Assim, do meu jeito. escrita por overexposedxx


Capítulo 24
Capítulo 24 - Welcome to the party!


Notas iniciais do capítulo

Olá galera! Como vocês estão?
Sei que fazem mais de dois meses que eu sumi, e vocês devem ter ficado super chateados/bravos comigo, e devem ter até pensado que eu tinha desistido da fic - jamais. -, mas queria dizer que não foi nada sem motivo, e também falar algumas coisinhas pra vocês.
Eu realmente não postei por dois motivos: falta de tempo e motivação.
Quando as coisas se acumulam - prova, notas, trabalhos e tudo mais - fica difícil conseguir um tempo livre que a gente não queira apenas descansar. E as coisas pioram quando minhas horas livres não batem com os horários que o computador está livre - estou tendo que dividí-lo com meu pai todos os dias, desde agosto -.
A pior parte, entre todos os aspectos, é realmente a falta de motivação. Pouquíssimas pessoas têm deixado comentários na fanfic, e essa é a parte que mais nos incentiva a continuar escrevendo. Escrevemos *para vocês*; queremos saber o que acham, saber se estão gostando tanto quanto achamos que estão. É gratificante saber que gostam do que fazemos, tanto quanto também é receber opiniões e sugestões. Espero que entendam esse lado, e participem mais da fanfic, porque não dá pra ela existir sem vocês participando também.
Enfim, espero que gostem desse capítulo, preparei com muito carinho nesses últimos dias.
Boa leitura ♥.



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Quatro horas e meia depois, às 18h47min...

POV. ROSALIE

Depois de uma tarde atarefada, algum tempo depois de Carlisle e Esme chegarem, fomos todos - eu, Emmett, Alice e Jasper - liberados para tomarmos banho e ficarmos prontos para a festa, já que as mesas, os doces, salgados, decoração e música, já estavam organizados e dispostos conforme o combinado, desde mais cedo. Agora, provavelmente, Esme e Carlisle só teriam de se aprontar para a festa e guardar o bolo encomendado na geladeira.

Eu já estava devidamente limpa, depois de um banho refrescante, e estava com a toalha enrolada nos meus cabelos úmidos, e vestida com um roupão de saída de banho, em frente à cômoda de roupas, escolhendo alguma roupa boa o bastante para a noite que viria. Acabei optando por um vestido longo, de tecido leve, com alguma renda por cima, em um tom rosé; uma sandália de salto prateada, quase branca; um par de brincos pretos, em formato quadrado; uma máscara de cílios preta nos olhos, e um batom vermelho na boca. Por fim, arrumei meu cabelo num penteado simples em frente ao espelho, e passei o perfume de sempre.

Look Rosalie:

https://www.polyvore.com/cgi/set?.locale=pt-br&id=226299534

A festa teria início às 19h30min, então eu estava praticamente uma hora adiantada. Antes de descer, me certifiquei de que tudo no quarto estava em ordem, e ao sair, tranquei a porta - afinal, eu não acreditava que teríamos problemas, mas não havia como saber até onde iria o nível dos nossos convidados. -.

Descendo as escadas, me atentei para Emmett sentado no sofá com Carlisle, enquanto Esme ajeitava as decorações das mesas com Alice, do lado de fora. Jasper estava sentado em uma namoradeira próxima à piscina, lendo um livro que não reconheci de longe.

Emmett vestia uma camisa de botões preta, uma jeans escura da Calvin Klein e um converse azul marinho com o cano alto por baixo da calça, quase imperceptível. No seu braço direito, um bracelete preto com um antigo brasão da família Cullen.

Carlisle, ao seu lado, vestia uma camisa social azul bebê, de mangas longas dobradas até um pouco antes do punho; uma jeans oscilando entre escuro e claro, num tom médio. No dedo anular da mão esquerda, o anel de sempre, com o mesmo brasão presente no bracelete de Emmett. Nos pés, um sapato social preto, discreto.

Look Emmett:

https://www.polyvore.com/cgi/set?.locale=pt-br&id=227085898

Me aproximei do sofá, tentando diminuir o som do salto batendo no chão a cada passo, para não distrair Carlisle e Emmett da televisão que assistiam, enquanto faziam alguns comentários entre si. Como de costume, porém, quando parei atrás do sofá, na direção de Emmett, ele se virou para me alcançar com os olhos. Depois de fazer os próprios olhos brilharem, como só ele fazia, voltou a atenção para Carlisle, ao seu lado, e lhe tocou a perna antes de se levantar, como se o avisasse. Eles trocaram sorrisos brincalhões e Carlisle me sorriu, assentindo levemente com a cabeça.

