Maze Runner -Interativa escrita por New Girl


Capítulo 15
XIV-Kay


Notas iniciais do capítulo

Hey lol
Então como foi o fds? O meu foi um saco fique so em casa olhando pro teto e jogando the sims. Meu filho morreu porque não dei comida pro bacuri '---' mlk fresco,não suporta dois dias sem comida.



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Cada investida que dava para me defender sentia que meu pulmão iria explodir por causa do cansaço. Por dentro gritava implorando para que aquilo acabasse de uma vez,mas parecia uma batalha sem fim já que era impossível matar um Verdugo e haviam milhares de Cranks contra menos de 30 nossos,sem contar aquelas coisas não cansavam enquanto nós já estávamos mortos. Minhas pernas fraquejavam demais e seria questão de tempo até acabar morta. Não conseguiria me defender a mais nenhum golpe daquele maldito Verdugo que rolava para mais perto. Seus braços mecânicos vinham em minha direção e por sorte conseguia me defender com meu facão,mas parecia inútil tentar quebra-los.

Ofegava demais e não consegui mais me manter de pé. Minhas pernas simplesmente falharam por causa do cansaço. Ia cair de joelhos no chão,mas pude sentir o corpo de alguém sendo jogado contra o meu. Era Abbie. A loira me empurrou com tanta força jogando-me contra a parede de pedra onde consegui me apoia e manter-me de pé. Não acreditei de inicio que a garota havia me salvado,sempre tivemos uma certa rivalidade por causa de nossos personalidade. Talvez quando se está perto da morte isso não conta.

Respirava fundo para me recuperar,mas isso não foi possível pois acabei gritando alto demais,e perdendo todo o folego de novo.

–Abbie!-foi a unica coisa que consegui gritar antes de ver um dos braços mecânicos do Verdugo atravessando o peito da garota.

Espirrou um pouco de sangue na minha direção,caindo sobre meu rosto. Estava com meus olhos arregalados e tremendo de medo,não sabia o que fazer para ajuda-la. A garota começava a vomitar sangue e com suas ultimas forças lutava para retirar aquele braço mecânico de si. Porém quanto mais lutava mais profundo o braço que rasgava cada sentimento que encostava. Podia escutar o som áspero de ossos se quebrando e músculos se rasgando. Uma poça de sangue se formava ao redor da loira que aos poucos parava de lutar e seu corpo ia tombando. Ainda estava em panico,mas não poderia deixa-la. Apertei com força o cabo do meu facão e desferi um golpe no braço mecânico na esperança de separa-los. Não funcionou em nada,só para fazer aquela maldita coisa atravessar o corpo da garota,que ao gritar com a dor se engasgou com o próprio sangue. O braço foi removido com violência,estava coberto com o liquido brilhante e avermelhado que não parava de respingar, e se preparava para outra investida. Já deveria está coberta de sangue,já que segurava Abbie e fui a unica testemunha de seu ultimo suspiro. Meus olhos foram tomados pelas lagrimas,mas ao ver o braço mecânico voltar fiquei paralisada,minhas pernas não me respondiam.

–Venha!-escutei alguém gritando e me puxando para longe,me obrigando a abandonar o corpo sem vida de Abbie. Gritava em forma de protesto,mas a pessoa segurava meu braço forte demais e arrastava-me para longe da cena,porém ainda via o maldito Verdugo puxando o cadáver e o dilacerando aos poucos. Um grande nó no meu estomago se formou e não demorou para colocar tudo para fora. Não aguentava aquela maldita cena na minha cabeça. Tinha acontecido tão rápido.

Ainda tremia um pouco,mas não tinha muito tempo para me preocupar com essas coisas. Os verdugos se aproximavam em uma velocidade assombrosa,assim como os Cranks. Seria nosso fim. Não tinha como lutar contra aquelas coisas. Estava de costas para Mark. O garoto também já tinha percebido que não adiantaria nada lutar. Seriamos todos mortos da pior forma possível. Estava apertando meu facão com tanta força que minha mão começara a sangra. Ainda queria gritar e fingir que tudo aquilo era um maldito pesadelo. Mas não era.

Um dos Verdugos rolava para mais perto. Estava perto demais,seria capaz de matar todos ali sozinha. Seu zumbido era ensurdecedor e o som de seus braços metálicos batendo um contra o outro causava mais desespero. Por um momento parei de respirar e fechei meus olhos com força,não estava nenhum pouco afim de ver minha morte...Mas ela não aconteceu.

Ao contrario disso,o zumbido se cessou por completo e os cranks que atacavam agora estavam caídos gritando de dor. Como se estivesse queimando ou tivesse algo rasgando a cabeça deles de dentro para fora. Era uma cena estranha e apavorante. Não fazia a menor ideia do que tinha ocorrido. A unica coisa que fiz foi dar um passo na direção do verdugo,mas Mark agarrou meu braço e disse num tom baixo:

–Ela está morta,não é uma boa ideia ir atrás de alguém que não vai mais voltar.

