“Hoje é o dia... Preciso me aproximar deles, se eu conseguir isso farei de tudo para esquecer todo o mal que eles já me fizeram..." - o moreno pensa enquanto se veste com uma calça jeans azul e uma camisa preta. E isso é porque ele é os dois irmãos vão fazer o trabalho voluntário daqui a pouco.
Ele começa a pentear os cabelos pretos e quando termina abre a porta e desce as escadas.

— Você demora para se arrumar, hein - Hidan fala quando ver Sasuke.

— Desculpem. Vamos? - ele chama os irmãos e os três saem de casa. O moreno em seu interior clama para que os irmãos se tornem pessoas melhores logo e o aceitem.
Os três vão para o ponto de ônibus e ficam em silêncio, mas Deidara e Hidan trocam olhares de vez em quando, fazendo Sasuke se sentir incomodado.
Logo o ônibus que eles esperam chega e eles pegam seus bilhetes entrando no ônibus em seguida.
Os irmãos já estão sentados e Deidara e Hidan começam a conversa sobre coisas aleatórias, fazendo o moreno ter certa inveja da relação deles, mas logo o garoto espanta esses pensamentos e começa a pensar em como foi na escola hoje. Como tudo mudou depois que conheceu Sakura, ela para ele é como um anjo que fora enviado por Deus para salva-lo. Ela lhe deu mais coragem, mais força... E ele se sente tão bem ao lado dela. A verdade é que não sabe direito o que sente por ela, só sabe que ela é como uma parte dele...
O garoto desperta de seus pensamentos que lhe fizeram até forma um grande sorriso no rosto, quando notou que já haviam chegado no local.

Os garotos entram e depois de falarem com os organizadores do projeto eles são instruídos no que fazer.
O que eles decidiram fazer foi escolhido por Hidan, que deduziu que seria o trabalho mais fácil, lê para crianças órfãs.

— Crianças - uma mulher chama a atenção dos pequenos quando chega na sala - esses são Sasuke, Hidan e Deidara, dêem as boas vindas para eles.

— Sejam bem vindos - as crianças de todas as idades dizem em coro.

— Vocês já sabem o que devem fazer, meninos - ela diz e com um grande sorriso no rosto sai da sala.

Os três vão para perto das crianças e tentam se enturmar, apenas Hidan parece entendido e sem vontade de fazer isso.

— Vamos, irmão. Vem aqui, a gente vai ter que fazer isso de qualquer forma... - Deidara o chama já sentado com algumas crianças ao seu redor. E até que ele parecer estar gostando.

O mais velho ainda relutante vai até o irmão e algumas crianças vão para perto dele quando ele pega um livro.

O moreno já está lendo o livro que fala sobre a bela adormecida, e por um momento colocou ele é Sakura na história, só que de forma contrária, ele a princesa que precisa ser salva e ela o príncipe corajoso que salvo o amado, ele abre um sorriso de canto com o pensamento bobo, mas que de certa forma faz muito sentido.
Ele abre um ainda mais alegre quando ver que as crianças estão gostando da história, e também gostaram muito dele. Tem até uma menininha em seu colo.
E ele por um momento lembra - mesmo pouco já que era muito pequeno -, de quando também morava em um orfanato. Era bom, porém não se compara ao calor de uma família. Então ele deseja do fundo de seu coração que àquelas crianças tenham a mesma sorte que ele teve.

O louro lê um livro sobre a chapeuzinho vermelho e as crianças parecem estar bem alegres com ele.

Porém não parece acontecer o mesmo com o mais velho, que até parecia estar indo bem, mas agora que imita o lobo mal quando aparece para os três porquinhos, ele parece está colocando medo nas crianças.

— Hidan, não imite assim - o moreno é quem diz.

— Ora, já estou fazendo o máximo que posso - ele responde visivelmente com raiva, deixando os irmãos preocupados.

Os dois relaxam quando vêem que mesmo sem muita vontade o garoto começa a imitar de forma menos assustadora.

Passaram-se umas duas horas, e depois de muito lerem e brincarem com as crianças, já é hora de ir embora.
Eles se despediram das crianças, até mesmo Hidan que mesmo não admitindo gostou de ficar com elas.
Eles agora esperam que Deidara volte do banheiro para irem embora.

O louro sai do banheiro e vai de encontro aos dois, mas de repente ele para ouvindo um choro baixo.

— O que foi? - ele pergunta quando ver um menininho de no máximo quatro anos, chorando, sentado em um canto da parede.

— Na... Nada, moço - o pequeno diz soluçando.

— Ninguém chora por nada, vamos diga - ele insiste e vai para perto do garotinho. Está com tanto dó dele, é tão frágil e inocente...

— Eu queria um papai e uma mamãe - ele finalmente responde fungando. Isso deixou Deidara muito mal, e agora percebi porque ficou com tanta pena do garotinho, não é só porque ele uma criancinha, e sim porque no fundo esse pequeno lembrou Sasuke quando chegou em sua casa. Estava tão feliz, e vivia dizendo para ele e Hidan que agora estava muito feliz porque tinha um papai e uma mamãe. Tudo o lembrou ele, a inocência, fragilidade...
E por esse momento ele ver que talvez ele e seu irmão não devessem tê-lo tratado como tratavam até pouco tempo.
A realidade veio como um choque para ele...
Um grande passo para o arrependimento.

[...] 

— Filho - o pai de Gaara diz ajoelhado ao lado da cama do filho, em meio a lágrimas - acorde logo, por favor. Prometo que vai ser tudo diferente, Deus sabe que estou sendo sincero. Preciso de você.  

— Pa... Pai?