—Eu sempre acho que você não pode ficar mais linda... – Emmett se aproximou com um sorriso curvado, sorrindo ao mesmo tempo com os olhos, enquanto me enlaçava nos seus braços pela minha cintura. – Mas então, você vem e sempre supera todas as expectativas. – ele afastou uma mecha do meu cabelo da minha bochecha, e deixou um beijo no mesmo lugar. –

—É coisa da sua cabeça, não acha? – sorri, encarando-o sem seriedade. –

—Tenho certeza que não. – ele sorriu, me dando um beijo suave nos lábios. –

Antes que pudéssemos começar um novo assunto, provavelmente a respeito da festa, Esme entrou pela grande porta de vidro, voltando para a sala, com Alice logo atrás de si, e Jasper um pouco mais atrás, ainda lendo o livro enquanto caminhava. Tanto Emmett e eu ,quanto Carlisle, nos atentamos para eles, esperando algum comentário. Esme sorriu, prontamente, ao olhar de todos – principalmente ao do marido. –.

—Tudo pronto! Logo os convidados devem chegar! – Esme sorriu, empolgada, se aproximando do marido a passos curtos. –

Alice comemorou: -Não vejo a hora da festa começar! Adoro festas! – abriu um sorriso largo, entre pequenos pulinhos de alegria. –

Jasper, por sua vez, apenas recostou-se no batente da porta de vidro, marcando a página que lia com uma dobra em um dos cantos superiores da folha. Levantou o olhar quando percebeu que Alice o convidava para voltar para o jardim, e assentiu, enquanto já era levado pela mão para o lado de fora da casa.

****

Em poucos minutos, um grupo de amigos de Emmett, do condomínio, tocou a campainha e deu início à festa. Logo depois destes, as Denali, primas dos Cullen, também chegaram – aliás, todos, menos Tanya. – Amigos dos Cullen também vieram: a família de Benjamin, Charlotte, Mary e Randall, os europeus Alistair, Charles e Makenna, os irlandeses Siobhan, Liam e Maggie, os romenos Vladimir e Stefan e as brasileiras Zafrina, Senna e Kachiri, que agora passavam pelos EUA para conhecer.

Mais tarde, aos poucos, todos os convidados foram chegando – até mesmo aqueles que a família Cullen conhecia apenas de longe, do condomínio. –. Meu irmão e Isabella foram um desses que chegaram mais tarde – porém, a tempo, claro. –.

Eu acompanhava Emmett enquanto ele cumprimentava os convidados ao longo da festa, até pararmos num grupo de amigos de Emmett, do colégio. Depois de cumprimentarmos todos, fiquei com ele conversando com os garotos, até sentir que estava mais atenta no restante da festa do que no assunto. Resolvi que me afastaria um pouco da multidão, com algum pretexto, e aproveitaria para respirar um pouco.

—Querem alguma coisa pra beber? – interrompi, gentilmente, e esperei que respondessem. –

—Obrigado, Rose, estou bem assim. – Luke, um garoto do time de beisebol, respondeu gentilmente. –

Os outros garotos também recusaram, todos muito tranquilos e gentis. Emmett, por sua vez, aceitou, me dando um beijo na testa antes de soltar sua mão da minha. Eu sorri antes de dar as costas, e depois me concentrei em andar até o bar esbarrando no menor número possível de pessoas pelo caminho.

—Dois drinques de morango, por favor. – pedi, sorrindo, ao bartender atarefado com a arrumação das garrafas de bebidas, que apesar disso, foi gentil com o sorriso de resposta.

Enquanto esperava, observei as pessoas nos arredores. Todas felizes – algumas curtindo o grupo de amigos, outras a música, as bebidas, as comidas. Outras, como Esme e Carlisle, sendo cordiais e cumprimentando todos os convidados da festa.–. Tentei estender meu olhar até a roda de amigos onde Emmett estava, mas não consegui encontrá-lo de longe – o que me pareceu estranho, por alguns segundos, já que ele era alto o bastante para que eu pudesse vê-lo dali -.

Logo, me tirando de meu transe, o bartender estendeu-me os dois copos com os drinques. Peguei-os, agradecendo antes de voltar a fazer o caminho até Emmett.

Enquanto voltava pelo mesmo caminho de antes, agora mais concentrada nos drinques do que em meus pés, enxerguei Emmett antes do previsto, numa outra direção. Tentei localizar os garotos que faziam companhia para ele antes que eu saísse, porém não os vi por perto. Estranhei.

