Identical Love escrita por Mille Bonnie


Capítulo 32
Não chore pelo leite derramado


Notas iniciais do capítulo

Sei que demorei, sei disso. Mas vamos lá, semana passada eu tive uma semana da vida na minha escola e foi super desorganizado e eu me enrolei, no meio da semana eu fiquei gripada e isso me deixou muuuuuuuuuito mal (e passei o resto da semana e incluindo o final de semana com febre e dor de garganta e indo pra escola, pra ganhar um mísero pontinho!). Agora já estou melhor, obrigada por se preocuparem (mesmo que vocês só estejam sabendo disso agora hahaha). E eu gostaria de dizer que... SEGUNDO ANO DO ENSINO MÉDIO TÁ DIFÍCIL PRA CACETE!!!!!!!!!!!!!!!!! Relevando meu surto, mas gente tô muito enrolada, apertada e tudo mais, se eu não estudar de verdade eu vou me lascar lindamente. Então eu agradeço a compreensão quanto a demora dos capítulos, espero que entendam. Obrigada por tudo e vejo vocês nos comentários.
Love vocês



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Um mês!

Engraçado como sua vida pode mudar muito em um mês. Markus está oficialmente morando com a avó, ela o ama e nunca o deixaria desamparado, independente da sexualidade dele e foi exatamente isso que ela disse para o pai dele. Jenni e Tadeu são o casal mais brigão/fofo que eu conheço, em um momento estão felizes e se amando e em outro estão brigando e querendo se matar. Arthur me ensinou uma lição valiosa que é: não se meta em Dr’s alheias, porque você realmente não quer ficar no meio do fogo cruzado. Falando nele... Ele é o Arthur, é intenso, é doce, é diferente de qualquer pessoa que eu já tenha conhecido e o principal não é o Pietro e ele me prova isso a cada dia que passa, dizem que ele está gostando romanticamente de mim, mas eu não acredito (e nem quero) acreditar nisso, estou oficialmente fechada pra esse negócio de amor, porque só dá trabalho. Gui é o japonês da zoeira, tudo pra ele é motivo de estar zoando e rindo das pessoas, mas ele é um cara incrível e um ótimo amigo (e minha irmã é apaixonada por ele e segundo ela, eles vão namorar quando ela fizer quinze anos). Coisas importantes que aprendi esse mês:

Pessoas só esquecem um boato sobre você quando outro boato é mais escandaloso que o seu.

E que diretoras pegam sim, alunos gostosos.

E que as paredes da escola são mais fofoqueiras que um vídeo na internet.

Era isso que estava na boca dos alunos agora, parece que Sofia Mendes é passado. Por causa desse burburinho sobre a diretora e um aluno do terceiro ano, fomos liberados mais cedo. Agora estávamos todos na casa da Jenni comendo salgadinhos requentados do buffet da mãe dela.

–Vamos ver algum filme? –Gui sugere. Olho de relance pra ele e sei que ele vai querer ver aqueles filmes nojentinhos e tal. Ainda tenho arrepios só de lembrar daquele filme nojento que ele me fez assistir aquele dia.

–Quero assistir Meninas Malvadas. –digo sorrindo.

–Ah nem Sofia. –ele reclama. –Esse filme não.

–Esse filme sim. –sorrio. –Por favor, por favor. –faço um beicinho pra tentar convencê-lo.

Ele olha pro Arthur e ele ri como se dissesse “nessa briga não me meterei”. Sei que a Jenni e o Markus também vão querer ver Meninas Malvadas. Nós sempre assistimos a esse filme, eu sei praticamente todas as falas.

–Tá, vamos ver esse filme de menininha. –Gui bufa. Jenni coloca o DVD e eu encosto a cabeça no ombro dela, Markus sentou no outro sofá com o Arthur e o Gui (como sempre) está largado no tapete. O filme começa e o Markus e eu começamos a falar junto com o filme, Gui nos manda calar a boca, Arthur dá uma risada e continuamos vendo o filme. Quando acabou emendamos com Lilo e Stich.

–Já te falaram o que atum é? –imito a Lilo.

–Um peixe? –Jenni me olha rindo.

–É peixe! Se eu desse atum pro fofuxo eu nunca iria me perdoar. –rio.

–Você é mais infantil que a Mille e o Vinny juntos. –Gui ri de mim.

–Ih chamou de infantil, eu não deixava. –Markus comenta, querendo jogar fogo na lenha.

–Falou que você é tão infantil que ele nem aguenta conversar com você. –Jenni ri.

–Calados. Vocês dois estão parecendo a Chiquinha. –Gui ri.

–Ih Jenni te chamou de Chiquinha. –Markus alfineta.

Ficamos nisso a tarde toda, é tão bom ficar com as pessoas que amamos isso me faz sentir leve.

