Identical Love escrita por Mille Bonnie


Capítulo 20
Fiz merda?!


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem muito desse capítulo! Vejo vocês nos comentários.



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–Baranga, levanta. Agora. –a voz do Markus me acordou.

–Não. Só mais cinco minutos. Por favor. –coloco o travesseiro no rosto, mas ele o puxa.

–Nada disso, anda logo baranga gorda. –ele tira as cobertas de cima de mim e eu me levanto bufando.

–Que horas são? –pergunto.

–Cinco e quarenta. –ele diz olhando o relógio no pulso.

–Cinco e quarenta? Você já está aqui em casa a essa hora? Não tem juízo? –pergunto puxando o cobertor pra cima de mim novamente.

–Sua mãe foi me buscar, e é melhor você levantar e terminar de arrumar sua mochila antes que ela suba aqui e grite contigo. –ele responde ajeitando os óculos.

Bufo mais uma vez e levanto da minha maravilhosa, quentinha e querida cama, olho e vejo que a Isadora já acordou e a sua mochila já está arrumada, olho para o chão e vejo que na minha só tem um biquíni.

–Markinhos. – o olho fazendo cara de manhosa.

–Lá vem. –ele revira os olhos.

–Arruma minha mochila? –pergunto. –As roupas já estão dobradas ali no pufe é só colocar na mochila.

–E por que você não faz isso? -ele arqueia as sobrancelhas.

–Porque preciso me arrumar. –digo. –Vai, faça isso por mim, sim?

–Tá, tá. –ele pega a minha mochila e vai arruma-la. Eu entro no chuveiro e tomo um banho rápido e quente. Quando sai do banho o Markus já tinha arrumado as minhas roupas e agora estava mexendo no meu celular.

–Achou algo interessante ai? –pergunto.

–Oh sim. –ele ri. –Suas mensagens com o Pietro são bem melosas. –ele franze a testa rindo.

–Ei, isso é falta de privacidade. –reclamo penteado meu cabelo em frente ao espelho.

–Não quando se trata do seu melhor amigo do mundo inteiro. –ele diz. –Não temos segredos, esqueceu?

–Não. –sorrio. Coloco uma tiara de laço e me viro pra ele que está super concentrado lendo minhas mensagens e rindo delas. –Será que você poderia parar com isso? –pergunto colocando as mãos na cintura.

–Não. –ele ri de uma mensagem.

–Mamãe está chamando vocês. –Isadora entra no quarto e pega sua mochila e a bolsa com os sapatos, tanto os meus quanto os dela.

–Vamos. –digo pegando o meu celular da mão do Markus.

Markus, Isadora e eu vamos no carro do Brand. Tadeu vai com a Jenni no carro dele e a família da Clarice vai nos encontrar na rodovia. O caminho até a casa de praia da nossa avó (ela é mãe do Brand, mas a gente a considera como nossa avó) foi engraçado, minha mãe adorava o Markus e eles foram o caminho inteiro conversando e rindo sobre coisas bobas. Vi o carro da Clarice na rodovia nos esperando e logo nos acompanhou. Depois de duas horas e meia de viagem finalmente chegamos. Minhas pernas estavam doloridas, porque fiquei muito tempo sentada.

–Vamos dividir o quartos. –mamãe diz. –Sinto muito para os casais juvenis, mas vocês não vão dormir juntos. –ela diz e o Tadeu bufou o que fez a Jenni dar um tapa no braço dele. –As meninas vão dormir no quarto grande, os meninos vão dormir no quarto de cima, e os pais vão dormir nas suítes, porque somos exclusivos e merecemos. –ela diz rindo.

–Eu vou dormir na cama de cima do beliche. –eu digo.

–Isso é injusto Sofia. –Jenni diz. -Todo ano você dorme no beliche de cima. –ela reclama.

–É porque sou muito especial. –eu digo.

–Tá, tá. –ela diz.

Colocamos nossas coisas nos quartos, eu arrumo minha cama e as meninas às delas, o quarto grande é literalmente grande e tem um beliche e uma cama de casal, Jenni e eu vamos dormir nos beliches e a Dora e a Mille na cama de casal. Depois que arrumamos nossas coisas trocamos de roupa e vamos pra cozinha procurar o que comer.