Passei pela última mesa que me impedia de ver claramente Emmett - no lugar em que ele deveria estar com seus amigos, como antes, pelo menos. – e quando pude enxergar sua nuca e seu cabelo, vi um par de braços agarrados às suas costas. Braços femininos, com dedos de unhas pintadas em azul. De início, pensei em Esme ou Kate – as únicas mulheres das quais Emmett se aproxima com alguma intimidade, além de mim -, mas eu tinha acabado de vê-las conversado perto do bar. Quem poderia ser, se Tanya não havia vindo?

Me aproximei, a passos lentos, ainda com os drinques nas mãos. Quando reconheci a feição parecida com a que me foi descrita, e com a qual também tive certo pesadelo, me concentrei para que os drinques ficassem seguros sobre a mesa, antes que eu os pressionasse demais nas minhas mãos e fizesse algum estrago indesejado. Agora eu entendia quem podia ser indesejado essa noite.

Quando eu corria o risco de arrancar os braços dela de perto de Emmett, e acabar com as esperanças que ela certamente tinha de reatar o antigo “namoro de verão”, no qual ela ainda acreditava, senti uma mão tocar-me o ombro e trazer-me para o lado contrário ao que estava indo.

—Quase não nos falamos direito na entrada, mana. – Edward me abraçou, demorando a soltar, como se esperasse que eu retribuísse com a mesma intensidade. Quando percebi, abracei-o mais forte e esqueci por alguns segundos o assunto anterior, que ainda me perturbava. - Como você está? – ele sorriu, depois que nos soltamos do abraço. –

—Bem, eu acho. – controlei-me para não olhar para trás, e continuei focada em Edward. – Isabella está lá dentro? – tentei desviar o assunto. –

—É, ela foi ao banheiro. – ele deu um gole no drinque que bebia, e voltou a falar, em seguida. - E Emmett? Eu não o vi depois da entrada.

—Está logo aqui atrás. – cocei a palma da minha mão esquerda com as unhas maiores, enquanto tentava me desvencilhar da vontade que sentia de ir até lá. –

—Quem é aquela garota que... Está com ele? – Edward olhou de relance para Emmett e Hayley atrás de mim, e voltou a focar na minha expressão. – É uma das ex-namoradas dele? O que ela veio procurar aqui, hoje? – ele provavelmente se lembrou de quando eu havia comentado sobre isso com ele, e respondeu à própria pergunta, mentalmente. –

—Preciso ir até lá. – bati um dos pés no chão, impaciente. –

—Não vá deixar que ela ache que você não tem controle sobre a situação, Rose. Se acalme primeiro. Você sabe que Emmett recusaria ela mil vezes, namorando você. – ele apoiou-se na cadeira ao seu lado, e bebericou mais um pouco do drinque. – Só precisa mostrar que confia em nele e em você mesma, sabe disso. – Edward me encarou, sério, porém esboçando um sorriso curvado no canto dos lábios. –

—Obrigada, Ed. – dei um beijo em sua bochecha e me afastei, indo em direção à Hayley e Emmett, logo atrás de onde eu estava antes, com Edward. –

Retomei os drinques que ainda estavam sobre a mesma mesa, para as minhas mãos, e me aproximei pelo lado direito de Emmett, mais próxima à grade que marcava o limite do mezanino.

—Acabei parando para conversar com Edward, por isso demorei. – enlacei uma das minhas mãos à dele, que de súbito sorriu e me beijou a testa, quando notou que eu finalmente havia voltado. Se eu bem conhecia Emmett, ele estava aliviado por poder se desvencilhar de qualquer que fosse o assunto que a tal garota propunha. - Ah, e eu trouxe nossos drinques. - lembrei-me, entregando o copo em minhas mãos à ele, enquanto retomava o outro de cima da mesa. -

—Senti sua falta, amor. - ele sussurrou perto do meu ouvido, como se ignorasse Hayley nos encarando confusa. Antes de continuar, bebericou o drink de morango e passou um dos braços pela minha cintura. - Quase me esqueci de apresentar vocês: Rose, essa é a Hayley, a que eu te disse que conheci no colégio, e Hayley, essa é a Rosalie, minha namorada.

