapidamente e pensou que isso queria dizer que já estava perto da casa do Uchiha, rapidamente em meio à corrida avistou algo verde com um enorme sorriso no rosto.

—Sakura-san que bom vê-la meu coração quase se explode de felicidade por avistar sua linda face. —Lee disse de costas para o chafariz parando-a pelos ombros. A segurava forte não queria deixá-la ir.

—Lee-san, não é hora para isso eu preciso ir ver o Sasuke-kun ele está muito doente. —Disse tentando se livrar das mãos insistentes do ser verde até adicionou a doença de Sasuke a conversa para ver se seria liberada com mais facilidade.

—Deixe-o para lá, ele não nos fará falta se partir. Nós fomos feitos um para o outro, minha flor e cerejeira. —Disse olhando profundamente nos olhos verdes e raivosos da medica-nin.

—O que? Que estória é essa de ‘não nos fará falta se partir’? Você enlouqueceu o seu cérebro fritou ou toda essa cor verde fez mal a você? Eu não vou deixar nada acontecer ao Sasuke-kun. Solte-me.

Disse tentando se desvencilhar do moreno com a raiva fora de controle o empurrou contra o chafariz o jogando e o vendo submergir rapidamente na água o deixando em um estado lastimável como do dia anterior em que o Uchiha o deixou.

A medica-nin não se predispôs a olhar o estrago, já estava longe quando a mesma criança levada do outro dia o jogou outro sorvete meio derretido, desta vez, de morango e chocolate.

Subiu as escadas o mais rápido que pode chegando à porta do Uchiha, bateu freneticamente.

–Droga! Quem será essa hora? Ainda não deu tempo nem de colocar essas revistas em algum lugar mais escondido estão todas pelo chão e agora não dá tempo de recolher são muitas.

Pensou logo após sair rapidamente da cama desarrumada e com algumas revistas ainda por cima do lençol branco, decidiu abrir a porta e mandar quem quer que fosse embora. Estava tão certo do que faria que não se deu ao trabalho de vestir-se permaneceu somente com a bermuda preta que estava vestindo.

Estava tão exausto de comprar e carregar revistas e destruir outdoors, que quando chegou ao apartamento pela madrugada só teve disposição para jogar pelo chão a ultima leva de revistas e dormir profundamente o máximo que o corpo e a mente o permitisse. Aquilo o havia cansado mais que uma missão Rank S.

Abriu um filete pequeno da porta e alarmou-se rapidamente quando se deu conta de quem era.

—Sasuke-kun você está bem eu vim vê-lo o Naruto me disse que você estava muito mal e eu fiquei tão preocupada... —Terminou ofegante esperando pela resposta do Uchiha enquanto mirava seus olhos ônix.

—Eu estou perfeitamente bem. O Naruto está louco.

Que planinho mais sem sal que aquele baka inventou tudo isso só pra Sakura vir até aqui.

Tentou fechar a porta mais foi impedido pela insistente Haruno.

—Como está bem? O Naruto estava apavorado dizendo há um minuto atrás que você estava pálido e morrendo. O que está acontecendo aqui? —Disse agora quase raivosa quando finalmente caiu em si e finalmente viu que o Uchiha estava em plena e perfeita saúde.

—E você ainda acredita naquele baka do Naruto? Agora me deixe voltar a dormir eu preciso ir, Sakura. —Disse muito insistente o que alarmou a Haruno, o Uchiha queria se livrar dela muito rapidamente, esse Sasuke não combinava com o ultimo Sasuke que prometeu resgatar sua confiança.

—Espera aí o que está acontecendo, o que você está escondendo de mim? —Disse forçando a porta - contra o Uchiha ainda resistente - tentando olhar para dentro por cima do ombro de Sasuke.

—Pare de ser irritante Sakura. É que eu ainda não estou vestido só isso. —Disse tentando a convencer inutilmente.

—Não vem com essa... —Disse usando sua força estrondosa para empurrar de uma vez a porta contra o Uchiha e entrar em um solavanco para dentro do apartamento bagunçado.

Andou alguns passos pesados atravessando a pequena sala até chegar ao quarto do moreno ficou estática e totalmente paralisada com o que se estava à frente de seus olhos.

Os olhos verdes correram pelas diversas revistas espalhadas pelo chão; algumas em pilhas malfeitas outras avulsas jogadas pelo meio do quarto outras pelos cantos algumas em cima da cama mal arrumada outras por cima da mesa de cabeceira, mas, o que mais chamou a atenção foi uma pilha grande que chegava a sua cintura e que estava localizada estrategicamente ao seu lado direito junto com as diversas caixas ainda lacradas e intocadas.

—O que é tudo isso? —Perguntou com voz entrecortada pela falta de ar em seus pulmões.

—São revistas. —O Uchiha respondeu como se fosse o mais obvio do obvio e era.

—Isso eu sei. —Respondeu entre dentes. —Será que você poderia deixar de ser o senhor sarcástico por um misero minutinho e me responder direito? —Disse agora olhando para face imutável do Uchiha que agora estava estranhamente perdida.

—Não era para você vê-las agora, eu iria embalar tudo e deixar na sua casa sem que você soubesse.

Disse evitando olhar a Haruno não sabia o porquê mais sua mente abominava a idéia da medica-nin ter uma má reação ao seu gesto inesperado por isso havia resolvido o ocultar. A única parte ruim e falha do plano precisamente quase perfeito, é claro, foi contar tudo a certo loiro hiperativo e futuro Hokage de Konoha.

—Porque fez isso? —Insistiu na pergunta não respondida.

—Você disse que queria queimar todas, então eu peguei todas para você! —Disse em um tom mais baixo que o habitual. —Você não gostou do que eu fiz? —Perguntou incerto se queria mesmo ouvir a resposta.

—Você está louco? —Disse olhando a face confusa e levemente desanimada do rapaz. —Essa foi à coisa mais bonita que alguém fez por mim, e a mais romântica também. Eu Adorei, foi lindo. Obrigada Sasuke-kun. —Disse virando-se rapidamente e o abraçando de surpresa afundando o rosto envergonhado no tórax do Uchiha.

—Mais... Tem que ter uma razão para todo seu esforço, o Uchiha Sasuke que eu conheço não faria isso por nada. —Terminou o olhando mais não quebrando o abraço que fora correspondido por Sasuke. Ainda mantendo os dois corpos juntos.

—Você vai me fazer dizer, não vai?

Perguntou olhando estático para os olhos verdes e quase lacrimejantes da Haruno. Quando captou o movimento frenético e afirmativo que provinha da cabeça da medica-nin abriu um leve sorriso abaixando-se levemente até alcançar o ouvido da Haruno e sussurrar o que ela esperou para ouvir, proporcionando a Sakura uma descarga elétrica que passeou pela espinha fazendo as pernas perderem o equilíbrio total. Logo em seguida foi ao encontro de seus lábios rosados roubando-lhe o ar.

Ele não estava acostumado a dizer certas coisas, especialmente para Sakura, mas, provavelmente ele teria tempo bastante para se acostumar a dizer; “Aishiteru” muitas outras vezes mais e escutar o mesmo em recíproco saindo dos lábios de Sakura como acabara de ouvir a preciosos instantes atrás.

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Owari

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Notas finais do capítulo

ultimo capitulo da fic espero q tenham gostado do final, ainda tem um epilogo q vou postar em breve valeu por acompanhar a fic e pelos favs comentarios indicaçoes valeu pessoal ^^