Príncipe Légolas escrita por America Singer


Capítulo 4
Capítulo 4: A Despedida.


Notas iniciais do capítulo

Fiquei muito feliz com o número de comentários e pedidos de mais capítulos. Então, ai vai mais um.
Percebi que a maioria das garotas preferem o rei Thranduil - é gente, ele realmente é extremamente sexy, e lindo, e divo, e eu também me casava com ele kkkkkk
Percebi também que algumas leitoras gostariam de cenas eróticas. Prometo que terá.
Alguém de início shippa o casal BellexRunel? Tipo AméricaXAspen?
Deixem as opiniões de vocês sobre isso.
E boa Leitura.



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Papai sentia-se mais orgulhoso ainda. A empolgação dele era tão grande quanto à de minha mãe e de todos os meus familiares que moravam ali perto. Minha casa encheu-se durante a noite, mamãe fez questão de dar um jantar de despedida para mim. Não esbocei nenhuma reação mediante o que estava acontecendo, apenas tentava sorrir e concordava com um gesto diante todos os conselhos que recebia de minhas tias. Houve até discussões sobre quem faria meu vestido de casamento, sobre quem me prepararia e me acompanharia durante as preparações e mais um monte de coisas estúpidas. Eu não conseguia acreditar no que eu estava passando, chegava a ser absurdo a minha atual situação. Nem sequer fui para o castelo ainda, e já estão fazendo planos e mais planos sobre o meu casamento.

Até o nome do meu futuro filho eu fui questionada, e mamãe disse que teria de ser algo exótico e fora do normal, como o nome do príncipe. Considerei até colocar o nome de Milhas, como eu achava que ele se chamava, até perceber que eu já estava ficando maluca no meio de tanta mulher histérica.

Fui para o meu quarto a fim de ter um pouco de paz, mas todas me seguiram. Eu precisava arrumar minhas coisas para levar para o palácio, mas nem isso eu podia fazer sozinha. Todos os meus passos eram seguidos por uma multidão de familiares.

Mamãe tirou todos os meus vestidos do armário e mais alguns que havia guardado no baú, e deu pra minhas primas sem nem sequer me consultar. De acordo com ela, eu ganharia novos vestidos no palácio e só precisaria levar algumas peças, pro caso de não terem vestidos com as minhas medidas de imediato.

Permaneci calada o tempo inteiro. Pra uma selecionada, eu não estava nem um pouco feliz com o que eu estava pra enfrentar.

– Sigrid também foi chamada. – uma de minhas primas disse, parecendo fazer cara de tédio. – você tem tanta sorte de ser filha de Kirkel. Acho que mamãe escolheu o irmão errado.

– Deixa de ser invejosa, Phrida. – mamãe defendeu-se. – Minha irmã nunca olhou para Kirkel porque nós já estávamos noivos desde a queda do Dragão e a destruição da cidade do Lago. E você ainda não tem vinte anos.

– Pode até ser, mas eu pelo menos estaria mais feliz e animada do que Luzziel. Ela parece que está indo pra um enterro.

– Eu só estou chocada ainda. É uma mudança repentina. – disse, querendo fugir do assunto pelo qual eu não estava mesmo me sentindo feliz.

Pelo visto eu não precisaria me preocupar em fazer nada, nem sequer escolher o que levaria. Não tinha importância, em minha opinião eu voltaria pra casa um dia depois de pisar no palácio.

Já era quase madrugada quando todas resolveram ir embora. Depois de tentar explicar muitas vezes que eu não tinha nenhum plano pra conquistar o príncipe, finalmente me deixaram descansar. Tudo o que eu mais queria naquele momento era deitar no escuro do meu quarto e ficar em silêncio o máximo que pudesse. Talvez até me derreter e virar parte dos meus lençóis.

Tudo o que eu consegui fazer foi pensar em Runel, e mais nada. Meus pensamentos me levaram até o passado, onde eu e ele podíamos ser amigos e fazíamos planos para o futuro, um futuro que eu ainda não havia descartado. Ele me ensinaria a usar o arco e flecha, a espada e eu o ensinaria a cozinhar, e nós partiríamos juntos por aí, sem rumo nem destino certo. Essa sempre foi minha maior vontade.

Guardaríamos nossos livros favoritos, algumas folhas de papel em branco pra anotar tudo o que viveríamos, um pouco de tinta também pra pintar todos os pássaros que cruzassem nosso caminho.

Eram sonhos simples, mas que eu ainda cultivava dentro de mim. E, por mais que agora eu estivesse mais longe de concretizar tudo isso, eu tinha uma certeza maior dentro de mim que, depois que tudo passasse, eu faria qualquer coisa para convencê-lo a deixar essa vida pra trás e vir comigo.

Consegui dormir quando o dia começava a clarear. Provavelmente dali a poucas horas minha casa estaria cheia de parentes e amigos outra vez.

Quando acordei, foi com o barulho de várias garotas na sala de casa. Muitas meninas que eu não conversava estavam lá pra me dar os parabéns e desejar boa sorte com a seleção. Nunca presenciei nada mais falso em toda a minha vida, e sinceramente não fingi que estava gostando daquela situação.

A maioria delas me acharam muito estranha quando eu estava na adolescência por não compartilhar das mesmas idéias que todas elas tinham, e não será agora que iriam virar minhas amigas. Provavelmente estavam lá esperançosas de que se eu me casasse com o príncipe, todas seriam convidadas.

