Capitulo 12

Pov' Autora.

O hospital estava cheio, parecia que todas as crianças decidiram ficar doentes no mesmo dia.

Quando Rose entrou pela porta e uma enfermeira a viu com a menina nos braços correu ate elas.

–O que a menina tem?

–Eu não sei, ela reclama de dores, vomitou e está queimando de febre. - disse chorando. - Por favor, me ajude.

–Claro, venham. EMERGÊNCIA.

Rose entrou num consultório, ele era branco com alguns desenhos de estrelas e peixinhos pela parede.

–O que está acontecendo?- Perguntou o médico rapidamente.

–Eu não sei, por favor, ela está sofrendo, precisa de ajuda!

–Claro, a traga até mim, vamos ver.

Depois de alguns minutos examinando a menina, ela colocou um soro nela e rapidamente ela dormiu.

–O que deu a ela?

–Não se preocupe, é um medicamento para parar a dor. - Falou sorrindo.

Ele se afastou da menina e foi se sentar na sua cadeira, olhando os papeis exames.

–E então o que ela tem?- perguntou mais calma olhando a menina adormecida numa maca.

–Hepatite.

Sabe aquela sensação que o mundo acabou? Que ele parou por um minuto?

–Hepatite? Como assim? Que dizer, como isso aconteceu?

–Fique calma, a doença tem estagio, ela pode está em um estagio simples em que só a medicarmos diariamente e ela ficara boa. Mas...

–Mas?- perguntou alarmada.

–Também, tem os estagio mais graves em que ela pode perder um órgão, ou morrer.

Ela respirou fundo.

–Como isso começou?

–Depende do estagio, fale-me de uns meses para cá a senhora percebeu alguma mudança dela?

–Eu sou tia dela e eu trabalho, tenho quase certeza que não, meu irmão, o pai, me contaria.

–Vamos ver. - Disse e abriu uma pequena gaveta de onde tirou uns papeis. - Assine aqui, por favor, são para os exames.

–Claro.

POV’Damon

Cheguei na escola da Sofia um pouco atrasado hoje, culpa da Bonbon. Sai do carro apressado fui até o portão e olhei em volta atrás da Sofia e nada dela. Com certeza deve estar conversando algo com a professora pensei isso enquanto me sentava em um banquinho ali perto. Mais crianças saindo e nada, um tempo depois e eu me encontrava ali sozinho todas as crianças já tinham saído Cade a Sofia?

_ Já chega, vou até a diretoria – disse enquanto me levantava e ia até a sala da diretora.

Assim que cheguei lá a secretaria apenas me olhou preocupada e me anunciou.

_ Pode entrar – ela disse apontando pra porta e ainda estava com um olhar preocupado. O que foi que a Sofia fez?

_ Com licença – eu disse enquanto abria a porta.

A diretora estava em pé ao lado da mesa e me olhava preocupada, fui até ela a cumprimentando.

_ A Sofia esta bem querido? O que foi que o medico disse?

_ Oque? Medico? Como assim? – perguntei confuso.

Será que a diretora esta me confundindo com algum outro pai?

_ Ora querido, a Rose não levou ela para o hospital? Então, o medico já falou o que a menina tinha?

_ Não estou entendendo, me explique essa história direito? –pedi, ela me indicou a cadeira em frente a mesa e eu me sentei nele.

_ A Sofia chegou aqui no colégio passando mal. Ela alegou muita dor na barriga e também estava com febre. Eu tentei ligar para o senhor mas não atendia então eu liguei para a Rosalie e ela levou a Sofia ao hospital, ela não avisou o senhor?

_ Não – eu falei sério enquanto me levantava.

Quem a Rose pensava que era? Minha filha estava passando mal e ela nem sequer me avisou! Ela vai se ver comigo.

Peguei o celular rápido do bolso e disquei seu numero.

POV’Elena.

O dia hoje estava sendo normal. Quando fui pegar a Lottle na escola não esbarrei com Damon nenhuma vez, o que é tipo, ótimo! Não aguentaria esbarrar com ele novamente, principalmente depois de ontem, e arriscar entrar aquela Bonnie novamente. Analisando bem agora, acho que a conheço de algum lugar, mas isso não vem ao caso agora.

_ Esse sorvete está muito bom tia – Lottle falou ao meu lado enquanto se lambuzava toda com o sorvete de chocolate.

_ Está sim querida, mas ande mais rápido precisamos chegar em casa rápido – eu disse enquanto aumentava os passos.

Tinha acabado de pegar Charlotte na escola e estava com pressa para chegar em casa, o Ed estava me esperando. Não tinha vindo de carro por que tinha emprestado para Duka, ele queria impressionar uma garota eu acho.

_ Tia Lena, olha lá uma cigana – ela disse, puxando minha mão e apontando para uma cigana que tinha acabado de dobrar a esquina.

Dizem que as crianças são anjos que apontam os caminhos. Não sei dizer por que mas essa frase me veio na mente, minha mãe sempre dizia ela. Olhei para Lottle e depois para a cigana que já se afastava e corri até ela arrastando a menina comigo.

_ "Salutare!" – Eu disse, parando em frente a mulher que aparentava ter uns 30 anos.

