Um mês se passou. Nesse tempo a Imagens & Filmes, sob a direção de Tomás e Lety, andava muito bem. O capital inicial já havia aumentado consideravelmente. Fernando calculava que se continuasse nesse ritmo, conseguiriam arrecadar o dinheiro necessário dentro de um ano.

Roger havia conseguido avançar com Márcia. Ela ainda amava a Fernando, mas já não falava tanto nele. Roger havia se tornado seu confidente, seu melhor amigo. Isso, para ele, já era um avanço.

O quartel quase toda semana aparecia para visitar Lety e Fernando. Seu Erasmo já nem resmungava tanto, estava aprendendo a suporta-las.

Alice, depois que Tomás começou a trabalhar na Imagens & Filmes, não saia mais da casa dos Padilla. Ela preferia aturar seu Erasmo do que a mãe do Tomás.

Fernando e Lety haviam combinado de almoçar com Carolina e Omar. Eles marcaram em um restaurante.

Ao chegarem lá. Omar e Carol já estavam esperando.

–O ônibus atrasou, maninho? -Omar perguntou rindo enquanto cumprimentava a Fernando.

–Nós não viemos de ônibus. -Fernando disse enquanto puxava a cadeira para Lety e se sentava logo em seguida.

–Ué, vieram de carroça? -Omar espetou.

–Não, animal, viemos no nosso carro. -Fernando respondeu.

–Comprou carro novo?- Omar questionou.

–Comprei. Um fusca. -Fernando respondeu.

Omar não se aguentava de rir.

–Fernandinho, não sabia que você estava assim tão pobre. -Omar diz rindo.

–Não estou, Carvajal, apenas preciso do dinheiro para um investimento. -Fernando disse.

–Não sabia que estava investindo, Fernando. Em qual setor está se arriscando? -Carolina indagou.

–É uma pequena coisa, estamos, ou melhor, a Lety está brincando na bolsa, não é, amor? -Fernando disse enquanto olhava para a Lety.

–É sim, seu Fernando. -Lety concorda.

–E o trabalho, como vai? -Fernando pergunta tentando mudar o foco do assunto.

–Chato. Preferia mil vezes a Conceitos. -Omar responde.

–Lá não tem as modelos esculturais pra você ficar vendo, né, Omar? -Carolina diz.

–Nem as modelos esculturais e nem as confusões. -Omar diz com desdem.

Eles continuam conversando e, após almoçarem, cada um pega o seu carro e vai embora. Fernando e Letícia conversavam no carro, no caminho de volta para a casa.

–O que acha de fugir novamente, Lety? já faz quase um mês que não ficamos juntos. -Fernando pergunta.

–Não sei, amor. Acho que hoje não estou muito bem hoje.-Lety responde.

Fernando a olha e vê que ela está ficando pálida. Ele para o carro no acostamento e, rapidamente, sai do fusca e abre a porta do passageiro.

–O que você tem, amor? Não me faça isso. Não aqui. -Fernando diz enquanto tenta ampara-la

–Acho que vou desmaiar.

–Vamos agora pro hospital. -Fernando diz enquanto entra no carro e parte em disparada.

Eles chegam ao hospital. Lety havia desmaiado. Fernando a carrega até a parte interna do hospital onde enfermeiros prontamente a atendem.

Fernando está nervoso, ele caminha de um lado pro outro sem parar. As enfermeiras já estão até com pena dele.

Após alguns minutos, o médico o chama.

–Não encontrei nada de errado com sua esposa, mas pedi um exame de sangue para ter certeza. Ela irá ficar em observação algumas horas e assim que o exame ficar pronto, dependendo do resultado, eu dou alta pra ela.

–Posso ir vê-la, doutor?

–Pode. Pode ficar com ela enquanto aguardamos o resultado.

Fernando corre para o quarto de sua amada. Ele se senta ao lado da cama dela e a envolve em seus braços.

–O que te aconteceu, amor? -Fernando pergunta.

–Deve ser sido uma queda de pressão. Está muito calor.

–Tomara que seja só isso. Não sabe o medo que senti.

Após alguns horas esperando, o médico finalmente chega no quarto com o resultado nas mãos.

–O que eu tenho, doutor? -Lety pergunta.

–Não é nada de mais, está apenas com falta de algumas vitaminas, mas no seu estado é normal. -O médico responde olhando o exame.

–E qual o estado dela? -Fernando pegunta assustado.

–Não é nada pra se preocupar, ao contrário. Parabéns aos dois, vocês serão pais. -O médico diz.

–Vou ser pai? -Fernando pergunta e logo em seguida desmaia.

Continua.