Comédia Romântica Qualquer escrita por Thaís Romes


Capítulo 9
O triangulo amoroso.


Notas iniciais do capítulo

Prontinho galera!
Espero que gostem do capítulo de hoje...



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FELICITY SMOAK

Como é incrível ter uma vida satisfatória, do que eu posso reclamar? Nada! Pela primeira vez na vida eu não tenho absolutamente nada para reclamar, o que é bom, quer dizer, quem não gosta de uma vida organizada, um emprego perfeito, um namorado hiper gostoso? Todo mundo gosta disso.

Mas Deus, eu acho que estou surtando com tanta calmaria! Não estou reclamando, mas entenda, eu nunca fui uma pessoa que tem sorte. E agora, de repente pareço uma personagem de comédia romântica, com um autor estrategista e insano, apenas esperando a hora certa de me empurrar penhasco abaixo. Por que acredite em mim, isso é completamente possível. Não pego nem engarrafamento mais nos últimos dias, e olha que tenho feito por merecer. Me tornei obcecada pela hora do hush, preciso de um contra tempo na minha vida. Qualquer um!

–Hey Baby. –Oliver entra na minha sala com sua carinha perfeita de namorado perfeito, que sempre chega na hora perfeita. Deus eu estou ficando louca! Ele coloca um bombom em minha mesa com um sorriso lindo nos lábios perfeitos.

–Oi. –respondo simplesmente com um sorriso falso.

–Qual o problema? –pergunta preocupado. ‘Ah quem me dera eu tivesse um.’

–Nada! –digo rapidamente o vendo me encarar persuasivo.

–Mesmo? –Oliver se aproxima se sentando em uma cadeira que estava ao lado da minha, posso sentir seu cheiro, o que me impede de pensar com clareza, por que esse homem tem cheiro de confusão, e isso no momento é o que eu mais queria. –Sabe que pode falar o que quiser comigo. –sinto sua mão na minha, era perfeito a forma que nossas mãos ficam juntas, assim como qualquer outra parte do nossos corpos, Oliver me fazia acreditar em alma gemia, destino e qualquer outra baboseira dessas.

–Droga! –praguejo prevendo minha derrota. –Eu vou ser jogada do penhasco, ou você vai ter câncer, ou vou acabar recebendo uma proposta de trabalho na Coréia e vamos nos despedir em um aero porto com um beijo épico. –me desespero gesticulando freneticamente enquanto tagarelava sem filtro e me levanto começando a andar de um lado para o outro. –Mas depois de uns seis meses vou me arrepender de ter ido, por que vou ter certeza que meu lugar é com você, mas então você terá encontrado uma gostosa que está interessada em seu dinheiro, mas você não sabe disso, não tem como você saber... –Eu não sei como ele surgiu na minha frente, mas em um segundo eu estava falando em meio a meu ataque de pânico, no segundo depois Oliver cola seus lábios nos meus, me impedindo de ter qualquer outro pensamento que não fosse ele e como ele é gostoso, ai meu Deus! Por que mesmo eu fui para a Coréia?

–Não vai acontecer. –garante segurando meu rosto com carinho, fazendo com que eu me perdesse no azul de seus olhos. –Tenho solução para tudo... Menos o penhasco. –faz careta. –Nesse caso você morreria mesmo. –Dou um tapa no seu braço e ele me beija mais uma vez. –A medicina fez avanços incríveis no tratamento do câncer, ainda teríamos muitos anos juntos. –Ele beija meu rosto. –E cobriria a oferta da Coréia sem pensar duas vezes, por que EU sou seu chefe. –dou risada e Oliver beija o outro lado do meu rosto. -Mas se ainda assim você quisesse ir, eu largaria tudo e iria com você. Já te contaram que eu sou bilionário? –Ele me abraça.

–Eu não vou para a Coréia! –digo vendo o erro que seria tomar aquela atitude, não podia o deixar, não faria isso com ele.

–Isso é maravilhoso! –comemora sorrindo e sinto todo o pânico desaparecer.

[...]

Dirijo pela cidade na volta do trabalho cantarolando “Sugar” do Maroon 5, Adam Lavine com toda certeza estaria na minha lista de “três caras”, apesar de que Oliver e eu nunca conversamos sobre a lista de três caras, ou garotas no caso dele. Não gosto de pensar em quem ele escolheria, não gosto mesmo.