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Busquei a Dora no ballet e depois fomos pra casa. Ela estava meio mal humorada hoje e por isso subiu e me deixou sozinha na sala. Fiquei assistindo programas de culinária e isso me deu uma fome do cacete, mas a minha preguiça era maior e isso me fez continuar no sofá. Brad chegou algum tempo depois e também estava de mau humor e também me deixou sozinha na sala e foi para o quarto, relevei e continuei vendo meus queridos programas de culinária. Mamãe ligou e disse que eu não precisaria fazer o jantar, pois ela traria pizza, agradeci a Deus por isso e continuei sentada assistindo.

–Por que você só fica sentada todo o dia? –Tadeu perguntou entrando em casa. Ele jogou a mochila no chão, depois a pasta e mais uns dois cartazes.

–Oi? Tá falando comigo? –perguntei, desviando os olhos da televisão para olha-lo.

–Não, claro que não! Estou falando com a vovozinha Clementina. –ele me olha bufando.

–Que foi? Por que esse mau humor todo? O que foi que eu lhe fiz? –pergunto.

–Nada! Foi exatamente isso que você não fez. Nada. –ele bufa e sobe pro quarto mal humorado.

–Eu hein, hoje o pessoal acordou com a macaca. –digo para mim mesma e volto assistir o “Que Seja Doce”. Minha mãe chega com as pizzas e ela é a única que não está de mau humor hoje. Ela foi chamar os outros pra comerem. Isadora desceu primeiro e logo atrás veio o Tadeu e o Brand. Jantamos e eu voltei pra sala. Mamãe ficou assistindo tevê comigo.

–Sabe do que eu me lembrei hoje? –ela pergunta.

–Do que?

–Que o aniversário de certa garotinha está chegando. –ela sorri. Olho para ela e sorrio também, daqui duas semanas eu faço 17 anos! Caramba 17! Estou ficando velha.

–Eu sei. –sorrio. –Daqui a pouco vou ficar idosa que nem o Tadeu.

Minha mãe ri.

–Sei que você vai dizer não, mas você vai ter uma festa. –ela diz.

–Ah nem. –começo a reclamar.

–Não! Sofia você nunca me deixa fazer festinha pra você. –ela reclama. –Deixa eu realizar meu sonho por pelo menos uma vez. –ela pede.

–Que drama, mãe. –rio. –Promete que não vai fazer uma big festona?

–Prometo, vai ser só uma reuniãozinha pros mais íntimos. –ela ri.

–Sei. –suspiro.

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Arthur’s POV

–Arthur seu veadinho. –Gui reclama e eu rio. Estávamos jogando na casa dele e eu tinha atirado no pé do personagem dele. Tia Gumi e o tio Bê foram jantar e nos deixaram sozinhos.

–Pede pra sair seu noob. –eu falo.

–Nunca. –ele me dá o dedo do meio e volta a se concentrar. Depois de um tempo eu ganhei dele.

–Acho que você não sabe mais jogar cara. Mille tá jogando melhor que você. –digo.

–Pelo menos eu não tô na seca que nem você. –ele apela.

–Eu não tô na seca. –digo. –Tô apenas esperando o momento certo pra agir.

–Ah sei, tipo dia 31 de fevereiro. –ele desata a rir da minha cara.

–Cale essa boca, seu maldito. –eu murmuro.

–Cara você tá precisando de umas dicas de mestre. –ele senta do meu lado.

–Beleza, cadê o mestre? –pergunto.

Recebo um tapa forte no meu braço e uma cara feia.

–Você tem que pegar a Sofia e dizer: Gata, se beleza fosse bosta. Você estaria toda cagada. –ele ri.

–Meu Deus! Que horrível! –começo a rir. –Você é horrível cara.

–Peraí tem mais. –ele ri. –Gata, já te explicaram a diferença entre clima e tempo? Clima é o que tá rolando entre a gente e tempo é que a gente está perdendo.

–Guilherme para com isso. –rio. –Você nem conquista mulher falando isso.

–Quem te disse isso? –ele me olha.

–Eu sei. –rio.

–Usa essa aqui é sensacional. –ele diz.

–Vou me arrepender disso, mas fale.

–Eu sei que não sou banco Itaú, mas fui feito pra você! –ele levanta os polegares em sinal de aprovação e eu jogo um travesseiro nele.

–Você é ridículo!

Fui pra casa depois da sessão de cantadas ridículas do Gui, ele meio que tinha razão. Eu tenho que pegar pesado com relação de conquistar a Sofi, mas isso não é fácil. Ela não me dá a mínima abertura! Todos os dias tento, mas ela simplesmente desvia. Estava andando tranquilamente e meu celular toca.

–Alô. –respondo.