Eu assenti com a cabeça, sorrindo largamente: -É um prazer, Hayley. Rosalie Hale. - acenei positivamente com a cabeça, sem deixar espaço para cumprimentos forçados demais. Ela apenas assentiu com um meio sorriso, não muito expressivo, que ainda transmitia toda a dúvida pela qual a cabeça dela deveria estar passando. -

A expressão dela ficou a um fio de se desfazer ali mesmo. Ela certamente não esperava que eu fosse namorada de Emmett. Não por falta de capacidade, acredito eu, - já que seria muita petulância da parte dela querer me medir em algum aspecto. - mas sim por imaginar que ele esperaria a vida inteira pela volta do “namoro de verão” deles. Fico longe de querer diminuí-la, mas, sinceramente, ela terá sido muito infeliz em sua imaginação, se foi o que pensou.

Depois de alguns segundos, ela voltou a falar: - Emmett e eu estávamos nos lembrando do tempo do colégio, das férias aqui em Hamptons… - ela olhava de mim para Emmett, alternando lentamente. - Temos boas histórias sobre aqueles tempos. Podemos contar algumas para ela não é, Emm? - ela sorriu amargamente, e voltou seu olhar para Emmett. -

—Me desculpe Hayley, mas acho que seria perda de tempo. - ele segurou minha mão na minha cintura, e deu uma pausa, antes de voltar a encará-la. - Essa é uma noite especial; acho que seria ótimo para aproveitarmos e deixarmos o passado para trás. - ele deu um meio sorriso, tentando ser gentil com as palavras tão sinceras. Hayley apenas nos encarou, sorrindo torto, - certamente borbulhando de raiva por dentro - e voltou a tomar o refrigerante sobre a mesa. -

—Se não se importa, Hayley, eu e Rose vamos dançar um pouco. Talvez seja bom você puxar assunto com os garotos do colégio, ou chamar alguém para dançar. - dessa vez, Emmett sorriu gentilmente, enquanto me puxava pela mão para a pista de dança, junto aos outros grupos de pessoas que lá estavam. -

Ele nos levou a ficar afastados mais do que alguns passos de onde estávamos antes, para garantir que não seríamos interrompidos por Hayley, e ao pararmos, finalmente, num espaço vazio entre as inúmeras pessoas na “pista de dança”, Emmett me envolveu com os braços na minha cintura, me fazendo erguer os meus até sua nuca, enlaçando minhas mãos ali.

—Achei que fosse fuzilá-la com o olhar a qualquer momento. - ele brincou, rindo do meu jeito frio com Hayley. -

—Ah, claro. - rolei os olhos, rindo, tentando parecer irônica. -

Ele me olhou com dúvida e, ao mesmo tempo, com a certeza de que eu estava escondendo a resposta que gostaria de dar.

—Quer dizer que não ficou incomodada com as coisas que ela disse ou insinuou? - ele me fitou, sério, tentando esconder o sorriso que o canto esquerdo de seus lábios puxava. -

Eu suspirei e voltei a encará-lo, rindo.

—Eu estava ao ponto, mas ela não merecia que eu me desgastasse tanto. - arqueei uma sobrancelha, fazendo um olhar sarcástico que o fez rir. -

—Sempre agindo como uma boa leonina, acertei? - ele sorriu, e conforme minha resposta positiva, se aproximou para me beijar, sem pressa. -

Algum tempo depois, no “parabéns”...

Gastos alguns minutos tentando reunir o maior número possível de pessoas perto da mesa do bolo, tudo parecia pronto para cantar o parabéns. Esme, Carlisle, Alice, Jasper e agora eu, já estávamos reunidos junto a Emmett, perto do bolo, quando ouvimos o som agudo da interferência do microfone se expandir pelo ambiente. Todos os convidados, assim como nós, voltaram-se para o lugar de onde havia vindo o som incômodo. Eu esperava estar errada sobre o que estava vendo ali e imaginando que viria a seguir. Mas, não estava. Muito infelizmente.

