Na fuga se reencontrou; Na mentira, sobreviveu. escrita por Costa


Capítulo 66
Capítulo 66




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Fernando não pensou duas vezes para comprar a casa. Era uma casa simples, seria perfeita para ele, a Lety e as crianças. Era uma casa composta de 3 quartos, 1 sala conjugada com a cozinha e 1 banheiro. Ele viu que ainda não tinha levado a pipoca para sua amada então pediu para o proprietário aguardar uns minutos que ele voltaria para fechar o negócio.

Ele correu até em casa e viu o Tomás que, como sempre, estava sentado trabalhando de frente para o computador.

–Tomás! -Fernando gritou já arrastando Tomás de sua cadeira e o jogando para fora de casa.

–Que foi, seu Fernando?

–Preciso que você me faça um grande favor. Vá até a esquina e compre uma casa que está a venda. O proprietário está lá esperando. Mas nem um pio para ninguém. Quero fazer uma surpresa para a Lety.

–E você vai morar perto do seu Erasmo? Rapaz, você não tem mesmo amor por sua vida...-Tomás sai reclamando.

Fernando corre para o quarto levar a pipoca para a Lety que estava sentada na cama.

–Nossa amor. Você demorou. -Ela comenta.

–Desculpe, Lety. Eu acabei comendo a pipoca no caminho e tive que voltar para comprar outra. -Fernando mente enquanto se acomoda, com cuidado, ao lado de Lety.

–Já estava com saudades.

–Eu também, amor. e como vão nossos filhotinhos? -Fernando diz depositando um beijo sobre a barriga dela.

–Vão bem. Mas parecem que estão lutando box aqui dentro. Não param de chutar um minuto.

–Isso é bom.

–Bom porque não é na sua barriga.

–Agora falta pouco. Falta menos de um mês.

–Falta mesmo. Não vejo a hora de poder pegar essas duas doçuras no colo.

–E os nomes? falta pensar em como chamaremos eles.

–Eu já tinha pensado em dois, amor. Não sei se vai gostar.

–Ah, já. Me diga.

–Eu pensei em Marcelo e Marina. Nomes que lembram o mar. Foi só quando nos lançamos nele, na triste tentativa de nos matarmos, que nos reencontramos. O que acha?

–Eu acho lindo, Lety. -Fernando diz dando um leve beijo nela. -Marcelo e Marina, gostei.

–Amor, se não for te atrapalhar...

–Qual o desejo agora? -Fernando a interrompe e ri.

–Abacaxi com creme de leite.

–Vou lá comprar. -Fernando diz já se retirando.

–Obrigada, seu Fernando.

–Fernando, Lety!

–Desculpe, é a força do hábito.

Fernando achava lindo como, depois de todos esse tempo, Letícia ainda o chamava de seu Fernando. De certa forma ele era seu, era todo dela.

Ele saiu sorridente para comprar mais um desejo de sua amada e esbarrou com Tomás na entrada.

–E então, Tomás? Conseguiu? -Fernando sussurra.

–Já, seu Fernando. Amanhã o senhor terá que ir até o cartório assinar uns papéis, mas já está tudo certo.

–Obrigado, Tomás. -Fernando agradece tirando o amigo do chão com um abraço.

–Por nada, seu Fernando.

–Nada de falar isso pra ninguém, nem para o seu Erasmo, nem para dona Julieta e muito menos para a Lety.

–Tá bom!

Tomás voltou ao seu posto de trabalho e Fernando já ia saindo.

–Qual o desejo agora? -Tomás perguntou antes que Fernando saísse.

–Abacaxi com creme de leite. Quer alguma coisa?

–Me traz uns salgadinhos do bar. Estou com fome.

–Você sempre está com fome, Tomás. Você e a Alice.

Fernando estava radiante. Agora ele já tinha uma casa. Faltava apenas decora-la, mas como não sabia nada sobre decoração teria que pedir ajuda pra alguém, mas para quem? O único que conhecia bom pra essas coisas era o Luigi e ele estava quase fora de questão. Ele teria que conversar com Irminha pra ver se ela conhecia mais alguém, se falasse com as outras do quartel elas poderiam entrega-lo para a Lety. Aquelas lá amavam uma fofoca.

Continua.


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