World Is Mine escrita por Estressada Além da Conta


Capítulo 2
World Is Mine II


Notas iniciais do capítulo

Eu descobri o motivo de não ter escrito/lido nada. Eu estava com tanta vontade de ler um certo livro, que não consegui me dedicar a outras coisas. Mas agora que eu já o li, hora de voltar a escrever! XDDDD



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"Erros? Ela tem vários!"

– Froooooggy~

– Agora não, príncipe estúpido. – Novamente, Fran estava com o nariz no livro que Rasiel lhe dera. Era pedir muito um pouco de paz para terminar sua leitura?

"Eu nunca tive um dia em que ela não tenha dito nada."

– Pare de ler esse livro idiota do meu irmão imbecil e entretenha o príncipe, como o plebeu que você é. – Pelo jeito, sim, era pedir muito. Deus, eles estavam no quarto do ilusionista.

Resumindo: Fran estava lendo calmamente em seu quarto, seu mundo, até certo (falso) príncipe escancarar a porta e começar a encher o saco. A sorte de Bel era a personalidade pacata do sapo, ou ele seria morto por uma ilusão.

"E ela nunca ouve o irmão dela, sabe?"

– Usheshesheshesheshe~ - Ótimo, Rasiel era exatamente o que faltava para o resultado da equação ser igual à catástrofe – Se ficar colado feito chiclete, ele nunca vai gostar de você, Bel. – O rosto risonho do loiro aparecia pela janela do quarto. Bel sentiu vontade de xingar o maldito que estava empoleirado num galho bem ao lado da janela de seu kouhai – Se bem que isso será bom pra mim, já que vou poder ter o sapinho fofo todo pra mim...

– Que tal você calar a boca e morrer de vez?! – Belphegor atirou algumas facas no irmão, que apenas se desviou, deixando-as acertar o tronco da árvore.

"Aff..."

– Usheshesheshe~

– Vá embora, Rasiel!

"Bem..."

– Mama Luss, Bel-senpai é tão irritante...

– Bem, Fran-chan, tenho certeza que ele só quer sua atenção~! – Lussuria afirmou, piscando um olho para o esverdeado... Não que Fran conseguisse ver, de qualquer forma.

"Mas..."

– VOOOOOOOOOOOOOOOIIIIIII! PARE DE ME PERTUBAR, IDIOTA! – Squalo berrou, irritadíssimo com as palavras do ilusionista.

– Mas eu só disse que o senpai só não é tão irritante como você porque ele não berra que nem um porco morrendo.

– VOOOOOOOOOOOOOOII! PARE DE ME CHAMAR DE PORCO!

"É."

– Lixo, segure aquele príncipe do lixo antes que eu o mate por roubar meu vinho.

– Haaai, bossu~! – Fran bateu continência e virou-se para deixar a presença de seu chefe – Príncipe do Lixo~! Bossu quer atirar no seu crânio~! – Ele chamou, saído do escritório onde um Xanxus observava o usuário da Névoa com diversão (Lógico que ele negaria até o fim do tempo, e ai de quem tentasse brincar com isso).

"Aquele sorriso inocente e voz doce que chama meu nome."

Belphegor estava sorrindo. Um sorriso torto e medonho que só pessoas insanas dariam. Ele estava tão feliz com seu trabalho.

– Froggy~! Vamos voltar~! – Chamou o outro, que fitava o chão coberto de sangue e os corpos sem vida – Ushishishishishishishi~!

– Como um sujeito tão distorcido como você pode soar tão...

"Eu não odeio isso!"

– Principesco?

– Na verdade, eu ia dizer "tão estúpido que a própria insanidade foge dele".

Mais facas para a coleção, o que mais Fran poderia pedir?

"Ah, cale a boca... Eu nunca diria isso, afinal, você é a princesa."

– Sapos não servem pra nada.

Fran podia viver com esse tipo de coisa saindo dos lábios de seu senpai.

– Sapos devem rastejar perante o príncipe.

Essa geralmente renderia um "príncipe falso" por parte do mais novo, seguido por facas muito bem afiadas e polidas.

– Conheça seu lugar, Froggy.

O lugar de Fran era ali, na Varia, ouvindo coisas como "VOOOOOOOOOIIIIIII!", "Lixo!" e, principalmente, "Ushishishishishishishi~! Froggy, se curve diante do príncipe."

– Eu vou te matar.

O ilusionista não esperava menos do Príncipe Pavio-Curto.

– Não ouse sonhar em tirar esse chapéu, sapinho.

Não é como se Bel lesse mentes, então Fran estava a salvo.

– Mammon era muito melhor.

Mammon.

– Mammon não era estúpido como você.

Mammon, de novo.

– Mammon era divertido, mesmo quando tentava me extorquir.

Mammon de novo. E de novo. E de novo.

– Mammon não era irritante.

Essa era a única coisa, o único nome, que Fran não conseguia suportar ouvir Bel falando.

– Não tire o chapéu, isso mostra que você é o substituto de Mammon.

Mammon isso. Mammon aquilo.

O ilusionista sabia que nunca se igualaria ao Arcobaleno. Era tão poderoso quanto, isso podia afirmar, mas... A Varia contava com Xanxus, Squalo, Lussuria, Belphegor, Mammon e... Qual era o nome do estranho de bigode? Ah, não importava. Fran seria sempre o Substituto de Mammon. Nunca Fran, o Ilusionista da Varia.