–Eu falei com a sua mãe e ela achou bem legal a ideia de fazer uma festinha surpresa pro Tadeu. –Jenni sussurra pra mim.

–O aniversário dele é segunda-feira, e você sabe que a coisa favorita dele é pizza né? –sussurro pra ela.

–Eu sei que tal muitas pizzas e coca cola? –ela sorri.

–Muito bom.

–O que as minhas gatinhas estão sussurrando? –Markus pula em nós.

–Planos pro niver do Tadeu. –Jenni conta pra ele.

–Cadê o Pietro? –pergunto.

–Está tomando banho. –Markus responde. –Quando vamos pra praia?

–Quando todos estiverem aqui e eu comer alguma coisa, porque estou varada de fome. –respondo. Tadeu e Arthur descem se empurrando e rindo, o Tadeu está sem camisa e isso não é novidade pra mim, já que ele vive sem camisa lá em casa, o que me chama atenção é o Arthur ele está sem camisa e com um boné, ele não tem um tanquinho, mas a sua barriga é lisa e bem chamativa.

–Para de babar, Sofi. –Markus sussurra. Eu me recomponho e finjo que não o vi sem camisa. O Pietro desce cinco minutos depois, e ele está com camiseta regata. Nossos pais descem logo em seguida e vamos procurar o que comer.

–Vamos pra praia depois? –Pietro pergunta pra mim.

–Claro. –respondo sorrindo. Ele coloca as mãos nos meus ombros e sentamos juntos na mesa da cozinha.

–Hoje de noite vai ter uma feira de artesanatos aqui. –minha mãe diz.

–Vamos? –Clarice pergunta.

–Sim, eu adoro artesanato. –minha mãe sorri.

–Não contem comigo e nem com a Jujuba. –Tadeu diz coma boca cheia. –Vamos ficar assistindo filmes à noite inteirinha.

–Vamos? –ela pergunta.

–Vamos. –ele responde.

–Eu também não vou. Odeio feiras. –respondo.

Depois que terminamos de almoçar, todos vamos pra praia. O Arthur e o Markus estavam brincando com as meninas, mamãe e Brand e a Clarice e o Pedro estavam tomando água de coco, Jenni e Tadeu estavam brincando e se beijando na água e o Pietro e eu estávamos sentados na areia conversando sobre desenhos.

–Claro que não. –ele balança a cabeça. –Power Rangers é bem melhor que Ben 10.

–Eu não acho. –eu digo. Eu cresci vendo Ben 10 com o Tadeu, esse era o nosso desenho favorito. –Por que os Power Rangers quando são atingidos soltam faísca em vez de sangrar? –pergunto.

–Eu sei lá. –ele ri. O riso dele é bonito e é uma coisa que eu quase nunca vejo, a não ser quando ele está brincando com a Mille. –É porque eles são tão fodas que não sangram, soltam faísca.

–Se você diz. –eu sorrio. Mille vem correndo em nossa direção, está toda molhada.

–Pipo, vem nadar comigo? –ela chama.

–A água está quente? –ele pergunta.

–Duh, claro que não. –ela ri. –Vamos, vai ser legal. –ele se levanta e tira a camiseta, pega a Mille no colo e vai correndo em direção ao mar. Foi uma cena bem fofinha e bonita de se ver.

Depois de horas na praia, voltamos pra casa quando já estava anoitecendo, jantamos e depois os nossos pais foram pra tal feira de artesanato. Tadeu e a Jenni ficaram assistindo filmes/se pegando na sala de TV, as meninas ficaram no quarto grande jogando uno com o Markus, Arthur eu não sei onde estava. Pietro e eu estávamos no quarto dos meninos. Estávamos nos beijando, suas mãos estavam nas minhas coxas e ele a as apertava, seu beijo estava urgente e bruto, então ele começou a beijar o meu pescoço, até ai tudo bem... Foi quando ele abaixou a manga da minha blusa.

–Pietro, para. –eu digo me afastando dele.

–Por quê? –ele pergunta beijando meu ombro, ignorando o que eu acabara de pedir. Ele coloca os dedos por baixo da minha camisa.

–NÃO.

–Mas que droga, Sofia. –ele grita me empurrando.

–Por que não me espera? –pergunto.

–Por que esse drama todo? –ele pergunta. –Sai daqui.

–Que? –pergunto não acreditando no que ouvi.

