The Misty escrita por Matt Silva


Capítulo 2
Capítulo 2 - Sopro


Notas iniciais do capítulo

"Novas evidencias foram entregues para Lara, agora ela deve procurar por mais pistas e respostas diante dos acontecimentos nas duas cidades. Nada deve deter ela, a não ser que venha do céu." - Boa Leitura



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29 de Outubro 1997, 23h47min

Já sentiram a sensação de que uma ação poderia salvar a vida de alguém? Ou pior, que ela poderia tirar uma? Apenas alguns segundos para salvar e nenhum para tirar. A coisa é tão rápida que você pensa que realmente aquilo aconteceu na sua frente.

— Morra sua praga imunda!

— Não!

14 horas antes...

Quando cheguei ao local de onde vieram os tiros, estava vendo varias pessoas na frente da delegacia que se localizava perto da praça. Fiquei observando de longe as pessoas gritando e pedindo respostas para o assassinato do Junior. Notei um homem de idade controlando o pessoal, e alguns policiais tentando acalmar os ânimos dos demais.

— Vejam Todos! Até os policiais dessa cidade, estão querendo nós matar! — Falou o homem de idade e as outras pessoas concordaram — Eu sei que o futuro de Roseward está traçado! Vamos todos morrer! Não precisa nos matar antes! — Notei no policial que estava perto de Jean, ele estava aflito, foi ele que deve ter atirado ainda estava com o revolver na mão, decidir ir mais de perto e falar com a mulher que também observava pela parede de uma residência.

— Ei, com licença. Poderia me dizer o que está havendo aqui? — Perguntei retoricamente.

— Ah… bem… - Notei que ficou surpresa com minha pergunta, possivelmente não tinha me visto por perto — pelo o que eu vi são algumas pessoas que viram o assassinato do Junior, eles estão fazendo um tipo de protesto para que a policia respondam sobre o assassinato.

— Ainda aquela historia da maldição de Dark Sky vindo para Roseward?

— Sim, eles estão apenas suspeitando, no entanto, muitas pessoas acreditam nisso minha senhora, é melhor tomar cuidado.

— Ok… verei o que posso fazer.

O protesto não acabou por ali algumas pessoas continuaram falando, voltei para a praça e deitei na grama para dá uma respirada, muita coisa aconteceu quando cheguei a Roseward, nem tinha chegado ainda em Dark Sky. Notei o céu bem limpo e um grupo de pássaros saindo das colinas, onde ficava a floresta, e nesse caso Dark Sky; Será que aquilo realmente era verdade? As aparições de fantasmas? Acabei adormecendo. Acordei alguns minutos depois, algumas pessoas do protesto já tinha ido embora, tinha esquecido completamente do documento que aquela senhora me deu, eu já ia pegar na minha bolsa quando Jean estava vindo em minha direção e logo me alevantei.

— Oi… — disfarcei — como foi à festa?

— Hahaha — riu — isso está virando uma gripe, varias pessoas vem reclamar na delegacia que estão vendo pessoas vagando pela cidade, perto de fazendas, nas estradas e alguns dizem que viram uma sombra se movendo, sabe o que é mais engraçado?

— O que?

— Que são as mesmas coisas que acontecem em Dark Sky... Você é nova por aqui, mas lhe pergunto você acredita nessa para normalidade?

— Eh… bem…

— Não, estou brincando quer almoçar? Posso te oferecer um lanche, a grana do trabalho ainda não saiu — riu colocando a mão na cabeça.

— Tudo bem, mas eu pago.

A gente foi até a lanchonete mais próxima. O restaurante era do tipo "metro" como um formato bem peculiar para o local, àqueles que têm uma banca e cadeira a sua frente, e havia outras mesas perto das janelas, parecia que tinha ido para o Texas, a cerâmica era de xadrez, no teto havia um ventilador com uma luz, havia duas ali mais a frente. Sentamos perto da janela e ele pediu um café com batata frita e carne, e eu pedi o mesmo, estava tirando um papel da jaqueta e um lápis logo ele notou o que eu ia fazer.

— Forca?

— Não, irei fazer algumas perguntinhas para você, desculpe o possível interrogatório que irei fazer, até por que a policia aqui é você, mas, topa?

