Filha das Trevas. escrita por PandaRadioativo


Capítulo 1
1


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem!



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Meu nome é Irina. Fui adotada com poucos meses de vida, dois meses mais nova que meu irmão, que tinha um ano. Meus pais morreram e meu irmão foi levado para nossos tios trouxas. O certo é que meu nome é Irina Lily Potter. A irmã desconhecida de Harry James Potter. Mas só há uma grande coisa que me separa de conhecer meu irmão. Fui adotada por Lorde Voldemort.
- Milorde?
- Sim, Irina.
- Minha carta chegou. E agora? O que faço?
- Vá para lá e seja feliz.
- Mas...
- Fique com o seu irmão.
- Mas pai...
- Eu já disse para ir. Vá ao Beco Diagonal e torça para encontrá-lo lá, assim, já ficam amiguinhos e não precisa voltar.
- Sim, pai.
Saí da mansão dos Malfoy, dando de cara com Lucius e seu filho, Draco.
- Aonde vai, Irina?
- Ao Beco Diagonal.
- Sua carta também chegou?
Havia uma certa animação na voz de Draco ao mesmo tempo que quase toda a sua voz era de desdém.
- Sim.
- Papai, ela pode ir com a gente?
- Claro Draco.

Lucius olhou pelo canto do olho, sabia que eu era uma Potter e não gostava muito de mim, mas queria deixar seu filho feliz.
Draco e eu sorrimos, mas o sorriso dele foi curto. Draco pegou na mão do pai para aparatar e eu, apoiei a mão no ombro de Draco, já que às vezes em que peguei na mão de Lucius arrepios me invadiam.
Logo que chegamos, vi um gigante e um garotinho. Não era difícil nota-los. O garoto, de cabelos pretos. Ele se parecia com James Potter. Meu verdadeiro pai. Não. Ele era o Harry. Só podia ser ele. Eu sentia. Enquanto ele se parecia, muito, com nosso pai, eu era idêntica à nossa mãe.
^
Algum tempo depois, estávamos com tudo comprado e fomos embora, daquele lugar mágico e de uma alegria contagiante.
Eis aqui minha história. Meus pais mantinham segredo sobre mim, pois temiam o pior. Quem sabia sobre mim, claro, além de meus pais eram Sirius Black, Peter Pettigrew e Remus Lupin. Sou dois meses mais nova que Harry, mas ainda assim, temos a mesma idade, nascemos no mesmo dia, 31. No dia em que Voldemort matou nossos pais e tentou matar o Harry, eu estava junto com o Harry, estávamos lado à lado. Vi nossa mãe dar a vida por nós. Vi ele ganhar a cicatriz e vi aquele cara de rosto ofídico me erguer e me esconder sob a capa. Vi Severus chegar na frente de casa, mas apenas de relance, de canto de olho. Já tínhamos aparatado. Cresci junto à Comensais, mas nunca me senti parte deles. Afinal, assim como meu irmão é o Menino-Que-Sobreviveu, eu sou a Garota-Que-Sobreviveu-E-Que-É-Desconhecida-Pelo-Mundo. Vou chegar à Hogwarts com uma varinha de Sabugueiro com núcleo de fibra de coração de Dragão, 37 centímetros e inflexível, vestes de primeira e livros também de primeira, já que Draco implorou para que Lucius comprasse do melhor para ambos de nós.
- Pai? De que casa quer que eu seja? Para orgulhar o senhor?
- Qualquer uma serve.
- Está bem.

Porque eu ainda tentava agradá-lo? Ele nunca me olhava nos olhos, ele nunca me chamava pelo nome inteiro, ele sempre me comparou à Draco. O filho perfeito. Mas eu não sou perfeita, e nem quero ser.

Estação King’s Cross, Plataforma 9 ¾ , Embarque, Expresso de Hogwarts.

Eu empurrava o carrinho do meu malão com uma alegria que não cabia em mim. Em letras prateadas estava escrito I.L.P. Os pacotes de papel pardo em que estavam a maioria das minhas coisas dividiam um espaço minúsculo com minha coruja cor de âmbar e olhos vermelhos, Mel. À minha frente, Draco ia entre Narcisa e Lucius.

A fumaça era densa e eu via as pessoas se abraçando, rindo e conversando. Atrás de mim, uma família de ruivos chegava, seguidos por... Harry! Eu sorri, ao ver que estaríamos juntos.

