O Babá escrita por Agniz


Capítulo 18
Capítulo 18




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POV Bella.

Entrei no banho chorando. Não era para as coisas estarem assim. Não era para Edward discutir com Carlisle. Não era para Renesmee fugir e muito menos ele se acidentar. Era para ser um final de semana feliz. Nem longe de toda a confusão do trabalho eu conseguia. Sai do banho e fui direto para o quarto da Alice. Encontrei Esme e ela conversando bem baixo.

–Posso assumir daqui? – Ela sorriu vindo até mim e vi seu olhar falhar, assim como o meu quando eu disse que ninguém havia ligado do hospital. Peguei o secador e a escova da mão dela e fui até Renesmee, que me olhava assustada e voltou a chorar. Suspirei deixando as coisas em cima da cama e a abraçando.

–Me perdoa. Sei que as vezes sou complicada. – Sussurrei chorando junto com ela.

–Me perdoa mãe. Eu juro que eu nunca quis nada do que aconteceu hoje. – Sussurrou e segurei um soluço.

–Só se você me perdoar. – Ficamos em silêncio até o choro de ambas de acalmarem. A peguei no colo e coloquei sentada em frente a penteadeira vermelha e então comecei a secar e escovar seus grandes cachos. Quando terminei ficamos em silêncio e vi seu olhar tristeza. Não era isso que eu queria ver no rosto da minha filha, consequência que eu cause. Balancei a cabeça.

–Vem deita aqui na cama da Lice. Durma um pouco. – Estava cobrindo ela quando Esme entrou no quarto com dois copos de agua. Descobri que também que havia levado remédio para dor de cabeça para Renesmee. Fiquei deitada com minha filha até ela pegar no sono. Assim que saímos do quarto me virei de frente para ela.

–Pelo amor de Deus Esme. Tem como você me levar ao hospital. – Seguimos pelo corredor.

–Já falei com Rose e ela ficara com as crianças. Assim também Alice e os meninos poderão voltar para casa. – Assenti e corri para o quarto para pegar minha bolsa.

Assim que viramos a esquina da enorme da avenida principal localizei o hospital. Não era grande. Apenas dois andares porem havia um amplo estacionamento. Parecia que estávamos fazendo tudo em modo automático. Avistamos o carro deles e os encontrei no na recepção.

–Como ele está? – Perguntei assim que Alice correu em nossa direção seguida de Emmett.

–Nenhuma noticia. – Tranquei os dentes.

–E seu Pai? – Esme foi abraçada pelo filho e então entendi. Ela estava em lagrimas. Meu suspiro saiu entrecortado.

–Esta tendo descobrir algo. – Jasper disse abraçando Alice. Minhas senti lagrimas quentes escorrer pelo meu corpo frio e levei a mão até a boca tentando conter o soluço e o mal estar. – Todos me olharam assustados.

–Bella? – Jazz perguntou e neguei. Deixei minha bolsa com Emmett e sai em disparada para a saída. Vi que deu no fundo dos estacionamentos.

–Isabella? – Jasper me chamou alto e o ignorei. A ânsia subiu até minha garganta mais nada saiu quando reclinei esperando o vomito. Senti suas mãos em minhas costas e o abracei.

–Que merda está acontecendo na minha vida Jasper? Me diz? – Perguntei chorando. – Eu vi ele todo duro e com o corpo tremendo quando vocês o levaram. Eu vi... Eu vi os olhos dele tremendo. – Falei chorando.

–Calma Bella. Tenho certeza que ele está bem. Edward é forte. – Não ouvia o que ele dizia. Vi Alice vir até nós.

–O Médico disse que ele bateu a cabeça forte, teve um corte grande mas não profundo. Ele fraturou o braço esquerdo por ter caído em cima e ele está sedado por causa da cirurgia e por motivos de dor. – Encarei a pequena figura a minha frente suspirar e então relaxei. Ele está bem. Em partes. Mas está. E está vivo. Passei a mão pelo meu rosto e voltamos em direção a recepção. Emmett estava falando com Rose, segundo ele Renesmee ainda dormia. Agradeci e sentei ao lado de Esme.

Já era uma da manhã quando soubemos que ele havia ido para o quarto. Mas fomos informados que a visita seria só amanhã e que apenas crianças e idosos tinham direito a acompanhante de quarto e por esse motivo Esme insistia que era para eu voltar para casa com ela e Carlisle. Já que os outros três já haviam ido embora em um dos carros.

–Querida não irá adiantar em nada. Fora que Renesmee vai ficar preocupada.

–É só dizer a ela que estamos bem. Não adianta Esme. Não sairei daqui. – Ela me olhou seria e suspirou. Carlisle em nenhum momento veio falar comigo, talvez pela briga anterior com o filho. Pouco me importava se ele gostava de mim e de minha filha.

–Você tem dinheiro para comer quando sentir fome? – Assenti e ela suspirou. – Está bem. Amanhã volto cedo para o horário de visita.

