Harukaze escrita por With


Capítulo 25
Capítulo 25


Notas iniciais do capítulo

Bom dia!
Vamos dar início a nova fase e conhecer mais um pouco sobre a Hime-chan.
Boa leitura!



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Harukaze

Capítulo 25

Você e eu, o juramento daquele dia, vai ultrapassando até mesmo a imaginação

O dia a dia que está conectado a toda parte vai iluminando radiante

Quando a primavera chegar será a cor do início, até os confins do universo

Cinco anos depois:

Yatsuki Tsuhime acordou exatamente às cinco e meia da manhã, como todos os dias. Entretanto, preferiu observar o homem que dormia ao seu lado a levantar de uma vez e ir despertar o filho no quarto ao lado. O rosto do marido encontrava-se a mercê de seus olhos castanhos e ela ainda não acreditava que tudo o que acontecera em sua vida nesses cinco anos pudesse ser real. Sentia-se viva, forte e desejada. Sempre buscou aquele estilo de vida e agora a tinha. Permitiu que o sorriso se alastrasse por seus lábios.

Casara-se com Hatake Kakashi há três anos e por opção preferiu não aderir ao sobrenome dele. Prometera que jamais se desfazeria de sua origem e passado, por mais que eles causassem-lhe ainda alguma dor. Como atitude que ela esperava de Kakashi, ele não a recriminou pela decisão. Aprendera a amá-lo e não negaria a ninguém que havia se rendido ao amor dele.

Ajeitou as cobertas sobre o corpo do marido e levantou-se, encaminhando-se para o quarto de Yatsuki Haru, seu filho, que se encontrava com cinco anos de idade. E ainda que fosse apenas uma criança, Haru era inteligente e talentoso, além de possuir um sorriso fácil que fazia com que Tsuhime sempre acabasse desistindo de contrariá-lo.

Ela abriu a porta com cuidado e entre cobertas e travesseiros bagunçados vislumbrou a cabeleira negra e rebelde do filho. Ele era tão bagunceiro quanto qualquer criança, contudo Tsuhime ensinava aos poucos que o garoto soubesse a importância de arrumar o próprio quarto. Caminhou a passos leves até a janela e abriu as cortinas, permitindo que a luz da manhã adentrasse com vigor e dispersasse a escuridão. Haru gostava de deixar o quarto escuro, ele alegava se sentir atraído enquanto utilizava sua imaginação fértil.

Imediatamente ela ouviu um resmungo manhoso, o corpo infantil remexendo-se incomodado. Claro que soava maldoso tirar uma criança da cama às cinco da manhã, mas Tsuhime gostava de colocar a culpa em Haru, dizendo: “Não tenho culpa se é um gênio”. E não era apenas o filho que trabalhava os talentos logo cedo, Tsuhime descobrira a vocação quando dera à luz ao filho. Anos antes Tsunade já havia oferecido a ela a vaga de obstetra e hoje, dali à uma hora e meia, precisaria exercê-la no hospital de Konoha.

— Acorde, Haru-chan. — A voz de Tsuhime soou carinhosa, como todas as manhãs. Aquele garoto mudara a sua vida completamente. — Está na hora e eu sei que não vai querer chegar atrasado à academia.

— Hm... Só mais um pouquinho, mamãe. — Haru cobriu-se novamente, protegendo a cabeça da luz.

— Nada disso, vamos, levante-se. — Ela descobriu-o, esperando que o filho a obedecesse. — Vá tomar seu banho enquanto preparo o café. Quero você na cozinha em vinte minutos.

E Tsuhime não esperou por uma resposta do filho. Rumou para a cozinha, que por sinal pudera decorá-la como bem entendesse. Há três anos mudara-se para casa de Kakashi e vendera a que comprara, reformando os cantos que o marido permitiu, ou seja, a casa inteira. Era o lar que Tsuhime ansiava, eles tinham tudo: Amor, carinho, companheirismo e uma família linda.

Embora Haru não fosse filho biológico de Kakashi, a convivência dos dois foi muito fácil devido à presença do Hatake desde que Haru nascera. Talvez um dia, quando o filho estivesse mais velho, contasse a verdade, por enquanto ela não sentia aquele desejo. Às vezes não se fizesse necessário, todavia temia que as pessoas começassem a associar Haru a Kakashi e descobrissem diferenças físicas absurdas. Mesmo sendo a mãe, o filho herdara pouquíssimas coisas suas como, por exemplo, o ar gentil e o sorriso. Em todos os aspectos, por mais que Haru não tivesse qualquer contato com o verdadeiro pai — que por sinal nem Tobi e Kabuto a procuraram mais —, ele lembrava-o.

