Era ele.

—Maxi, o que faz aqui tão cedo?- perguntei

— Ah, você sabe, minha mãe tinha que ir trabalhar agora e ou ela me dava carona ou eu ia a pé, e, bom, sua casa é meio longe da minha- e foi assim, com ele parado na minha porta que percebi o quanto a gente se afastou, se fosse a 1 mês atrás ele já entraria dizendo que está com fome e perguntando oque tem pra comer, na verdade, nem tocaria a campainha, ele sabe que sempre que tem alguém em casa a porta ta sempre sem a chave

— Maxi, querido, quanto tempo que não te vejo, parou de vir aqui, não vai entrar?- disse minha mãe puxando ele para dentro

—Então, parece que no fundo eu sabia que você viria mais cedo, fiz sua comida preferida- mamãe disse puxando a cadeira para ele se sentar

— ah, dona Giovanna... obrigado- ele disse meio sem jeito

Sentei na ponta da mesa, 4 cadeiras depois de Maxi

Mamãe olhou para nós,  certamente sabia que algo estava errado. Eu consegui sentir meu suor descendo pela testa.

—Tá legal, oque aconteceu?- mamãe perguntou

—Como assim? Não aconteceu nada- eu disse

— Atá minha filha, e eu sou roxa, desde que vocês dois são amigos, vocês sempre sentam um ao lado do outro e ficam roubando comida e essas coisas, mas hoje... vocês mal dirigiram a palavra um ao outro, o que aconteceu?- insistiu mamãe

—Então Maxi, a gente tem que fazer o trabalho logo, vamos?- perguntei ignorando totalmente a pergunta dela

— vamos- respondeu maxi

—esperem- mamãe nos parou

Eu amo a minha mãe, mas em momentos como esses queria que ela fosse muda

—Maxi, querido, eu estou namorando- ela disse

— sério? Nossa, meus parabéns- maxi disse abraçando ele

—deu? Terminou? Então vamos Maxi- disse o puxando pelo braço

— Não acabei, Nathalia volte aqui- ela disse e então nós voltamos

— Maxi, como eu estava dizendo, estou namorando e hoje vou fazer uma janta aqui em casa para Naty conhecer ele e eu queria você aqui- Droga mãe

—é... – ele gaguejou e olhou para mim

—olha só, eu não sei oque ta acontecendo entre você s dois, mas Maxi, não é pela naty que estou pedindo, é por mim- isso, ótima jogada mãe, mas ta na cara que é por mim

—Bom, então eu aceito- ele disse com um sorriso

— muito lindo mãe, mas a gente precisa subir, vem Maxi- disse subindo e ele me seguiu

Entramos no meu quarto e eu me sentei na cama, e ele se sentou a meu lado, eu olhei para ele... Eu tinha esquecido o quanto os olhos dele eram bonitos, na verdade, eu acho que eu nunca reparei o quanto ele era bonito. Mas agora, ele ta aqui, e tudo parece tão simples. Eu quero meu amigo de volta. Por que dificultar tanto? Talvez eu até goste dele, talvez um dia a gente seja mais que isso. Mas hoje... eu preciso do meu amigo.

—Maxi...-falei

—Oi?- ele disse

—Eu não consigo mais fazer isso

—Como assim?

— Nós eramos inseparáveis, e de repente nos afastamos, como a gente foi deixar isso acontecer?- eu perguntei quase chorando

—A culpa foi minha, não devia ter me apaixonado por você, nem ter te beijado, foi estupido... Naty, eu senti tanto a sua falta, mas toda vez que tentava falar com você eu travava. Eu achava que você nunca iria me perdoar. Naty, me desculpa.- ele disse quase chorando, sim, eu já tinha o visto chorar, mas isso sempre me fazia chorar também , e vendo ele assim, não me aguentei e o abracei, saímos do abraço devagar

—Maxi, a culpa não foi sua, foi minha, eu que sou uma idiota e deixei você ir embora, mas a verdade maxi, a verdade é que descobri que não sei viver sem você- eu disse entre o choro

—Naty, você não é uma idiota, eu errei, mas nunca quis te perder- ele disse

—Volta pra mim?- eu perguntei

—Sempre- ele disse e nos abraçamos.

Hoje nada podia estragar meu dia, porque eu tinha meu melhor amigo de volta pra mim