A custo da felicidade escrita por IceAngelIce, CatkeithCat


Capítulo 11
O outro lado de Berk. Parte 2




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“Apenas que eu não sirvo para lutar, não acho que ela vá fazer mais perguntas” Disse Soluço.

Bocão concordou e guardou na bolsa em que carregava os metais as roupas do menino. Soluço abaixou levemente a cabeça e arrumou o modo como andava do jeito das pessoas ao redor. Se lembrou das vezes em que se infiltrou em outras vilas, com o tempo ele aprendeu a se relacionar com todos os tipos de pessoas desde os exilados até os chefes de aldeias inimigas.

 

—-

Arthur observou quando o ferreiro da vila andava na frente de sua casa, ele estava com um garoto magro e com roupas que pareciam tão usadas quanto as dele. Imaginou quem seria o ruivo, nunca o tinha visto desse lado da ilha. E ele não se parecia com os adolescentes do outro lado que tinha visto antes. O ruivo parecia inquieto , sua cabeça estava abaixada em claro sinal de timidez. Soluço olhou para o lado e viu um menino que deveria ser de sua idade o encarando, ele deu um pequeno sorriso e um leve aceno de mão.

 

Arthur o cumprimentou de volta com a cabeça, e os seguiu de longe. A curiosidade matou o dragão, mas ele não se importava com dragões. Foram esses repteis que levaram sua família para longe dele. Se esgueirou por trás da padaria e ouviu o que o ferreiro falava para a Dona Grito.  

 

“Dona Grito , você está aqui?”  Chamou o loiro.

Uma senhora gorda e um pouco velha apareceu, ela tinha um sorriso calmo (calmo demais para um vicking)  e varias marcas de expressão no rosto.

“Bocão querido, o que faz aqui?” Soluço se lembrou que em sua época eles tinham o mesmo tipo de dragão. Deu um pequeno sorriso ao relembrar que o dragão dela uma vez comeu todos os bolos que tinha feito para o festival. Teve que conter o riso ao lembrar que eles eram de enguia, os outros dragões pareciam zombar dele toda vez que passava.

 

“Eu trouxe o garoto que falei, ele não sabe lutar.”  A mulher encarou o herdeiro da vila, ele parecia mais fraco que os do outro lado. No entanto ela podia perceber músculos por baixo da blusa larga, se Bocão achava que o menino não sabia lutar ele estava errado. Mas cada um tinha seus motivos e quem era ela para julgar?

 

“Você está bem fraco menino, por trabalhar aqui você tem direito a pegar comida o suficiente para se alimentar e a sua família. Não queremos que desapressa depois do inverno não é?” Ela levantou uma sobrancelha

“Eu vivo do outro lado.” Falou o menino. “Não vou precisar, mas obrigada. Apenas o suficiente para quando estiver aqui.”

“Pode ir Bocão, eu cuido do garoto.”

Senhora Grito mandou o menino pegar algumas sacolas de farinha na dispensa e deu um pequeno sorriso quando ele trouxe duas sacolas de 7 quilos. O menino nem sabia fingir que era fraco, pelo menos assim ela teria um ajudante que conseguia levantar sacos de farinha, já estava ficando velha e sua coluna doia.

“Garoto?”

“Sim, senhora?”

“Qual o seu nome?” Soluço colocou as sacolas na mesa e olhou para a padeira na sua frente. Qual era o nome dele? Ou melhor, qual deveria ser o nome dele? Esse garoto que ele estava se tornando , ou fingindo ser, não era Soluço o herdeiro de berk.

“Menino, eu sei que você provavelmente tem um motivo para estar desse lado. Talvez seja o segundo filho que não é forte o suficiente para ter o nome da família, ou outra coisa. Você não é fraco como o ferreiro acha, cada uma dessas sacolas tem 7 quilos. Agora me diga como eu devo te chamar, seja o seu nome verdadeiro ou não.”

“Eu não sei como q senhora pode me chamar. Prefiro que não saiba quem eu sou.”

“Vou te chamar de Drachen de alguma forma você me lembra um dragão.”


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