Fatal Domain escrita por Vinicius Borges


Capítulo 2
Primeiro Episódio


Notas iniciais do capítulo

Oi;
Hoje o episódio também é breve. Porém, prometo episódios mais longos.
Abraços.



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PRIMEIRO DIA

O primeiro dos grandes dias que se iniciariam começou como todos os outros que eu já tinha visto. Eram seis horas terrestres, meu despertados tocou. Eu me revirei na cama, aguardei uns instantes. Confesso, estava com muitapreguiça. Mas eu não podia simplesmente ficar deitada, como se fosse uma extraterrestre rica. Não. Eu ainda sou um ser humano, e seres humanos vão ao batente.

Era o dia da semana que eu mais detestava: No calendário terrestre era uma quinta-feira. E o que acontece nas quintas-feiras? Isso mesmo. Dia de caçar. E eu detesto caçar. A minha sorte é que eu não faço nada sozinha: Laure e Finn (Já te apresentei no Prólogo, não?), na qualidade de (1) dois outros seres humanos mais novos da Fraternidade e (2) meus melhores amigos, sempre estavam comigo.

Então eu decidi que era hora de levantar. Segui até a casinha da higiene; Escovei meus dentes; Lavei meu rosto; Penteei meus cabelos. Caminhei até a cabana onde fica nossa cozinha. Dezenas de pessoas tomavam seus cafés, inclusive Finn e Laure, aos quais eu me juntei.

–Bom dia- Cumprimente, pouco animada.

–Preparada para a caça do dia, miss Lindsay? – Finn, como sempre, me provocou.

–Nem um pouco, porco do mato- Rebati. Laure interviu:

–As duas vão parar agora ou depois? Quisera eu que hoje fosse Domingo. É o melhor dia da semana, é o dia de não fazer nada.

No meio do nosso início de papo, John chegou. Ele sim parecia animado.

–Vocês deveriam agradecer por ter o que fazer a semana toda. Eu tenho certeza que é bem melhor do que simplesmente ficar vadiando, esperando que as tropas alienígenas os encontre.

–Claro que sim, J-Jhon- Tratei de me desculpar: - Queira nos desculpar. Caçaremos com muito empenho- Ele respondeu, contente:

–É assim que eu gosto de ver vocês. Unidos. Unidos pelo bem da Fraternidade. E, já que vocês me deixaram contente, chegou a minha hora de alegrar-vos. Tratei de encarregar uma pessoa para ir com vocês na caçada. – Eu logo questionei, curiosa:

–Jacob? – Ele logo cortou meu barato:

–Beatrice! Não, não me agradeçam. Eu sei que vocês adoram a Beatrice.

Argh, fala sério! BEATRICE? Eu detesto Beatrice! Eu odeio Beatrice. Eu tenho vontade de fazer Beatrice engolir os próprios dentes se necessário. No entanto tratei de ser amigável quando Beatrice chegou:

–Beatrice! Quantas saudades! – Ela rebateu, sempre com seu jeitinho falso:

–Mais saudades estou eu. Embora eu seja muito mais velha que vocês- Ai, caramba! Ela é só um ano e meio (Terrestre, é claro) mais velha- eu adoro passar o tempo. Adoro cuidar de vocês, crianças.

Eu protestei, eu juro. Mas não ouve outro jeito: Beatrice teve que ir conosco.

– Você e o Jacob... Vocês se amam mesmo? – A pergunta saiu de súbito de mim. Beatrice hesitou uns instantes, mas enfim respondeu:

– É, claro. Claro que sim. Eu e o Jacob nos amamos e nos casaremos. E um dia, quando John morrer, que demore muito, nós assumiremos a Fraternidade. Mas por que a pergunta?

– É, nada. Nada. Nada não. – Respondi.

Nenhuma de nós disse nada até que Finn, que, assim como Laure, estava extremamente calado, disse alguma coisa.

– Eu escutei um ruído. Eu escutei!

– Deve ter sido um esquilo- Argumentei. E poderia ser.- Aliás, se é um esquilo nós vamos atirar nele e depois levar ele até o John. Nossa primeira caçada do dia, quem sabe.

Beatrice tirou de sua enorme bolsa as quatro espingardas ofertadas a nós, para nossa caça. Foi quando eu vi um arbusto se movimentar. Me assustei, perguntei:

– Quem está aí? – Beatrice zombou:

–Oi, Lindsay, eu sou o esquilo, e decidi falar com.... – Antes mesmo que ela pudesse terminar a frase, um ser humanoide e com armaduras- As armaduras extraterrestres- pulou em cima dela, e de nós todos, nos derrubando no chão. Laure, enfim, disse alguma coisa, num berro:

–Um extraterrestre!

Todos nós tentamos correr mas ele se levantou e apontou para mim uma arma. Disse:

–Se vocês não voltarem eu atiro nela. Calma.

Todos nós voltamos, eu estava apavorada. Porém, não pude deixar de me surpreender: Ele falou na nossa língua. E não na língua dele. Na verdade eu sei falar a língua extraterrestre, mas identifiquei a linguagem inglesa na sua fala. Até que ele decidiu surpreender todos nós e tirou a máscara: ERA UM HUMANO! Aliás, foi isso o que Finn fez questão de berrar:

–Um humano! Um menino! Um me... – O menino humano, que era bem bonito, aliás, fechou a boca de Finn. Deu suas segundas, e mais amigáveis, palavras:

–Sim, isso mesmo. Assim como vocês eu sou um humano. – Mas eu não pude deixar de interrogar:

–E que diabos você faz com essa roupa de alienígena desumano? E por que nos assustou?

