Pov. Damon

Não conseguia parar de pensar numa coisa... Como Katherine está viva? Eu a vi sendo morta por um caçador e se ela esta viva então por que voltou. Cheguei em casa e Stefan e Lexi estavam no sofá bebendo uísque.

– Finalmente ele chegou! – disse Lexi.

– Vamos direto ao assunto, olá Lexi – Lexi acenou pra mim – Como e por que a Katherine está viva?

– Não sabemos – disse Stefan.

– Alguém deve ter ajudado ela – disse Lexi

– Mais quem? – perguntou Stefan.

– Talvez possa ter sido aquela tal de Emily, ela era uma bruxa e não saia de perto da Katherine, talvez Emily tenha feito um feitiço para Katherine não morrer.

– Se ela está viva, então por que voltaria para Mystic Falls? – perguntou Stefan.

– Ela deve estar fugindo de alguém, ela sempre está fugindo. – disse Lexi.

– Ótimo! Mais quem? – pergunto.

– Klaus – disse Stefan.

– Ok, vocês dois vão atrás dela.

– E você vai fazer o que? – perguntou Lexi ironicamente.

– Estou muito ocupado.

– Com a Elena? – disse Lexi.

– A esquece, eu vou dormir e não acabe com todo o meu uísque.

– Damon, o que você foi fazer? – perguntou Stefan.

– Digamos que eu fui solidário com uma pessoa.

– Você? Solidário? Poupe-me Damon – disse Lexi irônica.

– Boa Noite.

– Boa Noite – disse Stefan e Lexi ao mesmo tempo.

Subi as escadas e fui tomar um banho, deitei na cama e meu celular tocou, era a Elena.

– Hey.

– Hey

– Desculpa eu ter ligado, eu sei que está tarde, mais eu não consigo dormir – disse Elena.

– Tudo bem, não precisa se desculpar, eu entendo. Você quer que eu te acompanhe até o hospital amanhã?

– Não precisa, eu não quero te incomodar

– Você não vai me incomodar.

– Obrigada Damon...

– Agora tenta dormir, se você não conseguir pode ligar pra mim.

– Ok, tchau

– Tchau.

Pov. Elena

Depois de eu ter ligado para o Damon consegui dormir tranquila, e acordei com uma terrível dor de cabeça, fui tomar um banho e de repente me veio à mente uma imagem de uma garota que estava andando numa carruagem e reparei que a garota estava com Stefan, ela estava comentando com ele sobre um lindo campo de flores que havia perto dali e que eles deviam fazer um passeio pelo campo, quando a garota finalmente virou o rosto voltei à realidade, olhei para o chão e havia algumas gotas de sangue, meu nariz estava sangrando, limpei e sai do banho.

Jeremy estava me esperando na cozinha, ele havia preparado o café.

– Bom dia – disse Jeremy.

– Bom dia.

Meu celular começou a tocar, era a Caroline.

– Oi Elena, aconteceu alguma coisa? – perguntou Caroline.

– A minha mãe... Sofreu um acidente de carro... – Não conseguia falar.

– Ai meu deus Elena, por que não me ligou?

– Eu não sei, naquela hora tinha muita coisa na minha cabeça e eu não sabia o que fazer...

– Eu entendo então depois da aula eu passo ai.

– Pode ser eu vou ligar pra Bonnie.

– Ok, Tchau.

– Tchau.

Eu desliguei o telefone e peguei uma xícara de café.

– Você tá bem? – perguntou Jeremy.

– Estou sim, daqui a pouco eu vou visitar a mãe.

– Seu amigo vai te levar? – Jeremy ficou sério.

– Acho que sim, tem algum problema?

– Só acho que ele está muito próximo de você

– Ele tem me ajudando muito, de um jeito que eu nem sei explicar.

– Só quero que você tenha cuidado Elena.

– Pode deixar. Vou ligar pra Bonnie.

...

Eu estava me arrumando e senti uma sensação estranha, a mesma da noite passada, olhei para a janela e não havia ninguém e vi o carro do Damon se aproximando, desci e abri a porta para ele.

– Oi – disse Damon.

– Oi – sussurrei.

– Vamos?

– Sim.

Jeremy não queria ir, por mais que ele amasse nossa mãe ele não conseguia aguentar ver ela toda machucada, sofrendo.

Depois da conversa que tive com Jeremy fiquei pensando, se devo ou não confiar no Damon, ele é uma ótima pessoa, mais é muito misterioso, eu não sei muita coisa sobre ele, sinto que ele me esconde algo.