Minhas narinas se queimavam por dentro e meus olhos ardiam,mas Mark estava certo. Não iria valer a pena correr atrás de alguém que estava morto. Uma grande ironia do destino para falar a verdade já que o maior medo de Abbie sempre foi ser deixada para trás e agora tínhamos de deixa-la,quando finalmente encontramos a maldita saída.

–Kat,você primeiro. -dizia Jason. -Vou por ultimo para ter certeza que nenhum trolho ficara para trás. Deixamos algumas heras atravessadas,assim saberão onde pular.

Acho que Justin era quem estava mais apavorado com aquilo tudo. Seu maior medo era altura e agora estavam o mandando pular um maldito penhasco,isso era uma grande loucura,mas acho que a vontade de sair daquele inferno era inda maior. Ele hesitou bastante,mas acabou pulando. Fui em seguida,ainda estava com minhas roupas cobertas de sangue e atravessar aquele buraco invisível foi como pular em uma piscina feita de gelo.

Depois que Jason atravessou fizemos uma rápida contagem,eramos 16 agora...Estava até que surpresa por tantos terem sobrevivido aquele ataque,mas havia visto uma morte de muito perto e aquela maldita cena não sairia da minha cabeça.

O caminho que percorremos era bem claro,as paredes,o piso e o teto eram brancos. A luz machucava um pouco os olhos,mas dava para suportar. Todos tinham a mesma pergunta em mente ''Onde exatamente estávamos?''. A unica coisa que conseguia fazer era devorar minhas unhas até começarem a sangrar e aquela pontadinha de dor começar.

Contudo,algo diferente aconteceu quando abrimos uma porta branca feita de metal ao fim do corredor. Estava tudo escuro ao lado de dentro e quando o ultimo clareano adentro a sala a porta atrás de nós se fechou em uma batida violenta e luzes se acenderam. Todos fecharam seus olhos por um breve momento mais quando abrimos nos deparamos dentro de um tipo de jaula de vidro. Haviam inúmeras pessoas ao lado de fora,todas vestido roupas brancas e com a palavra C.R.U.E.L bordada. Seus rostos eram encobertos pelas mascaras cirúrgicas que usavam.

–O que está acontecendo?-questionou Jason se colocando a frente do grupo. Suas mãos apertavam o facão com muita força e acho que mataria o primeiro que ousasse atravessar seu caminho.

–Deveria se acalmar,sr. Padgett. -dizia uma mulher de cabelos loiros e curtos,não podia ver seu rosto por causa da mascara.

–O que?

–Jason Padgett...-resmungou Zoey.

–Do que estão falando?-perguntou Jason.

–Seu nome.

–Esse não é meu nome,Zoey.

–É o nome que nós te damos.-respondia a mulher de cabelos dourados. -Jason Padgett foi um gênio da matemática no ano de 2012. Mas isso não se tornar relevante no atual momento. Estou realmente surpresa com a quantidade que escapou com vida e ainda trouxeram o crank.

Acho que ninguém tinha muita coragem de responde-la. Por algum motivo parecia que ela mataria a todos com um único estalar de dedos.

–É realmente uma pena que sejam uma grande falha e serão eliminados para evitar problemas futuros.

–O que?-todos gritaram em uma unica voz.

–O grupo misto foi uma grande falha desde o inicio. Na verdade jogávamos lá aqueles que não teriam nenhum valor futuro. Confesso que vê-los sobreviver aos Cranks foi uma surpresa agradável,mas não deixam de ser um projeto falho que não vale nada.

–Nós colocou no maldito labirinto por puro prazer em nos torturar? -gritou Kevin tomando a frente e dando um soco no vidro. O soco não alterou nada,apenas fez a mulher fechar brevemente seus olhos.

–Recomponha-se sr. Jackson.-pedia a mulher sem alterar seu tom calmo.

–Eu não sou Kevin Jackson!-gritava Kevin.-Não escrevi nenhuma biografia em 1922. Não fiz nada disso. Eu sobrevivi aquele maldito labirinto e você diz que vai nos matar!

–Nunca disse essas palavras. -respondia a mulher.-Seria um grande desperdício destruir seus corpos. Vocês sobreviveram a tudo isso,devem ser uteis de outra forma.

A raiva tomava conta de todos,cada palavra que era dita. Esperamos anos para sair daquele buraco do inferno e quando finalmente achamos a saída somos recebidos dessa maneira. Sendo eliminados.

–O que vai fazer com a gente então?-perguntei em um tom impaciente.

–A consciência de vocês não serve para nada. Não está obvio?

–Lobotomia...-resmungou Kat dando uns passos para trás.- Isso é ilegal! Não podem transformar pessoas em vegetais sem motivos. Só porque querer não é um valido.

–Temos um motivo. E perto dele,vocês não são nada,só mais vidas que sacrificamos pelo bem da humanidade. -respondia a mulher dando as costas.


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