Guerra dos mares escrita por KhatySeraph


Capítulo 7
Meu tritão.


Notas iniciais do capítulo

olha um novo capitulo aqui para vocês



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Pisquei enquanto via a silhueta da mãe de Bruce parada na porta prateada. Bruce se virou sorrindo para sua mãe enquanto a mulher se aproximava de nós. Seus belos cabelos negros balançavam numa cachoeira negra, seus olhos verdes iguais os de Bruce me analisavam de cima a baixo, como se eu fosse um "bom troféu" para seu filho.

– O que estão fazendo? – indagou.

– Estava mostrando um pouco da nossa casa para Katy. – disse Bruce, dando de ombros.

A mulher olhou novamente para mim e suspirou. Seus olhos verdes pararam naqueles vidros enquanto alguns peixinhos amarelos passavam por ali quase batendo no vidro. Será que eles não viam o vidro?

– A festa já vai começar. Vai levá-la?

Olhei para Bruce, não sabendo que festa era, mas não estava com animo para isso, ainda mais deveria ser na água, não seria eu a esquisita humana no meio de tantas sereias e tritões, apesar de ter poucos aqui.

Bruce olhou para mim sorrindo divertidamente, já sabia o que ele iria dizer, então era melhor eu falar primeiro antes dele me fazer pagar mico e ser odiava pelos outros "ETs do mar" como ele.

– É melhor eu...

– Ela ir... – Completou Bruce, fazendo-me parar de falar ou negar.

A mulher a nossa frente riu enquanto nos via discutir. Isso não era engraçado, ele era um pervertido e agora, irritante! Como era possível eu estar gostando disso? Era uma fantasia, só podia.

– Bruce!

Ele sorriu, dando de ombros para mim. Suspirei mantendo a calma e revirei os olhos. Tudo bem, eu iria nessa festa, mas era melhor ter bancos na água, porque não vou ser um peixinho preto com um tubo de oxigênio nas costas pulando para cá e para lá. Não mesmo. Bruce sorriu pegando minha mão e me puxando enquanto todos nós saímos do quarto.

Isso era bom. Imagina que alguém podia te ver até nu naquele quarto... Era de arrepiar.

– Além do mais, os vidros, você pode ver o que tem lá fora, mas eles não podem ver o que tem ali dentro nem chegando perto. – Riu Bruce como se ele tivesse lido meus pensamentos.

Chegamos à tal festa deles. Primeiro: tudo bem, não era como imaginei. Não era embaixo da água, e tinha mesas e bancos. Menos mal. Havia uma imensa piscina com tobogãs, rampas e boias espalhadas por todo lugar. Ao lado tinha bares com coquetéis onde algumas sereias conversavam com alguns guardas tritões. Duas sereias passaram por nós, jogando charme para Bruce, que as ignorou sorrindo, vendo a rampa azul.

Olhei para meu biquíni que a mãe dele tinha colocado em mim. Era até que bonitinho. A parte de baixo era toda preta, a parte de cima era preta com franjinhas brancas. Ela tinha bom gosto. Voltei a olhar Bruce, que sorria vendo tudo à sua volta como se fosse uma obra de arte sua.

– Gostou da minha festa? – perguntou, divertido.

Arregalei os olhos.

– Você que preparou?

Ele assentiu para mim, sorrindo. Ele saiu correndo direto para a rampa azul no meio da piscina. No lado que você ia correndo era raso, mas o intuído era você cair e ir para a piscina mais funda, onde eles iriam se transformar. Sentei-me numas das mesas de plástico, vendo Bruce correr em direção da piscina, enquanto outra sereia tentava passar a rampa, entretanto, acabava se transformando e saia rolando até a outra piscina.

Sorri vendo que seria a mesma coisa com Bruce, e adivinha que iria rir?

Ele pulou na piscina rasa não se transformando, assim que pulou na rampa sua cauda não veio, mas escamas começaram a surgir em suas pernas, suas unhas surgiram, suas orelhas mudaram, e um par de barbatanas surgiu na sua perna enquanto ele escorregava como se estivesse surfando e caia na piscina funda tendo sua cauda.

Pisquei, não entendendo o que foi aquilo. Todos se transformavam, menos ele! Por quê? Tinha controle de sua cauda?

