More Like Sisters escrita por Mavelle, Nederland


Capítulo 18
Capítulo 18 - Lily


Notas iniciais do capítulo

Oi gente linda do meu coração!!!
Um capítulo novinho em folha pra vocês!
Eu já teria postado se ele não tivesse se excluído totalmente quando eu fui copiar pra postar. Juro, comecei a chorar.
Enfim, espero que gostem!
Beijos da Sabidinha ♡♥♡



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Não aguentava mais ver aquela cena. Saí discretamente, por trás da multidão e fui para o banheiro abandonado. Quando me dei conta, eu estava no banheiro, chorando. Droga! Odeio chorar, apesar de ser algo que tem acontecido muito nesses últimos dias.

Odiava chorar por ele.

Tudo isso só piorava quando eu ficava me perguntando se ele era cavalheiro com ela ou se esse era realmente um lado só meu. E eu queria que realmente fosse só meu. Essa loira oxigenada não merece conhecê-lo do jeito que eu conheço. Não o Scott cavalheiro e apaixonante.

Ele não merece minhas lágrimas, ou, ao menos, minha atenção. Não depois de hoje. Sums entra no banheiro, fechando a porta atrás de si, o que é desnecessário, já que somos as únicas que usam esse banheiro.

– Se veio aqui me dizer que, se eu tivesse aceitado, poderia ser eu com ele na cantina, eu só posso dizer que eu sei que sim. Poderia ser eu. Mas eu fiz merda, como sempre acabo fazendo com qualquer coisa boa da minha vida.

Ela não falava nada. Estava apenas com os braços cruzados em frente ao peito, vindo na minha direção.

– Lily, eu só vim aqui para dizer o que você pode não querer perceber ou não se tocar, mas que está acontecendo. - ela falou séria, dando uma pausa e provavelmente reunindo coragem para o que ia falar. - Lily, você ama o Scott.

– Sim. - simplesmente admiti, sem nem pensar. - Sim, eu o amo, mas não gostaria de me sentir assim. Eu sinto que já gosto dele há um tempo, mas toda a rivalidade que eu nem sei como começou me fazia tentar, contra todas as forças, não gostar dele. Não queria admitir para mim mesma que eu, Lily Tanner, estava apaixonada por Scott Rivers. Eu simplesmente não podia! Se eu admitisse, mesmo que para mim, eu não conseguiria conviver com minha própria mente, que me dizia para odiá-lo o tempo inteiro. Eu não queria dar a chance. Não daria o braço à torcer. Eu ia agir pela razão, não pela emoção. O problema é que, às vezes, a emoção com certeza fala mais alto. Como quando ele me abraçou no shopping, fingindo ser meu namorado. Eu comecei a chorar, porque eu realmente estava me sentindo segura com seus braços ao redor do meu corpo, me segurando forte contra ele, me protegendo. Naquela hora, eu descobri que estava gostando dele e não queria que ninguém no mundo descobrisse. Nem mesmo você, Sums. Me desculpe. - ela levantou as palmas das mãos, em sinal de que estava tudo bem. - Enfim, quando brigávamos depois desse dia, eu sentia que brigando, talvez, eu pudesse tirar essa ideia maluca de estar apaixonada da minha cabeça. Não conseguia, mesmo que me esforçasse ao máximo. Então, na noite do trabalho, quando ele foi super cavalheiro comigo, eu soube. Eu o amava. Mais do que já tenha gostado de qualquer outro garoto. Eu simplesmente não me imaginava num futuro sem ele. Não fazia sentido. E eu estava pronta para mostrar para ele o que eu sentia, quando ele me chamou para sair. Mas a razão falou mais alto de novo e não deixou a emoção se expressar como todos queríamos. Você pode não saber, mas eu chorei mais do que nunca naquele dia. Não podia imaginar como eu conseguia ser tão burra. Recusei um pedido que eu não só queria, como iria aceitar. Agora vejo essa cena, que é simplesmente demais pra mim. Eu queria ser aquela loira de meia tigela, só pra estar lá com ele. Não é só ciúmes. Também inveja e arrependimento. Eu preciso dele, Summer. Acho que talvez você me entenda.

As lágrimas escorriam pelas minhas bochechas, deixando-as cada vez mais encharcadas.

– Poxa. Acho que você nunca tinha se aberto comigo assim. - Summer veio em minha direção e me abraçou.

– Nunca tinha me aberto assim com ninguém. Nem comigo mesma. Gostar do Scott era algo inadmissível na minha cabeça, quem dirá amá-lo!

– O que você vai fazer? - ela perguntou, soltando-nos do abraço.

– Eu não sei. Queria que você me ajudasse num plano pra conquistar o Scott.

– Bom, talvez você possa colocar silicone nos peitos e na bunda como a amiguinha dele fez.

Ri com a ideia.

