Pov. Elena

Já era de noite e não conseguia dormir, a sede estava aumentando. Achei que conseguiria me controlar de novo mas estava errada.
Do meu quarto conseguia ouvir sua pulsação, não queria, mas não resisti. Fui até seu quarto, mamãe estava dormindo profundamente.
Uma parte de mim não queria ataca-lá, mas a outra parte só dizia sangue. Sentei ao seu lado, eu estava quase chorando. Quando finalmente ia morder-lá, Ric, que por sorte, entrou no quarto.

– Elena? - ele sussurrou - o que faz aqui?

– nada demais - respondi.

Sai dali antes mesmo dele dizer algo. Entrei no quarto e esperei um pouco, e ouvi a respiração do Ric ficar mais profunda e finalmente ele dormiu. Sai pela janela sem fazer um barulho.
Estava frio, mas eu estava com tanta sede que nem me importei com o frio. Era 3hrs da manhã e não havia ninguém nas ruas, como eu queria alguém para enfiar os dentes. Andei até a praça onde aconteceu o massacre e vi um cara cambaleando, com certeza ele estava bêbado. Me aproximei dele e finalmente olhou para o meu rosto.

– Olá moça bonita - ele disse. Na hora ele me agarrou e me encostou na parede. Eu estava com roupa de dormir, então a intensão do cara era outro. Ele sacou uma arma e apontou para a minha cabeça.

– Você vai fazer o que eu mandar! - ele disse.

Fiquei em silêncio e apenas ouvia o sangue correndo em suas veias. Quando ele reparou que meu rosto havia mudado, ele me soltou e tentou atirar em mim, fui mais rápida e tirei a arma de suas mãos. Fui direto para o seu pescoço, dava para sentir o gosto do álcool em seu sangue. Percebi que ele já estava morto. Joguei seu corpo no chão e comecei a chorar. Depois de 10 minutos finalmente fui para casa.

...

Ninguém havia reparado no meu sumiço de madrugada, agi normalmente. Levantei da cama, tomei um banho e desci para tomar café, como um dia normal. Jeremy foi o primeiro a aparecer na cozinha.

– Bom dia - digo

– Bom dia Elena.

– Não tá com uma cara boa.

– É, eu acordei com uma dor de cabeça, mas logo vai passar.

Ficamos em silêncio e confesso que sentia falta dessas conversas matinais. Fui lá na varanda e me sentei na cadeira de balanço, liguei para Bonnie.

– Descobriu alguma coisa sobre a Maggie? - ela me pergunta.

Eu não sabia se mentia ou se dizia a verdade. - Nada demais... - digo.

– Bom, acabei de me lembrar de uma coisa...

– O que?

– Seu aniversário!

– Ah Bonnie...

– Fica calma, eu não vou fazer essas festas surpresas como a Caroline.

– Assim espero.

Ela riu.

...

Pov. Damon

Lexi apareceu em casa junto com Savannah.

– O que vocês querem? - Savannah perguntou.

– Só queremos saber o que você estava conversando com a Maggie, simples assim. - digo

– Achei que vampiros tinham uma audição boa. - ela recrutou

– Eu também achava isso. Então diga.

– Eu também estava querendo respostas, Maggie é uma menina muito reservada e segura, ela não vai querer correr nenhum risco de ser pega.

– Mais ser pega por quem? - perguntou Lexi.

– O pai dela tinha seus aliados, eles era vampiros leais a William. Eles estão caçando ela por todos esses anos.

– Se o pai dela odiava vampiros, então tinha eles como seus aliados?

– Isso que nos deixa na dúvida...

...

Pov. Elena

Damon havia me contando sobre a conversa, depois da aula fui até sua casa. Entrei e fui direto pro sofá. Eu estava completamente cansada. A sede ainda não havia voltado. Meus olhos ficaram pesados e quase dormi, e ouço um barulho e é Stefan.

– Olha quem chegou - ele disse.

– Oi - digo - Achei que você estava no treino.

– Eu sai.

– Por que?

– Não sei, só não estou afim - ele se sentou no outro sofá.

Alguém bateu na porta e Stefan foi atender, me sentei e arrumei a minha camisa amassada. Damon aparece e logo se serve de uísque.

– Aceita? - ele pergunta me oferecendo o copo.

– Não, to bem. - digo

– Parece cansada.

– Um pouco.

Savannah e Bonnie aparece com Maggie logo atrás. Maggie me reconhece.

– Você - ela diz olhando para mim. Fico em silêncio. Todos ficam. Damon foi rápido e direto.

– E então Maggie, queríamos que você respondesse algumas perguntas.

– Então foi para isso que me chamaram? - ela disse.

