Amor...Dor...Reencontro escrita por NiniPatrIlario


Capítulo 3
Capitulo 3 : Apresentações


Notas iniciais do capítulo

E continuamos com este primeiro encontro, espero que estejam a gostar e quero agradecer a todas que estão a ler. Obrigada à minha nova leitora, VickySR pelos comentarios.



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Quando voltou trazia duas chávenas de chá e se sentou ao seu lado bem mais proximo do que ela desejava. Se ele se mexesse, a sua perna tocaria na dela. Estava tão proximo que podia sentir o seu perfume masculino que parecia se entranhar cada vez mais no seu proprio corpo, na sua pele, e, como ela temia, ao se virar para lhe entregar a sua chavena, as suas pernas se tocaram sentindo assim o calor que pelo corpo dele irradicava. Se ela se virasse um pouco mais, os seus labios tocariam nos dele. Como será que beijaria? A que é que será que sabiam os seus labios? Seriam doces ou ao contrario salgados? Talvez ambos. Será que eram quentes e fortes como pareciam? Talvez exigentes? Ou será que ao contrario seriam suaves e delicados?

– Como se chama? - Interrompeu-a nos seus pensamentos fazendo-a corar novamente. - Ja que vamos ficar aqui um bom momento juntos, seria melhor se soubesse como se chama.

– Lina. Digo, Paulina. Paulina Martins.

– Prazer. Eu sou Carlos Daniel. Carlos Daniel Bracho. Você não é daqui verdade? Digo... pelo seu sotaque.

– Não, tem razão. Sou da Venezuela e cheguei à capital faz apenas uma hora e já estou perdida. - Tentou sorrir ao dizer aquilo mas o seu coração não estava para as brincadeiras.
– Veio sozinha de férias? Não... trabalho verdade? - Adivinhou sem que ela tivera tempo de contestar respondendo ele mesmo à sua propria pergunta. - Disse-me que telefonou à sua manager, por isso concluo que veio por causa do seu trabalho e veio antes de si, senão, não estaria agora aqui sozinha em minha companhia, ou estou equivocado?

– Não, não está equivocado em nada do que disse e sim, vim por uma proposta de trabalho e... - Ia continuar a sua frase apôs pousar a sua chávena em porcelana quando ele se virou de repente para ela com um olhar estranho assustando-a.

– Perdão! – Bateu na testa com a palma da mão. - Está toda molhada e se não trocar de roupa ainda vai ficar doente, e eu em vez de me comportar como o cavalheiro que sou, modestia à parte claro, - sorriu -, so lhe fasso perguntas indiscretas.

– N... não se preocupe... não precisa se incomudar por isso, daqui a pouco já estarei seca.
– Como não vai ser? Não quero que por minha culpa fique doente e não va ser que depois me va pôr em tribunal por não dar assistência a uma pessoa necessitando ajuda. - Exclamou brincando com ela fazendo um ar teatral. Mas ao ver a sua cara, falou mais seriamente. - Brincadeira, brincadeira. De todas as maneiras a sua amiga ainda vai demorar assim que terá o tempo suficiente para trocar de roupa e tomar um bom duche para se esquentar.

“Um duche? Em casa dele? Com ele debaixo do mesmo teto?” Pensou engulindo em seco meio assustada e ao mesmo tempo se sentindo anciosa e intimidada pela sua proposta. Não obstante, como lhe passara anteriormente, nem teve tempo de reagir pois já ele se levantava e a ajudava a se levantar por sua vez a agarrando pela mão para a levar para o seu quarto que como imaginara, ficava no primeiro andar. Ele a deixou subir primeiro aproveitando assim para admirar o redondo perfeito que fazia o seu posterior cada vez que ela subia um degrão.

Era um quarto espacioso mas simples com uma grande janela enfeitada com cortinas vermelhas de veludo. A sua cama era grande em pinho, coberta com mantas pretas de seda. De cada lado havia uma mesinha de cabeçeira também em pinho negro e um candeeiro vermelho. Paulina se imaginava perfeitamente ali estendida com Carlos Daniel ao seu lado, mas desviou o olhar para não pensar mais e antes de que se traísse a ela propria como quando admirava o quadro.

Na parede havia um grande quadro negro com tons dourados e prateados, não sabia o que era mas que captivava a atenção, sim captivava, além do mais, tudo nele a captivava!