— Ok, vamos começar.

Passamos algumas horas conversando, ele me falou que também chegou recentemente à cidade, mesmo que o ‘recentemente’ para ele é três meses, falou também que a policia não sabia o que fazer diante desses desaparecimentos em Dark Sky, e que a policia de Roseward não podia se meter nos assuntos de cidades vizinhas; contou-me também que além de Dark Sky as outras cidades vizinhas fazem festival onde reuni todas as comunidades para um festival, no entanto Dark Sky não comparece mais a esses eventos por conta da sua imagem poluída, ele me contou uma coisa muito curiosa, que no ano novo, na passagem de ano entre 1995 a 1996 a lua se transformou em sangue e corpos saíram de suas tumbas varias pessoas foram massacradas e desaparecidas ouve um caos enorme em Dark Sky, isso parecia filmes fictícios de terror. A lua sangrenta só sumiu quando todos saíram do local da festa, rumores dizem que algumas pessoas avistaram uma alma na comemoração falando com o cara, são apenas rumores, pois essa pessoa sofria de esquizofrenia e desapareceu no dia seguinte, perguntei sobre o seu nome do homem, mas não sabia.

— É uma pena, você sabe mais de alguma coisa sobre essa tragédia?

— Deram o nome de maldição do céu, ele aconteceu especificamente em Dark Sky, pessoas de Roseward afirmam que a lua não mudou, na realidade ela nem apareceu por aqui.

— Entendo, bem parece que já está anoitecendo?

— O que? — ele olhou surpreso para lá fora

— O que foi? Que horas são? — Notei que o copo de água que a garçonete trouxe estava tremendo, as luzes começaram a piscar, as pessoas ao redor começaram a estranhar essa movimentação.

— São apenas três horas, a cidade nunca ficou assim.

— Deve ser uma tempestade...

Saímos para ver o que era ao olharmos para um dos lados apenas víamos o céu limpo, mas ao olhar para o lado oposto uma tempestade carregada estava chegando para Dark Sky, à nuvem começou a brilhar e um vento começou a circular. No inicio comecei a suspeitar que essa nuvem fosse apenas uma tempestade de fim de outono. Muitas pessoas estavam observando, o vento estava ficando muito forte. O carro de Jean estava lentamente sendo levado pela ventania, quando um tipo de tornado se se formou longe da cidade, corremos para alguma casa por ali, varias pessoas estava gritando tentei ajuda dizendo para que fosse para um local subterrâneo, mas o vento era forte de mais, ele estava levando tudo que estava ao seu alcance até pessoa, rapidamente segurei em um poste que estava perto da entrada do restaurante. Pedaços de casa; árvores; estavam sendo levados tudo isso passava a minha frente parecia que estava assistindo um filme apocalíptico. Parecia um vortex levado tudo. Nunca tinha visto um tornado tão potente quanto aquele, o som era muito estranho; um tipo de ruído vindo de todos os lados. Eu tinha que me apresar, pois Jean estava no beco me esperando, olhei para cima e notei a fiação do poste que dava para o outro lado da rua, comecei a caminhar lentamente, o poste começou a entortar, abaixo de min diversos carros começara a serem levados, a cima; pedaços de prédios, banner tudo passando como um raio. Apressei e comecei a me locomover rapidamente nos fios. Um carro que estava próximo atingiu o poste em cheio levando junto com os fios, pulei, e fui em direção ao chão e dei um impulso para segurar o poste mais próximo e consegui chegar a uma parede só faltava passar para o outro lado da rua, e ir para o beco; corri. Enquanto o apartamento perto de min estava desabando, suas pedras caindo ao meu redor pulei e dei um mortal no ar até chegar o outro lado salva, no fundo apenas destruição e explosões.

— Em que aula você aprendeu isso? — Jean perguntou cobrindo o rosto pela poeira que o prédio vizinho tinha deixado.

— Sozinha, vamos não temos muito tempo.