—Com licença, pessoal. - a voz aguda irritante de Hayley preencheu o ambiente. - Gostaria de fazer uma pequena homenagem para o aniversariante, já que, depois de muito tempo, estou tendo o prazer de reencontrá-lo nessa data tão especial. - ela olhou de Emmett para os convidados, sorrindo, para então continuar. -Não vou tomar muito da sua festa, prometo. - ela piscou para ele, que apenas respirou fundo ao meu lado, tentando parecer paciente. - Bem, Emmett e eu tivemos uma história interessante, como poucas pessoas tiveram. Acredito que todas as aventuras que vivemos, desde que éramos amigos até depois que começamos a namorar, foram únicas e marcantes o bastante para merecerem ser revividas na memória, e difíceis de reviver propriamente dizendo, já que foram tão especiais. Eu estive com Emmett desde o colégio, e hoje vejo que, apesar de termos perdido o contato que tínhamos antes, a lembrança que tenho dele e os sentimentos, prevalecem acima de qualquer tropeço. - quando o olhar dela atingiu o meu, nesse momento, levantei a cabeça e a encarei, séria e segura, enquanto quase unhava uma das mãos de Emmett unida à minha, atrás de suas costas, sem perceber. Respirei fundo, e voltei a prestar atenção no que ela estava dizendo. - (...) Hoje é uma data especial, da qual finalmente estou podendo participar outra vez. E por esse motivo, quero deixar aqui essa homenagem ao aniversariante, junto à todas as coisas boas que desejo: felicidade, sucesso, paz, saúde, muito amor e muitos desejos realizados nesta data. - ela encarou Emmett, sorrindo, com toda a falta de vergonha na cara possível. - Quero que saiba que sempre estarei aqui pra você. - ela sorriu, assentindo em agradecimento com a cabeça, enquanto colocava o microfone em seu devido lugar, para em seguida voltar ao lugar mais próximo da mesa que conseguira. -

Depois daquele pequeno discurso desnecessário, Esme quebrou o silêncio com uma chamada para o parabéns, que foi rapidamente atendida por aqueles que puxaram as palmas e o início da canção tradicional, que durou pouco mais do que trinta segundos. Na hora do corte do primeiro pedaço do bolo, Alice já havia sumido há alguns minutos para a parte de dentro da casa, e então Emmett prosseguiu sem ela, pedindo um pouco de atenção.

—Bem, o primeiro pedaço vai para duas pessoas, e eu gostaria que entendessem o quanto isso pode ser justo: a primeira pessoa é a Sra. Cullen, minha mãe, a qual eu não poderia deixar de agradecer por essa festa e por tudo que tem feito por mim, desde sempre. Sempre colocando minha vida à frente da sua. Eu amo você, mãe. - ele lançou um olhar grato e afetuoso para Esme, que sorriu, com os olhos marejados. - A segunda pessoa é a minha namorada, Srta. Rosalie Hale, a qual eu sou eternamente grato por ter surgido na minha vida de uma maneira tão única.  A cada dia você só me faz ter mais certeza de que o único desejo que posso ter nessa vida é viver pra sempre do seu lado, cada vez com mais planos de construir com você uma família e futuro maravilhosos.  - ele me olhou de relance, com deixando transparecer o sorriso que tentava esconder. - E sei que esse é um dos desejos que já vai ser encaminhado para a realização, desde hoje. - ele sorriu, me encarando, com os olhos azuis brilhando e as covinhas brincando nas bochechas. - Amo você. Obrigado por essa festa. - ele chamou Esme, gesticulando, e em seguida abraçou nós duas, sorrindo, para depois nos dar nossos pedaços de bolo. Ouvimos as pessoas aplaudirem o “discurso” enquanto ainda nos soltávamos lentamente do abraço dele. -

Algumas horas depois…

A festa ainda durou um bom tempo, embora algumas pessoas tenham ido embora até antes do parabéns - a maior parte delas composta de amigos distantes dos Cullen. -. Emmett ganhou centenas de presentes, que foram acumulados no vão embaixo da escada. Quando os últimos convidados saíram, tratamos de embalar todas as sobras - que não foram muitas, aliás. - e guardá-las: algumas no forno, outras na geladeira, conforme cada uma pedia. Recolhemos as toalhas de todas as mesas e guardamos, assim como fizemos com as cadeiras e mesas que Esme e Carlisle haviam colocado lá fora para a festa. Como o horário e o cansaço não nos permitiam fazer muito mais do que aquilo que já havíamos feito, nos restringimos a recolher todos os lixos descartados e depositar nas latas recicláveis, do lado de fora da casa, na parte da frente. Depois, Carlisle se responsabilizou por trancar todas as portas do andar de baixo, para que o resto de nós subisse para tomar banho e descansar.

Conforme meu corpo pedia, tomei um banho quente e não muito demorado, já que meus pés quase não suportavam mais o meu peso sobre eles. Acabei lavando o cabelo outra vez e, depois de colocar o pijama, sequei-o com um pequeno secador que havia trazido de casa, só pra dormir mais confortável, com ele menos úmido.

