Comédia Romântica Qualquer escrita por Thaís Romes


Capítulo 2
A falta de sorte no amor.


Notas iniciais do capítulo

Então agora é para valer.
Agradeço a galera que comentou e favoritou a fic, estou contente por todos os feedbacks!
Espero que curtam!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/584047/chapter/2

OLIVER QUEEN

–Precisava mesmo disso Dig? –Sussurro irritado quando as portas do elevador se fecham.

–Não sei do que você está falando. –Ele conserta sua postura para o modo profissional assim que a garota sai do elevador.

–Está tentando me empurrar a nova supervisora do T.I –Coloco todas as cartas sobre a mesa. Ele sorri de lado sem nem mesmo olhar em minha direção. –Já parou para pensar que ela pode estar interessada em você? –Falo, por que qualquer garota pensaria o mesmo depois de ele ter falado tudo aquilo sem nem mesmo me apresentar.

Ele segura a porta aberta para que eu passe e vou em direção a minha sala vendo Helena sentada falando ao telefone. Olho para ele que para na frente da minha secretária sem olhar em minha direção, esperando que ela termine, para provavelmente dar a pobre garota do T.I as instruções para ir a minha boate. Essa é a desvantagem de se trabalhar com o melhor amigo.

John Diggle e eu nos conhecemos servindo exercito. Ele serviu por sete anos e eu por cinco, mas foram anos terríveis que nos marcaram de formas inexplicáveis. Voltei para a casa a menos tempo que ele, depois de minha primeira campanha meu pai faleceu em um naufrágio, tentei dar apoio, mas depois que você vê de dentro o que é uma guerra, não é fácil sair. Ainda mais quando se está tão machucado. Então vi na chance de servir meu país a possibilidade de talvez fazer o que seria impossível ser feito em casa. Honrar de alguma forma a memória de meu pai.

Então voltei para minha segunda campanha que durou três anos, foi quando conheci John, salvamos um ao outro mais vezes do que posso contar. Essa segunda ida custou meu relacionamento de seis anos com Laurel Lance, ela era minha melhor amiga e uma das pessoas mais fortes e bondosas que conheço. Mas não suportou a espera, não a julgo, isso realmente não é fácil.

Laurel começou a namorar meu melhor amigo, bom, ele era meu melhor amigo antes de Diggle. Tommy Merlin e eu crescemos juntos, na verdade nós éramos os três contra o mundo, Tommy, Laurel e eu, até que eu fui para a guerra, então passou a ser eu contra o mundo, e os dois se pegando depois de me dar um pé na bunda. E esse é o motivo do Diggle querer que eu conheça alguém, ele se separou da Lyla a um ano, não foi fácil para eles permanecerem juntos sem uma guerra, mas ainda são amigos. Gosto desses relacionamentos evoluídos. E meu amigo acha que eu estou deixando a guerra me tirar tudo, tudo o que eu sou e o que fui um dia.

–Sr. Queen. –Helena chama na porta da minha sala me tirando de meus devaneios. Olho em sua direção esperando que ela diga o que deseja. –Sua reunião das três foi desmarcada para segunda, por que o investidor teve um contra tempo com o vôo e acabou não embarcando. Hoje sua agenda está livre. –Informa.

–Obrigada Helena. – Sorrio para ela que se vira saindo, não posso nem mesmo usar a desculpa de que estou cansado e o dia foi exaustivo para me livrar dessa maldita noite.

[...]

Entro na boate desejando voltar para minha casa, nem me dei ao trabalho de me arrumar, estou usando uma blusa preta de gola v e manga longa com Jeans e sapatos. Avisto Diggle abraçado a Carly próximo ao balcão conversando com Thea e Sara que me animou no minuto em que coloquei meus olhos nela. Sorrio ignorando todos e cumprimentando minha amiga, depois Carly, que não tinha nada a ver com o namorado dela ser meio babaca.

–Como vai Ollie? –Sara pergunta segurando em meu braço.

–Chato. –Thea responde antes de mim.

–Teimoso feito uma mula. –Diggle acrescenta, todos olham para Carly esperando que ela diga algo também.

