Príncipe Légolas escrita por America Singer


Capítulo 1
Capítulo 1: Quem é mesmo o príncipe?


Notas iniciais do capítulo

Começando a história pra ver se alguém se interessa em ler. A Seleção é uma história que eu amo muito, e então me veio a ideia de fazê-lo com Légolas, já que ele não teve muita sorte com Tauriel. Então, quem gostar da história, por favor comentem. Por favor desconsiderem os pequenos erros que passam despercebidos sempre. A história é mais baseada no filme O Hobbit, já que no livro não existe Tauriel, o seu romance com Kili e/ou a participação do meu lindo Légolas. Boa Leitura.



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O Guarda da Coroa real me entregou um pergaminho contendo a ficha com as informações necessárias para inscrever-me na tão falada Seleção.

– Tem certeza que isso é pra mim? – perguntei. Com certeza tinha algo de muito errado naquilo.

– Tenho sim senhorita. Aí diz claramente o seu endereço, nome e referências. Luzziel Belle, filha do senhor da cidade de Mín, Kirkel Lúmien.

– Isso. Mas eu não sou uma elfa. Isso está errado, volte lá e diga à eles que se enganaram, que eu sou humana.

– Temos consciência disso, minha senhorita. Thranduil fez uma lista de humanas também ao qual poderiam participar da concorrência. Você é uma delas, dentre as cem humanas, filhas de senhores importantes de toda Terra Média, e mais cem elfas. Todas receberam adequadamente a carta de solicitação, mas sua devolução é opcional. Desejo-lhe boa sorte.

– Ah. Tudo bem, então. Obrigada por sua gentileza. – Agradeci. Não entendi bem a situação, mas parecia que o fato de meu pai ser o senhor de Mín, pequena cidade perto da Floresta das Trevas, que nasceu logo após a morte do Dragão Smaug, faz de mim uma candidata.

Meu pai, Kirkel Lúmien ajudou a fundar a cidade perto da Floresta, porém longe o bastante pra que o rei Thranduil não pudesse achar que era parte de suas propriedades. Ele e Bard, que é o novo senhor de Valle, fundaram-na depois de concluir que havia pouco espaço na cidade, muita gente pra governar e um novo desafio. Então, Bard confiou à ele essa nova tarefa.

Cinco anos apenas foram precisos pra fundar a nova cidade. Com o ouro que ganharam depois que o Hobbit Bilbo Bolseiro entregou a eles a Pedra Arken, conseguiram fundar as cidades ainda mais belas e majestosas, dividindo-as, mas que formavam um povo unido em seus propósitos.

Entrei em casa com o rolo de pergaminho nas mãos, ainda pensando se deveria sequer abrí-lo. Afinal, participar de uma seleção? Ainda mais para o filho de um dos elfos mais arrogantes da Terra Média? Isso não me parecia nada bom.

Afinal, como era mesmo o nome dele?

Mamãe entrou em meu quarto, seguindo-me às pressas como se eu tivesse carregando uma arma nas mãos.

– O que é isso? – perguntou.

– É aparentemente uma carta de Seleção. Pro filho de Thranduil... eu não sei o nome dele. – disse.

– É Légolas, querida. – minha mãe disse-me, pegando a carta de minhas mãos.

– Léguas. – tentei repetir.

– Lé-go-las. – Mamãe corrigiu-me. – E ele é uma graça, acho que você vai gostar.

– Como? Eu gostar? Não acha que eu vou participar disso, não é? Quer dizer, eu não vou me prestar a uma situação ridícula como essa. Esse Lé-go-las, nem o conheço. Eu não quero tentar me casar com um cara que nem conheço. – disse, tentando dar o assunto por encerrado.

– Mas é claro que você vai participar. Um príncipe, filho de Thranduil, futuro rei da Floresta das Trevas, lindo, está procurando uma noiva, te manda uma carta, e soube que foram poucas garotas que conseguiram uma, e você não vai? – mamãe disse, e parecia que era óbvio que eu não poderia fazer desfeita. – Claro que você vai participar.

– Meu pai não vai deixar. – rebati com esperança de que estava certa.

