Amor...Dor...Reencontro escrita por NiniPatrIlario


Capítulo 17
Capitulo 17 : Mágoa


Notas iniciais do capítulo

Penso que so por ler o titulo, ja sabem que este capitulo não sera de felicidade. A felicidade voltara, mas claro que nesta vida não pode ser tudo um mar de rosas...



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A noite que ambos passaram foi horrível, Paulina so tinha pesadelo atrás de pesadelo e cada um pior do que o outro. Carlos Daniel, quanto a ele, tentava se explicar a reacção de Paulina mas em vão, não entendia nada e na manhã seguinte, acordaram mais exaustos do que quando se deitaram.

Carlos Daniel passava em frente a um salão de chá, quando uma cara familiar chamou-lhe a atenção. Virou-se para a esplanada para ter a certeza de que não tinha visto mal. Não, não era possivel, devia de haver algum engano! Mas não estava a ver mal, frente a ele, a apenas alguns passos dele, encontrava-se a Paulina, a Paulina que acabara de pedir em casamento.
Ela segurava a mão de um homen enquanto que este dizia-lhe coisas belas ao ouvido, fazendo-a sorrir e ficar corada. Não. Era impossivel! Devia de ser um engano! Tinha que ser um engano! Aquela não podia ser a mulher com quem tinha estado durante três meses!
Quando ela olhou na sua direção, mas sem o ver, ele pode ver que sim era ela. Era a Paulina em carne e oso! A mulher que pensava ser a sua alma gêmea. Essa era a mulher que ali se encontrava, naquele exato momento e lugar, acompanhada por um homem que não era ele!!!
Horrorisado, e antes de que perdesse os estribos, decidu sair dali senão era capaz de partir a cara daquele infeliz, pois vontade não lhe faltava.

Ao chegar aos locais de gravações, Paulina já lá se encontrava. Ao o ver, viu que estava chateado e não lhe sorria como sempre o fazia cada vez que a via, os seus olhos pareciam mais negros. Pensou que ele fosse lhe pedir explicações e ela estaria disposta a esplicar-lhe tudo, mas ele não fez nada, simplesmente disse “bom dia” sem olhar para ela, sentiu um arrepio gelado percorrer-lhe o corpo como se algo terrível fosse acontecer. Levantou a mão para o chamar mas não teve tempo de dizer nada que já Carlos Daniel se ia e a deixava ali plantada.
Foi um dia insopurtavél, ele nem a olhou e quando o fazia era com um olhar cheio de odio, de puro desprezo. Sabia que não tinha reagido bem na noite anterior mas também não era tanto para a tratar de tal maneira, como se fosse uma desconhecida, um ser repugnante de quem não se podia aproximar e nem sequer olhar.

Durante as gravações so lhe dirigia a palavra se era necessário e sempre que o fazia, era friamente, mantendo-a à distância. Não podendo suportar mais aquela situação, pediu que cortassem a cena que estavam a realizar e pegando em Carlos Daniel pelo braço, conduziu-o até ao jardim.

– Agora que estamos sozinhos, estou toda ouvidos. Anda solta o que tenhas a dizer!

– E posso saber o que desejas ouvir?

– Não te faças de despercebido. Evitaste-me durante o dia inteiro e sempre que me olhavas era de lado ou desconfiadamente. Quase me matavas com um simples olhar, assim que... quero saber o que é que se esta a passar realmente.

– Já que incistes; quero acabar! - E disse aquilo assim, como se fosse algo normal.

– Quê? Acabar o quê? - Balbuciou recuando de um passo com os olhos arregalados pela sorpresa.

– Vamos, agora quem se faz de despercebida és tu? Não me ouviste?! Acabou! Não quero continuar ao teu lado!

Paulina sentia que o mundo se desabasva, durante segundos ficou a olhar para ele num silêncio pesado tentando perceber no seu olhar algo que traisse o que acabara de dizer. Mas o seu olhar apenas lançava raios e desprezo. Ele simplesmente lhe devolvia a peça do seu dinheiro, ela o feze sofrer e agora ele lhe estava a fazer o mesmo. Abriu varias vezes a boca mas volva-a a fechar até que disse quase num suspiro:

– Porquê? Porque é que me pediste em casamento se era pra me dizeres que não me amavas?

– Amar? Es tu quem fala de amor?! Tu? A mulher que me traiu sem escrupulos? Por acaso pensavas que não o ia descobrir? Foi por isso que não aceitaste ser minha esposa, não foi?

– De que é que me estas a falar? Enganar-te? - Cada vez percebia menos.

– Sabes o que é que mais me enerva, hem? Diz-me, diz-me como podes-te dizer que me amavas, que era o homem da tua vida, e no dia seguinte, apôs dizer-me que não podias casar-te comigo, sem dar a minima explicação, encontras-te com outro?! Claro, a não ser que já com ele andavas enquanto me fazias acreditar que so eu existia na tua vida! Também fazias amor com ele depois de o fazeres conmigo?

