Whole Lotta Love 2 escrita por mlleariane


Capítulo 35
Desencontros


Notas iniciais do capítulo

"Não há segredos que o tempo não revele." (Jean Racine)

É com essa frase, citada por Penny em um comentário, que damos continuação à nossa história. Amanhã eu volto com a briga, digo, com o próximo capítulo.

Ah, e obrigada Beth Lopes por ter favoritado :)

Beijo, Ari ;)



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Kate acordou empolgada. Voltar ao trabalho depois de 2 meses e uma semana afastada era a melhor coisa do mundo. Tomou um banho, se arrumou e apareceu na cozinha, onde Castle já a esperava com um café.

Castle: Caprichou no look heim detetive? Desse jeito vou ficar com ciúme.

Kate: Ah, você sabe que eu queria que você estivesse lá comigo... – ela chegou até ele e o beijou.

Castle: Eu também não vejo a hora de voltar... Babe, você vai se cuidar, não vai?

Kate: Vou, eu vou, meu amor.

Castle: É bom mesmo, ainda mais porque não estarei lá.

Kate: Amor, quanto a isso... eu soube que tem um detetive novo...

Castle: É mesmo? Na homicídios?

Kate: É, ele...

Jo: Mamãeee!

Kate: Oi princesa.

Jo: Eu não estou achando meu brilho, eu não posso ir para a escola sem ele!

Castle: Ela não pode, Kate. – Castle revirou os olhos, e Kate riu. Pegou sua bolsa e tirou algo.

Kate: Toma, eu deixo você levar o meu hoje.

Johanna abriu o maior sorriso do mundo.

Castle: Os meninos que te contaram?

Kate: Oi? – Kate voltou os olhos para Castle.

Castle: Sobre o novo detetive. Os meninos que te contaram?

Kate: Ah... é, foi. – Kate pensou um minuto enquanto Castle terminava o café – Na verdade...

Alex: Mamãe, meu tênis desamarrou!

Alexander se aproximou da mãe, que abaixou e amarrou o cadarço do tênis do garoto.

Kate: Prontinho.

Alex: Obrigado, mamãe! – Kate sorriu com o beijo que ganhou do filho. Alex já ia correndo quando Castle o chamou.

Castle: Ei, ei, volta aqui, nós temos que tomar café senão vamos nos atrasar.

Alex: Você volta a trabalhar hoje, mamãe?

Kate: Sim, querido.

Alex: Ah – Alexander fez um bico – você não vai mais ficar com a gente à tarde...

Jo: Nem ir ao balé e à natação...

Kate: É meus amores, eu não vou mesmo poder ir às aulas com vocês, mas olha, em toda apresentação eu estarei lá, como sempre foi. Eu amo muito, muito vocês!

Jo: Eu vou estar linda na próxima apresentação!

Alex: E eu vou ganhar a medalha de primeiro lugar na competição!

Kate: Eu acredito em vocês!

Kate sorriu olhando sua família. Ela realmente tinha muita sorte.

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Ryan: Olha só quem voltou!

Espo e Ryan foram encontrar Kate assim que ela saiu do elevador.

Kate: É tanta saudade que vocês não esperam nem eu chegar até minha mesa?

Ryan: Quanta ingratidão!

Kate riu e abraçou os dois.

Kate: Eu senti muita falta!

Espo: Nós também.

Kate: E então, como vai o papai do ano?

Espo: Endividado.

Kate: Bobo. Como Lanie está?

Espo: Mais calma.

Kate: Vai dar tudo certo, Espo.

Espo: É, eu sei... – ele sorriu – na verdade eu estou muito feliz.

Kate: Todos nós estamos – ela abraçou o amigo.

Gates: Bem-vinda de volta, detetive.

Kate: Obrigada, sir – Kate foi até a chefe e a abraçou. Anos antes esse contato não seria assim tão íntimo.

Gates: Eu preciso conversar com você sobre um pessoal novo que entrou, mas vou deixá-la se acomodar primeiro.

Kate: Obrigada, capitã.