Levando-a até à segunda porta do quarto, que era a casa de banho, mostrou-lhe o sistema do duche enquanto que ela observava cada movimento dele e mais precisamente, as suas largas costas morenas, pôde ver que cada vez que ele movia o braço, um musculo quer seja nas costas, ou no torço, sobresaia, pondo-se frente a ele, disse quase gaguejando:

– Não... não tenho roupa para me mudar... deixei-a no carro. - De verdade tinha que parar com aquele cinema todo! Parecia que nunca tinha estado em presença de um homem, não parava de gaguejar. Ele ia terminar por pensar que estava na presença de uma louca varrida.

– Eu a vou buscar, não há problema nenhum. Apenas tem que me dizer onde estão as chaves e a vou buscar num piscar de olhos e quando regressar, pouso-a no quarto.

– Hum... acho que as deixei junto ao telefone e as malas estam na parte detrás do carro. É um carro branco que está practicamente à frente do portão. Pode trazer qualquer uma delas.

– Bom, então deixou-a para que se duche enquanto que vou buscar a sua mala e já venho, OK?
– S... sim... o... obrigada.

–Ai senhor o que é que me esta a passar? Espero que não se tenha dado conta de que estava nervosa, até as minhas pernas estão a tremer, parecem duas cordas bambas. - Disse para si mesma em voz alta quando ele saiu.

Continuava a chover e cada vez a chuva era mais violenta, nem parecia que estavam em pleno Verão. Ao lado do passeio um pequeno rio já se tinha formado e o vento que parecia asubiar, soprava cada vez mais forte abanando todas as árvores que formavam formas espantosas parecendo ter ganho vida propia. Apenas tinha vestido uma tee-shirt e agora se arrependia por não ter posto a sua parker. Encolheu os ombros e se derigiu para o carro.

Ao o ver à sua frente ficou impressionado.

– Ora, ora, para ter um carro assim, de certeza que deve de ter um excelente trabalho, além de que até uma manager tem. Talvez fosse modelo, com o corpo que tinha até ele mesmo a contrataria para modelar, mas em privado claro. Pela sua mente passou logo a imagem dela a modelar para ele sozinho, no seu quarto...

– Carlos, Carlos, Carlos... a MALA, a MALA!!! – Se repreendeu abanando a cabeça para afastar os pensamentos que lhe vinham à mente.

No quarto, Paulina seguia tomando banho e deixando a porta entre-aberta, o vapor do seu banho quente passava por aquela estreita abertura deixando um odor perfumado em todo o quarto. Carlos Daniel se aproximou e batendo à porta disse:

– Paulina, já voltei, deixo a mala em cima da cama, OK?

Num gesto tipico de pudor, Paulina cruzou as pernas e tapou os seios com o braço.

– Obrigada! - Conseguiu responder de uma voz abafada.

Carlos Daniel saiu do quarto quase arrastado pelas suas pernas pois a sua mente principalmente queria ficar ali, naquele quarto, para esperar que ela saísse, ou então entrar na casa de banho e a acompanhar no seu banho, a agarrar bem forte contra ele e a devorar inteira pois ele era um homem afinal de contas, e tinha uma bela mulher ali, ainda para mais completamente nua na sua cabine de duche! Mas, era de se esperar, a sua consciência era mais forte do que o seu desejo e acabou por sair deixando-a sozinha no seu quarto.

Entretanto Paulina saiu da casa de banho com uma toalha que apenas lhe chegava aos joelhos e outra enrolada no seu cabelo e como Carlos Daniel lhe tinha dito, a mala estava em cima da cama. Dela tirou umas Levi’s azuis deslavadas e uma camisa de flanela perola assim como calçou umas sabrinas claras. Vestiu-se, e com o seu cabelo ainda molhado desceu ao encontro de Carlos Daniel que estava na cozinha.

Estava de costas e como pôde ver já tinha vestido uma tee-shirt preta que moldava o seu magnifico corpo e fazia sobresair ainda mais os seus musculos. Através dela podiasse ver a curva que fazia a sua coluna e sem saber porquê, imaginou-se a beijar aquela fiçura que formava aquele delicioso vale.


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Notas finais do capítulo

Não se esqueçam de comentar para que saiba o que estão a pensar da historia :)
Beijos e até ja ;)



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