I'm a survivor: Haymitch Abernathy escrita por Alle White


Capítulo 2
O Trem


Notas iniciais do capítulo

E ai pessoinhas lindas, como vocês estão? Espero que estejam bem porque eu estou ótima!
Três pessoas marcaram para acompanhar minha fic e isso me deixou muito feliz!
Gostaria de agradecer especialmente a F Lovett pelo comentário, que com certeza me deu muito mais ânimo para fazer essa fic! E muito obrigada a todos que leram o prólogo.

Como este será o primeiro capítulo, já adianto que não terá muito diálogo e será algo menos empolgante. Preferi dar atenção apenas a forma como ele vai se portar de início, pra depois enfatizar suas mudanças e tudo mais.
Não se esqueçam que a a história ocorre 3 anos antes da 74ª edição dos Jogos, então algumas coisas ainda precisam acontecer para que ele se torne por completo aquele Haymitch que conhecemos.

Boa leitura, espero que gostem! ♥



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Chego ao trem primeiro que todos e assim como todos os anos vou direto ao vagão bar, localizado no fundo do trem.

Penso em ficar aqui e relaxar da única maneira que conheço, mas como sei que virão atrás de mim, pego algumas bebidas e vou para minha cabine, não antes de pedir para um Avox que me traga gelo.

Caminho em passos lentos até a cabine onde meu quarto está localizado, tomando cuidado para não fazer nenhum tipo de barulho. Não quero ser incomodado agora. Deito na minha cama, coloco as garrafas de bebida ao lado dela e tento ao menos relaxar um pouco antes do jantar. Tomo o resto da bebida que estava no copo e fecho os olhos.

Fico pensando na minha vida antes dos Jogos, a forma como meus pais cuidavam de mim. São lembranças tão boas e ao mesmo tempo tão tristes. Lembrar deles só me faz perceber o quanto estou sozinho e, enfim, isso não vem ao caso... Fico vagando pelas minhas lembranças até que adormeço.

— HAYMITCH! – alguém me chama ao longe, parece mais um sussurro. Estou cansado e embriagado demais então não respondo, nem sequer abro os olhos.

Ouço novamente me chamarem, dessa vez reconheço a voz. Percebo que ela está gritando. Ela? Ela gritando meu nome?

Só pode ser brincadeira. Depois do que aconteceu ano passado aquela coisa que mais parece uma pintura abstrata ainda tem coragem de vir me chamar?!

— Haymitch, Haymitch! – percebo que ela se aproxima da minha cabine e, em questão de segundos, bate na porta. Permaneço imóvel – Haymitch, sei que está ai. – ela da uma pausa, como se compreendesse que eu não esperava ouvir sua voz – eles estão esperando na sala de jantar.

Decido me levantar antes que eu ouça aquela voz novamente, pego apenas uma garrafa e meu copo, ando até a porta com um pouco de dificuldade em manter os passos e abro a mesma saindo em direção a outra cabine.

Não falei com ela e nem sequer a olhei, não estava pronto para isso. Percebi que ela me seguia, mas estava tão ocupado em manter meus passos firmes que nem me dei conta se ela me observava ou não.

Ao me sentar com aquelas crianças, que só depois de ouvir aquele monstro maquiado falar com elas é que descobri que seus nomes eram Emily e David, não tive coragem de pronunciar palavra alguma.

Devido à tensão no ar, a garota tenta puxar papo:

— Olá, você é o Haymitch. Certo? – ela pergunta de forma suave – É uma honra conhecer você.

— Certo. Obrigado. – digo apenas isso, evitando qualquer tipo de pergunta sobre os jogos do qual participei. O silêncio retorna.

Após uns minutos, ela volta a perguntar:

— Como será daqui pra frente? O que irá acontecer com a gente? – quando olho para ela, percebo que ela me encarava.

— Daqui pra frente vocês serão treinados pra matar. – digo de forma direta – Mas também serão treinados para falar em público. – fico em silêncio, mas percebo que ela espera mais respostas – Vocês serão treinados pra matar, mas na verdade... Irão morrer. – assim que concluo, o menino me olha de forma assustada. Desvio o olhar e volto a comer.

Eles se levantam de cabeça baixa e em silêncio e assim que eles saem, fica apenas eu e ela na cabine. Me levanto sem dizer nada, a fome já passou. Pego novamente minha bebida e me retiro.

Assim que abro a porta de minha cabine, sinto alguém me puxar pelo braço. Ao me virar, levo um susto e não consigo esconder o espanto.

Eu fui seguido por ela e nem me dei conta.


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Notas finais do capítulo

O que acharam? Críticas e elogios são muito bem vindos, me ajudam a melhorar e ajudar tudo o que for possível e assim posso dar a vocês uma boa história para se ler. Obrigada desde já!



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