— Bom dia. — Absorta em pensamentos, Tsuhime foi incapaz de controlar o corpo com a repentina voz de Kakashi. Tentou recompor-se, porém ele notara seu constrangimento. — Desculpe, não quis assustar você. Como acordou essa manhã?

— Muito bem. Consegui descansar bastante. — A Yatsuki rebateu, em seguida sorriu e aceitou o cumprimento do dia: Um beijo em sua testa, gesto que se tornou rotineiro. — E você, ficará em casa?

— Não, Tsunade-sama gostaria que alguns companheiros e eu fossemos a Suna. — Kakashi sentou-se a mesa, analisando a esposa. Ela não mudara nesses cinco anos, pelo contrário, continuava a mesma de sempre. O que diferencia a antiga Tsuhime para a atual era o ar leve que ela carregava e os cabelos que alcançavam agora o meio das coxas.

— É grave? — Enquanto conversava, ela arrumava a mesa do café. Um dos hobbies que adquiriu fora cozinhar, além de acalmá-la fazia muito bem. — Há um tempo que Tsunade-hime não te mandava para tão distante da vila.

— Parece que eles estão tendo alguns problemas, não sei os detalhes. — Evidente que Kakashi não queria preocupá-la, optando por revelar apenas o necessário. — E Haru?

— Tomando banho, eu acho. — Tsuhime disse divertida, apesar de dedicado sabia o quão preguiçoso Haru poderia ser. — Vou levá-lo a academia se você não puder.

— Acho que terei tempo. Quer ajuda com isso aí? — Kakashi ofereceu-se, percebendo que Tsuhime subia na ponta dos pés para pegar algo no armário.

— Ah, claro, seria ótimo! — Ela riu de si mesma, dando espaço ao marido. — Vou apressar Haru, enquanto isso dê uma olhada no lámen, sim? — Rumou para os quartos, chamando pelo filho.

Minutos depois, os dois voltaram à cozinha juntos. Kakashi preparara o lámen do filho, que por sinal acabou considerando aquele macarrão a comida preferida graças a Naruto, e aguardava por Tsuhime. Teria que contar a família que quando partisse em missão, talvez precisasse ficar em Suna mais dias do que o previsto.

— Então, terei que chamar Naruto de babá de novo? — Ela interrogou, degustando o tamagoyaki. — Sei que Haru o adora, mas soube que ele está concentrado em trazer um amigo de volta. Não acho que devo incomodá-lo com isso.

— Sinto muito, terá que mudar seus horários novamente. — Kakashi mostrou-se compreensivo e isso foi o suficiente para inspirar um sorriso nos lábios da esposa.

— Tudo bem. — Ela levantou-se, colocando a louça suja na pia. Olhou para o relógio na parede, notando que marcava quase sete horas. E ainda nem saíra de casa. — Terei que lidar com isso mais tarde.

— Eu faço. — Recebeu um olhar confuso e incrédulo de Tsuhime. — Preciso me preparar para a missão, então...

— Certo, certo. — Tsuhime beijou-o nos lábios, interrompendo-lhe a fala. — Obrigada. Está pronto, Haru-chan?

— Sim... — O garoto respondeu indeciso, os olhos agitados percorrendo todos os cantos da casa. Segurava um papel em mãos, porém não sabia como questionar os pais sobre ele, afinal era um bilhete de Iruka-sensei e nervoso não conseguiu espiar o conteúdo. E se ali o professor estivesse contando o que aprontara? Imaginar como o pai reagiria o preocupava.

— O que foi, Haru? — E quem o questionou foi justamente Kakashi, fazendo o coração de o menino acelerar.

Tsuhime era mais fácil de lidar quando o assunto era Haru, constantemente permitia que ele passasse o dia na casa de um amigo ou comesse fora de hora, entretanto quando quem tratava do filho era Hatake Kakashi as coisas poderiam ser bem demoradas. O jeito que o pai pensava e analisava a situação ao redor dele lhe deixava nervoso.