– Sim - disse Lexi que logo apareceu. - Queremos saber por que os aliados de seu pai eram vampiros?

Ela ficou em silêncio pensando na resposta. - Ok - ela finalmente disse - Vou responder as perguntas. Bom, quando meu pai conheceu a minha mãe, ela tinha uma família muito incomum, na época era considerado peste. Vampiros. E meu pai era um caçador de vampiros, na verdade sua família inteira era. O engraçado é que a minha mãe nunca foi uma vampira, ela era adotada. Quando ela se casou com o meu pai, sua família não aceitou essa loucura e a expulsou, anos se passaram e ela engravidou de mim. Quando completei 17 anos, os pais de minha mãe me mataram e aqui estou eu.

– Mas porque eles te mataram? - perguntou Stefan

– Eles queriam vingança. Porque a família do meu pai os caçou por anos e não aceitaram a minha mãe ter deixado eles.

– E por que seu pai está te caçando? - finalmente eu pergunto.

– Por que matei a minha mãe, e acreditem isso me assombra a anos... - ela começou a chorar - Eu não queria matá-la, eu estava com sede e desesperada. - ela enxugou as lágrimas - E respondendo a pergunta de vocês, meu pai é muito manipulador, ele aprendeu muito com a minha mãe, meu pai pode estar morto mas mesmo assim continua manipulando eles.

Como eu me sentiria se matasse a minha mãe? Sem chão ou remorso? Não posso deixar isso acontecer.

– E isso tem haver com os massacres? - pergunto

– Meu pai não queria se envolver com o sobrenatural, mas desde de que matei a minha mãe ele passou a odiar tudo. Então sim, ele morreu prometendo se livrar de todas as criaturas sobrenaturais da terra.

Ficamos em silêncio.

– E o que Bonnie tem haver com isso? - disse Damon

– Eu? - disse Bonnie

– Sim - ele olhou diretamente para Savannah - Eu e Elena chegamos a conclusão de que, se Bonnie pode ser a destruição de Mystic Falls, então quer dizer que ela está ligado a isso.

– Tem razão - Savannah disse bem baixinho. - Minha bisavó fez um acordo com William, que a bisneta caçula ia ser tão poderosa que poderia destruir uma cidade inteira, os moradores ia presenciar mas depois que todas as criaturas sobrenaturais morressem eles iam esquecer do ocorrido.

– Então sou eu?- disse Bonnie - Por que não me contou isso?

– Eu ia lhe contar, mais cedo ou mais tarde.

– E como paramos isso? - perguntou Lexi.

– Eu conhecia meu pai muito bem, ele deve ter deixado alguma coisa que possa nos ajudar. - disse Maggie.

E lá vamos nós de novo.

...

Caroline apareceu em casa com várias sacolas e começou a colocar elas em cima da mesa. Depois mamãe aparece com mais sacolas.

– O que é isso? - pergunto.

– Você acha que iriamos esquecer do seu aniversário - disse Caroline - É claro que não, é a data mais esperada do ano depois do meu aniversário.

– Eu disse que não queria festa.

– Elena todo ano você diz que não quer festa - dessa vez foi mamãe que disse. Ela e Caroline dariam uma bela dupla.

– Agora Elena, comprei várias roupas para você e uma delas você vai usar na festa, então vamos para o seu quarto.

– Você sabe que... - Caroline me interrompeu.

– Nenhuma palavra!

...

Caroline tinha um bom gosto para roupas, mas eu odiava ficar experimentar roupas toda hora.

– E você ainda fala com o Klaus? - pergunto.

– Ele foi pra New Orleans, mas trocamos mensagens. Por que?

– Por nada.

– Sinto falta do Stefan - ela sussurrou. - Ele ficou tão distante.

– Sinto muito.

– Não sinta, eu que me afastei dele. Vou tentar falar com ele. - ela pegou um vestido e me mostrou. - E que tal esse?

– É bonito.

– Elena pode ao menos fingir que está animada para a sua festa?

– Ok, só me diga que não vou ter que apagar as velinhas?

– Claro que não, essa é uma festa de 18. Vai ser um arraso.

...

Enquanto eu me arrumava, Damon apareceu no meu quarto.

– Oi - ele disse, se aproximou e deu um leve beijo na minha testa - Presente de aniversário.

Ele me mostrou uma caixinha. - Damon eu não queria presente.

– Eu sei, por isso mesmo decidi te dar um.

– Obrigada - sussurro.

Abri a caixa e tinha um colar com um pequeno pingente.

– É lindo. - digo. Ele me ajudou a colocar o colar. Me vire para ele e dei um leve beijo.

– Agora você já está pronta para sua festa.