Me permiti deitar na cama, espalhando meu corpo por todo o espaço disponível, relaxando meu corpo por alguns minutos. O clima praiano sempre me trazia a sensação de mais leveza no corpo e na mente, de alguma forma, mesmo quando eu nem estava, devidamente, na praia. Me aproveitando desse sentimento, que me fez sentir menos cansada, levantei e fui até a varanda. Recostei-me na grade delicada e, olhando o mar, que mesmo naquela escuridão parecia tão atrativo, imaginei como teria sido se todo o arrependimento e vergonha que eu carregava pelas coisas do passado, tivessem me permitido voltar no tempo e mudar tudo. De certa forma, eu poderia ter encontrado Emmett antes, e talvez não teria perdido tanto tempo procurando ser alguém que nunca fui. Por outro lado, talvez eu não tivesse encontrado Emmett no momento certo; talvez eu fosse imatura demais pra valorizá-lo como finalmente conseguia fazer hoje. Então, com certeza, eu estive no lugar certo, na hora certa, com a pessoa certa. Ele era a pessoa certa. Emmett.

(Fim do POV. ROSALIE)

POV. EMMETT

Depois de sair do banho e vestir meu pijama, saí sem fazer barulho pela porta do meu quarto, pensando em dar boa noite à Rose, caso ela ainda estivesse acordada. Parei em frente à porta do quarto dela, e vi que estava entreaberta - ela provavelmente não havia percebido, já que era uma fresta muito pequena, dando espaço para uma visão limitada do lado de dentro. -. Não resisti e empurrei levemente a porta. Só o tanto necessário para encontrar a figura dela em algum lugar no ambiente. Varri o cômodo com os olhos e, quando quase desistia e entrava no quarto de uma vez, a vi encostada à grade da varanda, de costas para o quarto. Ela vestia o short de pijama usual, de tecido de moletom cinza e uma regata que eu ainda não havia visto, em listras de tons de azul ciano e cinza claro. Os cabelos loiros espalhados pelas costas, indo até o meio destas, com leves cachos nas pontas. Ela parecia pensativa: estava parada, movendo apenas os ombros com a respiração.

Imaginando no que ela estaria pensando, adentrei o quarto com passos leves, até alcançá-la na varanda. Beijei o topo de sua cabeça, envolvendo-a de surpresa pela cintura, com meus braços. Ela deu um pequeno pulo de susto, mas relaxou quando percebeu quem era.

—No que está pensando, minha linda? - perguntei, encostando o rosto em sua bochecha, de leve. -

Ela sorriu e curvou o pescoço: -Nada demais. - suspirou. - Apenas em como sou sortuda por ter encontrado você. - ela beijou-me na bochecha e continuou. - Bem a tempo.

—Eu quem sou sortudo. - sorri, passando o nariz pela têmpora direita dela, aproveitando para sentir o cheiro dos cabelos recém-lavados. - Todo aquele discurso foi pouco, sabe disso. - sorri, virando-a de frente para mim. -

—Foi perfeito. Me lembrou de algumas coisas que eu gostaria de acrescentar na próxima carta que te escrever. - ela sorriu, com os olhos sempre alternando entre desviarem-se dos meus, e fixarem-se neles em outro momento. -

—Se não fosse por você escrever cartas tão memoráveis, a essa altura, cartas me lembrariam faculdade. - rimos juntos, e ela interrompeu quando eu ia continuar. -

—Não vamos falar disso agora, vamos? - ela pediu, com olhar cansado. -

—Claro que não. - sorri, beijando sua testa. - Vamos ficar um pouco juntos agora, até você sentir sono. - olhei nos olhos dela, assegurando que ela relaxasse. -

Era tranquilizador sentir a respiração dela tão próxima e seu corpo tão seguro comigo: a cabeça recostada no meu peito e os olhos fechados, se permitindo ouvir apenas o som das ondas quebrando ao longe, enquanto eu a acalentava nos meus braços até que ela adormecesse. E quando ela o fizesse, eu a colocaria na cama sem que ela ao menos notasse.

Pensando nisso, enquanto eu firmava seu corpo relaxado ao meu, algo diferente me veio à cabeça: aquela era a primeira noite em que eu faria isso - aconchegá-la junto a mim e colocá-la na cama quando ela pegasse no sono. -. Mas, de repente, me dei conta de que, de alguma forma, eu poderia continuar o fazendo pelo resto das noites que vivesse ao lado dela; porque eu não me importaria que se tornasse rotina. Na verdade, eu adoraria.


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Notas finais do capítulo

Beijo, beijo,
Angel ♥.