– Você nunca será como Mammon.

– Cale a boca, Belphegor.

Bel fitou o esverdeado com espanto. Nunca o sapinho monótono o chamara por seu nome completo. Dito rapaz levantou-se de seu assento e dirigiu-se à saída da sala, parando apenas para lançar um olhar que, para a surpresa do loiro, demonstrava algo. Pela primeira vez, os olhos moço demonstravam um traço de algum tipo de sentimento.

– Se você pretende dizer coisas que eu já sei, poupe sua saliva. Você mesmo disse que príncipes não perdiam tempo com plebeus. Por que perder com sapos? – E, com isso, foi-se embora, deixando o príncipe estupefato.

Fran sabia que não conseguiria ser como Mammon.

Ele não deveria se importar com ele.

Ele tentava não se importar.

Ele fingia não se importar.

Mas doía.

Muito.

"Eu realmente não penso que você seja egoísta."

– Egoístas são pessoas que querem tudo para si...

Fran, jogado em sua cama, suspirou. Fazia um mês que não falava com Bel, tirando casuais respostas a coisas relacionadas a missões. No momento em que Bel começava com "Ushishishishishi~ Froggy~!", o ilusionista dava meia-volta e saía do recinto, usando ilusões para despistar o loiro se necessário fosse.

– E pessoas que só pensam em si mesmas.

Então Bel não era egoísta... Por que o príncipe pensava em Mammon.

O príncipe pensava em Mammon.

E Fran pensava no príncipe.

Fran também não era egoísta.

Que Belphegor pensasse em quem a mente atormentada dele quisesse.

O ilusionista não se importava com isso.

O ilusionista não queria se importar.

Porque sua dor não era uma ilusão.

E ilusões não poderiam curá-la.

"Mas você não poderia ser mais gentil comigo de vez em quando?"

– O que há com o Froggy, Lussuria?

– Ora, ora, Bel-chan, não se deve dizer a ninguém "você é o substituto, podemos nos livrar de você a qualquer momento". Você deve ter machucado os sentimentos dele!

– E ele tem sentimentos?!

– Será que tem? Não sei, Fran-chan é um mistério tão... Saboroso~! Como ele consegue se livrar das fãs, eu me pergunto~?

Belphegor lembrou-se do olhar que ganhara do esverdeado há dois meses. O que era aquilo? O príncipe não sabia, ele mesmo não tinha muitos sentimentos, e não entendia metade dos que tinha. Mas tinha algo naquele olhar. E Bel sentia que precisava saber o que era. Precisava falar com Froggy. Querendo ou não, sentia falta das brigas e "conversas".

Foi então que notou.

Tinha se divertido mais com o sapo.

Mammon não lhe daria as mesmas respostas.

Mammon não o deixaria acertá-lo.

Mammon não passaria horas ouvindo Bel falar seu "Monólogo de Príncipe" sem reclamar ou pedir dinheiro.

Mammon não se divertiria com ele numa missão que não envolvesse dinheiro.

Mammon não era Fran.

"A minha princesa número um do mundo todo".

– Froggy... Onde diabos você está?! – Bel grunhiu em frustração, onde estava aquele sapo?! Bufando, pôs-se a andar pelos corredores do quartel da Varia.

Andou, e andou, pensando em mil e três maneiras de matar o sapinho, até ouvir uma voz desagradável.

– Usheshesheshesheshesheshe~ Vamos, sapinho. Junte-se a mim.

– Por que eu faria isso, Rasiel? – Veio a resposta vazia de sentimento. Belphegor se escondeu, rápido como Tsuna correndo de Reborn. Seu kouhai não o deixaria... Certo?

– Comigo, você não seria comparado a ninguém.

–...

– Ficará ao meu lado. Será reconhecido como Fran, o Ilusionista do Rei.

–... Eu...

Pela primeira vez na vida, o assassino loiro sentiu o coração martelar seu peito, enquanto a garganta parecia pronta para se fechar.

Ansiedade era um sentimento que Bel não sabia o que era.

Mas sabia que não gostava.

"Você é mais preciosa pra mim do que todos."

–... Eu me recuso.

Já alívio Bel conhecia bastante bem.

E desse ele gostava.

– Wah?!

– Você me ouviu, Rasiel. Agora vá embora antes que Bel-senpai tente te matar.

– Sapinho, o que há nesse lugar que te faz gostar tanto daqui?

–... Isso não é da sua conta... – Fran respondeu.

–... Não ache que acabou, sapinho... Vou te fazer meu um dia. Afinal, se você conseguiu se apegar a minha pobre desculpa de irmão, você com certeza me amará. – E Rasiel fez a sua deixa. Fran se virou, e agora Bel podia ver sua face... Corada.

– Apegar, huh? Eu acho... Que aquele rei falso não é tão idiota assim...

Lá estava de novo, outro "algo" nos olhos verdes.

Bel sentiu seu coração bater.

Suas bochechas coraram.

Ele não sabia o que era.

Mas não era tão ruim...

Não quando ele percebeu que envolvia certo sapo.


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Notas finais do capítulo

Não sei se terá continuação... Talvez~!

(15/08/15 - 23:59)



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