–Cuida de Renesmee. – Ela sorriu e agradeci. Logo eu estava sozinha naquele grande hospital com apenas algumas pessoas na recepção. Acho que cidade pequena o numero de incidentes são menores já que a população é minoria. Olhei no relógio e com certo desanimo fui até a maquina de café.

...

Olhei no relógio pela terceira vez. Quatro e cinquenta. Algumas enfeiras conversavam baixo pelos corredores quando voltei do banheiro. Boceje e passei a bolsa para o ombro direito.

–Senhorita Swan? – Me virei e encontrei o enfermeiro Borwn sorrindo. Ele podia ser novo mas era muito experiente, assim como a enfermeira Megan. Eles haviam trocado o turno. – O Senhor Cullen acabou de acordar. Não seria certo, mas meu sub me autorizou. Então acho que você ficar com ele um pouco. – Sorri e passei a mão nos olhos. Eu havia dado uma cochilada na madrugada, logo depois que Megan havia me falado que Edward está realmente bem.

–Qual quarto mesmo?

–225 Ala 3. – Assenti fui em direção ao corredor da ala 3. Ao lado da porta havia uma placa informando o nome do paciente e seu quadro clínico. Confirmei ser Edward e entrei. O quarto estava meia luz, já que por causa da cortina estar aberta a luz do lado de fora entrava no mesmo.

–Oi. – Sussurrei fechando a porta atrás de mim e colocando minha bolsa em cima do sofá bege que havia no canto direito do quarto. Ele me olhava com um sorriso. –Não faz isso. – Falei um pouco afastada da cama. Com seu olhar confuso emendei. – Como se estivesse tudo bem.

Senti meus olhos se encherem de lagrimas e olhei pra cima tentando conte-las.

–Ei! Bella. –Ele falou com a voz rouca me chamando com a mão. Passei a mãos limpando as lagrimas e indo até ele. Segurei sua mão que estava um pouco gelada e olhei para o monitor tentando não olha-lo. Estava com medo de começar a chorar igual uma criança na frente dele.

–Mas eu estou bem. – Rolei os olhos. –Onde está todo mundo?

–Não podíamos ficar como acompanhante de quarto. Mas resolvi ficar mesmo assim. – Ele apertou os olhos.

–Não acredito que dormiu nesse hospital! Isabella!

– Tecnicamente não dormi. Mas eu fiquei... – Dei de ombros. – Achei que ai te perder. – Falei com a voz embargada. – Olhei a bandagem em sua cabeça por causa do corte e seu braço imobilizado. Suspirei. Havia um roxo enorme em seu ombros.

–Não fale assim Swan. Não sairei da sua cola. – Dei uma fraca risada e me abaixei dando um beijo em sua testa. – E Renesmee? – Suspirei. Chegou a parte que eu não queria que chegasse.

–Fui um pouco dura com ela. Sua mãe conversou conosco... Acho que estamos bem. Mas eu pirei com tudo... Ver você naquele estado foi, agoniante. – Ele suspirou.

–O enfermeiro falou que talvez hoje a noite eu tome alta. Eu estou bem de verdade. A cirurgia foi rápida ele disse.

–Isso é bom amor. – Falei pegando minha bolsa e vendo se não havia mensagens perdida. –Estou aqui de penetra... Mas o enfermeiro falou que eu poderia. Acho que até a hora de visita.

–Acho melhor você ir embora junto com eles. – Bocejei. – Não vou sair daqui tão cedo.

–Besta. – Me sentei na beirada da cama.

–E meu Pai?

–O que você quer que eu diga? – Sussurrei e ele olhou para a janela.

–Como imaginei. Ele nunca muda.

–Não diga isso. Ele ficou muito aflito e não saia da cola dos enfermeiros. Todos nós ficamos muito atordoados Edward. – Falei séria.

–Estou preocupado é com o que Nessie e você conversaram, ou melhor, brigaram. – O Encarei enquanto fazia um coque em meu cabelo.

–Por favor vamos esquecer isso. Eu já pedi desculpas e ela também. Ela ficou realmente transtornada com tudo. Criança deixa transparecer mais que os adultos, ainda mais essa nove versão dela. – Assentiu e ficou em silêncio.

–Bella? – O olhei e vi seus olhos verde intenso penetrar em mim.

–Eu te amo. – Falou e sorri apenas com os lábios. Fiquei encarando-o e me aproximei o beijando nos lábios. –Deita ali naquele sofá e descanse amor. Você deve estar acabada.

–Você tem razão. – Concordei dando mais um beijos nele e indo até o sofá de canto tirando a bolsa e colocando em cima da pequena mesa e deitando de modo que eu pudesse ficar o olhando. Eu estava pegando no sono quando resolvi perguntar.

–Você se lembra de algo antes de ir pro chão?

–Apenas de encontrar Renesmee na casinha. Só. Não lembro nem como sai de lá. O Doutor disse que eu cai.

–Uhum. Enquanto descia a escadinha. Estava chovendo muito. – Senti um leve tremor. – Por favor não me assuste assim. Não sou forte o bastante para sobreviver sem você ou Renesmee. – Sussurrei antes de me entregar na escuridão do sono.


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