– Damon posso te fazer uma pergunta?

– Claro que pode. – me começou a me olhar.

– Por que você tá aqui?

– Não entendi.

– Por que está aqui me ajudando?

– Por que gosto de você, me importo com você.

– É só isso mesmo?

– Só isso Elena, pode confiar em mim, nunca vou te machucar.

– Me desculpe

– Não precisa se desculpar. – ele pegou a minha mão.

...

Chegamos ao hospital e Damon quis me esperar no carro, fui até o quarto onde a minha mãe estava, quando eu entrei ela estava acordada e Ric sentando ao seu lado. Ela estava completamente curada, nenhuma cicatriz, nenhuma lesão, como se fosse um milagre.

– Mãe, você está bem? – segurei sua mão.

– Estou ótima Elena, acho que nunca estive melhor – ela disse sorrindo.

– Mais como isso foi possível?

– Ainda não sabemos Elena – respondeu Ric.

Eu dei um abraço nela.

– Nunca mais nos assuste desse jeito.

– O Jeremy não quis vim? – perguntou Ric.

– Não, ele não queria ver ela toda machucada e sofrendo, mais então quando vai receber alta?

– Os médicos ainda vão fazer alguns exames, talvez eu saia amanhã.

– Que bom.

Ficamos conversando por algum tempo e me lembrei do Damon, fui até a janela e vi que ele ainda estava lá.

– Eu já volto.

...

Fui até Damon dar as noticias, ele estava sentando num banco em frente ao hospital, sentei ao lado dele.

– Como ela está? – perguntou Damon.

– Ela está completamente curada, nenhuma lesão.

– Que bom. – ele sorriu - Elena será que a gente podia se encontrar mais tarde?

– Claro.

– Tenho que ir, vou resolver um problema com o meu irmão.

– Ok.

Ele se aproximou e me deu um abraço, e retribui.

– Fique bem Elena.

– Vou ficar.

Ele entrou no carro e acenou e foi embora, voltei para o quarto e minha mãe havia dormido.

– Elena você veio com quem? – perguntou Ric.

– O Damon me trouxe.

– Não quero que fale com ele, ele não é uma boa pessoa.

– Ele é Ric, ele me ajudou muito.

– Fique longe dele Elena, é para o seu próprio bem.

– Você não o conhece Ric, que mal ele poderia fazer a mim?

Uma das enfermeiras foi entrando no quarto.

– Desculpe o incomodo mais vocês precisam sair.

– Tudo bem – disse Ric.

Saímos do quarto e fomos até o refeitório sem dizer uma palavra.

– Ric eu vou pra casa.

Antes de sair, Ric segurou o meu braço.

– Pense no que te falei.

Sai sem dizer nada, e peguei um taxi até em casa.

...

Cheguei em casa e a primeira coisa que eu fiz foi deitar no sofá, Jeremy foi até a sala e se sentou no outro sofá.

– Como ela está?

– Na verdade, ela está completamente curada.

– Mais como assim? – perguntou Jeremy confuso.

– Curada, sem cicatriz, sem lesões, ela vai até receber alta amanhã.

– Que bom Elena, mais como ela pode está curada da noite pro dia?

– Ainda não sabemos, mais o importante que ela está bem.

Jeremy sorriu, e alguém estava batendo na porta.

– Eu atendo – disse Jeremy.

Me sentei no sofá, e ouvi a voz da Caroline e da Bonnie.

– Oi Jeremy – disse Caroline.

– Eai – disse Jeremy.

Reparei que Bonnie e Jeremy trocaram olhares. As duas viram até a sala com sacolas de mercado.

Me levantei do sofá e abracei as duas.

– Que bom ver vocês e eu tenho ótimas noticias.

– Eu também – disse Caroline.

– Isso não é noticia Caroline – disse Bonnie.

– Pra mim é, então Elena qual é a ótima noticia?

– A minha mãe vai receber alta amanhã, ela está curada, sem lesões, sem cicatrizes, está completamente perfeita.

– Nossa Elena, que ótimo. – disse Caroline.

– Mais você não falou que estava muito machucada, como ela pode ter se curado tão rápido? – perguntou Bonnie.

– Ai Bonnie, o importante é que a Jenna está bem. – disse Caroline. - Agora vamos cozinhar.

...

Estávamos quase terminando o jantar, quando Jeremy foi até a cozinha.

– Elena eu vou sair – disse Jeremy

– Tudo bem.

– Até mais – ele foi saindo.

Bonnie não tirava os olhos dele.

