“Tarde demais a conheci, por fim; cedo demais, sem conhecê-la, amei-a.”

_William Shakespeare

Depois daquelas declarações de amor, Annabeth e eu nos afastamos muito, talvez seja por vergonha ou medo não sei bem, mais não nos víamos igual à antes, trocamos algumas palavras bobas, mais nada que dure mais que dez minutos, Meus pais também questionavam o sumiço dela, mais o que eu poderia dizer a não ser a verdade, Drew e eu ainda continuávamos juntos e parecia que quando ela me beija e Annabeth está por perto ela arruma um jeito de mudar o destino ou às vezes passa perto de nós como se fosse um vulto e logo some, os seus horários eram compatíveis aos meus mais eu não havia mais nas aulas, esta ficando cada vez mais complicado vê-la. Eu realmente não sei se prefiro deixar as coisas como estão ou ir conversar com ela, levantei-me e fui ate a janela, o quarto de Annabeth tinha mudado, o mural cheio de fotografias havia sumido e encima da prateleira havia um porta retrato que não consegui distinguir de quem era a foto, voltei para a me deitar, quando minha mãe apareceu eufórica no meu quarto dizendo que havia uma surpresa pra mim lá em baixo.

Eu não to entusiasmado com a tal surpresa que fiz ate hora pra descer, quando cheguei à sala vi os cabelos loiros caindo em uma perfeita cascatas pela costas da loira que estava sentada no sofá.

–Annabeth!- gritei e ela logo se virou, a loira me fitou com aqueles olhos cinza, que hoje estava em um tom calma e que expressava confiança.

–Ah, oi, Percy!

Eu não tive reação, ela some por duas semanas e não me diz pra onde foi e tal e vem com esse papo de “Oi Percy” se ela soubesse como eu fiquei achando que havia acontecido alguma coisa aquela noite que tenha interferido na nossa amizade eu realmente ficaria mal, por semanas, meses, anos, décadas, milênios e ela apenas me diz “Oi”, foi quando Tyson passou feito um jato a minha frente e abraçou Annabeth.

–Por que você não estava vindo aqui em casa mais?- diz tirando as perguntas da minha boca, afinal ela não tem esse direito de não me dizer a onde se meteu, se ela esqueceu ela é minha NAMORADA.

–Eu tive que ir pra São Francisco, por algumas semanas, mais nada que me impedisse de voltar é claro!- responde dando um sorriso amarelo, eu sei que tem alguma coisa por trás dessa viagem repentina, talvez problemas familiares ou ate mesmo um CARA ela não pode está me traindo com um cara de São Francisco eu não vou suporta perder Annabeth por outro cara.

–Ah, Sim, se você soubesse o quanto Percy ficou histérico, por você ter o deixado sem noticias, há, há, ha, ele achou que você tinha o deixado- Tyson seu moleque desgraçado não era pra você contar pra ela, idiota, Annabeth já é convencida o bastante.

–Hummm! Bom saber – diz ela dando outro sorriso só que dessa vez se direcionou pra mim- Mais eu não vou deixar o seu irmão, ainda não.

–Seria uma pena se vocês dois tivessem terminado, ficam tão lindos juntos que seria um desperdício ficarem separados - diz minha mãe dando ênfase no lindo. – E como vai à família minha querida?

–Vai bem Sally, só alguns probleminhas particulares, mais nada demais- responde passando o braço pelo pescoço de Tyson e a segurava pela cintura, na moral se Tyson tivesse seus 15 e 16 anos eu matava ele, por ser tão ousado com a minha Sabidinha.

–Me diga Annie, qual foi o motivo de você ter ido a São Francisco?

–É Annie, nos diga qual foi o motivo?- digo dando força a pergunta da minha mãe.

–Bom... Sally, em São Francisco mora uma pessoa muito especial pra mim, e eu não estava me agüentando de tantas saudades, então resolvi ir pra - La com meu pai, ai eu acabei ficando umas duas semanas lá. – diz dando ênfase ao nome da minha mãe.

–E QUEM É ESSA PESSOA ESPECIAL!- grito, bem, essa não foi a minha intenção mais eu estava preste a explodi.

–Pra que você ta gritando?!- advertiu minha mãe me dando um tapa na cabeça.