— O que tem nas mãos, amor? — Tsuhime já havia se aproximado, mesmo que aquela atitude fosse do desagrado do marido. Ela era uma mãe coruja e não se arrependia. — É algum bilhete da academia? Deixe a mamãe ver.

Relutante, Haru entregou o papel para a mãe e observou a maneira rápida que ela lia. Kakashi não bisbilhotou, logo ele iria saber. Escutou apenas as palavras sussurradas amanhã, acampamento e visita na escola. Todas sem ligações. Assim que finalizou a leitura, Tsuhime passou o bilhete ao marido e aí sim Kakashi compreendeu. Tratava-se de uma autorização, onde Iruka-sensei gostaria de levar as crianças para acampar na floresta amanhã. Porém, com letras um pouco menores e em destaque, o professor solicitava a presença de um dos dois na escola ainda aquele dia.

— Não terei tempo hoje, Kakashi. — Tsuhime esquivou-se, percorrendo até o quarto e voltando com a bolsa nos ombros. Ali continha tudo o que ela necessitaria para aquele dia. — Será que pode cuidar disso? E Haru... — Desta vez ela não usou o honorífico no nome do filho. — Vamos conversar mais tarde. Agora eu preciso ir.

— Eu levo nosso filho.

— Obrigada, querido. Eu amo vocês. — E com essa última frase, restaram apenas pai e filho na cozinha.

Haru se antes já estava nervoso, agora nem se comparava. Respeitava Kakashi e se sentia orgulhoso por ser filho dele, por ouvir as pessoas comentando o quanto o pai era incrível, todavia se ele pudesse escolher quem o acompanharia sem dúvidas seria Tsuhime. O olhar da mãe era mais suave e demonstrava compreensão à maioria das vezes, enquanto que o olhar do pai era pesado e interrogativo.

Em silêncio, Kakashi conduziu Haru, de mãos dadas, até os portões de casa e rumaram pelo caminho que levaria a academia. O comércio já abria as portas e as pessoas cumprimentaram os dois com sorrisos ou acenos. Desde que se casara com Tsuhime, a vida de Kakashi havia caído em uma rotina interessante. A visão de família que ele possuía caíra por terra quando se deu conta de que faria qualquer coisa por eles. A mágoa que antigamente sentia por sua infância, devido ao pai, dissipou-se à medida que Tsuhime mostrou a ele novas possibilidades. Era grato por ela e por Haru, e mesmo amando-os ele não poderia ser sempre o pai incrível.

— O que você aprontou? — O Hatake verbalizou, sentindo o aperto em sua mão intensificar. — Sabe que sua mãe vai ficar muito chateada com você, não é?

O menino guardou quietude, os lábios fechados em uma linha reta. Entretanto, tinha ciência de que como bom aluno o que fizera não tinha qualquer senso bom. Mas como renunciar às travessuras infantis? Ora, ele apenas contava com cinco anos de idade!

— Eu... — A voz começou baixa e hesitante. — Eu, o Hideki e o Souma colocamos cola na cadeira do Iruka-sensei. — Como bom amigo, claro que Haru não iria levar a culpa sozinho.

— O que fez foi errado. Você não pode desrespeitar seu professor... — Enquanto repreendia o filho, Kakashi imaginava o amigo naquelas condições e não pôde deixar de sorrir. Soava altamente cômico. — Eu não quero ser chamado na escola de novo, combinado?

— Tudo bem, papai, desculpe.

As crianças já se aglomeravam em frente à academia com seus pais e foi naquele meio que Kakashi abaixou-se, ficando a altura do filho. Não recebeu o olhar dele como de costume, apenas um abraço rápido e fraco. No entanto, não se arrependia. Haru era uma criança e logo iria diferençar o certo e errado e enquanto isso não acontecia, encarregar-se-ia de mostrar a Haru. Esperou que ele entrasse, para enfim poder ir ter com o professor e logo voltar para casa. Havia uma pia de louça suja esperando para lhe fazer companhia.

(...)

A ideia de ficar tempo indefinido longe de Kakashi não a agradava, a prova disso demarcava sua desatenção nas mulheres grávidas que atendia. Não fazia de propósito, porém Tsuhime se ligara muito ao marido nesses anos e ver-se sem ele, todos os dias, soava-lhe como um desconforto insuportável, sufocante. Mudar seus horários não se tornou um problema, já que Tsunade encarregou-se de fazer aquilo por ela, no entanto nenhuma palavra de consolo diminuiria aquela estranha sensação.