Açúcar? Sim, por favor. Por que você não vem colocá-lo em mim?–Canto tamborilando as mãos no volante durante um sinal fechado. Esse homem é sexy até em suas letras. –Os meus pedaços, você os une. Não me deixe esperando, esperando, venha aqui e me dê um pouquinho. Quando eu estou sem você fico tão inseguro, você é a única coisa, única coisa da qual eu fico satisfeito... –Meu celular começa a tocar interrompendo meu momento diva, abaixo o volume e toco o aparelho o colocando no viva voz. –Caitlin oi!

‘Parece animada. Qual a nova?’

–Adam Lavine. –suspiro escutando o suspiro dela.

‘Aquele homem é perfeito.’ –diz sonhadora.

–Ah ele é. –respiro fundo. –Ma me diga, o que aconteceu?

‘Não quero que você se assuste, ou que ache que eu estou louca, por que não estou!’

–Cait, quando você começa a se defender antes mesmo de dizer o que aconteceu de errado é por que aprontou. Desembucha.

‘Tenha em mente que eu ainda sou a pessoa mais ajuizada que conhece.’ –cantarola nervosa.

–Estou começando a pensar que não vai ser mais. –canto de volta.

‘Barry mepediuemcasamento!’ –diz embolado.

–O que? –pergunto dando risada. –Pareceu que você disse que o Allen te pediu em casamento. –dou mais risada do absurdo.

‘Foi o que eu disse.’ –freio o carro rapidamente no susto e sinto que ele passou por cima de algo.

–Merda! Quando eu pedi um contra tempo não estava querendo dizer um crime culposo!

‘O que? Felicity se estiver planejando já é doloso!’ –Caitlin se defende pensando que eu estava falando com ela.

–Não! Acho que matei alguém. –digo entre o desespero e o choque saindo do carro.

‘Felicity!’

–Por favor, que você não tenha morrido, por favor!

Mas não era exatamente uma pessoa, e acho estranho por me sentir ainda mais culpada ao ver as patinhas estendidas no chão encostadas na roda do meu carro. Era um cachorrinho, oh meu Deus, eu matei um pobre e lindo cachorrinho. Me aproximo contendo o choro com as mãos tremulas estendidas em direção a ele, que contraiu a patinha ao meu toque.

–Ou! –exclamo contente o vendo se mover de vagar. –Vem aqui amorzinho. –o chamo com a voz infantil. –Precisa de um médico... Ou veterinário, talvez.

Eu pego o cão que parecia ser ainda um filhote, ele tinha os pelos dourados com listras pretas, lindinho, mas não sei nada sobre cães, não sei nem mesmo a raça do coitado, ele se parece com aquele cachorro de Marley e eu, mas não acho que labradores tenham duas cores, mas como eu disse, não sei nada sobre animais. Coloco-o no carro com cuidado e ele resmunga feito uma criança, partindo meu coração de culpa.

‘Felicity!’ –Caitlin continuava a gritar desesperada.

–Não era uma pessoa. –respondo em meio ao choro. –Era um cachorrinho.

‘Ele morreu?’

–Não, vou levá-lo ao veterinário no centro, depois nos falamos.

‘Tudo bem, me dê noticias.’ –diz com preocupação na voz.

Chego ao veterinário em minutos e peço por ajuda na porta. Em segundos pessoas aparecem levando o coitadinho em uma espécie estranha de maca que me dá arrepios. Eu preencho alguns papeis e aguardo por noticias.

–Felicity Smoak? –Uma mulher morena com cara de vilã de desenho animado chama no corredor e eu me levanto a seguindo para o consultório onde o cachorrinho estava sedado com a patinha esquerda da frente enfaixada.

–Sou Isabel Rochev, pode se sentar. –Indica a cadeira a sua frente.

–Ele está bem? –digo sentindo um imenso nó em minha garganta.

–Vai sobreviver. –responde seca. –Se encontrar um lar adotivo, por que se for mandado dessa forma para o canil será sacrificado, com certeza.

–Eu fico com ele! –falo rapidamente levantando uma mão, que eu abaixo em seguida envergonhada, ao perceber que parecia mais uma vez, como uma nerd em sala de aula.

–Isso facilita as coisas. –Isabel começa a me entregar algumas cartilhas e me explicar como eu deveria tratá-lo em sua recuperação, meu cachorrinho tomou todas as vacinas necessárias e eu descobri que ele tinha cinco meses apenas, apesar de ser bem grandinho.

