Como se apaixonar por Sawada Tsunayoshi escrita por Lulu


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Vou começar aqui dizendo para que não se decepcionem com o tamanho dos meus capítulos, eles costumam a ser pequeninos, sorry. Enfim espero que gostem ♥



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Eu não estava nada animado, na verdade eu nunca estou animado com as coisas. Não me culpe, a minha personalidade não é nada cativante, devo admitir, mas ser praticamente despachado a morar com o irmão mais velho não era uma situação animadora. Eu gosto dos meus pais, eles são super... Gente boa? De qualquer maneira, eles cuidaram de mim desde que nasci e sinto em dizer que não fizeram do melhor trabalho, mas no fim não deveria culpá-los, ao menos deveria seguir o exemplo de Cozart que por céus, parece entreter qualquer um com aquele modo de agir. Nada disso vem a calhar agora. O problema começou desde que eu botei os pés na calçada da casa de Cozart, como disse ante meu irmão mais velho com quem vou morar a partir de hoje por escolha dos meus pais ─ Já que morar na Itália parece melhor do que continuar no mesmo teto que eu. ─ A casa era realmente agradável, nada contra ela. A pintura trazia calmaria e era engraçado como as telhas do telhado pareciam combinar estranhamente com o tom cremoso das paredes.

As batidas na porta se pareciam mais com socos. Sinceramente ficar em um carro durante tanto tempo era irritante, sem mencionar todas aquelas malas que tinha de carregar, ao menos ele podia ter a consideração de se apressar e abrir a maldita porta. Uma careta desgostosa surgiu em minha face ao ouvir uma voz qual tinha certeza absoluta que não pertencia ao meu irmão.

─ Quem está te visitando a essa hora hm? Você sabe que isso não é justo.. você prometeu passar a tarde comigo e..! ─ Os olhos daquele loiro pareciam saltar de sua face ao se deparar comigo.

Agora vamos ao ponto, eu realmente não tenho nada contra ninguém, entretanto juro que não estou interessado em passar o restante da minha vida presenciando os relacionamentos melosos de meu irmão.

─ Oh..Oh! Que gracinha! Parece uma miniatura sua! ─ Ele gritou mais como uma menina colegial me agarrando pelo pescoço.

─ Enma? Oh céus... Eu me esqueci.. Você chegava hoje. ─ O final daquilo foi sussurrado, fingi simplesmente não ter ouvido.

─ C-Com licença...? ─ Justo agora, em todas as horas minha voz falha justo agora? Sinceramente sou um fracasso. ─ Você se importaria em me soltar?

Não sou antipático, diria mais tímido, além disso, aquele loiro usava um perfume tão enjoativo que estava a ponto de vomitar, só não disse isso claramente por pura educação. No fim ele não me soltou quem me livrou daquele peso foi o idiota do meu irmão que tentou explicar a situação para o cara que parecia se chamar Giotto, o que eu pensei que fosse algum nome de comida internacional, mas tudo bem.

─ Porque você não me ligou para avisar que estava vindo?

─ Eu liguei, seu telefone estava ocupado.

O vi direcionar um olhar frustrado ao rapaz ao seu lado que ainda me olhava de modo curioso, e incômodo.

─ C-Certo.. certo, vamos levar suas coisas lá pro quarto, está limpinho... ─ Pegou algumas das minhas malas e tornou a bronquear o rapaz loiro com os olhos como se dissesse para contribuir.

Eu fiz aquilo do modo mais rápido. As malas ficaram jogadas no chão do quarto e eu preferi me acomodar naquela cama ao invés de desfazer tudo aquilo. Como ele havia dito estava mesmo limpo, ao menos ele havia se preocupado com esse ponto. Em algum ponto eu caí em um sono profundo, mas o intervalo foi curto visto que acordei com um cheiro maravilhoso que me fez roncar o estômago, mas como? Cozart cozinha tão mal quanto eu.

─ Enma-chaaaan~

Franzi o cenho, aquele cara ainda não tinha ido embora? Não houve tempo para uma resposta já que a porta se abriu praticamente no mesmo momento.

─ Vamos jantar aposto que você está com fome. ─ Sorriu amigável.

Ele estava certo. Eu estava faminto, provavelmente por culpa das tais vitaminas contra a anemia qual minha mãe me obrigou a tomar.

─ Eu estou descendo.