Não podendo acreditar no que acabara de dizer, deu-lhe um forte estalo e olhando-o furiosa gritou:

– Nunca mais te atrevas a tratar-me como acabas de o fazer! Não admito que me trates como uma qualquer! Não sei onde demonios foste buscar a ideia de que te engano com outro, mas te equivocas retundamente! Pensava que contigo tudo seria diferente, que não voltaria a sofrer, mas vejo que igual que tu, me enganei e isto, isto jamais te perdoarei! - Virando-lhe as costas, viu que todos acabavam de assistir àquela cena e como sempre, Chantal disfrutava plenamente do que acabara de passar enquanto que Lizett se sentia perdida no meio daquela discusão toda, mas Paulina não tinha a coragem de a consolar e saiu dali acelaradamente. Gritando por ela, Lizett ia a correr mas Chantal agarrou-a pelo braço impedindo-a de mover-se, mas conturcionando-se, conseguiu libertar-se e correu ao encontro de Paulina.

– Mamã! Mamã! Não vas. Não me deixes. Leva-me contigo! - Chorando agarrou-se às pernas dela.

Abraçando-a e chorando também, baixou-se e passou-lhe uma mão no rosto.

– Nunca te deixarei, sempre serás a minha princesa, mas aqui não posso ficar, meu amor.

– Porquê?

– Não entenderias, és muito pequena para te explicar o que se está a passar, mas prometo-te que sempre, sempre, te amarei e estarás bem aqui dentro do meu coraçao, - continuou posando uma mão no seu peito e secando as lágrimas que pelo rosto da menina rolavam.

Nesse momento, Carlos Daniel apareceu e arrancou a sua filha dos seus braços fazendo com que Paulina quase caísse para trás.

– Deixa-me! Quero ir com a minha mãe.

– Ela nao é a tua mãe! - Gritou furioso fazendo-a sobresaltar.

– Não lhe fales assim! Ela não tem a culpa de nada! - Exclamou furiosa por sua vez.

– Perdão filha, não foi a minha intenção assustar-te, mas ela não é a tua mãe, tens que o entender!
– Mas... tu disseste que nunca me abandonarias. - Ao verla ir-se embora, levantou um braço como para impedir-la de partir.

– Perdoa-me, - murmurou. Ia passar-lhe uma mão no seu rosto mas Carlos Daniel agarrou-a tão forte, que a fez gritar de dor. Vendo que tinha ido longe de mais, soltou o seu punho.
– Perdão, nao foi...

– Cala-te! Nunca mais me voltes a dirigir a palavra! Não és nada mais do que um canalha ciumento! - Ameaçou apontando-lhe do seu indicador e indignada pela sua falta de respeito foi a correr para o carro dela. Jamais pensou que a poderia tratar assim.

Carlos Daniel ia atrás dela mas a Chantal segurou-o pelo braço.

– Deixa-a ir, não é nada mais do que uma sem vergonha. - Exclamou venenosamente. - Avisei-te de que isto aconteceria mas não me quizeste dar ouvidos, amor. - Acabara de pousar uma mão no seu ombro mas ele a tirou de seguida, interioremente ela esfregava as mãos de alegria. Isto estava a ficar cada vez melhor.

Antes de ligar o motor do carro, Paulina pousou ambas mãos no volante e refugiou a sua cabeça entre elas. Chorou durante um momento, ainda sem perceber o que realmente acabara de passar. Furiosa, apretou fortemente o volante até dar-se conta de que o seu punho direito doía-lhe, fazendo-a recordar que Carlos Daniel a tinha magoa para a impedir de tocar na Lizett.
– Como foi capaz?! - Exclamou dando um murro no volante. - E eu preocupada a pensar que tinha sido uma idiota em não ter aceito a sua proposta, como fui capaz de acreditar naquelas palavras doces que me dizia? Tudo isso para me atirar nas suas redes, para enfeitiçar-me e logo atirar-me ao lixo como se não passasse de um trapo velho!

Secando as suas lágrimas com as costas da sua mão, endireitou as costas e erguendo o queixo jurou que jamais voltaria a amar e a acreditar num homem se era para voltar a sofrer! A sua decisão tomada, arrancou e foi para sua casa.

Chegou a casa destroçada, humilhada. Em três meses conhecera um amor que pensara eterno e em apenas alguns segundos, esse amor se desabara como um castelo de cartas da forma mais cruel que existia.

Tomou um banho para tentar limpar todos os recordos daquela noite, para tentar apagar cada tocar e cada beijo que no corpo dela ele deixara, mas o amor que sentia por ele não se limpava tão facilmente como as gotas que no seu corpo acabara de secar.

Foi uma das noites mais horriveis que teve desde que se divorciara de Leandro, tentava encontrar uma explicação para o comportamento de Carlos Daniel, mas continuava sem perceber. Determinada, decidiu que na manhã seguinte, a primeira coisa que faria seria ir falar com o Salvador.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado e que mereça novos comentarios :)
beijos e até breve



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