Príncipe Légolas escrita por America Singer


Capítulo 7
Capítulo 7: A Música


Notas iniciais do capítulo

Apesar do capítulo se chamar A Musica, eu não escrevi musica nenhuma uhauhshuahushua
Então descubram o porque ele se chama assim. u.u
Digamos que eu corri um pouco com as coisas, afinal o romance, mesmo sendo baseado n'A Seleção, não é exatamente igual.
~tô pensando em escrever uma história de outro príncipe, o Loki *suspiro*, depois de terminar uma de minhas histórias porque senão fico sobrecarregada. O que acham de um romance do deus mais lindo de todos?
Boa Leitura.



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O café da manhã tinha tanta coisa, que era impossível escolher o que comer. Admito que eu não conhecia metade das coisas que havia ali. Na mesa da frente, o príncipe observava, ao contrário de seu pai na noite anterior. Isso fez com que muitas garotas mal tocassem no que estava servido, e percebi muitas fazerem pose até pra tomar uma xícara de chá. Se continuassem assim, provavelmente muitas morreriam de fome em pouco tempo, e a população de garotas cairia por causa dessa bobagem.

Achava que os elfos não gostavam de comer. Uma vez experimentei um pão chamado lembas, e odiei. Não tinha gosto bom, e com uma mordida meu estomago se encheu depressa, e não consegui comer mais nada durante seis horas, e então achei que era aquilo que os fizessem ter um corpo perfeito.

Dez minutos depois, o rei Thranduil juntou-se ao seu filho. Outra vez sem aquela cerimônia toda com trombetas, o que nos fez dar reverências confusas e em diferentes tempos. Aquilo parecia um desastre total.

– Não precisam fazer uma reverência tão formal todas as vezes que eu aparecer. – Thranduil disse, e ele parecia de muito bom humor. – Senão, terei dor nas costas todas as vezes que for cumprimentar cada uma de vocês, e não acho isso prudente.

Duvidei que elfos tivessem dor nas costas ou algo parecido. Eles eram imortais, e provavelmente – pelo menos pra mim – pra lhes causar dor deveria ser bem difícil. Ou eu estava completamente equivocada com relação à isso.

Thranduil sentou-se ao lado do filho na mesa em frente à nossa. Juntos, não pareciam pai e filho de jeito nenhum, apesar de terem a exata aparência: altos, loiros, olhos azuis perfeitos, boca pequena vermelha que ás vezes conferia um sorriso tão bonito quanto eles. Thranduil estava mais para irmão do que pai.

O silencio das garotas permitia ouvir um pouco da conversa entre os dois, e aparentemente o rei não estava nem um pouco satisfeito com a expulsão da elfa no dia anterior.

– Ela era uma de minhas favoritas. – Thranduil disse, e chamou a atenção de várias das garotas.

Tentei não levantar a cabeça e olhar, prestar atenção na conversa dos outros era uma coisa abominável no meu ponto de vista, pois eu nunca gostei de fofocas.

– Mas não era uma das minhas. – Légolas rebateu, e parecia nada satisfeito em ter aquela conversa perto de nós. – Ainda não tenho favoritas, se quer saber.

– Claro. – Thranduil pareceu concordar apenas por estarmos todas ali, em silêncio. – Mas você deve ser mais tolerante.

– Tolerante? Foi o senhor que fez todas as regras. E eu só pus uma delas pra funcionar, achei que se sentiria orgulhoso.

Sigrid prestava atenção em toda a conversa, sem se preocupar em ser percebida. Provavelmente a maioria das garotas faziam o mesmo, e eu imaginava que era pra poderem se defender depois.

– Então Thranduil tem suas preferidas? – Sigrid disse baixinho parecendo tirar suas próprias conclusões sobre como isso poderia beneficiá-la.

Por mais que no passado, Thranduil e Bard tenham tido seus momentos de cumplicidade diante á Guerra, primeiramente contra os anões de Erebor e depois contra os orcs, duvidei que Sigrid fosse uma de suas preferidas. Acho até que nenhuma humana seja, pois não tínhamos muito que acrescentar na vida do príncipe Légolas.