– O príncipe é tão lindo. – Ouvi uma sereia falar perto de mim. Ela estava acompanhada com outra seria de cabelos loiros com mechas azuis, uma combinação horrível. – Quero casar com ele.

– Ele já é prometido para aquela do outro clã.

– O que tem isso? – Olhei por cima do ombro, vendo as duas. – O rei pode ter quantas mulheres ele quer. Posso ser a segunda.

Quantas mulheres quiser? Eu não aceitaria isso. Não conseguiria dividir meu marido não mesmo. Ele seria só meu.

– Pare de sonhar, Cassy. Vamos.

Obrigada por irem embora. Não precisava saber que Bruce pode ter quantas mulheres quiser na cama. Ele realmente era um pervertido! Virei-me para sair quando dou de cara com a sereia que menos queria ver na minha frente. Shaunee.

Que desagradável isso...

– O que temos aqui, a humana sem noção.

Humana sem noção? Você iria ver humana sem noção!

– A sereia asquerosa. Estou morrendo de medo. Coitada de mim. – disse, cruzando os braços.

Shaunee cerrou os punhos furiosa, mas não me importei. O barman trazia um copo de água e uma garrafa de água mineral para mim. Sorri agradecendo. Isso seria ótimo.

– Com licença. Tenho algo mais importante do que ver sua cara, Shaunee.

Ela ficou furiosa, avançando em minha direção. Apenas deu um passo para trás, pegando a água e virando na cabeça dela enquanto ela me olhava irritado. Sorri contando até três ate ela cair com uma imensa cauda rosa com amarela.

Comecei a rir até sentir as mãos de Bruce nas minhas costas. Ele olhava juntamente com algumas serias; uma confusão sempre era atrativo.

– O que faz aqui, Shaunne? – A voz de Bruce era séria e fria.

A sereia nada disse; apenas cruzou os braços pedindo uma toalha.

– Já disse que você ainda não tem poder sobre mim. E o contrato diz que só podemos nos ver no casamento. Se der licença pode ir embora.

Belo casamento. Que tipo de tradições eram essas que os noivos só podiam se ver no dia de seu casamento? E por que tinham que estar separados todos? Talvez fosse por isso que a fecundação daquela raça era muito pequena os índices.

– Por que a protege tanto? Ela é apenas uma humana! Eu vou passar o nosso futuro ao seu lado! Não ela.

– Você é vidente para saber das coisas? Ainda nem acabou o presente. – Bruce sorria friamente.

Era difícil dizer ao que ele se referia, mas não sabia porque ainda andava com ele, sendo que iria perdê-lo e não gostava de saber disso.

Duas sereias se aproximaram de Shaunee para ajudá-la. Bruce pegou meu braço, me puxando para longe de Shaunee, para longe daquela festa! E isso era bom, não aguentava mais.

As portas automáticas do quarto de Bruce se fecharam atrás de nós, enquanto agradecia por minhas roupas ainda estarem ali. Virei-me com elas nos braços vendo Bruce serio. Vendo-o assim, gostava do jeito pervertido dele e de suas piadas. Ele sério parecia um assassino. Ou será que estou exagerando?

Deu de ombros chamando a atenção dele e sorriu para mim. Ótimo, agora meu pervertido voltou.

– Que foi? Nunca viu uma garota com suas roupas na mão indo para o banheiro? –Provoquei.

Ele apenas continuou a sorrir e se aproximou de mim, enquanto algo não me deixava correr para o banheiro. Não sabia o que, apenas queria ir de encontro a ele, ele era meu pervertido, certo?

Meu...

Bruce se aproximou de mim enquanto sorria, ainda o chamando mentalmente de pervertido. Aquele tritão me tirava do sério.

– Minha princesa. – sussurrou ele perto do lóbulo da minha orelha. – Só minha.

Sorri enquanto seus lábios se aproximavam dos meus selando-os. Talvez era disso que eu precisava, dos lábios carnudos dele, de suas mãos em volta de minha cintura, me puxando para próximo de seu peito nu.

Eu o queria tanto...

Ele era apenas meu...


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Notas finais do capítulo

gostaram do final? gostaram do capitulo? ahahhahahah
comentarios? Beijos :3