Pov'Elena

Acordei naquela noite me sentindo sozinha, solitária... Agora, bem mais que antes. Já fazia dois dias que eu não olhava sequer na cara do Damon e já fazia três que ele tinha me dito aquelas coisas.

Não contei para Ed e fiz Caroline me prometer que não contaria, sabia que se ele descobrisse agrediria Damon, e seria preso.

Levantei da cama calçando os chinelos e amarrando o hobbie em volta do corpo, abri a porta e desci a escada em passos lentos para não acordar ninguém. Fui direto a cozinha, peguei um copo o enchi de água. Bebi tudo olhando a sala, observando Damon, que dormia desconfortavelmente no sofá. Seu desconforto era evidente, já que a cada dois segundo o mesmo se remexia no sofá. Ele estava dormindo lá desde que eu tinha vindo ficar aqui.

Lutei contra o desejo incansável de ir até la e tentei me obrigar a ir pro quarto e dormi, porém não consegui.

Andei em passos lentos até o sofá e o observei por um instante, logo em seguida toquei seu ombro e o sacudi levemente.

_ Damon, coardă – disse baixo.

Ele se mexeu um pouco e se virou pro outro lado, segurando meu braço forte me fazendo “cair” em cima dele, apoiei o outro braço no encosto tentando me manter um pouco longe dele.

_ Só mais alguns minutos Bonbon – Falou rouco.

Fiquei furiosa e puxei meu braço forte na mesma hora, no entanto, ele não o soltou.

_ Damon, coardă e me solta! Eu não sou a Bonnie! – disse alto, puxando meu braço freneticamente.

Ele se virou e abriu os olhos devagar, piscando algumas vezes, mas não soltou meu braço.

_ Elena?

_ Isso, Elena! Não Bonnie, E-l-e-n-a! – Soletrei- agora me larga!

Puxei meu braço forte e tentei ficar em pé, mas ele ainda segurava meu braço, então acabei me desequilibrando e caindo e ele caiu por cima de mim. Nos encaramos por longos minutos, logo em seguida olhei pra boca dele, carnuda e perfeita. Ele finalmente percebeu nossa proximidade e foi chegando cada vez mais perto.

“ Voce não é ninguém!”

_ Não! – empurrei ele forte e fiquei em pé o mais rápido que pude.

Senti ele se levantando atrás de mim.

_ Por que não, Elena? – falou rouco.

Me virei e encarei ele seria. Ele queria, eu queria! Por que tinha que ser tão difícil? Me perdi em pensamentos e quando dei por mim ele já tinha grudado nossos lábios. Sorri e aproveitei o beijo o máximo que pude, mas infelizmente nos afastamos por falta de ar.

_ Por que me acordou? – ele perguntou ofegante.

_ Vamos pro quarto? O sofá parece desconfortável – Sorri.

Ele sorriu, fez carinho na minha bochecha e selou nossos lábios novamente.

_ Damon? Elena?

Nos afastamos rapidamente e encaramos a dona da voz, Rose.

Pov'Autora

–O que estão fazendo?- Perguntou uma Rose olhando Damon e Elena ofegantes.

–Nada!- Respondeu rapidamente Elena.

–Não pareceu nada.

Elena respirou fundo e olhou nos olhos da ex-cunhada.

–Não foi nada Rose.- Exclamou seria.- Nada importante.

E subiu as escadas.

Rose encarou Damon, que ainda perplexo passou a mão no cabelo nervoso.

–O que está acontecendo Damon?

–Você não a ouviu? Nada! Nada está acontecendo.

–Vou repetir, não pareceu que nada aconteceu. -Damon se jogou no sofá e respirou fundo, tentando achar uma forma de contorna a situação, uma resposta que não o expulse-se. Rose percebendo continuou:- Sinceramente Damon, eu ainda sou sua irmã.

O moreno suspirou.

–Eu não sei o que está acontecendo.

–O que você está sentindo?

–Eu não sei.

–Não sabe ou não quer admitir?

–Admitir o que Rose? –Perguntou seriamente.

Rose respirou e abriu um pequeno sorriso de carinho para o irmão, se sentou ao lado dele no sofá e o encarou, olhos nos olhos.

– Acho que sua a pessoa que mais te conhece no mundo, sei quando você sofre, quando está confuso, triste, com medo. Eu sinto muito Damon.- Desabafou.- Eu pensei que... Que pudesse te ajudar, que você fosse ser feliz, que... Eu vejo Damon, todas as vezes que eu te olho eu vejo. Vejo o amor que você sente por ela, desde aquela festa eu vejo. Me lembrou vagamente do exato momento que eu te apresentei a ela.

–Lena, este é Damon meu irmão. Dam, Elena.

Elena abriu um lindo sorriu.

–Prazer Damon, Elena.

–O prazer é todo meu.

–Do seu sorriso, do dela, de como você só falou dela naquela semana, ‘como ela era linda’, ate que você decidiu que ela seria sua. Você me perguntou todos os lugares que ela frequentava tudo o que ela gostava e começou a armar ‘encontros acaso’, então num dia de desespero você pediu para eu falar com ela sobre você, e eu disse que você estava apaixonado por ela, tempos depois lá estavam os dois, juntos. Depois teve o casamento... Depois minha pequena princesa. Dam, eu nunca tinha te visto tão feliz. Só que teve o caso da joalheria e você estava tão, frio, você não acreditou nela, no amor dela. Aí apareceu o Damon que eu não conheço, você me desarmou. –Grossas lagrimas caiam dos olhos dela. - Eu quero que você admita que ainda á ama.

Damon não sabia o que dizer, só sabia de uma coisa, ela estava certa.

Pov'Elena

Me levantei, e confuso olhei para os lados, a luz do sol que saia das janelas incomodava a visão, mas logo eu me acostumei, tomei um banho, me vesti e desci para preparar o café de Sofia.

Antes de entrar na cozinha pude ouvir conversas animadas e altas risadas. Sorri e entrei na cozinha.

_ Bom Dia – sorri.

Encarei Caroline e Ed, que assim que me viram pararam de sorrir, como se escondessem algo.

_ Bom dia Elena, você parece feliz!

Ouvi aquela voz atrás de mim e me virei imediatamente, encarando Bonnie, que por incrível que pareça...sorria.

Fechei a cara rapidamente e olhei para Caroline e Ed que me olhavam como se pedissem desculpas. Mas a única coisa que eu queria saber era. Desde quando eles conversavam com a Bonnie?? E o pior, como se fossem amigos!

Todos amam me falar que nasci de uma velha alma
É melhor deixar meus olhos bem abertos
Tem tanto do que eu não sei...
...Nunca me senti tão sozinha