–Gatão? Sou eu a tia Oli.

–Oi tia, tudo bem?

–Tudo sim, você pode me fazer um mega favor? –ela pergunta.

–Se estiver ao meu alcance. –digo.

–Bem, hoje, pra ser exata agora eu fui convocada pra ir à convenção de nutrição no centro da cidade e como você sabe o Josh tá naquele seminário na outra cidade...

–Quer que eu fique com o Vinny? –pergunto.

–Sim, mas tem um probleminha... Ele tá um pouquinho gripado e com febre, então sabe com é né? Um trabalhinho a mais...

O pestinha tá doente? Só isso pra sossegar o facho dele.

–Tudo bem, eu fico com ele, mas só tenho que avisar a minha mãe primeiro. –digo.

–Eu já liguei pra ela, tá tudo certo. Pode vir pra cá agora?

–Posso sim.

–Obrigada gatão, te vejo aqui. Beijos. –ela se despede.

–Beijos.

Aperto a minha blusa de frio e penso em uma ideia genial! Já que vou cuidar do pestinha, porque não convidar a Sofia pra ir comigo? Se eu me lembro bem, ela o amou. Vou andando até a casa dela e bato na porta.

–Oi? –Sofia abre a porta. Ela está de calças de moletom cinza e um moletom vermelho enorme, ela ficou muito pequena nessa roupa.

–Preciso de você agora! –digo rápido. –Sabe o Vinny?

–Seu ‘’priminho’’ fofo? –ela pergunta.

–Ele mesmo, ele tá doente e a tia Oli precisa sair urgente agora... Vou ficar com ele e eu queria que você fosse comigo. –digo. –Ele gostou muito de você.

Ela me analisa de cima a baixo e morde os lábios.

–Manhê posso ir com o Arthur na casa da Olivia cuidar do Vinny? –ela grita.

–Pode, contanto que te tragam em segurança pra casa. –a mãe dela responde.

–Tá bom, tchau mãe. –Sofia fecha a porta.

–Você vai assim? –pergunto.

–Vou e não estou nem ai se estou estranha. –ela dá os ombros. –Tá frio pra caramba!

Concordo e vamos andando e conversando até a casa da tia Oli, quando chegamos lá, ela já estava na porta. Ela nos sauda mostra os remédios que o Vinny tá tomando e vai embora.

–Vamos ver o pestinha. –digo e vamos até o quarto dele. Na porta tem uma plaquinha que a minha mãe deu de presente pra tia Oli quando soube que ela estava grávida de um menino, ela diz “Aqui dorme um príncipe”. Abrimos a porta e o Vinny estava lá todo embrulhadinho e olhando pra televisão. Quando ele vê a Sofia entrando no quarto, seus olhos se iluminam.

–Sofi? –ele sorri fraquinho.

–Oi meu amorzinho. –ela vai até e o abraça. –Fiquei sabendo que você está doentinho.

–É, estou com gribe. –ele troca o P pelo B e isso faz a Sofi rir e o abraçar mais forte. Ficamos com o Vinny até ele pedir pra fazermos algo pra ele comer.

–Tadinho do Vinny. –Sofi diz.

–Só assim pra ele sossegar o fogo dele. –digo rindo. Como ele tem intolerância à lactose a tia Oli compra leite sem lactose pra ele e decidimos fazer leite com açúcar e canela pra ele. –Pega a canela ali. –peço pra Sofia. Ela vai até a prateleira e tenta alcançar, mas não consegue.

–Não alcanço. –ela diz.

–Isso que dá ser pequenininha. –eu rio.

–Não sou pequenininha. –ela reclama.

–É sim.

–Não sou. –ela tenta me dar um soquinho, mas eu seguro sua mão e a encosto no balcão, a respiração dela fica pesada e eu também fico nervoso. Ela me encara com seus olhos grandes. Quero muito beijar a Sofia, quero muito mesmo... Quero encostar ela na parede e a beijar pra sempre... Estou encostando o meu rosto do seu, nossa respiração já está se misturando e...

–Arthur... –ela me chama. Estou tão entorpecido por aquele rosto.

–Oi? -murmuro.

–O leite tá derramando. –ela diz. Eu a solto e desligo o leite. Mas ele já ferveu e já sujou todo o fogão.

–Droga! –murmuro.

–Você que vai limpar isso. –ela ri.

Ela arruma o leite do Vinny e leva pra ele e eu fico lá limpando o fogão da tia Oli.

–Que droga! Olha o que você faz comigo, garota. -reclamo. Não vou chorar pelo leite derramado. Eu vou conquistar Sofia Mendes. Ela vai ser minha, a se vai.


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Notas finais do capítulo

Tô louca pra escrever momentos fofos entre Sofia e Arthur!!!!!!!!!!!!