–Respondendo sua pergunta Percy, eu fui ver Malcolm.

Meu sangue estava fervendo de raiva, então ela foi pra São Francisco ver esse tal de Malcolm.

–É uma espécie de primo ou tio, sei-la? – perguntei esperançoso que ela disse se que era um primo de primeiro grau ou um tio por parte de pai, tanto faz.

–Não, Malcolm não é meu primo e muito menos meu tio.

–Bom... Annabeth o que você acha de convidar a sua família para vir jantar conosco, hoje à noite, assim podemos nos conhecer melhor- minha mãe age, antes que eu pudesse concluir uma pergunta que deixaria Annabeth um pouco constrangida mais tiraria esse nó que se formara em minha garganta- Eu ficarei honradíssima se pudesse conhecer a Senhora e o Sr Chase.

–Claro Sally, eles também ficaram honrado em poder conhecer os pais do meu namorado- diz com um olhar maléfico- E Sally não chame a minha mãe de Senhora, isso é se você quiser dá uma boa impressão a ela.

–Acho que Annabeth e eu devemos conversar um pouco- digo a puxando pelo pulso e Tyson vindo atrás- A sós, por favor.

A puxei ate meu quarto e tranquei a porta logo atrás de mim.

–Vai me explicar, o porquê de ter ido viajar e nem ter me avisado e me dizer claramente quem é Malcolm?

–Nem uma dessa perguntas, que você fez terá uma resposta.

–E por que não?!

–Por que eu não lhe devo satisfações.

–Nós estamos namorando e você tem que me dizer a aonde vai e com quem você esta!

–Olha Percy! Nós não somos oficialmente namorados e isso deixa claro que não tenho que te dizer os passos que dou... Eu levo a serio a nossa amizade, mais você age como se estivéssemos noivos ou coisa e tal... Eu sei que a nossa amizade esta cada vez mais forte, mas não te dá à liberdade de se fazer de ciumento e muito menos de detetive e ficar me interrogando dessa maneira.

–Eu sei Annie, mais... Fico nervoso só de pensar que você pode ter arrumado um cara melhor do que eu.

–Olha pra mim idiota! – diz ela se aproximando de mim e me abraçando- Você é meu amigo, não vai ter ninguém que te supere nisso.

–Eu te amo Sabidinha – digo lhe dando um selinho- E se eu souber que esse tal de Malcolm está se engraçando com você, ele vai se ver comigo.

–Eu também te amo Cabeça de alga... Mais se você bater no meu irmão você vai apanhar pra mim em- diz batendo no meu ombro e abrindo a porta do quarto.

–Então ele é seu irmão? – digo descendo a escada atrás dela.

–Foi isso que disse.

–Por que não falou isso antes?

–Por que foi legal ver você com ciúmes de mim.

–Ei! Espera ai- digo a fazendo parar no ultimo degrau- Eu te adoro- concluo a dando um beijo na testa.

–Vem Percy- diz me puxando pra varanda- Olha!

–Esta chovendo e daí- digo olhando pra chuva que molhava todo o jardim. Então Annabeth me soltou e correu ate a chuva e começou a rodar com os braços abertos, ela é tão diferente, é a primeira vez que eu vejo alguém gostar de ficar debaixo de chuva.

–Vem logo, Percy!- gritou, eu não tive escolha então caminhei ate a chuva e apeguei no colo e comecei a roda-lá Annabeth parecia se divertir com aquilo- Você é louca!

–Dança comigo? – perguntou com um brilho nos olhos.

–Não sei... Dançar na chuva é romântico demais e sem musica fica meio impossível - fiz hora.

–Então vem- diz ela colando nossos corpos e colocando suas mão no meu pescoço e eu as minhas na sua cintura, Annabeth colocou a cabeça no meu ombro e começou a dar passos leves de um lado para o outro, a rodei e ela ficou virada de costas pra mim com nossas mãos entrelaçadas em sua cintura, a rodopiei e ela bateu com impacto em meu corpo, pela primeira vez eu estava feliz por esta chovendo, ficamos alguns minutos dançando, a lua iluminava o jardim fazendo reluzir na cor cinza dos olhos da Annabeth a deixando ainda mais linda o fato dela não esta com o óculos também me agradou, mais de uma coisa eu tinha certeza aquela noite foi mais uma das melhores de todas as outras que eu passei ao lado da Annie- Sabe o que eu quero fazer? Eu quero gritar, pra todo mundo ouvir o que esta escondido anos.