– Bom dia meninas. – disse, abrindo um sorriso tão largo e falso quanto a presença delas ali. – Gostaria de começar o dia com um discurso, se minha mãe permitir.

Olhei pra mamãe, que me deu sua permissão tão feliz, que fiquei até com dó.

– Pois bem. Eu gostaria de esclarecer algumas coisas. Primeiro: eu não conheço a maioria de vocês, e com certeza a maioria de vocês não me suporta, pois quando era mais jovem e tentava fazer amigas, nenhuma de vocês se mostrou apta a ter uma amizade com a garota esquisita, que não sonha em se casar com um homem influente e de ótima posição. Segundo: Gostaria de dizer que, apesar de eu estar indo pra seleção num palácio onde eu supostamente terei de lutar pra conquistar o coração do príncipe, nada mudou dentro de mim. Eu ainda não sou aquela garotinha que quer se casar com um homem que tenha uma ótima posição na sociedade. Não que eu seja mal educada, ou que desprezaria um homem por causa de sua posição social. Mas eu não vejo as coisas como vocês vêem. Eu não quero me casar com Légolas porque ele é um príncipe, na verdade eu não quero me casar. Eu não quero ser escolhida por ele – e eu não vou ser, tenho certeza. Mas quero deixar muito bem claro, que se por obra do destino e eu estiver muito louca e me apaixonar por ele, e se por acaso ele me escolha pra casar, eu não convidaria nenhuma de vocês. Então, se vocês estão aqui com essa esperança estúpida, podem ir embora, pois eu sei muito bem que não se interessam realmente em minha pessoa. Desde já agradeço.

Mamãe puxou-me pelo vestido e arrastou-me pra fora da sala com fogo nos olhos pela estupidez que eu havia feito.

– Está maluca? Não pode tratar as pessoas assim, garota! Não é assim que uma dama se comporta, ainda mais uma selecionada.

– Eu não quero essas bajuladoras no meu pé. E eu não me importo de parecer grossa. Estou apenas dando o troco à elas, porque quando eu precisei de alguma amiga, nenhuma delas se dispôs a conversar comigo. – defendi-me.

– Deve ser por causa desse seu gênio de porco! Por isso eu lhe proibi de ficar junto daquele cavalariço, você estava se tornando tão rude quanto ele. – mamãe dizia se referindo à Runel.

– Ele foi o único amigo de verdade. Nunca, jamais fale dele assim. Ou eu pulo do cavalo em caminho à Floresta das Trevas e fujo. – ameacei, dando um fim á briga.

– Não se comporte mais assim. E me prometa que vai tratar o príncipe de forma gentil, pelo menos. Se não quer conquistá-lo, não seja tão rude com ele. Não foi assim que eu te criei. – mamãe disse, e saiu de perto, pro meu alívio.

Pelo menos o meu discurso havia dado certo, a população de minha casa havia caído pela metade. Mas no final da tarde, a porta estava cheia de gente de toda a cidade me desejando boa sorte. Parece que virei atração principal de um dia pro outro.

O elfo já me esperava, e enquanto arrumava todas as minhas coisas num cavalo, pude me despedir de Runel. Ele parecia bem triste, mas mesmo assim ainda achava que eu deveria tentar conquistar o coração do príncipe.

– Você vai ser a melhor princesa que aquele lugar pode querer. – disse, tentando me animar, em vão. – Eu sei que eles vão gostar de você.

– Eu não teria tanta certeza, e sinceramente, peço pra não botar tanta fé em mim. Eu vou voltar mais rápido do que você possa imaginar.

– Ainda achando que o príncipe não gostará de você por ser humana? Isso é besteira, ele vai gostar da grande garota e sonhadora que você é.

– Grande? – ri do elogio de Runel. – Se tem uma coisa que eu posso dizer que não sou é grande.

– Grande de coração, você é sim.

– Senhorita? – O elfo chamou-me a atenção. – Está na hora de irmos.

– Já vou. – respondi, e voltei-me para meu amigo pra despedir-me dele com um abraço. - Vai me esperar, não é?

– Vou sim. – Runel respondeu, e então fui até o elfo com seu cavalo e tudo pronto.

Todos estavam na porta dando adeus para mim. Papai, que havia me abraçado durante uma hora, estava com lágrimas nos olhos. Mamãe parecia cheia de si, como se fosse uma satisfação pessoal.

Por toda a cidade, pessoas acenavam e davam-me seu adeus e boa sorte enquanto eu marchava no cavalo ao lado do elfo, foi assim até chegarmos perto da floresta e a cidade sumir.

A partir dali o reino já pertencia a Thranduil, e tamanho foi o meu arrepio ao imaginar-me como parte de algo que pertence à ele e ao seu filho. A partir dali, eu realmente não pertencia mais a mim mesma, e tinha consciência disso.


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Notas finais do capítulo

Próximo capítulo já terá Thranduil e Légolas meus amores. pra quem tá mega ansiosa pelos nossos amores fabulosos, husauhshuahushua
Não se esqueçam de comentar, eu sou legal e não mordo. :3
Obs: percebi uns erros de português e concordancia nos capítulos anteriores, e prometo consertar. É que toda vez que tô escrevendo, meus vizinhos fdp estão ouvindo funk (eles ouvem o dia todo) e acaba me atrapalhando escrever, então me perdoem.
Beijos e até o próximo ♥