Eles conversavam alegremente. Logo que entrei no Expresso, procurei uma cabine vazia e sentei, abrindo meu livro de feitiços.

Logo depois, percebi que alguém estava parado na porta da cabine e, seja por sorte, ou seja por coincidência, era Harry, acompanhado de um ruivo com sardas.

- Hã... Podemos entrar?

- Claro!

Eles entraram e se arrumaram lá, um pouco sem jeito.

- Então. – Disse o ruivo. – Sou Ronald Bílius Weasley. E vocês?

- Harry. Harry Potter.

- Jura? Estou na cabine de Harry Potter!

- E você? – Harry se dirigia à mim.

- Me chamo Irina. Irina Lily.

- Só? – Disse Ron.

- Não. Meu nome completo é Irina Lily Potter.

- Não sabia que tinha uma irmã. – Ele sussurrou para Harry.

- Eu também não! – Sussurrou de volta.

- Isso é uma brincadeira?

- Não. Não é. Harry, sei que tinha apenas um ano, mas no dia que ganhou a cicatriz, tinha alguém ao seu lado?

- Acho que sim... Uma garotinha.

- Sou eu.

- E quando olhei de novo, ela não estava mais lá.

- Sou eu. Fui levada por Voldemort. – Ron estremeceu. – O que foi?

- Tem coragem de fala o nome de Você-Sabe-Quem?

- É só um nome!

- Concordo. – Disse Harry.

Voltei ao livro de feitiços, deixando Ron explicar tudo do mundo bruxo para Harry.

Após um tempo, começara a chover e raios cortavam o céu.

- Com licença. Alguém viu um sapo por aí? – Uma garota de cabelos castanhos armados estava parada à porta.

- Não. – Dissemos juntos.

A garota revirou os olhos e saiu.

- Qual é o problema dela? Não sabe falar “obrigado pela ajuda”?

- Sabe que não ajudamos nada, não é mesmo?

- Sim, mas isso não custa nada!

Eu ri. Fechei o livro e passei a observar o céu.

- O que há de tão belo no céu, Iri?

- Não sei. É como um imã. Não consigo parar de olhar.

- Mas não dá para ver nada, com essa chuva e com a janela embaçada!

- Existe algo, Ron, chamado “imaginação”.

[...]

- Chegamos! – Disse a garota. Depois que vesti o uniforme, eu acabei dormindo com a cabeça apoiada na janela, portanto, não vi a garota chegando.

- Desculpe, como é mesmo o seu nome?

- Hermione Jean Granger. E você?

- Irina Lily Potter. Irmã mais nova do Harry.

A cara da Hermione foi algo parecido com “não acredito em você”.

Mas ela não teve tempo de dizer mais nada, o trem parou e a massa densa de alunos se movimentava para fora, onde um gigante nos esperava.

- Ora, Harry!

- Olá Hagrid!

Todos entramos nos barcos e atravessamos o lago, chegando à um castelo muito grande.

Entramos no castelo, seguidos por uma bruxa com semblante severo, Minerva McGonnagal.

Rapidamente, ela explicou as casas e como seremos selecionados.

Draco bateu de frente com Ron e Harry. Andei até eles e me coloquei entre Harry e Draco.

- Vai ficar com seu irmãozinho, Irina?

- Sim. Ele é minha família.

- Espero que ambos fiquem na Grifinória, aquela casa horrível.

- E espero que fique na Sonserina seu imbecil. – Foi o que devolvi, antes de McGonnagal lançar um olhar severo para nós.

Em fila, andamos até a frente.

Draco foi para a Sonserina, Harry, Ron e Hermione para Grifinória e logo chegou minha vez.

- Irina Lily Potter.

Houve murmúrios pelo salão inteiro. Sentei-me e recebi uma notícia que não esperava.

- É corajosa, mas como cresceu em um ambiente em que a ambição está no ar, creio que deve ter alguns traços de ambição. Terá destaque na... Sonserina! – Ele bradou. Na mesa da Grifinória, Harry assumia um semblante triste, enquanto palmas e mais palmas surgiam na mesa da Sonserina. Com as pernas bambas, caminhei e me sentei ao lado de Draco.

- Será um fardo para a Sonserina.

- Tanto faz, Malfoy.

Comemos em silêncio e vamos até as masmorras, onde divido o quarto com Pansy Parkinson e as gêmeas, Rachel e Ellie Payne.

Logo, caí no sono, entre lágrimas. A Sonserina não era que eu queria, mas é o destino.


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