We are Malfoys escrita por Black Panther


Capítulo 7
Chapter Seven


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem!



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Life, well it always has a twist
Something new that can’t be missed
And you know i can’t resist
This feeling

Rose

— Eu sempre via vocês pelos corredores, felizes e unidos assim como uma família deve ser.

A mais nova começou a falar enquanto elas andavam pelo corredor escuro. Rose sabia que se encrencaria por sair da monitoria, mas ela não ligava. Estava confusa demais para saber o que fazer naquele momento e incrivelmente Charlotte Malfoy estava fazendo tudo se encaixar, mesmo que por teorias malucas. A garota tinha só treze anos e pensava como uma adulta, o seu raciocínio era rápido e incrível.

— E eu sentia tanta inveja. Eu sinto! Quando falam de Weasleys e Potters todos são um sorriso e lembram de vocês. Juntos. Sempre acompanhados, com belos sorrisos no rosto e aparentando ser uma família. Eu queria que minha família fosse mais como uma família, sabe?

— Está brincando? Vocês Malfoys que são incríveis e parecem ter tudo do bom e do melhor!

A menina gargalhou deixando a outra confusa. Ora, os Slytherins eram invejados e sempre estavam no controle de tudo, o que havia de errado?

— Pode ser. Somos bonitos, inteligentes, temos dinheiro e blablablá... Mas não somos uma família de verdade. Meus pais sem amam, isso é fato, mas eu e meus irmãos somos tão afastados quanto um conhecido deve ser. A gente conversa as vezes, temos algumas piadas internas e nós suportamos a ponto de ligar pros sentimentos um do outro, mas existem tantos segredos, tanta distância... Irmãos deveriam dividir tudo, não é? Porque é o que eu acho.

Rose abriu a boca ainda mais surpresa. Certo, uma família é feita a base de confiança e amor. Eles se amavam, mas não confiavam um no outro? Okay, a família perfeita não era perfeita.

Hora de mais revelações então.

— Vocês passam e todos olham. Não pelo seus pais terem tido uma super participação na guerra porque olham para minha família por isso, mas a sua não, o seu pai fez escolhas erradas, ou melhor, ele não teve escolha. Isso que minha mãe sempre diz quando mencionam Draco Malfoy. Vocês fizeram tudo por merecer, as atenções são suas, eles admiram vocês apesar do seu sobrenome supostamente sujo por Voldemort. — A ruiva respirou fundo revisando o seu discurso. — Tudo bem que vocês não são os mais gentis, mas são lindos e se amam de verdade, eu sei sim. Eu quero isso, quero fazer por merecer, quero ser lembrada por um feito meu e não dos meus pais. Sabe o quanto é difícil manter as rédias quando todos esperam algo grande de você? Eu quero viver, ser uma adolescente, não ter que estudar sei lá quantas horas por dia porque minha mãe era a melhor aluna, também não quero ser gentil e corajosa só porque meu pai era. Quero ser eu. Quero ser a Rose. Só a Rose.

— Você é maravilhosa Rose. Você não precisa ser a sombra dos seus pais, você pode ser quem você quiser. Se você é inteligente é porque tentou e se esforçou para isso, se você é gentil é porque é uma pessoa maravilhosa e chama atenção pela bondade, pelo jeito meigo... Você é corajosa ou não seria mandada uma Griffyndor. Pense alto, esqueça os planos, viva o que há para viver. Seja você, seja feliz.

A mais velha sorriu. — Sua família também é maravilhosa, não esqueça disso.

— Tem certeza que está falando da família certa, Rose? — Charlotte a fitava com curiosidade, os olhos azuis dela cintilavam — Você realmente lembra de algum de nós fazendo algo maravilhoso? Nós somos lindos, populares e desejados. . Eles olham porque tem medo, receio ou até porque tem inveja, mas uma coisa que nunca entendi, pra que ter inveja? Somos uma família qualquer que se ama e tem tudo que pode querer ter, nem todos podem com isso, mas não somos nada demais.

— Daphne, vocês superaram e afugentaram todos que resolveram brincar com o seu sobrenome. Vocês criaram algo de vocês, vocês são lembrados por algo de vocês. Eles olham para todos vocês e vêem a superação de um nome, a superação do pai de vocês.

A morena mordeu o lábio inferior, ainda não entendia bem porque queriam ser um Malfoy. Ser como eles. Eles mostravam que não estavam para brincadeira, mostravam que um sobrenome não era tudo e que você mostra quem você é pelas suas atitudes. Ela estava começando a gostar de Rose Weasley. Quem diria? Quando imaginou que seria amiga daquela ruiva esquentada?