–Vestindo... Uma bela blusa? –Tenta, nos fazendo rir. –Qual é? Parem de implicar com o garoto. –Defende e eu dou um beijo em seu rosto.

–Do mesmo jeito de sempre pelo que posso ver. –Sara conclui sorrindo. –Tenho tantas coisas novas para te contar Ollie. –Diz animada.

Sara passa trinta minutos me contando sobre sua nova namorada Nyssa e eu me lembro de quando nos disputávamos a mesma garota apenas por diversão. Bons tempos. Nós vamos para a pista de dança assim que mais funcionários da QC começam a chegar, não sei quanto tempo fiquei ali com minha ex cunhada, mas ao voltar vejo uma loura em um vestido pink curto e colado ao seu corpo perfeito, sentada no balcão com um copo de vodka na mão, meio deslocada.

–Acho que isso é muito forte. –Comento parando a seu lado, ela se vira em minha direção e pisca algumas vezes antes de falar.

–Você é louro bonitão amigo do Diggle. –A garota diz rapidamente antes de seu rosto enrubescer me fazendo dar um sorriso de lado. –Desculpa, tenho um problema incrível. –Ergo a sobrancelha cruzando meus braços e a olho interessado. –Sou incapaz de filtrar o que penso com o que sai dos meus lábios.

–Então você pensa que eu sou um louro bonitão? –Era impossível não flertar com ela, havia alguma coisa nessa garota que me despertou interesse assim que ela me disse a primeira palavra. A garota termina de virar sua bebida e faz um gesto para que o garçom encha seu copo mais uma vez.

–Não estou interessada em namoros... Quer dizer, não estou interessada em você. –Ela fala tudo rapidamente me deixando entre a humilhação e a confusão. –Não que você não seja o homem mais lindo que já vi, por que você é. –Garante e eu não consigo conter o riso. –Só decidi aposentar meu dedo podre. –Dá de ombros tomando mais um gole de sua bebida.

–Dedo podre? –Pergunto fascinado e peço uma cerveja ao garçom.

–Não tenho um bom histórico com homens, então parei de tentar.

–Virou lésbica? –A pergunta praticamente voa de meus lábios e a garota me olha segurando o riso. –Por que se for o caso, eu tenho uma amiga aqui que vai adorar te conhecer! –Aponto na direção de Sara que dançava com Thea e Roy.

–Você não sabe direito como interagir com as pessoas não é? –Questiona me surpreendendo.

–Você também não é das melhores. –Retruco e nós dois rimos. –Também não tenho um histórico bom com relacionamentos.

–Meu ex namorado foi preso pelo FBI e fingiu estar morto, quando na verdade estava podre de rico, com uma modelo da Victória Secrets viajando pelo mundo. –Fala virando o copo e pedindo outro em seguida. Coitada dela, eu em seu lugar estaria bebendo também.

–Eu fui para a guerra. –Começo a contar parando a sua frente e bebericando minha cerveja. –Deixando uma namorada com quem já estava a cinco anos, seis se você contar as idas e voltas. –Faço o gesto com as mãos abertas para enfatizar o argumento. –E depois que voltei para minha segunda campanha ela me mandou uma carta, terminando comigo, por que estava apaixonada pelo nosso melhor amigo, quase um irmão para mim.

–Que vaca! –Solta horrorizada tomando um grande gole de sua vodka. –Isso parece aquele filme...

–Querido John. –Completo e ela balança a cabeça rindo. –Já ouvi isso antes. –Dou de ombros.

–Sinto muito por sua namorada e por seu melhor amigo, mas olha o lado bom. –Ela empurra meu braço de leve. –Você é lindo, gostoso e agora tem algo que te marcou e ainda é um herói de guerra, não me entenda mal, sei que deve ter presenciado o pior da humanidade. -Sua voz diminui e ela me olha com seriedade. -Sinto muito por isso. -Sussurra parecendo triste. -Mas já que perdeu tanto, usa essa cara linda e esse corpo que junto com a história é um golpe fatal para qualquer garota. Fim de jogo baby! –Acho que ela já estava meio alta. –Nenhuma mulher mais vai resistir a você!

