I do know two things escrita por MylleC


Capítulo 1
Capítulo Único


Notas iniciais do capítulo

Oi gentee, mais uma one pra vocês, agora baseada na nova promo e no desenho da capa kkk espero que gostem, boa leitura!



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Talvez fizesse duas ou três horas que eu estava sentada na minha cadeira na caverna.

“Oliver Queen, está morto.”

As palavras de Merlyn ainda martelavam forte em minha mente, me torturando. Meu coração doía, comprimido, batendo dolorido dentro de mim. As lagrimas desciam silenciosas pelo meu rosto, eu deveria estar gritando, me descabelando, gritando de raiva para Deus e o mundo. Mas eu não conseguia.

Depois da noticia, Dig e Roy tentaram ficar ali para me consolar, apesar de ser visível o sofrimento deles eles tentaram, mas eu queria ficar sozinha e eles respeitaram isso, acho que nós três precisávamos ficar um pouco sozinhos naquele momento. E eu havia ficado na caverna. Olhando a roupa de arqueiro dele, ali no vidro, esperando para que ele usasse, mas isso não voltaria a acontecer. Eu não conseguia gritar, ou chorar alto, pois era surreal demais, minha mente estava tão entorpecida que provavelmente meu cérebro, se recusando a aceitar a situação, não esta permitindo que minha voz solte algo para expressar o tamanho da minha dor. E ela é enorme.

Não pode ser verdade, ele tinha... Tinha dito que tudo ficaria bem, que Thea ficaria bem e que ele voltaria. Quis me agarrar a isso naquele dia, apesar de que quando ele disse não soou tão convincente, minha mente tinha guardado aquelas palavras dizendo que ele voltaria. Quando ele virou as costas para mim indo em direção a uma batalha que nenhum de nós sabia se ele voltaria vivo, minha mente gritava que era a ultima vez que eu o estava vendo, mas meu coração dizia que eu o veria de novo e eu não sabia a quem ouvir. Uma vez que minha mente me mandava dizer a ele que eu o amava também, ir até ele e o beijar e me lixar para qualquer conversa sobre perigo e decisões que tivemos antes. Mas eu não o fiz, pois fiquei ali travada sem saber o que fazer. Suas palavras sinceras de “Eu te amo” soando na minha cabeça e quando dei por mim ele tinha partido.

Minha mente viajou há alguns meses atrás quando Oliver tinha dito aquelas mesmas palavras para mim na intenção de enganar Slade. Sorri sem humor. Ele não disse aquilo apenas para enganar Slade e eu sei disso. Antes eu tinha duvidas e até medo de que Oliver não estivesse certo de seus sentimentos por mim. Mas ao assisti-lo partir em direção á morte, olhar dentro dos meus olhos e dizer aquelas três palavras, vi tanto amor ali que qualquer duvida se esvaíra.

Mais lagrimas desceram pelo meu rosto, agora finalmente acompanhada de um soluço. Eu o havia perdido, ele tinha ido embora e lá estava a arma do crime, literalmente. Em cima da mesa um pouco afastada de mim estava a espada. Parecia ter sido parcialmente limpa, mas um pouco de sangue seco ainda estava ali. Um sufocamento começou a tomar conta de mim, um bolo na garganta e um dor no peito, fazendo com que mais lagrimas rolassem sem serem impedidas, tentando despejar para fora toda aquela dor.

Uma certa raiva começou a crescer dentro de mim, encarando aquela espada. Oliver não merecia aquilo, ele não merecia! Fez tanto pela cidade e pela família. Perdeu os pais e fez de tudo para não perder a irmã. Protegeu a cidade e seus amigos, todos aqueles que ele amava e todos aqueles que ele nem ao menos sabia o nome, ele protegeu. Não era justo alguém como Oliver morrer daquela forma.

Não importava quantas pessoas ele tinha matado no passado, na época ele estava a procura de honrar o nome do pai e concertar os erros do mesmo e estava sozinho nessa luta, quando aceitei ser sua parceira para ajudar o meu amigo, o plano era parar depois que Walter fosse salvo, mas ao longo do tempo em que fiquei ao lado dele vi o herói que Oliver podia ser, o quão bem ele podia fazer pela cidade e o incentivei a fazê-lo, o vi se transformando, passando por momentos muito difíceis que o ajudaram a tomar decisões difíceis e então... Ele se tornou um herói. Meu herói, o herói da cidade e mesmo assim ele demorou tanto para se ver como um, se ver merecedor desse titulo, e tudo estava indo bem, até... O assassinato de Sara. Agora ele estava... Não. Não era o certo, heróis nunca perdem, quem perdem são os vilões, certo? Sempre é assim. A questão é que a vida não é um conto de fadas onde heróis sempre ganham e vilões sempre perdem e todos vivem um “felizes para sempre” e para provar isso a vida foi cruel com Oliver e agora o herói de Starling City se foi. Meu herói se foi.