Cortou os pensamentos, decida a se focar profissionalmente no trabalho e deixar os assuntos pessoais para ser resolvidos outra hora. E ainda tinha que descobrir o motivo do chamado na academia que Haru frequentava. Não queria acreditar que a fase rebelde havia alcançado o filho, embora não o julgasse pelo comportamento errado. Crianças são levadas e buscam atenção, seja qual for à forma. A questão era que chamar a atenção de Haru a fazia se sentir mal, notara também que levava o mínimo jeito para tal tarefa.

Como quando Haru tinha três anos e pegara a caixa que Taki lhe dera para brincar. Fora incapaz de controlar a raiva que sentira ao ver o filho jogando a caixa no chão. As laterais se soltaram, tornando-se o reparo difícil. Brigara com o menino e por consequência recebera o desprezo de Haru durante o dia todo. Lembrara-se do choro dele ecoando em sua mente como um disco arranhado mesmo depois de algum tempo, e prometera que nunca mais levantaria a voz para Haru.

Contudo, Tsuhime tinha que entender que agora Haru estava crescendo e precisa ser conduzido na linha entre o que pode fazer e o que não pode fazer. E foi se automutilando que não escutou o que sua paciente lhe falara. Evidentemente desculpou-se, alegando não ter acordado bem aquela manhã e recebeu uma resposta vaga. Suspirou cansada, afinal, o dia apenas estava começando.

Pegando uma ficha do pequeno monte em sua mesa, Tsuhime dirigiu-se a sala de espera. Havia muitas pessoas ali, mais do que ela poderia contar, porém apenas uma lhe chamou a atenção. A mulher era dona de olhos dourados e cabelos castanhos, vestia um kimono azul escuro e descansava a mão sobre o ventre evidente. Quando foi ler o nome para chamar a próxima paciente, simplesmente a voz não conseguia sair como se as palavras tivessem estagnado em sua garganta.

Já vira aquela mulher antes, não duvidava, porém se ainda existisse receio sumira ao ler o sobrenome dela. Aburame. Recompôs-se, sorriu e solicitou que Aburame Mita a acompanhasse. Não se encontrava surpresa por ter com a mulher, mas sim por ainda se lembrar dela. Seu coração sempre estivera calmo ao pensar em Shino, por mais que o amasse no passado em seu presente ele se transformara em uma boa recordação, então por que aquela sensação a deixava inquieta?

— Sou Yatsuki Tsuhime, sente-se, por favor. — Ela indicou a cadeira à mulher e ajudou-a a se acomodar. — Como está se sentindo hoje?

— Bem. — Mita sorriu doce e aplicada. — Mas o bebê está cada dia mais agitado.

— Isso é normal, claro, se não te trazer desconfortos. Pela sua ficha, você está no... — Tsuhime releu as informações, antes de dizer. — Sétimo mês de gestação. Desculpe-me, mas é a primeira vez que cuido de você.

— Sim. Normalmente eu estaria sendo acompanhada por um médico do clã, mas preferi vir até aqui. Um pouco de caminhada não irá me fazer mal. — Mita acariciou a barriga.

— Veio sozinha, Aburame-san? — Por alguma razão, Tsuhime não conseguia aprovar a atitude de Mita.

— Não, meu marido me trouxe. É o nosso segundo filho e ele está preocupado. — Um sorriso iluminado acendeu-se nos lábios finos de Mita. — Você conhece Aburame Shino?

Um pouco antes de a mulher questioná-la, Tsuhime havia se levantado para preparar a cama e a pergunta a fez cessar os movimentos. Soava-lhe interessante pensar na questão que Mita estabelecera. Em outros anos, a Yatsuki responderia “sim, eu o conheço”, todavia nos dias atuais ela se deu conta que Aburame Shino estagnara em uma parte de sua memória e a cada dia matava as recordações que a abrangiam. Forrou o lençol na cama e aproximou os aparelhos.

— Já ouvi falar sobre ele. — Tsuhime virou-se, vislumbrando o resquício de brilho apaixonado nos olhos dela. — Aburame-san, a senhora pode se trocar no banheiro e depois se deitar aqui, irei fazer alguns exames, tudo bem?

