O mundo tinha parado de girar enquanto ela se mantinha presa nos braços dele, o único homem que ela amara de verdade. Nenhum dos dois ouviu os passos que se acercaram da sala de diagnósticos.

O ‘tictic’ do salto alto havia sido totalmente ignorado, mas a voz estridente e imperiosa de Cuddy chamou a atenção dos dois doutores.

_O que vocês pensam que estão fazendo?

Ambos quebraram o contato e encararam a intrometida diretora.

_Estamos transmitindo o vírus um pro outro. – ele caçoou.

_Dra. Cameron, devia cuidar do seu casamento...

_E você, Dra. Cuddy, deveria cuidar da sua vida... – ela respondeu sem hesitar.

House olhou encantado para a jovem mulher ainda presa em seus braços. Uma das coisas que ele tinha aprendido a gostar nessa nova Cameron, eram suas iniciativas e decisões firmes.

_Pois bem, eu só vim avisar que não existe vírus algum. As amostras de sangue deram NEGATIVO para o vírus do Oriente Médio... Pelo visto você anda perdendo o seu ‘time’ House...

Ela saiu, deixando-os sozinhos outra vez. Cameron olhou desconfiada e com uma sobrancelha arqueada e um meio sorriso no rosto, comentou.

_Você nunca perder seu ‘time’, você não erra... Por que inventou que aquele rapaz estava com o vírus?

Ele sorriu e respondeu simplesmente.

_Eu precisava de um tempo a mais com você pra te deixar imune às minhas babaquices.

_Acho que vou precisar de outra dose dessa vacina...

_Que tal amanhã a noite? Depois que você der um fim nesse casamento de aparências...

Os dois caminharam lado a lado em direção à saída da sala de diagnósticos.

_Mais uma análise acertada.

TicTic... Os saltos do sapato dela tocavam o chão a cada passo.

_Allison?

_Hum?

_Apenas... Não esqueça de trocar esses sapatos... Esse barulhinho irritante que ele faz me lembra alguém e isso me dá arrepios.

FIM.