–Isso. Saia daqui. –ele diz. Levanto furiosa e saio do quarto, Pietro foi tão babaca. Que raiva, por que ele não respeita? Qual o problema dele? Estou tão nervosa e preciso ficar sozinha, então vou para o jardim da casa, aquelas flores me acalmam.

–Perdida por aqui? –me viro e vejo o Arthur. Ele está com a sua camisa do Green Day.

–Ah você. –digo desanimada.

–Sim, eu. –ele sorri e vem andando até mim.

–O que está fazendo aqui? –pergunto.

–Não é obvio? Estou comprando carne. –ele diz irônico.

–Muito engraçado você.

–Qual é, está de mau humor? –ele pergunta.

–Não é obvio?

–Desculpa anjo. –ele ri. Ele está incrivelmente bonito hoje, e eu estou com tanta, mas tanta raiva do Pietro. E o Arthur está aqui na minha frente, tão, tão beijável.

–Me beija? –peço e ele me olha como se não tivesse ouvido direito.

–Que? –ele franje a testa.

–Me beija, Arthur. –peço novamente. –Por favor. –sussurro.

Ele vem andando até mim e coloca as mãos no meu rosto, prendo a respiração quando ele beija as minhas bochechas, ele estava sendo tão meigo e delicado, ele é tão diferente do Pietro.

–Queria te beijar a muito tempo. -ele sussurra depositando um beijo na minha orelha. -Vou fazer ser inesquecível. -ele volta a me olhar.

Sei que o que estou fazendo é uma loucura, mas que se dane, não tem outro lugar onde eu desejaria estar se não esse. Ele toca meus lábios com os seus, o deixo entrar e explorar tudo que quiser, e ele faz isso com toda a calma do mundo, suas mãos descem do meu rosto pra minha cintura, ele me puxa pra mais perto dele, estou tão envolvida que enterro minhas mãos nos cabelos dele, que são bem macios por sinal. Ele geme, quando arranho sua nuca, eu não devia, mas aquilo me deixou louca, comecei a beija-lo com mais pressa, e acho que ele entendeu porque se soltou de mim todo vermelho e ofegante.

–Linda, melhor irmos com calma. -ele me olha com a respiração descompassada.

–Não quero ir com calma. –digo.

–Vai por mim, você quer sim. -ele ri. Sua risada foi rouca e sensual (?). Ele volta a me beijar, entrelaço minhas pernas em sua cintura e ele me senta na mureta que havia lá. O puxo pra mais perto de mim, o mais perto que consigo, eu quero que ele se cole a mim, quero... Eu desço minhas mãos e as coloco por baixo da camiseta dele, aliso sua barriga com as mãos e ele geme.

–Anjo, não faz isso. -ele sussurra sugando meu lábio inferior.

–Por que não? -pergunto passando os dedos delicadamente por sua barriga lisa, mas não com tanquinho.

–Não atice o fogo se você sabe que não vai aguentar. -ele responde.

–Quem te disse que não vou aguentar?

–Eu sei. -ele morde meu queixo e depois beija delicadamente o local.

Meu corpo está pegando fogo, acho que a qualquer momento vou derreter. Ele volta a me beijar, mas dessa vez com calma, ele morde meu lábio e depois me dá um selinho e se afasta. Ele está vermelho, incrivelmente vermelho, seus cabelos estão bagunçados. Ele sorri pra mim e a culpa logo me atinge, drooooooooooooooga, o que eu fiz? Eu traí o Pietro! E ainda foi com o próprio irmão dele! Eu sou realmente uma puta! Me deixei levar pelo momento e acabei fazendo a maior merda do mundo. Saio de cima da mureta, ajeito meus cabelos que devem estar horrorosos, e aliso a minha roupa e o encaro.

–Isso nunca aconteceu. -digo séria e o sorriso que estava estampado em seu rosto morre.

–Se é assim que prefere, por mim tudo bem. -ele responde.

–Obrigada. -digo saindo daquele jardim da perdição e indo em direção a casa.

Eu simplesmente não acredito que acabei de trair o meu namorado, e como se isso já não fosse ruim o bastante eu ainda tive que trai-lo com o próprio irmão! Que tipo de pessoa eu sou? Uma bem horrível, a mais horrível de todas. Que droga!


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Notas finais do capítulo

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