– Seu pai? – mamãe riu. – Ele vai ser o primeiro a achar que você deve tentar. Pois, há mais ou menos vinte e cinco anos atrás conheceu Légolas numa batalha, lá em Valle.

Parecia que eu era a única que não conhecia o tal príncipe encantado. Zanguei-me muito por estar no meio daquilo, como eu fui parar entre as pré-selecionadas com tantas elfas no mundo? Eu sou humana, não tenho muito tempo de vida pra me casar com um elfo, não posso escolher virar uma elfa, e certamente nem viveria pra ser a rainha. Aquilo era realmente um exagero total.

– Aposto que Thranduil não pretende casar o filho com uma humana. Ele não deixaria, tenho certeza disso. Ainda mais uma humana, filha de um senhor de uma cidadezinha pequena como essa. Eu nem vou ser escolhida. – tentei ter alguma razão no meio disso tudo.

– Se tem tanta certeza assim de que não vai, então não custa nada mandar essa carta com as respostas necessárias, não é? – Mamãe rebateu, e eu odiava ter que concordar.

– Tudo bem. Eu posso até me inscrever, mas quero deixar uma coisa muito clara: se por acaso eu for escolhida pra ir ao castelo, eu não vou fazer questão de tentar conquistar o príncipe. Eu não quero, simplesmente porque não. Não sou importante, nem bonita, nem doce, perfeita, e todo o resto que essas elfas são. Por favor, não se iluda com isso. – esclareci.

– Ótimo. – mamãe disse, brava. Mas eu tinha razão, eu não poderia sequer chegar perto de um príncipe elfo sem parecer um orc abandonado. E eu evitava olhar pros elfos justamente por isso. Tão altos, bonitos, brancos e de olhos claros. Tão esguios e perfeitos que ás vezes eu duvidava que existissem.

À noite, durante o jantar, mamãe contou ao meu pai sobre eu ter sido uma das escolhidas pra – tentar – participar dessa seleção. E tamanho foi meu susto quando percebi o quanto meu pai estava orgulhoso e animado por isso.

– Légolas é ótimo. Lembro-me dele, tão rápido e perspicaz, na grande batalha. Foi uma ótima arma contra os orcs, sendo que ele matou tantos em pouco tempo. Vai gostar dele querida, aposto que tem ótimas histórias pra contar.

– Eu ainda não fui escolhida, papai. – disse, tentando parecer desinteressada pra que aquele assunto acabasse.

– Mas você vai conhecer. – mamãe rebateu, com tanta certeza na voz que parecia que estava mesmo pra acontecer.

– De qualquer modo, – meu pai continuava – se você tiver a chance de vê-lo algum dia, perceberá o que estou falando.

– Mas Thranduil é tão arrogante. Como pode seu filho ser uma pessoa tão boa? – perguntei.

– Bom... talvez Thranduil tenha seus motivos pra parecer assim tão duro. Afinal, olhe onde eles vivem? E ser rei não deve ser nada fácil.

– Claro. – concordei, e levantei-me da mesa. Fui até meu quarto pra finalmente ler a minha carta, que era pequena e só pedia o básico.

Nome, idade, cor dos olhos, cor dos cabelos, cor da pele, quantas línguas falava, nome dos pais, qual instrumento toca, canta, melhores qualidades e quais as coisas preferidas de se fazer. Por final, falar um pouco sobre mim.

Depois das características físicas – ao qual realmente achei que fosse estragar minha ficha – fiquei pessoalmente orgulhosa de dizer que além da minha língua, falo a língua dos elfos que aprendi quando criança num livro que eu ganhei do meu pai. Ele sempre fez questão de que eu falasse essa língua, e sempre me ajudava a aprendê-la. Eu sabia tocar flauta e piano, cantava não muito bem, mas mamãe sempre disse que tinha uma voz doce.

Depois de detalhar – até demais – coisas sobre mim, dobrei a carta e a deixei sobre o móvel do lado da minha cama. Ainda não sabia se realmente a entregaria. E sinceramente, tive que lutar contra mim mesma pra não queimá-la.


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Notas finais do capítulo

O que acharam? Devo continuar? Beijos e até o próximo capítulo ♥