OLIVER QUEEN

Chego à noite a casa de Felicity para assistir a tortura em forma de filme que ela me faria ver essa noite. Mas a verdade é que não me importava, nesses cinco meses que estamos juntos, nunca passamos da metade de um filme. Toco a campainha e ela abre a porta imediatamente com uma camisa dos Beatles enorme e os cabelos embolados no alto da cabeça em um coque estranho, mas mesmo assim estava linda.

–Boa noite. –dou um beijo em seus lábios ao passar por ela.

–Oi. –sorri me puxando para um beijo demorado.

–O que eu fiz para merecer isso? –pergunto confuso me lembrando de seu ataque de algumas horas antes.

–Você nada, o Ray que fez. –sorri travessa. –Sendo a coisa mais fofa que existe nesse mundo.

–Quem é Ray? –digo enciumado.

Ela me puxa para seu quarto onde eu vejo uma caminha de cachorros azul com um animal dentro. Ele tinha pata enfaixada e dormia como um ser humano, todo retorcido. Me viro para Felicity com a testa franzida, esperando por explicação.

–Eu o atropelei. –faz cara de culpada. –O matariam se o levassem para um abrigo, então fiquei com ele! –explica meio atrapalhada.

–Okay... –não faço idéia do que dizer então apenas tento meu melhor sorriso e a beijo. Parece ter funcionado, pois quando a solto ela sorri abobada. –Mas posso te perguntar uma coisa?

–Claro!

–Quem no mundo coloca o nome de um cachorro de Ray? –debocho.

–Ray Palmer. –Ela diz em um reflexo e eu a olho confuso. –Não consegui escolher entre Ray e Palmer, então coloquei os dois.

–Por quê? –tento mais uma vez entender sua lógica.

–Ray Charles era uma lenda e “Georgian in my mind” é minha música preferida. –dá de ombros saindo do quarto. –E Palmer Luckey é o criador do CR1, o cara é uma lenda. Criou o primeiro protótipo na garagem dos pais aos dezoito anos. –Eu a olho como se ela estivesse drogada. –É uma espécie de monitor 3D que se parece com um óculos, criando uma realidade virtual para jogos.

–Nerd. –solto fazendo careta e ela se vira dando um tapa em meu braço.

–Não ligo para o que você pensa. Ray Palmer é um nome lindo. –dá de ombros enchendo duas taças de vinho. –Poderia ser a identidade secreta de um herói! –devaneia falando sozinha.

–Você tem uma mente muito estranha. –implico bebendo meu vinho, acho que ainda não perdi os velhos hábitos de ser amigo dela. –Qual o filme de hoje? –finjo animação que não a convence por nem um segundo.

–Você escolhe! –sorri e já sei que vou amar esse Ray Palmer se continuar a manter minha namorada, super gata nesse mesmo bom humor.

O filme já estava pela metade e não sei mais por que as pessoas estão morrendo, mas elas estão, uma atrás da outra, das formas mais irracionais possíveis. Não admitiria para ela nem sob tortura, mas preferia estar vendo um de seus filmes chatos, mas que pelo menos tem sentido. Sinto sua mão em meu abdômen, que sobe para meu peitoral, braços, abdômen de novo. Quem se importa com esse filme horrível afinal?

–Não quero atrapalhar seu filme Oliver. –finge inocência quando deito meu corpo sobre o dela.

–Eu seu que não. –respondo com sarcasmo que a faz sorrir.

As caricias vão se intensificando até que finalmente tiro a sua camisa, descobrindo apenas uma lingerie vermelha por baixo que quase me fez salivar. Felicity tira a minha camisa, e pressiona meu quadril contra o seu segurando em minha bunda. Aperto de leve seu seio e sinto seus lábios em meu pescoço que só paravam de me beijar para soltar pequenos gemidos que estavam me levando a loucura. Mas então um barulho estranho começa, como algo agonizando.

–Ray! –ela me empurra fazendo com que eu caia do sofá de bunda no chão, e sai correndo desesperada para o quarto.

–Retiro o que disse. Odeio esse cachorro. –murmuro sozinho na sala.


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Notas finais do capítulo

Não esqueçam o que acharam do terceiro elemento do romance rsrs, e comentem o que acharam do capitulo também.
Bjs amores!