Sherlock Holmes e a Expedição Perdida escrita por Carol Stark
Notas iniciais do capítulo
Estou de volta com mais DOIS capítulos seguidos e fresquinhos!!
ÓTIMA leitura, meus lindos e lindas! :))
O restante do dia se passou sem mais acontecimentos. A polícia local chegou à Hospedaria e revistou tudo fazendo recomendações para que evitassem sair naquele dia. Assim, Sherlock Holmes encontrava-se em seu quarto sentado em uma pequena cadeira rústica próxima a janela. Mal dormira como gostaria quando se recolheu com sua espanhola. Grande coisa não poderia ser feita ainda no dia do repentino acontecimento. O detetive preferiu, então, pensar sobre o caso no silêncio das horas, e enquanto sentia a leve brisa do dia refletia qual seria o real motivo da ameaça ao velho índio.
A mente arguta do detetive borbulhava em milhões de dúvidas, impossíveis agora de descrevê-las. Mas ele muito se empenhava.
Depois de horas em claro, sem ainda muitas pistas, Sherlock levantou-se para em seguida banhar-se e refrescar-se aliviando seus pensamentos que borbulhavam incompreensíveis em seu cérebro. Minutos depois, dirigiu-se à Rita que cochilara.
– Rita, - sussurrou o detetive alisando os cabelos castanhos da espano-cigana – Rita, vamos, acorde.
– Sherlock? Lo que aconteceu? – A mulher inquiriu sonolenta com a voz entrecortada.
– Depois de hoje mais cedo, nada ainda.
Rita virou-se de costas para o detetive a fim de continuar dormindo ao perceber o tom irônico e preocupado do seu amado.
– Pelo que vejo, não descansou depois do susto. Ainda de mañana y já con este humor... – Rita observou.
– Verdade. Não consegui pregar os olhos. Temos que ajudar aquele índio ameaçado... Descobrir o que está acontecendo, Rita. Como um grupo de expedição some sem deixar vestígios?! – O detetive se inquietou – Isto me cheira mal.
– Agora compreendo, mi amor, como Watson se siente cuando usas “temos que” ou “nós”... – A espanhola fugiu do assunto já quase dormindo novamente.
Holmes bufou e afastou-se da mulher. Estava preocupado demais imerso em suas hipóteses; preferiu não dar atenção à Rita naquele momento em que ela estava mais entre sonhos do que na realidade. Abriu o armário e puxou algumas roupas limpas. Vestiu-se como de costume, porém, agora com tecidos mais leves, que foram escolhidos com cuidado para o clima tão quente do Brasil.
Enquanto escolhia um belo chapéu que acentuasse sua austera beleza, Sherlock ouviu Rita murmurar:
– Ainda está cedo! – E cobriu-se se enrolando no macio lençol.
O detetive riu. Não conseguia irritar-se com aquela mulher.
Eram 9h e 20min da manhã. Realmente ainda cedo em se tratando de uma viajem de férias e a hospedaria ainda dormia juntamente com os mais fortes raios de sol. Toda a natureza fora do recinto estava quieta. Pareciam anunciar nestas horas do dia, o mistério que se escondia por entre as matas próximas dali. Mistérios estes que o detetive sentia precisar compreender. E assim o faria. Fechando a porta do armário, preparou uma pequena mochila de viagem e acrescentava seus instrumentos que julgava serem úteis.
Ao perceber o movimento, Rita questionou:
– O que estás haciendo? – Sentou-se na cama observando o detetive e sua arrumação.
– Preparando uma mala. – Sem a intenção, Holmes fora objetivo.
– Estoy vendo que preparas una mala. Quiero saber lo que pretendes con isso. – Explicou-se séria a espanhola levantando-se e indo ao banho com o intuito de também renovar as energias.
– Desculpe-me, estou na verdade, me preparando para uma pequena digamos “caminhada”.
– Lá se vai nosso descanso... – Rita falou de onde estava depois de alguns minutos em silêncio.
– Não se preocupe, tudo correrá bem e teremos nossas férias. – Sherlock tentou animar a mulher, que percebia a explícita preocupação em um misto de seriedade e dúvidas estampadas no detetive sempre que este se deparava com indícios de mais um grande caso.
– No sei, no. – Rebateu incrédula, vestindo-se, apesar de compreendê-lo.
– Acredite em mim, mi amor. – Holmes falou complacente beijando-a com carinho.
Rita retribuiu o ato para em seguida preparar sua própria mochila. Não o deixaria ir sem ela ao passo que não conseguiria esperá-lo votar à hospedaria enquanto, aflita, pensaria na incerteza de vê-lo.
***
– Não estou acreditando, Holmes, que estou perdendo esta viagem de férias! – Watson
falava minutos depois enquanto se reuniam no andar de baixo aos poucos que permaneceram na Hospedaria. Bebericavam um rápido café.
– Watson, pense um pouco, oras. Não vê como ficou isto aqui depois do que aconteceu? Depois da ameaça ao índio?! Esta Hospedaria agora está mais para um velório.
– No fale assim, Sherlock! – Rita observou.
– Veja Watson, - Holmes retomou olhando ao seu redor – tudo isto aqui quando chegamos transbordava tranquilidade e receptividade... Agora tudo está a um passo para o medo e temos que fazer algo.
– Temos. – Repetiu Watson com um ar cansado revirando os olhos.
– Não me venha com essa agora, meu caro. – Rebateu Holmes - Temos sim que levar isto adiante e ajudar este povo, se for possível. Precisamos unir pistas.
– Sherlock tiene razão, Watson. – Rita acrescentou – No podemos fingir que nada está acontecendo.
– Está bem. Vocês têm toda a razão. Vamos à mata, então. – Determinou-se o doutor Watson.
Neste momento, o dono da Hospedaria, o Sr. Borges, aproximou-se dizendo:
– Desculpem-me interrompê-los, mas compreendi parte do que conversavam e vejo que pretendem nos ajudar...
– Sim, isto mesmo, senhor. – Holmes confirmou inclinando-se, apenas, para encarar o homem enquanto Rita e Watson observavam.
– Por favor, senhor Holmes, precisamos mesmo de ajuda e se o senhor acredita que pode fazer algo por nós, faça! – Falou em sussurro o homem.
– Espere um segundo. – O detetive virou-se com sua cadeira agora completamente para a direção do corpulento dono da Hospedaria – O que o senhor sabe sobre isso? Tem algo a nos dizer?
– Bem... Na verda--
– Vamos, conte-nos de uma vez. – Holmes interrompeu-o pondo uma mão no queixo e outra na perna. Sua atenção agora era dobrada e totalmente para o Sr. Borges.
Rita e Watson se entreolharam, mas permaneceram em silêncio. Também haviam percebido algo de estranho naquele pedido. Como se algo já tivesse acontecido.
– Na verdade, eu não sei se deveria dizer-lhes isso... – Borges puxou uma cadeira para próximo deles e sentou-se – Mas algo parecido já aconteceu. Isso foi há uns 10 meses... – Iniciou pensativo – Aqui. Neste mesmo lugar (...).
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O que será que aconteceu? E por quê? COMENTEM, sim?!! Fantasminhas, por favor apareçam!!! Vamos ao próximo capítulo... >>>>>>>>