— Claro, mas... — O rubor instalou-se nas bochechas de Mita. — Meu marido pode ficar comigo? Ele já deve estar na sala de espera.

— Acho que não terá problema. — E percebeu que aquela mulher tinha o poder de reviver todas as suas lembranças. Também fizera aquele pedido a Tsunade, porém Kakashi ainda não era seu marido. — Vou chamá-lo, enquanto isso faça o que eu pedi, por favor.

Tsuhime acatara ao pedido de Mita e logo Shino adentrava sua sala, tão indiferente como era de se esperar. Talvez ele houvesse mudado, ou talvez fora ela que se acostumara à imagem que tinha dele no passado. Em todo caso, disse que se ele quisesse ficar ao lado da esposa não haveria problema.

Aliviou-se ao ver que Mita a obedecera e sentou-se no banquinho para começar os exames. Primeiro, Tsuhime optara por fazer uma ultrassonografia, um exame físico e de sangue, queria ter certeza de que Mita estava em condições. A imagem abatida que ela lhe passava a deixava apreensiva.

(...)

— Muito trabalho? — Tsunade adentrou a sala de Tsuhime, olhando para os lados como se estivesse sendo perseguida. E na verdade não soava uma ideia errada, já que fugira do trabalho burocrático aquele dia. Sentou-se na cadeira de frente para a jovem obstetra. — Nunca mais foi conversar comigo em meu gabinete.

— Não estou tendo tempo. — Ela proferiu tímida, mostrando a Hokage que restava apenas uma ficha em sua mesa naquele final de tarde. Em alguns casos, Tsuhime atendia como clínica geral, o que a desgastava totalmente. — Gostaria de ir buscar Haru na academia, mas não vou conseguir.

— Você pode ir, se quiser. Seu horário está quase terminando. Desculpe-me, sei que tenho exigido bastante de Kakashi nos últimos dias. Prometo que darei uma folga a ele.

Tsuhime sabia os motivos que levavam a Hokage a tomar tal gesto: Sentia-se culpada. Culpada por atribuir missões a Kakashi quase que diariamente, porém Tsuhime dividia a culpa no ranking do marido. Ele era um jounin. E como todos os jounins eram os mais aptos a missões fora da vila, Kakashi não tinha privilégios.

— Mesmo não precisando se desculpar, eu aceito. A senhora é a Hokage, Tsunade-hime, e tem todo o direito de escolher os melhores se quiser obter sucesso nas tarefas.

— Acho que com o tempo você ficou menos humilde.

Tsuhime riu do comentário e retirou o jaleco. Guardou seus pertences na bolsa e a jogou no ombro. Abriu a boca para falar, mas a Hokage rejeitou o que quer que fosse com um gesto de mão.

— Eu cuido desse último.

— Obrigada!

O único som que Tsunade ouviu em seguida foi o da porta se fechando.

(...)

— Mamãe! — Haru correu para Tsuhime ao vê-la, logo foi tirado do chão pelo abraço da mãe. — Pensei que o papai viesse me buscar. — Os lábios infantis se contorceram em um pequeno bico.

— A mamãe teve um tempinho e veio correndo. — Beijou o filho no rosto e o devolveu ao chão. — Como foi a aula?

— Legal. — O menino verbalizou indiferente. E Haru percebeu que ainda não era bom o suficiente para enganar os sentidos de Tsuhime, pois os olhos acastanhados exigiam que falasse logo. — O Hideki e o Souma me convidaram para ir na casa deles, eu posso?

— Que tal deixar para outro dia? O seu pai vai sair em missão, não vai querer desejar a ele boa sorte?

Haru avaliou a proposta, como se a mãe estivesse sendo injusta com ele e fez bico para convencê-la, entretanto, a firmeza com que Tsuhime o olhava o fizeram entender que se despedir do pai era mais importante. Segurou a mão de Tsuhime, logo proferindo interessado:

— Para onde o papai vai?


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Notas finais do capítulo

Obrigada por ter lido e espero que tenha gostado.
Agora Tsuhime tem uma família, será que as coisas continuarão calmas assim?
Deixe sua opinião, crítica construtiva, sugestões... Será recebido com carinho.
Até o próximo,
Beijos!



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