Encontramos um lugar subterrâneo e liguei a lanterna que tinha na mochila, pra falar a verdade, sobrevivi a muitas coisas, como escapar da policia de paris; lutar contra um feiticeiro; com dinossauro; dragão; etc... Mas nunca escapar de um tornado tão forte quanto esse. Só o que me lembra é as pessoas que podem está feridas e precisando de alguma ajuda e ainda estão com o tornado dessa categoria destruindo Roseward não era novidade ver algumas pessoas voando.

— Bem… se você me disser que isso acontece diariamente nessa cidade, eu digo sim a sua pergunta que você me fez na praça. — logo sentei, e me encostei-me à parede.

— Não, isso não acontece por aqui. Roseward é famosa por tempestade de alto nível, mas não de tornados desse tamanho. — falou sem folego. — Imagino o que está aconteceu com as pessoas lá fora.

— Só nos resta esperar.

Jean acabou adormecendo, vi pelo seu relógio que era seis horas, olhei pela janela que tinha perto dali, o tornado aparentemente tinha parado e a tempestade só tinha começado, lembrei-me do documento, sentei novamente, o retirei da mochila e abrir. Havia quatro folhas, todas eram de documentos policiais e confidências, tinha o brasão de Roseward em cima desse uma marca d'água com o nome "confidencial". Apenas li a primeira pagina de relance, li que a policia de Roseward não tinha controle sobre a situação desses acontecimentos, Isso não era novidade para min, pois Jean disse a mesma coisa. Iria para a segunda pagina quando ele estava acordando, logo guardei.

— Nossa, que cochilo. O que eu perdi?

— Nada, que horas?

— Seis e treze, vamos ver como ficou o estrago?

— Vamos.

Saímos do subterrâneo e o que vimos parecia uma zona de destruição, havia casas caídas, Árvores, postes, carros destruídos, fiação em péssimo estado, além de um conjunto de nuvens com descargas elétricas no fundo da paisagem. Roseward estava despedaçada, com a fiação destruída estávamos sem energia, logo Jean estava ajudando as pessoas que estavam por ali, me separei dele fazendo o mesmo. Juntamos algumas pessoas e elas decidiram procurar por mais algumas. Depois de algumas horas quase na virada da noite, possivelmente era umas 23h30min.

— Conseguimos. Colocando todos na lanchonete eles terão um abrigo para passar a noite, com essa tempestade.

— Vou ver se o Xerife precisa de alguma coisa, foi bom por hoje Croft!

— Tudo bem. — Tirei a mochila das costas e quando eu ia descansar um homem disse que uma pessoa precisava de ajuda perto das estradas de Dark Sky.

— O que aconteceu?

— Um poste caiu na perna e não consigo tirar.

— Ok que chamarei…

— Não! Só você, eu preciso só de uma pessoa e como os policiais foram cuidar de outras coisas…

— Entendo...

O segui, a chuva estava muito forte e continuava encharcada. Lembrei que tinha deixado a mochila com as coisas na banca escondida o que acho que foi uma péssima ideia. Para falar a verdade deveria ter pegado algo para me defender, ele parecia suspeito de mais.

— Chegamos… — falou, mas não era verdade nem estávamos perto da entrada de Dark Sky.

— Ótimo... Diga-me quem te mandou?

— Eu… — Afirmou o homem com voz grossa ele alguns outros me cercaram. Logo estava apontando a arma para min, em seguida os outros me seguraram. - O homem tinha um cabelo meio longo pelos ombros, uma barba mal feita e usava óculos escuros, os outros capangas tinham cabelo raspado e roupas aleatórias.

— O que está fazendo? - Os homens começaram a me prender com uma corda.

— Veja si mesmo, te matando, a maldição em pessoa, quando você chegou aqui às coisas mudaram, Junior morreu, e ninguém sabe o que ocorreu... Esse tornado… — falou pausadamente apenas contando os fatos que ocorreram quando cheguei nessa cidade.

— Você esta achando que eu fiz isso tudo? — falei, tentando me soltar, não podia fazer nenhum movimento brusco, não era só o cara apontando direto para minha cabeça como os outros capangas me segurando com uma faca atrás caso eu tentasse fugiu ou fazer alguma coisa.

— Não, mas vamos combinar que, não custa tentar. Afinal soube que você foi a ultima a ter falado com Junior ontem à noite…

— Então era você que estava me observando? Você o matou!