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Gates havia chamado Kate para uma conversa sobre novos funcionários, entre eles um novo médico legista para cobrir as férias e licenças, dois novos carcereiros e um detetive que viera de Nevada – Levine, ou Peter, como Kate já sabia. Ela, porém, não mencionou o fato de que já se conheciam, e a capitã provavelmente não sabia disso ainda.

Por outro lado, seus companheiros diários e amigos pareciam estar a par da situação.

Espo: Então você já conhece o novo detetive? – Espo perguntou como quem não queria nada, e Kate estranharia, se não conhecesse a amiga que tinha.

Kate: Lanie te contou, não é?

Espo sorriu confirmando.

Kate: Pra quem foi que você já abriu a boca, heim Espo?

Espo: Ei, eu não sou fofoqueiro, ouviu? Eu só contei pro nosso Little Ryan aqui.

Ryan: Me diz uma coisa Beckett... Castle aceitou numa boa?

Kate: Ele ainda não sabe.

Espo e Ryan trocaram um olhar.

Kate: Mas saberá hoje à noite. E não há motivo para ele se incomodar com isso. Peter é parte do meu passado.

Espo: É detetive Levine agora.

Kate: Eu sei... e vocês dois parem de fazer com que isso seja uma grande coisa, porque não é. Eu estou muito bem casada, obrigada.

Ryan: Sim senhora Castle.

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À noite...

Kate mal chegou em casa e foi arrastada pelos filhos para se deitar e assistir alguns desenhos com eles. Tinha sido assim nos últimos dois meses, e as crianças já estavam sentindo falta desse contato com a mãe.

Naquele dia, Gabriela tinha ficado até mais tarde, e quando ela e Castle saíram do escritório, encontraram Kate deitada com os filhos, cada um de um lado e segurando a mão dela. Os dois sorriram com a cena.

As crianças não queriam largar a mãe tão cedo, e quando Kate finalmente conseguiu que os dois tomassem banho, Castle já havia preparado o jantar.

Um tempo depois, enquanto Kate lavava a louça...

Castle: E então, como foi a volta? – Castle a abraçou por trás.

Kate: Muito boa, amor. Estou realmente feliz em voltar.

Castle: Eu sei, eu te conheço – ele a beijou.

Kate: Rick, eu quero conversar com você sobre uma coisa...

Castle: O que?

Kate: É sobre umas mudanças na delegacia...

Castle: Eu não vou poder voltar nunca mais? – Castle já tinha uma expressão sofrida.

Kate: Não amor, não é isso.

Castle: Graças a Deus! Se não é isso não pode ser tão ruim.

Kate: Bem, talvez não seja algo tão legal... é que...

Alex: Mamãaae! O Tiger está morrendo!

Kate: O que?

Kate e Castle trocaram um olhar apavorado. Kate olhou para o filho em prantos, e saiu correndo.

Jo: Olha, mamãe – Johanna já chorava também.

Havia sangue na caixinha de areia de Tiger. O gatinho, porém, parecia dormir tranquilo.

Kate: O que aconteceu, Rick?

Castle: Eu não sei... mas ele está bem.

Jo: Não está, papai. Ele vai morrer!

Kate: Não vai não princesa, calma.

Alex: Nós precisamos levá-lo ao médico!

Castle: Nós vamos, agora mesmo.

Ele olhou para Kate e ela concordou. As crianças estavam abaladas demais.

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Algumas horas de espera depois, Kate, Castle, Johanna e Alexander entraram com Tiger no consultório do veterinário de plantão de um hospital para cachorros e gatos. As crianças tinham os olhos assustados, e não queriam largar o gatinho.

Dr. Mark: Então esse é o meu paciente?

Jo: É o Tiger. Ele vai morrer?

Alex: Ele não pode morrer!

Dr. Mark: Calma, deixe-me examiná-lo.

Alexander soltou o gato com muito custo. Kate explicou que haviam encontrado sangue na caixinha de areia, mas que o gatinho apresentava comportamento normal.