– Swín? - Légolas chamou a elfa responsável pela seleção em voz alta, o que tirou um pouco da tensão entre as garotas. – Quero uma mesa redonda. Nada de uma exclusiva para mim, quero uma que eu possa me sentar com as garotas nas refeições, afinal, quero conhecer todas e se uma delas será minha esposa, desejo que não imagine desde o início que eu sou melhor do que ela.

– Imediatamente, Vossa Alteza. – Swín respondeu, e Thranduil sorriu perante o pedido do filho.

– Ponha uma cadeira a mais, Swin. Também vou querer participar de algumas dessas refeições. – O rei pediu, e pude ouvir várias risadinhas vindas das garotas. – Vai ser maravilhoso estar entre tantas jovens magníficas.

No primeiro dia, ali em meio aos dois, pude sentir que ficar aqui não seria tão ruim, afinal. Ou eram apenas as aparências, ou eles eram realmente agradáveis. Mas as histórias sobre o rei da Floresta das Trevas não conferem à um Thranduil amável e cheio de gentilezas, muito pelo contrário.

Era apenas o primeiro dia, e eu sabia que não era tudo tão simples assim.

~***~

Acordei com Ang preparando meu banho. O cheio de essência de rosas infestava o quarto, e eu já não agüentava mais usar aquele perfume. Rosas nunca foi o meu perfume ou flor favoritos, e por mais que eu dissesse isso, elas diziam que era o perfume que Légolas mais gostava.

– A garota foi embora chorando. – Ang dizia para Vell, e parecia triste por algum motivo.

– O que tem Mérida? – perguntei sobre a última menina que o príncipe dispensara por ter dito que o cabelo do rei parecia de mulher. Algo muito imprudente, eu sabia. Mas custava levar na brincadeira?

– Mérida? Creio que a senhorita está atrasada. Não falo mais de Mérida. – Ang tentava esclarecer enquanto enchia minha banheira de óleo, e eu odiava aquilo. – Falo da senhorita Chër. Ontem, após o jantar, ela e o senhor Légolas deram um passeio...

– Ah, sei. Já até sei como isso termina. – disse, deixando Ang e Vell curiosas.

– E como termina? – Vell perguntou, parando seu trabalho pra me ouvir.

– O príncipe escolhe uma de nós aleatoriamente para dar um passeio. Se a garota disser qualquer coisa que o ofenda, ou que ofenda seu pai ou seu reino, ele a expulsa e usa isso como desculpa. Se ela não disser nada, ele diz que não tem “clima nenhum”, e a expulsa por achar que não terá futuro com ela. Se ele encontra o “clima”, os dois se beijam, e a garota é mandada embora uma ou duas horas depois, com uma carta dizendo que ele não sentiu nada com o beijo. Qual desses três foi a desculpa por ter mandado Chër embora?

Ang e Vell entreolharam-se surpresas.

– A carta. – Ambas responderam ao mesmo tempo.

– Ótimo. Com isso, o príncipe já beijou...sete garotas. Três humanas e quatro elfas. E já expulsou quinze. Sete elfas e oito humanas. Parabéns para mim, acho que se isso continuar, e eu permanecer invisível pra ele como fiz até agora, talvez eu consiga ficar entre as dez últimas. – concluí rindo. A situação era mesmo muito engraçada para mim.

– Acha que ele já escolheu alguém, e por isso está mandando as outras garotas ir embora assim tão depressa? – Ang perguntou.

Tirei toda a minha roupa e entrei na banheira. Podia admitir, com um mês já me sentia muito á vontade no palácio. – Ou pelo menos em meu quarto.

– Se escolheu, a relação dele com essa garota ta muito bem escondida. Acho que é provável que não tenha escolhido, e que talvez no final nenhuma de nós vença.

– Mas não pode. Quer dizer, o rei prometeu que uma de vocês seria princesa, e uma de vocês deve ser. O príncipe deve cumprir com o prometido de qualquer maneira.

– Tanto faz. Pelo menos eu sei que não serei eu. Na verdade, só aguardo a hora que ele vai chegar até mim e me mandar embora. Mas quando o encontro acontecer, vou ter que dizer umas coisas à ele.

– Cuidado senhorita. Por mais que não goste dele, ele ainda é o príncipe. – Vell tentou advertir-me. Mas eu não mais me importava com o príncipe. Talvez no início eu tenha ficado um pouco nervosa, e achei que havia julgado Légolas mal. Porém, vi que ele parecia mesmo um babaca, e que nada daquilo era de seu desejo.