–Assim oh! EU TE AMO ANNABETH CHASE! – grito a pegando no colo e a rodando.

–Assim também serve- diz ela colando nossas testas- EU TE AMO PERCY JACKSON!

–EU TENHO A NAMORADA, MAIS INCRIVEL DO MUNDO! – grito dando-a um abraço, foi quando reparei que minha mãe e Tyson estava nos observando na janela do meu quarto.

–Ei, já chega você realmente é o meu melhor amigo- diz me puxando pra dentro de casa- Bom agora eu vou embora pra pode me arrumar e trazer minha mãe e meu pai aqui pro tal jantar em família.

A levei ate a porta e fiquei todo abobalhado sentado no chão.

–Quem diria meu filho apaixonado!- diz minha mãe se sentando no sofá- Tyson e eu vimos o que vocês fizeram lá no jardim e realmente achei que não tem só amor entre vocês, querido, a paixão, desejo e cuidado.

–E mãe não pira não ta legal... Eu vou tomar um banho já que a mãe e o pai da Annie logo estarão aqui- digo subindo para meu quarto e entrando ao banheiro, sai do banho e fui me trocar coloquei uma calça jeans e uma blusa azul social calcei meu all star preto e desci as escadas e ajudei meus pais a arrumar a mesa pro jantar, quando ouço a campainha tocar, meu pai se dirigiu ate a porta e ficou paralisado, fui ate ele para ver o que estava acontecendo então vi uma mulher alta de cabelos castanhos claros e com os olhos cinza igual os de Annabeth. Atrás dela estava um loiro alto, que tinha o mesmo cabelo que os da filha.

–Oi! Você deve ser Athena não é? – perguntei um pouco constrangido pela beleza da mãe da Annie ser tão esgarça é evidente que quando Annie fica mais velha, vai continua gostosa.

–Vai nos convidar pra entrar ou não?

–Athena!- indagou o pai da Annie- Por favor, faça um esforço.

–Esta bem, Frederick eu irei tentar... Bom Perseu vejo que você e seu pai são bem parecidos.

–D-desculpe Athena- gaguejo como idiota- Entre, por favor.

O casal entrou e Frederick foi logo entregando minha mãe um Champagne da melhor qualidade, o pai da Annabeth puxou a cadeira pra Athena como um perfeito cavalheiro diferente do meu pai que se sentou e nem ligou em ser cavalheiro pelo o menos na frente dos Chase, a campainha soou novamente e eu fui atender e lá estava Annabeth com uma saia rosa e uma blusa de manga longa branca com seu all star branco e com um batom vermelho nos lábios, ela usava seus óculos, mais não deixava de estar fabulosa.

–Wow! Sabidinha, você esta, muito linda. - elogio mais não deixo de olhá-la com cara de bobo.

–Meus pais, já chegaram?

–Uhum... Mais por que seu irmão não veio com vocês?

–Por que ele não mora aqui, uai.

–Bom... Vamos entrar e ver o que vai dá.

Annabeth e eu fomos ate a sala de jantar e vi que Athena e minha mãe estavam se dando bem, assim como Frederick e meu pai, nos sentamos lado a lado e o silencio ficou constrangedor.

–Athena, quais são as qualificações de sua filha?- perguntou meu pai.

–Poseidon, eu posso te garantir que a minha filha, é uma ótima garota e quem deve te perguntar as qualificações de seu filho sou eu, afinal se ele puxou você quando jovem, sinto muito em te dizer mais eu não abençoou o namoro dos nossos filhos- debateu ela, já vi da onde Annabeth puxou o temperamento.

–Olhem pelo lado bom, vocês dois já se conhecem então estaremos todos em família não é – sugeriu Frederick.

–Não – diz Athena- Poseidon e eu nunca fomos amigos e eu não faço questão nem uma que minha filha seja sujeita a ser nora de um crápula.

–C-como assim... Será que ninguém vai pergunta o que Percy e eu queremos.

