Feito à dedos- Poemas do bloco de notas escrita por Rapaz descafeinado


Capítulo 5
Neuoríntimo


Notas iniciais do capítulo

2 poemas , resolvi testar.



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Sartre para saciar-te

O existencialismo inexistente coexiste em sua face.
Nunca sabe sê boa poesia faz-se.
Apenas despeja um caldo raro ralo de suas emoções pelo ralo.
Sabendo que tem um vinho barato a sua espera, alguém para amá-lo.
Um cachorro magro e o mundo em suas mãos.
Tudo faz-te homem, que homem?
Que morre fraco enjaulado no caixote.
Jogado a própria sorte , num velório parado.
Pois bem, penso nisso depois, tá calor e o ventilador quebrou.
Estou sem tempo para coisas difíceis.

Saindo do armário

Foi doloroso, mas tomei coragem ao encarar papai.
Vi no brio dos seus olhos minha imagem queimando, como uma carta indesejada.
Mamãe já lavava os pratos com seu choro, soluçava.
Nasci assim, desde pequeno minhas orientações não comuns.
–Eu escrevo poesia!
Adorava livros de histórias e montar contos fantasiosos para os professores,
Até minto bem.
–Mas filho, eu estava com a esperança de que fosse homossexual, que usasse drogas ou, ao menos , tivesse matado um homem.
–Seu pai não criou um vagabundo idealista amante de Bandeira!Imundo!
Deveria ter pena contando-nos isso.
Esconderam-me lápis , celular , caneta, carvão , pena...
Continuo alimentando este vício , às vezes , até compro um grafitezinho com o rapaz da biqueira perto de casa.
Sou poeta, dependente literário.


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