Aldo e Lety haviam avistado pedaços do que parecia ser o barco de Atílio. Aldo começa a vasculhar os destroços então ele tem a certeza de que realmente é o barco de seu pai. Ele e Lety se desesperam. Começam a procurar por Atílio e Fernando. Eles vasculham uma grande área, mas não há sinal deles e nem de seus corpos.

–Isso é bom, não é, Aldo? -Lety pergunta esperançosa.

–Eu realmente não sei, Letícia. Eu espero que seja algum sinal. Papai tinha um bote no barco. Talvez eles tenham conseguido salvar-se. -Aldo responde.

–O que faremos?

–Vamos continuar procurando. Se eles conseguiram subir no bote, devem estar longe daqui. Mas antes, vamos tentar enviar uma mensagem para a guarda com as cordenadas de onde vimos os destroços.

Aldo consegue enviar a mensagem. Agora a guarda costeira os ajudará. Aldo e Letícia seguem, sem saber para onde ir, em busca dos náufragos.

Ainda perdidos no mar, Fernando e Atílio começam a ficarem desidratados. O sol começa a ficar forte e eles não possuem nada para fazerem uma sombra.

–Como você está, Fernando? -Atílio indaga.

–Cansado e com dor de cabeça. Queria ter algo pra beber agora.

–Eu também queria poder beber algo, mas vamos tentar pensar em outra coisa. Não nos fará bem se ficarmos falando muito disso.

Atílio e Fernando conversam sobre coisas sem importância apenas para tentarem se distrair um pouco do perigo que os aflige.

No litoral, a guarda costeira informa a Maria que Aldo e Lety localizaram os destroços do barco e que eles enviariam, naquele momento, uma equipe de busca para lá. Maria se desespera. Por sorte, Priscila fica sabendo de tudo e, mesmo não podendo fazer muita coisa, ela pode tentar consolar, apoiar a Maria.

A equipe de busca chega ao local do acidente. Eles não acham nada que indique que Fernando e Atílio estejam mortos, mas também não há nada que indique que estão vivos. A busca irá continuar.

Horas se passam. O dia vira noite. Atílio e Fernando já estão debilitados devido à desidratação. Atílio sabe que talvez eles não aguentem mais um dia debaixo do sol escaldante e da noite congelante. Ele decide que, se irão morrer, Fernando tem o direito de saber ao menos a verdade sobre a Aurora.

–Fernando, não sei se iremos sobreviver, por isso tem uma coisa que você deverá saber. -Diz Atílio.

Continua.