– Hum... Bonnie não sabia que era afim do Jeremy – disse Caroline irônica.

– O que?! Eu? Afim do Jeremy me poupe Caroline. – disse Bonnie. – Eu nunca ficaria com o irmão da minha melhor amiga.

– Sei... – disse irônica.

– Ok, mudando de assunto, Caroline fala pra Elena aquele negócio – disse Bonnie.

– Ah sim, chamei o Stefan pra sair, e ele aceitou. – disse Caroline.

– Nossa essa era a grande noticia?

– Sim, e parece que você não ficou animada com isso.

– Fiquei sim.

– Mesmo?

– Mesmo.

– Ok, vamos comer... – disse Bonnie.

...

Pov. Damon

Fiquei várias horas pensando como eu ia contar a Elena que eu sou um vampiro, e como posso explicar que salvei a vida de sua mãe, não sei como será a reação dela.

Eu estava na sala bebendo uísque quando Stefan e Lexi apareceram com uma pessoa que nunca imaginei que viesse até a minha casa.

– O que você está fazendo aqui Ric? - pergunto.

– Bem, Stefan e Lexi me chamaram – disse Ric.

– Damon, precisamos da ajuda dele para achar a Katherine. – disse Stefan.

– Ok, já que eu não tenho escolha.

– A Katherine esteve perto da sua casa Alaric. – disse Lexi – Supúnhamos que ela esteja vigiando a Elena.

– O que?! – Eu e Ric dissemos ao tempo.

– O que ela quer com a Elena? – pergunto.

– Katherine quer entregar Elena ao Klaus em troca de sua liberdade. – disse Lexi.

– E como você sabe disso Lexi? – perguntou Ric.

– Tenho as minhas fontes – respondeu Lexi.

– Ninguém vai tocar na Elena – disse Ric.

– Eu concordo.

...

Pov. Elena

Não sabia o que vestir, estava um pouco nervosa, antes de ir embora, Caroline me ajudou a escolher uma roupa. Ela escolheu uma regata branca com uma saia. Fui tomar um banho. Vesti a roupa que Caroline escolheu e me sentei na cama, tive outra sensação estranha, quando me vem à mente uma imagem da mesma garota de cedo e Stefan. A garota e Stefan estavam conversando e finalmente apareceu o rosto da garota. Era eu.

Ouvi uma buzina de carro e me toquei que tinha voltado à realidade, era Damon. Fiquei sentada na cama por uns alguns segundos ouvindo a buzina do carro, não parava de pensar nessa imagem que me veio à cabeça, quando Ric apareceu na porta.

– Elena você vai sair? – perguntou Ric.

– Sim, é que me distrair por um momento.

– Posso saber com quem? – sua voz ficou mais rigorosa.

– Com Damon.

– Elena eu já lhe disse o que eu acho... – eu o interrompi.

– Ric, não precisa se preocupar, não vou voltar tarde, só vamos dar uma volta.

– Tenha cuidado – ele me abraça.

– Pode deixar.

...

Pov. Damon

Elena entrou no carro.

– Boa noite Elena. Está bonita.

– Obrigada – ela sorriu. – Aonde vamos?

– Vou te levar para conhecer a minha casa.

...

– Bom, Elena, essa é a minha casa.

– É incrível.

–Vamos fazer um tour pela casa.

– Vamos.

...

Levei Elena para conhecer o resto da casa, fomos até o meu quarto.

– Bem, esse é o meu quarto – abri a porta.

Elena foi entrando, antes que ela falasse qualquer coisa.

– Elena – ela se virou e se aproximou – preciso te contar uma coisa.

– O que? – ela ficou séria.

– Não quero que se assuste.

– Damon...

– Eu... Eu sou um vampiro.

Ela se afastou.

– Como assim você é um vampiro?

Não respondi.

– Isso é uma piada não é?

– Não, Elena, isso não é uma piada, eu sou um vampiro, eu mato as pessoas, me alimento de...

– Quer saber, eu vou embora. – ela saiu do quarto.

– Elena.

Elena abriu a porta da frente, e eu fechei rapidamente.

– Elena, me ouve, por favor.

– Me deixa sair.

– Só se você me escutar.

Ela ficou em silêncio, e foi até o sofá e se sentou.

– Tudo bem, estou ouvindo.

Sentei ao lado dela, ela se afastou um pouco.

– Elena, eu nunca te machucaria você, eu precisava te contar isso.

– Você se alimenta de sangue humano?

– Sim, mais também posso usar o meu sangue para curar as pessoas.