— Eu tinha inveja de você Rose. — A ruiva arregalou os olhos e corou, nunca teria imaginado algum motivo para ter inveja dela, era tão sem graça, uma mandona, uma esquisita. A outra continuou meio receosa, nunca tinha contado algo assim para ninguém, os pensamentos eram a única coisa somente dela, mas talvez seja bom compartilhar de vez em quando.

— Você nunca liga para nada que pensam de você. Você não depende de um status, um garoto ou de um relacionamento. Você é amada, tem uma família alegre que não precisa fugir das críticas simplesmente porque não tem nenhuma, todos amam seus pais e não pela guerra. Eles são bons e incríveis... E você é linda, mesmo que não perceba.

A ruiva abriu a boca, mas não tinha a mínima ideia do que falar, apenas sussurrou um uau.

— Digo, eu sentia o mesmo de você. Inveja. É um sentimento muito ruim, eu sei. Porém você é maravilhosa Charlotte e nunca deixe que te digam o contrário, okay? Você vai ser uma mulher fantástica e vai ser coisas grandes, vai mudar o mundo com essas suas palavras.

Elas sorriam. A ruiva se pegou observando a menina, ela era toda linda, sincera e um pouco intimidadora. Os cabelos castanhos caíam pelos ombros finos, os olhos azuis brilhavam, eram elétricos. O sorriso era meio frio, mas a deixava com uma aparência doce. Charlotte Malfoy é uma garota intensa e única.

Realmente única.

— Mas agora você vai me dizer porque estava beijando meu irmão?

Ah, merda

Pensou que aquele assunto não iria mais surgir. Nem ela sabia o que tinha acontecido.

Albus

O menino de olhos verdes marcantes achava que estava ficando louco. Muito louco mesmo! Ele fechava os olhos e imagina ela ali. Dançando, sorrindo e chamando ele. "Albus, Albus, Albus" O som da voz dela era tão doce e intenso, ele adorava o jeito como o nome dele soava saindo dos lábios dela pintados de um vermelho vivo e provocante.

Abriu os olhos e pela primeira vez em muito temo ele simplesmente sorriu ao invés de gritar mentalmente que estava louco, porque ele percebeu que talvez ele esteja mesmo louco. Louco por ela. Albus Severus Potter estava oficialmente louco por Daphne Malfoy e não se importava mais em se lembrar dos olhos dela toda noite, também não se importava quando ela andava toda prepotente por ai com aquele nariz empinado e olhar de desdém que dizia ''Eu sou uma Malfoy e estou aqui então olhe para mim".

Ele realmente não ligava, não importava mais, só achava que ficava linda daquele modo. O moreno só queria observar cada movimento enquanto ela passava pelo corredor vazio porque ela era e sempre seria inevitavelmente linda.

— O que disse, Potter? — ele engoliu em seco, mas logo estufou o peito. Não acreditava que tinha falado aquilo em voz alta. Não era para ela ouvir, mas já que ouvira...

— Linda. Eu disse que você é linda, Daphne.

A menina perdeu a pose e pela primeira vez na vida ficou sem fala. Dois dias atrás seu irmão gêmeo começa a namorar uma Weasley, ontem sua irmã mais nova havia sido vista junto de Rose Weasley e agora o Potter dizia que ela era linda. O mundo estava de cabeça para baixo e Merlin, ela queria que continuasse assim.

Ele encarou ela que encarou ele de volta. Verde no cinza. Cinza no verde. Era contrário, era diferente. Não era um oposto, era simplesmente diferente, algo novo. Tentou controlar o coração que batia muito rápido para só uma quedinha. As mãos suavam e ela não parava de fitar ele que estava apavorado. Um fato sobre Albus: Ele nunca ficava apavorado.

A loira respirou fundo e ele desviou os olhos para a boca dela que estava tão convidativa. A respiração dela estava descompassada e a boca tremia levemente. Porque ela não o xingava e ia embora como sempre? Porque ela o encarava? Merlin, porque ela não o empurrava ao invés de deixar ele a fitar por minutos? Ele iria perder o controle depois de tanto encara-lá.

Ele então percebeu que talvez ela também quisesse fitar ele, que talvez ela sentisse o mesmo. Então sem pensar duas vezes, ele a beijou. A loira ficou receosa no começo, ele sentiu a tensão passar pelo corpo dela, mas aos poucos ela foi se entregando o beijo, as línguas travavam uma batalha incontrolável.

Se dependesse deles aquilo nunca acabaria, ficariam naquele momento para sempre, mas o oxigênio não permitiu então se separaram ofegantes. Se encaram novamente, o menino sentiu o estomago dele dar cambalhotas e ela queria a boca dele na dela de novo. O agarrou e eles ficaram trocando beijos por um longo tempo e sem dizer nenhuma palavra. Não precisavam, eles sabiam. Sabiam que aquilo era tão errado e ao mesmo tempo tão certo.

Pela primeira vez naquele ano ela sentiu que tudo estava finalmente se encaixando.


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