Desci para o café. O clima de tensão era iminente, e todas as garotas pareciam mais cansadas e assustadas, do que ansiosas e dispostas a brigar por Légolas. A situação era mesmo de calamidade.

– Eu não sei se quero ter um encontro com o príncipe depois de tudo. – Sigrid confessou. Ela havia colocado todas as suas esperanças naquela seleção, e por mais que tentasse chamar a atenção de Légolas no início, nessa altura, um mês depois do início, todas as suas esperanças corriam por água abaixo.

– Talvez ele já tenha escolhido sua futura mulher. – disse o mais calma possível. Na verdade, de todas ali presentes, eu era a que mais parecia calma.

– Sem conhecer todas as garotas primeiro? Isso não é nada justo! Quero ter um encontro com ele sem temer ser mandada embora por uma bobeira que eu tenha dito!

Senti pena dela. Na verdade, eu tinha pena de todas ali. Oito elfas e sete humanas – contando comigo – sem nenhuma perspectiva de poder conquistar o príncipe.

Légolas aparecia nas refeições de vez em quando. A maior parte do seu tempo ele estava do lado de fora do castelo caçando aranhas gigantes. Acho que nossa presença o afastou mais ainda do palácio.

As meninas costumavam a ficar no grande salão durante horas à tarde. Lá podiam ler, cuidar da beleza e ficarem juntas o tempo inteiro, fazendo conspirações sobre quem seria a próxima a ter um encontro com o príncipe – ou melhor, quem seria a próxima a deixar o palácio.

Quando me cansava de tantas especulações, ia até a sala de música do palácio, onde haviam os melhores instrumentos que já vi na vida. Chegavam outros aos poucos para o grande baile, que aconteceria daqui a um mês em celebração do ano novo.

Duvidei estar presente nesse dia, contando que Légolas já havia despachado metade de nós no mesmo tempo, então, ia até lá de vez em quando pra tocá-los um pouco.

O guarda já me conhecia, e todas as vezes me deixava passar sem fazer perguntas. Apenas pedia-me para tocar algo para ele, uma canção que o lembrava de uma mulher, e que eu conhecia desde criança.

Sentei-me no piano. Era branco e dourado, grande e majestoso, e seu som era perfeito.

Comecei a tocá-lo, normalmente tentava fazê-lo do jeito mais baixo possível, mas não conseguia obter um resultado que não fosse um toque alto, que duvidei não invadir todo o castelo.

Toquei até sentir que meus olhos não abriam há tanto tempo, que seria difícil acostumar-me com a luz do local quando os abrissem. A música era triste, profunda, e tão melancólica que todas às vezes eu precisava fechar os olhos para senti-la.

Enquanto isso, minha mente vagava até Runel. Sentia muita falta dele, de estar com ele. Sentia que eu precisava de algum modo extravasar essa falta de liberdade que eu tanto prezava. Estava presa no castelo, e apesar de ter me acostumado com o espaço limitado, nada no mundo me fazia mais falta do que correr por aí a cavalo, livre e solta, com Runel ao meu lado.

Era um amor sem explicação.

Abri os olhos quando a música acabou. Foi difícil focar depois disso, e via luzes vermelhas piscando diante mim. Era engraçado, pois toda às vezes sentia uma vontade imensa de pegar uma delas, como se realmente existissem.

– Não vai conseguir pegá-las. – alguém disse atrás de mim, rindo, e me fazendo ter o maior susto de toda a minha vida.

Era o rei Thranduil. Senti minhas pernas tremerem na tentativa de reverência que fiz depois disso.

Mas o que ele estava fazendo ali?


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Notas finais do capítulo

O capítulo ia se chamar Surpresa. hhuauhsuhahusa
Passaram-se um mês, e Légolas já dispensou quinze garotas. O que será que tá passando na mente dele pra fazer isso? Coitada das meninas, mal tiveram chance de conquistá-lo.
Acham que Belle vai conseguir? Do jeito que ela disse, tá bem difícil. E se fossem vocês, o que fariam pra conquistar Légolas? Quero respostas criativas, vamos interagir shhaushuahus
Comentem.
Beijos e até o próximo.