–Você resistiria. –Não posso evitar.

–Provavelmente, mas já tive muita merda nessa vida, e sou machucada demais para me render, então, não leve para o pessoal. –Ela me lança um sorriso encantador. –Mas eu ainda te acho gostoso. –Dou risada pegando o copo de sua mão, acho que já chega disso para ela.

–Sinto muito por seu ex babacão. –Digo tocando seu ombro.

–Eu também sinto. –Fala com um sorriso triste. –Sinto muito pela vaca que te largou. –Retribui.

–Obrigado. Mas e você? –Coloco o seu copo sobre o balcão. –Como pretende lidar com isso de homens nunca mais?

–Não sei, acho que nunca mais é muito tempo. Apenas por agora. –Dá de ombros sorrindo. –Estou em uma cidade nova onde não conheço ninguém, tenho um trabalho, no qual sou muito, muito boa mesmo! –Fala sem modéstia e eu sorrio mais uma vez. –Só preciso de amigos, então terei a vida perfeita! –Conclui abrindo os braços e respirando fundo.

–Eu posso ser seu amigo. –Me ofereço realmente interessado.

–Não sei louro, você é bonito demais, vamos acabar na cama. -Diz com seriedade.

–Isso é descriminação, e posso ser um ótimo amigo. –Sorrio de lado e ela revira os olhos. –Olha, eu não quero namorar, mas meus amigos acham que eu devo. E você não quer namorar, mas quer amigos. –Apresento os benefícios. –Vamos estar os dois em vantagem. E você é muito linda, aproveita que sou um homem que não está interessado em te levar para cama. –Sou sincero e pela primeira vez ela parece relaxar.

–Qual o seu nome? –Pergunta me olhando séria nos olhos.

–Oliver Queen. –Vejo o espanto em seu rosto e não consigo deixar de sorrir.

–Ah merda! Eu chamei meu chefe de gostoso! –Pragueja olhando para os lados. –Um monte de vezes!

–Mais um beneficio de ser minha amiga. –Acrescento improvisando. –Não podemos nos relacionar por que somos chefe e funcionária. –Pura mentira, mas quem se importa?

–É verdade. –Ela alisa o queixo me olhando de cima a baixo. –Tudo bem Oliver, vamos ser amigos. –Estende a mão para mim, para selar o acordo, mas depois de um tempo ela parece pensar melhor e me beija.

Seus lábios são macios nos meus, suas mãos envolvem meu pescoço e em um ato de puro instinto eu a puxo para mais perto, com as minhas mãos em sua cintura fina. Nunca antes beijei uma boca tão macia e doce, ela tinha gosto de vodka com bala de menta, nada no mundo era melhor do que aquilo, só que cedo demais ela se separa, e me olha com um sorriso enorme que me deixa confuso.

–Agora podemos ser amigos! –Diz.

–O que? Por que me beijou então?

–Por que se não fizéssemos isso a tensão sexual entre nós só aumentaria, e sempre estaríamos nos perguntando como seria beijar um ao outro. Agora os dois sabem!

–Isso é genial! –Percebo. –Foi um beijo incrível!

–Eu sei. –Ela finge se abanar teatralmente. –Gostei daquilo que você fez me levantando com as mãos em minha cintura. –Comenta como se isso fosse uma partida de basquete. –Pareceu que eu não pesava mais que um quilo! –Sorri contente.

–E eu daquela mordida no final, muito bom. –Elogio e ela agradece. –Mas qual é seu nome?

–Felicity. Smoak. –Conta sorrindo.

–Acho que vamos ser melhores amigos Felicity.

–Tenho certeza. –Ela sorri e eu pisco para ela. –Só... Esquece que eu falei que você é gostoso. –Fala de forma engraçada me fazendo dar risada.

–Poderia se você parasse de falar isso! –Revido a vendo ficar vermelha.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Me deixe saber o que vocês pensam queridos, então comentem por favor, é muito importante a opinião de vocês!
Bjs