– Por favor, Sums! Algo que minha mesada cubra!

– Bem, eu tive uma ideia diferente dessa, mas ainda preciso ajustar e contatar algumas pessoas. Vai dar tudo certo! - ela apertou minhas mãos entre as suas e depois perguntou, séria. - Até que ponto você iria para recuperar o Scott?

– Sinceramente, eu faria de tudo. Porque? - ela deu um sorriso maldoso. - O que você tá planejando, Sums?

– Espere e verá! - ela saiu do banheiro com um sorriso maligno. Eu adoro minha melhor amiga, mas, às vezes, ela é, no mínimo assustadora.

●●●

– Sums, eu não vou fazer isso! É ridículo.

Eu estava relutante com a ideia de fazer ciúmes em Scott. Parecia ridículo. Não só parecia como era. Eu não precisava causar ciúmes nele para reconquistá-lo. Eu precisava de um plano melhor, mas nenhum me vinha à mente.

– Lily, esse plano é a solução para os problemas de todos nós. Você faz ciúmes no Scott e acabam juntos e o Jason - ela apontou para o garoto de cabelos pretos do outro lado do corredor. - disfarça ele ser gay.

– Isso é possível? - apontei para a camiseta rosa choque e para o jeans justíssimo que ele estava usando.

– Não seja preconceituosa. Ele vai conseguir disfarçar e ainda vai te ajudar com o Scott.

– Não sei, Sums. Fazer ciúmes é totalmente o contrário do que eu faria. E ele sabe disso.

– Por isso mesmo vai funcionar. Ele vai pensar que você realmente está com o Jason e, a partir daí, veremos o que acontece.

Bufei.

– Você não podia ter pedido para que eu fizesse qualquer outra coisa, não?

– Essa foi a melhor ideia. Mas poderíamos ter te obrigado a gravar um sex tape. Preferia isso?

Ri.

– De onde veio a ideia de que eu ao menos cogitaria a ideia de gravar um sex tape?

Ela deu de ombros.

– Você disse que faria de tudo para tê-lo de volta.

– Um sex tape está fora do limite de tudo.

Sums riu e o sinal tocou.

– Se lembre. Na hora do almoço, cantina.

Respirei fundo.

– Certo.

Cada uma seguiu seu caminho para a aula, eu já com o coração na mão. Não acho que eu ia conseguir viver até o almoço. Não sem ter um infarto.

●●●

Era a hora do almoço e eu estava com Jason, apenas esperando Scott aparecer para começarmos com o plano. Estávamos conversando inutilidades na hora que Scott apareceu, desacompanhado.

– Está na hora, Jason. - sussurrei em seu ouvido.

Quase que instantaneamente, ele beijou o canto da minha boca. Eu dei-lhe um selinho e ele me colocou na parede. Ficamos nos beijando, com suas mãos passando pelas minhas costas e as minhas assanhando seu cabelo. Eu estava de olhos fechados, tentando interpretar melhor o papel.

Ele não beijava tão bem, mas era um excelente ator. Nos separamos um pouco e eu fiquei olhando em seus olhos, fingindo um olhar apaixonado.

Pela minha visão periférica, eu via Scott do outro lado da cantina, encostado numa pilastra. Aparentemente, ele não estava muito feliz. Parecia querer destruir a cena à sua frente com o olhar.

– Jason, está funcionando. Ele parece querer nos destruir. - falei sussurrando em seu ouvido e sorrindo.

– Vamos melhorar isso, então. - ele sussurrou no meu ouvido.

Jason me colou novamente à parede e começamos a dar beijos de língua e a chupar os lábios um do outro. Meus olhos estavam novamente fechados. Eu não estava gostando dos beijos mas tinha que fingir que estava. O melhor jeito de fazer isso era estando com os olhos fechados.

Abri os olhos para olhar para Jason, que tinha parado de me beijar e estava me olhando. Pela visão periférica, podia ver Scott saindo de seu lugar e vindo em nossa direção.

Em menos de 5 segundos, ele tinha chegado e empurrado Jason de lado, além de ter começado a me puxar pelo braço. Eu fingia relutar, mas, mesmo que estivesse mesmo relutando, ele era forte o suficiente para me arrastar para onde quisesse. Ele me levou para os jardins e me sentou no mesmo banco onde finalmente tínhamos nos dado bem pela primeira vez. Ele sentou a uns 50 centímetros de distância de mim, mas pelo lado contrário do banco.

– Porque você fez isso, Scott? - perguntei irritada.

– Eu simplesmente não aguentava mais ver aquela cena.

– Acha que eu aguentava ver você e aquela loira oxigenada e siliconada se engolindo?

– Você viu? - ele perguntou, assustado.

– Sim. E quero muito tirar essa imagem nojenta da minha cabeça.

– Porque seria tão nojento eu beijar uma garota?