–Calma- Ele disse, e a voz dele me encantou- Eu vou explicar. Eu estou fugindo deles. Dos extraterrestres. Eu consegui fugir deles! Deus do céu, eu consegui.

–Calma, a gente já entendeu. Aqui você vai ter um lar... – Beatrice, com um tom de irritação, me interrompeu:

–Bem, é precipitado falar pelo John, Lindsay. Perdoe ela, ela é apenas uma criança. – Já disse que eu odeio a Beatrice? – Aliás, qual seu nome?

–Meu nome é Jake. E perdoem-me pelo modo grosseiro.

Jesus, ele era lindo. Uns olhos azuis, uns lábios carnudos... Pois é, mas acho que não foi só eu quem achou isso: Percebi que Laure e Beatrice estavam D-E-R-R-E-T-I-D-A-S. É mole?

–Mas não pretendo ficar na Fraternidade- Continuou- Eu queria saber se os boatos que existia vida humana aqui eram verdadeiros. Foi difícil eu conseguir fugir da base escrava. Mais difícil ainda foi penetrar na mata. – Não me abstive e perguntei:

–E o que você deseja fazer aqui? Ir embora? – Ele respondeu no ato:

–Sim, claro. Mas apenas depois que eu falar com o John, o destemido.

–O destemido? – Laure perguntou, babando.

–Isso- Começou a responder- É o apelido dele lá fora, nas tribos dos traficados. Ele sempre aparece por lá para salvar escravos, trazer para cá. E ficou famoso, virou herói.

–Pois é. Ele é mesmo nosso herói. Mas o que deseja falar com ele? – Perguntei. Ele respondeu:

–Eu preciso da fórmula... Eu preciso da fórmula que o John inventou para acabar com os malditos extraterrestres... Eu pretendo recuperar nosso planeta. Só para nós. –Retrucou ele. E dessa vez nenhum de nós se atreveu a dizer mais nada.

Quinze minutos terrestres depois, nós chegamos a base onde John estava. Eu o vi: Ele fazia alguma mistura misteriosa em uma bacia de metal. Provavelmente algum remédio- Já falei que o John é muito sábio? Cara, ele consegue fazer REMÉDIO a partir de PLANTAS! Ele também nos viu. No início sorriu e acenou, mas depois seu semblante ficou mais sério. Gesticulou para que fossemos até a cabana- O que nós faríamos de qualquer jeito, ele pedindo ou não.

–Ah, aí estão vocês crianças- Ele começou- Mas você rapaz... Eu o conheço? – Disse ele, se referindo a Jake.

–Não, não me conhece. Mas eu fico absolutamente honrado em vê-lo, John- Cara, o gatinho parecia MESMO idolatrar o John. Porém acho que o mestre não gostou muito de o ver dentro da Fraternidade. Por isso, John rebateu:

–Como você entrou aqui, meu jovem? De onde você é e o que você quer?

Neste momento a coisa ferveu: John tirou uma arma de fogo da calça e APONTOU PARA O MEU GATINHO! Jake tratou de tentar remediar-se:

–Calma! Eu sou um ex. escravo das tropas alienígenas. Eu consegui fugir e decidi vir até aqui, porque eu sei que você John, só você, sabe como eliminar os desumanos! Eu só preciso de uma chance. De uma chance- AIIIIII, como ele fala bonitinho. Eu babei. A Beatrice babou. A Laure babou. O John abaixou a arma, respondeu:

–Neste caso, seja bem-vindo. Então agora você é um irmão, um membro da Fraternidade...

–Eu não pretendo ficar- Jake interrompeu- Não agora. Eu tenho projetos mais ambiciosos para meu futuro, John. E esses projetos envolvem sua ajuda, fiel e integralmente.

–E como é que eu posso te ajudar nisso? – John parecia curioso de verdade. Jake nem hesitou, logo respondeu:

–O VENENO-Y, John. Eu preciso do VENENO-Y. Eu preciso tomar o mundo para nós, humanos... – Antes mesmo que ele pudesse responder, John o interrompeu. Ele parecia desapontado:

–Por enquanto preocupe-se em ficar vivo...

–Não! Eu já fiquei vivo por tempo o bastante! Não é só isso! Eu não me contento em só ficar vivo! Eu quero de volta... De volta o que é meu. O que é nosso por direito. A gente consegue, eu tenho certeza... – John parecia contrafeito com a interrupção e teimosia de Jake. Todos nós não falávamos nada: Nos contentávamos em ficarmos calados, observando a discussão. John retrucou:

–Por enquanto, Jake. Apenas por enquanto. Durma hoje, eu te arrumarei um quarto. Amanhã podemos conversar sobre isso.

E assim foi. Fomos dormir cedo, Jake acabou dividindo uma tenda com o Finn, que não ficou muito contente com a notícia. Beatrice voltou para Jacob que também não gostou muito de Jake e Laure também foi para sua tenda. E eu vim para a minha, e aqui estou pensando no gatinho do Jake tentando dormir.

Bem, acho que agora meu sono, finalmente, chegou.

Então,

BOA NOITE


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Notas finais do capítulo

Espero que gostem. Estou com um número muito baixo de leitores: Isso desanima.



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