– Tem mais alguém que é vampiro?

– Stefan, e a amiga dele Lexi, existem milhares de vampiro por ai.

Ela ficou em silêncio.

– Tem mais uma coisa...

– O que?

– Eu usei o meu sangue para curar a sua mãe.

– Então foi você... – ela deu um leve sorriso – Eu nem sei o que dizer, isso é tão confuso.

– Eu vou te contar tudo o que precisa saber.

...

Pov. Elena

Eu estava completamente confusa, não sabia o que dizer ou que fazer, não sabia se agradecia o Damon por ter salvado a vida da minha mãe. Eu achava que essa coisa de vampiros, era apenas uma história de terror. E de repente isso se tornou real.

– Damon me leva para casa.

– Ok. – disse Damon.

...

Enquanto Damon me levava para casa, senti uma dor de cabeça muito forte.

– Elena você está bem? – perguntou Damon.

– Estou sim, não precisa se preocupar.

Comecei a olhar para a janela, e outra vez me veio outra alucinação, Stefan e eu estávamos num quarto, sentados na cama, conversando, quando de repente Stefan se aproximou e seus lábios tocaram os meus. Voltei à realidade. Estávamos parados em frente de casa.

– Damon...

– Sim?

– Ultimamente estou tendo umas alucinações... Fico vendo uma garota muito parecida comigo, passeando e conversando com Stefan, sempre sinto um mal estar.

Ele ficou em silêncio, dava pra ver no rosto dele que ele me escondia algo.

– Damon, você sabe de alguma coisa sobre isso?

– Eu não te contei tudo, eu pensei que não era a hora certa pra contar...

– Contar o que?

– Em 1905 Stefan e eu conhecemos uma garota chamada Katherine, estávamos apaixonados por ela, bem, ela nunca me amou, sempre foi o Stefan, ela me usava para ficar perto do Stefan, foi por causa dela que nos tornamos vampiros.

– O que aconteceu?

– Ela foi morta, bem, pensávamos que ela estava.

– Ela está viva?

– Sim.

– E o que isso tem a ver com as minhas alucinações?

– Por que aquela garota não é você, é ela.

Fiquei em silêncio.

– Por que eu me pareço com ela?

– Vocês são da linhagem Petrova, doppelgangers.

Novamente fiquei em silêncio. Jeremy e minha mãe estavam se aproximando do carro, acho que eles tinham ido dar uma volta pela cidade. Damon segurou a minha mão.

– Tenho que entrar Damon.

– Eu sei, por favor, me diz ainda somos amigos.

– Claro que somos, estou assustada com tudo isso, mais no fundo eu gostei que você foi sincero comigo.

Ele deu um leve sorriso. Minha mãe deu uma leve batida na janela do carro, Damon abriu a janela.

– Olá – disse minha mãe.

– Olá Jenna – disse Damon.

– Desculpa incomodar, mais já está na hora de entrar Elena.

– Já estou indo – digo.

– Não demora

Ela foi se afastando do carro. Abri a porta do carro.

– Elena antes de ir... – ele segurou o meu braço.

– O que?

Ele se aproximou e puxou o meu braço, seus lábios encontraram os meus, era doce, me senti viva naquele momento, e então ele se afastou e me deu um leve beijo na testa.

– Boa noite Elena.

– Boa... Noite...

Fiquei sem palavras, sai do carro, e olhei para trás, seus olhos azuis encontraram os meus.

– Se cuida Elena – disse Damon.

– Você também Damon – digo.

Entrei em casa e minha mãe estava sentada no sofá.

– Eu vi – disse ela.

– Mãe – fiquei meio sem graça, e sorri. E fui para o meu quarto.

– Boa noite mãe.

– Boa noite.

...

Pov. Damon

Cheguei em casa, e Lexi estava deitada no sofá.

– Olá Lexi. Como está a sua noite?

– Não melhor quanto a sua.

– Onde está o Stefan?

– Saiu com aquela amiga da Elena. Caroline.

Coloquei uísque no copo, e me sentei no outro sofá.

– O que aconteceu entre vocês dois? – perguntou Lexi curiosa, ela já sabia a resposta.

– Você sabe o que aconteceu, então por que pergunta?

– Queria ver se você falava mesmo. – Lexi começou a rir.

Alguém bate na porta.

– Deve ser o Stefan – disse Lexi.

– Não é o Stefan – digo.

Vou até a porta e abro, e de repente dou de cara com ela. Katherine.

– Olá Damon – disse Katherine. – Sentiu saudades?