– Não é isso. É somente o fato de você ter me esquecido tão rápido.

– Eu não te esqueci. Ashley era um jeito de tentar te esquecer depois de você rejeitar meu convite para sair. - eu ia falar, mas ele me interrompeu. - Eu sei que eu disse que estava tudo bem, mas não estava. Eu estava mal de verdade. Não queria te ver porque sabia que tinha sido rejeitado e que, mesmo assim, continuava gostando de você. A Ashley foi um jeito meu de tentar te esquecer, de tentar te tirar da minha cabeça. Mas só piorou, já que tudo o que eu queria é que fosse você comigo na cantina ontem, não ela. Te ver com aquele babaca foi horrível para mim. Eu simplesmente não sei me controlar, Lily. Eu sou ciumento. Me desculpe por isso. - ele baixou a cabeça e eu me aproximei dele.

– Não tem porque você se desculpar. Esse era o objetivo. - ele arregalou os olhos, formando uma pergunta compreensível. - Esse era o objetivo porque tudo isso foi um plano da Sums. Ela me achou no banheiro depois que eu saí da cantina chorando. Então bolou um plano para te deixar com ciúmes e o Jason me beijando era parte dele.

Scott se aproximou mais de mim, deixando apenas uns 10 centímetros entre nossas coxas.

– Acredite, não precisaria daqueles beijos para que eu ficasse com ciúme. Bastava ele estar do seu lado.

Ri, mas logo parei. Eu sabia que tinha que falar o que eu estava prendendo.

– Scott, tem duas coisas que eu preciso te contar.

– Conte.

– Primeiramente, não precisa se preocupar com o Jason. É mais fácil eu ter que me preocupar com ele, de que você ter que se preocupar com ele.

– Ah. - ele exclamou. Com certeza tinha entendido. Ele logo mudou de assunto. - Qual é a segunda coisa?

– A segunda coisa é mais importante. - respirei fundo. - Quando você me chamou para sair, eu ia aceitar.

– O quê? - ele exclamou, feliz.

– Eu ia aceitar sair com você.

– Sério? - assenti, enquanto ele tirava toda a distância entre nossas pernas. - Por favor me diga que eu não estou sonhando.

Ri novamente.

– Você está acordado, Scott. - sorri para ele.

Apertei sua mão. Ele sorria também, mas logo seu sorriso se desfez, sendo substituído por uma careta confusa. Eu já tinha certeza do que ele iria perguntar.

– Mas porque você não aceitou?

Dei de ombros.

– Sinceramente, eu estava com medo de aceitar. Era tudo o que eu mais queria. Aceitar seu convite. Mas a razão que estava em minha mente me dizia: "Não vá! Vai dar merda! Você vai acabar deixando ele saber que você gosta dele!". Então eu não aceitei, mas você não imaginaria o quanto eu chorei por ser tão burra e estúpida. Eu não queria que você ou qualquer um soubesse que eu estava apaixonada por você. Eu não queria aceitar isso, não queria admitir. Não queria sentir esse sentimento tão forte quanto eu sentia. Mas agora eu sinto e admito, em boa e alta voz. - olhei nos olhos dele, que já brilhavam. - Scott, eu estou apaixonada por você.

Olhando em seus olhos, vi o brilho aumentar e algo mudar neles. Talvez tenha visto esperança. Então ele me beijou, sendo correspondido prontamente. Seu beijo era perfeito e tinha gosto de hortelã. Minhas mãos passavam por seu cabelo e as dele passavam por minhas costas, me puxando mais para perto dele, praticamente me sentando em seu colo. Nos separamos do beijo para tomar ar. Fiquei olhando em seus olhos, enquanto ele olhava nos meus.

– Sabe, eu prefiro esse seu olhar bobo e apaixonado quando é para mim.

Ri e ele me deu um selinho. Depois outro e mais outro, até que ouvimos aplausos.

– Aê!!!! Finalmente!! - aquela voz conhecida exclamava. Se você chutou que era a Sums, acertou. Bobby estava com ela, com um sorriso malicioso na cara.. Com certeza corei. Saí do colo de Scott, me sentando ao seu lado e segurando sua mão.

– Desde quando vocês estão aí? - Scott perguntou, a cara tão vermelha quanto a minha.

– Chegamos agora. - Summer logo respondeu. - Estávamos achando que estavam demorando muito. E só faltam dois minutos para tocar.

– Ah. - eu e Scott respondemos em uníssono. A mão dele folgou um pouco o aperto na minha, mas continuava lá.

– Vamos? - Scott chamou, ficando de pé e estendendo a mão para me ajudar a levantar.

– Vamos, meu cavalheiro. - peguei a mão dele e levantei do banco, sorrindo.

Saímos do jardim de mãos dadas, sem saber de quem era o maior sorriso: se era dele ou se era meu.


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Notas finais do capítulo

TCHAUUU



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