_ Olá, posso ajudar? – ele perguntou me olhando preocupada.

_ Sim, queria que lesse minha mão – eu sorri estendendo a minha mão para que ela pudesse olhar.

_ Tem certeza senhorita? Não creio que posso fazer isso – ela disse, mas não me olhava, olha para minha mão.

_ Tem certeza, por favor – pedi.

Ela concordou com a cabeça e pegou minha mão entre as suas enquanto a analisava. Olhei para Lottle que olhava curiosa e dei um sorriso a ela. Sabia que a resposta da cigana podia não ser tão boa assim, mas eu tinha que estar preparada. Passei três anos presa, o que de ruim poderia me acontecer agora?

Ela deu um grande suspiro e olhou para mim.

_ Você já sofreu muito, isso não é mistério para ninguém, mas está tentando se recuperar dos danos que um amor pode causar, e estava conseguindo. Até encontrar ele. Não se preocupe, você vai conseguir tudo o que deseja, mas prepare-se isso pode lhe custar mais do que está preparada para dar. Fique longe de novas amizades! – ela disse, enquanto soltava minha mão e voltava ao “normal”.

_ "Nu înțeleg."- eu disse.

E era verdade, eu realmente não tinha intendido ela. Eu já sofri muito? Ok eu fui presa. Estou tentando me recuperar? Com certeza ela estava falando do Ed e dos filhos dele. Encontrar ele? Só podia ser do Damon que ela falava, mas eu ainda estou conseguindo me recuperar não estou?Eu vou conseguir tudo que desejo mas isso pode me custar mas do que estou preparada parra ceder? Como assim? Fique longe de novas amizades? Quais? O que essa mulher queria dizer com tudo isso?

_ Não de ouvidos ao que eu falei, não sei de onde eu tirei isso – ela sorri para mim e começou a andar normalmente, mas então ela parou virou pra tras e me encarou de um modo estranho – Quer um concelho? Vá até o San Terno – ela disse e se virou novamente, recomeçando a andar.

Fique algum tempo em silencio até que comecei a andar novamente, mas Charlotte me parou me puxando pela mão.

_ Tia a casa fica pra lá, onde você ta indo? – ela disse apontando para o lado contrario ao qual eu estava indo.

_ Estou indo para o San Terno – eu disse e comecei a andar novamente, ela deu um corridinha e assim que me alcançou começou a andar ao meu lado.

_ Voce vai ao hospital só por que a cigana disse pra você ir? Nós nem sabemos se ela realmente era uma cigana! – ela disse, como se oque eu estava fazendo fosse a maior idiotice do mundo. Parei e encarei ela.

_ Ela realmente era uma cigana! Quando ela me viu não se ofereceu de imediato para ler minha mão, e nem cobrou como charlatãs fazem! E se ela disse que eu tenho que ir no hospital eu vou! – eu disse, recomeçando a andar.

_ Como você sabe como ciganas falsas são tia? – ela perguntou, do meu lado

_ Estou nesse mundo a muito tempo querida- eu disse rindo de lado.

POV'Autora

–Senhorita Salvatore?

–Sim.

–Saiu os exames da sua sobrinha, o doutor a aguarda no consultório.

Rose parou e olhou para a menina que ainda dormia, mas dessa vez era num dos quartos do hospital.

–A menina vai ficar bem senhorita, vá.

Quando Rose chegou, encontro o doutor com uma cara não muito boa.

–Quais são os resultados?

–De acordo com os exames, a senhorita Sofia Salvatore está com Hepatite C, todo indica que ela está com Hepatite aguda.

–O que isso quer disser?

–Ela precisara ficar alguns dias internada.

–Internada?- perguntou assustada.

–Sim, a doença pode se agravar ainda mais... Bom, precisamos de mais exames. '

'As lagrimas não cansava de cair pelos olhos de Rose, sua pequenininha estava doente e poderia... Poderia... Morrer. Ate que o telefone começa a tocar e quando ela vê o nome Damon uma raiva se apodera dela.

–O que você quer?- pergunta grosa.

–O que eu quero? COMO ASSIM O QUE EU QUERO? Eu quero a minha filha.

–Por que não pergunta a Bonnie se ela a viu? Por que não se pergunta se foi um pai responsável, se quando estava fazendo sei lá o que lembrou que tem uma filha e que ela é pequena! Por que não pergunta ao papel que você assinou na diretoria que impedia a diretora de levar a menina a um hospital? Por que não pergunta a dor que ela estava sentindo? Por que não se pergunta? - Enquanto falava as lagrimas não paravam de cair dos seus olhos fortemente, lagrimas de raiva, de ódio e principalmente, lagrimas de decepção. -Que tipo de pai é você Damon?

Do outro lado da linha não se ouvia nada, nem um suspiro sequer.

–Em que hospital?- perguntou depois de um tempo.

–San Terno. - E desligou.

Afinal não importava.

Ele já fez a burrada.

Saiba quando é tarde demais
Escolheu o caminho que estou trilhando
Agora é um buraco em que eu estou preso
Você não estava escutando quando eu estava chamando
Chamando seu nome

Continua...?