O jantar era simplório, mas não deixava de aparecer apetitoso. Toda a comida já estava servida em seus devidos pratos. Aquele loiro era bem eficiente, entretanto sua presença não deixava de me incomodar um pouco. Ele tagarelava bastante com o Cozart, falava sobre pessoas da faculdade, sobre trabalhos pendentes e assuntos entre os dois quais eu preferia não entender. Quando eu estava a ponto de deixar a mesa ele fez isso primeiro. Esticou-se cuidadosamente trocando um rápido selar de lábios com o meu irmão, juro que preferia ter os olhos queimados, mas já era um pouco tarde.

─ Eu estou indo, você sabe... ─ Coçou a nuca.

─ Tudo bem, mande um oi para ele por mim.

─ Pode deixar. Até mais Enma-chan, aliás, pode me chamar de oni-chan. ─ Piscou um único olho dando uma risadinha antes de pegar a mochila e deixar a casa.

Foi questão de segundos para os meus olhos serem voltados ao meu irmão na ponta da mesa. A sobrancelha arqueada valia mais do que qualquer palavra usada naquele momento.

─ Eu acho que já ficou bem claro não é? Desculpe-me não ter dito para você. ─ Ele parecia ter ficado envergonhado com o ocorrido.

─ Tanto faz. ─ Menti. Eu já havia dito sobre ser péssimo em me socializar? Pois é, isso acontecia também com o meu irmão, fazia tanto tempo que não o via, era quase como um estranho.

Eu saí da mesa naquela noite sem falar mais nada e na manhã seguinte não foi muito diferente.

─ Boa sorte com o colégio. Vai dar tudo certo.

─ É. ─ O murmuro baixo foi a resposta enquanto eu tentava atravessar a porta em segurança daquele loiro que havia acabado de chegar.

─ Boa sorte com o colégio Enma-chan!~

Não houve resposta. O que ele era? A minha mãe? Cozart tinha o direito de sair com quem quisesse desde que a minha vida, monótona, não fosse interferida. De fato o monótono não parecia estar ao meu favor naquela cidade.

─ O que foi Sawada? Quer que eu quebre o seu outro braço? ─ O tom era puro e debochado.

O menino de cabelos castanhos parecia encurralado. Encolhia os ombros contra aquele muro, parecia querer correr para muito longe. A sociedade era composta por animais, já tinha chegado àquela conclusão apenas por aquela situação. Quem ameaçava um menino que já estava ferido? Ainda em um grupo?? Aquilo era total covardia.

─ No total vocês têm oito braços, porque não começam quebrando o braço um do outro? ─ Onde eu estava com a minha cabeça de intervir com aquilo.

─ O que você falou moleque?!

O assunto deve ter rendido um pouco mais, não me lembro muito bem, talvez o barulho do meu corpo sendo enfiado na lixeira tenha atrapalhado com a minha memória, mas o transe só passou quando eu notei estar na diretoria do colégio, maravilha, o primeiro lugar a conhecer do colégio fora a diretoria, muita sorte a minha.

─ Obrigado por ter me ajudado hoje.. sinto muito pelo o que fizeram com você.

O garoto de antes agora cuidava dos machucados em meu rosto com alguma dificuldade já que usava apenas uma das mãos. O trabalho não fora muito grande, afinal o meu rosto estava sempre coberto de band-aids.

─ Tudo bem, não foi nada.

─ O meu nome é Sawada Tsunayoshi.. e o seu? ─ Os olhos pareciam brilhar de modo incomum, ele tinha olhos muito grandes, temo em admitir que chegava ser gracioso.

─ Enma.. Kozato Enma. ─ Resmunguei de ombros encolhidos. Eu ainda era péssimo em fazer amigos e provavelmente a aparência, voz e modo de agir daquele menino só estavam me deixando mais nervoso

─ E-Enma?! O que aconteceu?? ─ A voz de meu irmão ecoou por toda a diretoria enquanto ele entrava apressado pelas portas quase atropelando os demais funcionários. ─ Tsu... kun?

─ Tsu-kun? ─ Arquei a sobrancelha.

─ Cozart onii-chan! ─ O menino ao meu lado sorriu.

─ Cozart.. onii-chan?!?!

─ Como está o seu braço? Giotto me disse que você estava melhor.

─ Sim estou não se preocupe. ─ Ele sorriu reconfortante.

─ Ah! Enma então você conheceu o Tsu-kun? Ele é o irmão mais novo do Giotto.

Franzi o cenho. Eu tinha ouvido bem? Aquele menino na minha frente era irmão daquele loiro com quem meu irmão trocava saliva? Aquele menino todo pequeno, fofinho e prestativo? Aquele mesmo menino quem eu ajudei minutos atrás? Aquele mesmo que estava cuidando dos machucados em meu rosto agora?

─ O que?!?!? ─ Berrei incrédulo. Impossível.


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Notas finais do capítulo

O acharam? Críticas? Sugestões????



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