–Annabeth não! – suplicou Athena.

–Athena, me diga como você e Frederick se conheceram? – pergunta minha mãe tentando aliviar a tensão.

–Bem... Se me lembro bem, foi no colegial, eu tava com 15 anos e ele com seus 17 por ai, digamos que Frederick era o Bad Boy da escola, todas as garotas eram afim dele, de menos eu, eu achava ele metido, e galinha demais pra ser o cara certo pra mim, foi quando teve o baile de mascaras da escola e meu parceiro não havia comparecido, eu fiquei sozinha, mais não estava triste por não ter ninguém ali, então ele de intrometido me chamou pra dançar, dançamos ate não agüentarmos mais, ele não sabia que eu era a garota que estava dançando junto a ele, então, quando nos beijamos ele suplicou seu amor por mim, achei ate um pouco estranho, mais ai ele olhou em meus olhos e disse meu nome, ai nos começamos a namorar terminamos o colegial e por fim nos casamos. – diz com um brilho nos olhos.

–Nossa, foi à coisa mais linda que eu ouviu- diz minha mãe com os olhos marejados.

–Nos lamentamos, mais estávamos apenas de passagem, Athena e eu temos que ir para a festa de casamento de Afrodite então não podemos ficar mais- diz Frederick se levantando e ajudando Athena a se levantar os dois caminharam ate a porta e saíram a presas dali.

–Sua mãe é um pouco difícil né?- perguntei.

–Uhum, mais com o tempo você acostuma.

–Bom Poseidon e eu vamos deixar vocês a sós, acho que tem que conversar um pouco- falou minha mãe se retirando, junto ao meu pai.

–Percy, eu queria conversar serio com você!- diz Annabeth fitando o chão.

–Pode falar!

–Eu não quero mais... Eu cansei de me fazer de sua namorada, isso ta me machucando Percy, eu simplesmente não agüento mais- fala com os olhos cheios de lagrimas.

–O quê? Isso não é verdade é?

–Não consigo mais fingir Percy, desculpa- diz ela virando as costas pra mim e andando em direção a porta.

–Annabeth!... Annabeth! – saio correndo e a seguro pelo pulso.

–Não tenho a menor idéia de ser amigo de alguém.

–Eu não quero ser só seu amigo.

–Você não sabe o quer.

–Nem você... Vai ver você só ta com medo de que alguém queira você.

–Ah! Por que eu teria medo.

–Por que se não, não iria se esconder nos livros... nem por trás desse óculos... nem na sua fé.

Annabeth me fitou por alguns segundos e logo se soltou da minha mãe eu não podia deixa que ela simplesmente saísse assim da minha vida.

–Não... Não, sabe por que tem medo... Por que você também quer ficar comigo.

–Acho que já fiquei calada tempo demais... Por que, você não faz como fazia antes, finge que não existo ta legal.

–Impossível.

–Por quê?

–Annabeth... Eu amo você!

O silencio voltou a invadir a nós dois, eu não conseguiria dormir se ela não me respondesse nada.

–Agora... é hora de você dizer alguma coisa!

–Eu... pedi pra não se apaixonar por mim. – diz ela deixando as lagrimas caírem freneticamente.

–Aquilo que fizemos dês do começo dessa nossa idéia maluca, foi verdadeiro pra mim, a cada beijo, a cada toque, pra depois que isso tudo terminar você voltar correndo pra Drew.

–Quantas vezes você quer que eu diga que te amo pra você acreditar em mim?

–Quantas forem necessárias.

Aproximei-me, e a beijei com fervor, com desejo e amor, a nossa língua travava um guerra deliciosa, os dedos dela percorriam por toda a minha nuca e me fazia arrepiar, nos separamos e então encostei as nossas testas e dei um leve selinho na loira.

–EU TE QUERO ANNABETH!– grito e ganho um leve beijo como conceito da minha loucura- Eu preciso terminar com a Drew o mais rápido o possível.

–Nisso eu concordo com você!- diz ela me dando um selinho e olhando pra janela do quarto dos meus pais, a onde estava meu pai e minha mãe, eles acenaram pra gente e quando achei que meu dia estava bom ele ficou ainda melhor, Annabeth Chase, finalmente era minha.