— Talvez, você tem ótimo senso, pena que não viu que na água que você tomou antes de sair estava com um calmante que fez você dormir como um anjinho…

— O que?

— De qualquer forma em breve você estará presa, então é melhor eu fazer meu trabalho te matando por que não á escapatória, você vai ser culpada pela morte do Junior, as pessoas vão achar que a pioneira de Roseward se suicidou por que não aguentou a pressão, é o melhor estarei livre por encontrar a verdadeira ‘assassina’ além de ganhar uma boa quantia em dinheiro - Me surpreendi com suas afirmações, nem tinha notado um gosto diferente na água que tomei quando estava conversando com ele. De relance Notei uma pessoa escondida atrás da árvore perto de uma residência destruída, me observando, e acho que sabia quem era.

— Então, por que você não me conta mais, foi você matou ele?

— Não, mas eu fiz um favor para uma pessoa, disse que ganharia muita grana colocando trocando tal coisa, e sabe, eu não deixo de perder dinheiro fácil, e com minha missão atualizada, meus homens o mataram daquele jeito, sabe foi tudo esquematizado, e aproveitei que você, era nova e apenas liguei os pontos, mas vamos combinar você fez um trabalho excelente criando aquele tornado.

— Vamos lá, eu não posso fazer isso! Além disso, quem foi à pessoa? O que você trocou?

— Chega de perguntas, posso pegar um resfriado com essa chuva, diga adeus a sua vida.

— Estão presos! — falou o xerife e os policiais logo cercaram o grupinho do mal. Os capangas que estavam me segurando fugiram, mas conseguiram pegar eles e seguravam o chefe.

— Pronto tudo acabou esta bem? — perguntou Jean.

— Sim, obrigada…

— Morra sua praga imunda! — o chefe da gangue conseguiu pegar a pistola de um dos policiais, e atirou em minha direção. , Parecia ‘slow motion’ ele virou, pegou a pistola e atirou.

— Não! — Jean passou na minha frente e foi atingido pela bala, ela foi certeira em suas costas.

— Jean! — Gritei, ele foi logo para o chão. O tiro foi certeiro, ele tentava falar algo, mas tentei acalma—ló. O xerife deu um soco no atirador e colocou dentro do carro e correu para minha direção.

— Ei — falou com a voz fraca

— Ei nada, se falar vai morrer!

— Jean… — falou o xerife — Ei chamem uma ambulância.

— Tio…

— O que? — perguntei surpresa

— Ele é o meu sobrinho, longa historia…

— De qualquer forma eu quero falar com Lara… a sós — falou engasgando, fiquei segurando o local onde o tiro estava, era o tempo suficiente para a ambulância chegar. O xerife saiu de lá, mas de um jeito estranho.

— Essa é minha hora sabe, de ajuda-la?

— O que está falando, não é hora de nada.

— Veja eu vou um tempo desacordado...

— O que está falando como sabe disso?

— Veja, vá ao meu escritório pegue essa chave, pegue o primeiro documento que achar, você terá algumas respostas… mas… — engasgou — varias perguntas… boa sorte Croft…

A ambulância o levou para o hospital, perguntei ao xerife se ele poderia sobreviver, ele me disse que Jean é um cara forte e irá conseguir sobreviver, perguntei o nome do chefe que tentou me matar, era Nell, ele sempre encontrava problemas para criar na cidade, já tinha sido preso varias vezes, depois desses acontecimentos, dei uma boa noite para o xerife, antes perguntei como Jean sabia quantos dias ia ficar, o xerife falou que antes de chegar a Roseward ele fez curso de medicina. Caminhei até a estrada que vai para Dark Sky, e o que eu vi foi apenas o escuro, névoa e uma tristeza, o que está me esperando nessa cidade? Apenas um sopro e algumas folhas voaram, estava anunciando a chegada do inverno no local, isso não acabou, está apenas começando.


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Notas finais do capítulo

Promo do Capítulo 03; Ruar. "Acontecimentos inesperados faz Lara pensar onde se meteu, agora ela quer respostas dos últimos acontecimentos em Roseward, e isso a levará até seu tumulo. "

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