Me levantei um tanto revoltada e fui até a mesa, encarei a espada com raiva. A maldita arma do crime, atravessou o peito dele e tudo se acabou. Peguei no cabo da arma um tanto pesada e a encarei. O sangue dele ali, sentia como se essa maldita espada estivesse me atravessando agora, tamanha a minha dor. Eu nunca mais o veria. Nunca mais o observaria tirar a camisa e treinar todas as quartas, nunca mais o ouviria me pedir alguma coordenada enquanto perseguia algum criminoso. Ou o escutaria dizer o meu nome como sempre fazia, ou discutira com ele por alguma decisão que ele quisesse fazer, ou alguma duvida que tivesse. Eu não poderia dizer a ele o quanto eu... O quanto eu o amava.

Não sei se Oliver sabia disso, quer dizer... Fui muito clara sobre meus sentimentos, mas nunca disse com todas as letras como ele fez. E se ele foi para lá esperando que eu dissesse? Para ter certeza de que retribuía todo aquele sentimento? Eu não disse... E isso era mais uma coisa na lista da dor, eu deveria ter dito, gritado, escrito pelas paredes da cidade para que ele visse até estar fora dela.

A essa altura eu já soluçava sem impedir uma lagrima sequer de seguir seu caminho livre por minhas bochechas. O ar me faltava, respirei fundo tentando recuperar o folego em meio ao choro e segurei com a outra mão a outra ponta da espada. Dei alguns passos para trás, sentindo minhas pernas bambas, minha cabeça doía horrivelmente e senti minhas costas chegarem a uma parede e escorreguei por ela até atingir o chão.

As lágrimas não tinham tempo de embaçar minha visão, pois desciam rápidas e quentes como cascatas pelo meu rosto. Segurava a espada em minhas mãos, não queria acreditar naquilo, não podia se verdade. Ele disse que voltaria! Ele não podia estar morto, não podia acabar assim. Mas onde ele estaria? Tudo indicava para sua morte, mas meu coração se recusava a acreditar e isso faia a dor aumentar. Eu devia ter dito a ele o quanto eu o amo.

–Eu não podia te perder... Não podia. –Balbuciei em meio ás lágrimas. –Por favor, Oliver... Onde você está? Eu preciso de você, todos precisamos de você. Vo-Você me disse que eu não te perderia. –Disse me lembrando do dia em que temi contar a ele a verdade sobre a paternidade de Thea. –Você disse. –Solucei. -Eu tinha tanto medo de te perder, de você me odiar aquele dia, mas isso é tão pior. Nunca mais vou poder toca-lo, abraça-lo, ouvi-lo, observa-lo. Nunca mais! E eu só queria que você soubesse o quanto eu te amo Oliver Queen.

Não liguei para o chão frio ou para a espada afiada que quase rompia a pele da minha mão. Apenas me deixei ficar ali e chorar. Ele iria querer que eu fosse forte, que ajudasse Roy e Diggle a continuarem a proteger a cidade, proteger Thea. Eu teria que ser forte e eu tentaria ser, faria o que eu pudesse para ser forte, então me deixei chorar e sofrer, pois não queria ser forte naquele momento, não precisava ser naquele momento. A dor tinha que sair, eu havia perdido mais uma pessoa importante para mim. Meu amigo, meu parceiro, meu amor e meu herói partiu e eu estava quebrando, duvidando de que algum dia conseguiria colar todos os meus pedaços partidos outra vez. Oliver Queen, o arqueiro, o herói. Estava morto.

Funguei e respirei fundo, deixando a espada no chão a minha frente. Humedeci os lábios e olhei tão intensamente a espada, como se pudesse me comunicar com Oliver por ela.

–Você se foi, mas eu sei de duas coisas. -Funguei novamente. - A primeira é que não importa quanto tempo passe, sempre me lembrarei de você, sempre todos nós nos lembraremos de você. Como o homem que fazia o possível para salvar todos aqueles que ele amava, salvar a sua cidade, em como ele era bom e em como foi o melhor herói que já existiu. E a segunda... –Respirei fundo, entrecortada controlando as lágrimas que exigiam cair, quentes e salgadas. –A segunda é que eu te amo.


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Notas finais do capítulo

Eaeee, gostaram? Espero que sim kkk hiatus acaba semana que vem omg vamos ver o que vem por ai. Apesar das noticias do Marc, Stephen esta aqui para nos acalmar né kkkEnfim, espero que tenham gostado, comentem!! Bjsss.
P.S. Desculpa a demora pra atualizar I can't lose you. kk mas fiquei meio enrrolada aqui, muita coisa acontecendo e tals, mas acho que consigo atualizar essa semana ainda okay, bjsss.