Dr. Mark: É uma infecção urinária, também chamada de cistite – ele apalpou o gatinho – por enquanto ele não tem pedras na bexiga, mas se não tratar pode ser que elas surjam.

Castle: O que temos que fazer?

Dr. Mark: Eu aplicarei uma injeção, como está no começo uma só deve bastar, mas se a infecção voltar vocês devem trazê-lo de novo.

Jo: Eu não quero que ele fure o meu gatinho! – Johanna começou a chorar.

Kate: Minha princesa, ele precisa fazer isso, senão o Tiger vai ficar doente.

Alex: É Jo, você não quer que ele fique bom?

A garotinha fez que sim.

Dr. Mark: Eu vou aplicar lá dentro.

Alex: Eu quero ver!

Jo: Eu também quero ver! – Johanna enxugou as lágrimas, mudando de opinião.

Dr. Mark olhou para Kate e Castle, que assentiram. O veterinário, então, preparou a injeção e aplicou. Os gêmeos ficaram atentos a cada detalhe.

Kate: Tem alguma forma de evitar isso?

Dr. Mark: Eu já ia mesmo conversar com vocês sobre. O ideal é que ele coma somente ração e beba bastante água. Ele come algo diferente?

Kate: Não, só ração.

Jo: Ele come bolo às vezes.

Kate olhou para a filha.

Alex: E danone.

Jo: E sorvete.

Alex: E cookies.

Castle: É, claramente acontecem coisas naquela casa das quais nós não temos conhecimento.

O veterinário não pôde deixar de rir. Chamou então as crianças para perto de si.

Dr. Mark: Vejam, vocês dois são os donos de Tiger, não são?

Os gêmeos fizeram que sim.

Dr. Mark: Então vocês têm que cuidar dele! O ideal é que ele só coma ração.

Jo: Mas ele gosta de doces!

Dr. Mark: Na verdade Tiger é muito novo ainda, praticamente tudo que vocês derem ele irá gostar e se acostumar a comer.

Alex: Então ele só pode comer ração?

Dr. Mark: Sim, e acredite, é o que ele mais gosta. E nós não queremos que ele fique doente de novo, não é?

As crianças fizeram que não.

Dr. Mark: Posso confiar que vocês cuidarão do Tiger?

Jo: Sim.

Alex: Nós vamos cuidar dele!

Detalhes acertados, a família voltou para casa com o gatinho, que trocava de colo entre Alexander e Johanna a cada 5 minutos.

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Kate: Que noite!

Castle: Que noite!

Kate: Coitadinho do Tiger...

Castle: Ele vai ficar bem. Você viu que lindo os dois cuidando dele?

Kate: É, eles são muito responsáveis. Tirando a história dos doces.

Castle: É...

As crianças já dormiam e agora o casal colocava os pijamas também.

Kate: Rick, eu estava te contando sobre a delegacia...

Castle: Amor, eu estou cansado... não pode ser amanhã?

Kate: Pode, pode sim.

Castle: Ok, então – Castle bocejou, e depois a beijou – Eu te amo, Kate.

Kate: Eu também te amo, Rick. Sempre.

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Na terça-feira, Kate trabalhou o dia todo. Mas quando preparava o jantar, seu telefone tocou.

Kate: Sim, capitã – Ela ouviu a explicação de Gates – mas... agora?

Gates: Beckett, eu sei que você trabalhou o dia todo, e sei também que prometi evitar ao máximo que você trabalhasse à noite, mas Karpowski teve um problema de saúde e precisou ser internada. O caso é difícil e... eu preciso que seja você.

Kate: Ok sir, eu vou.

Gates: Det. Levine pode passar em sua casa se você quiser.

Kate: Quem? – a voz de Kate saiu mais alta do que o normal.

Gates: Det. Levine, é o novo detetive que te falei, ele é o parceiro de Karpowski.

Kate: Sir, eu prefiro ir com meu carro.

Gates: Ok, detetive. Até logo. Ah, e não demore.

Kate desligou o telefone e respirou fundo. Se tinha um momento em que ela não deveria falar nada, o momento era esse. Gates queria que ela fosse rápida, e Kate sabia que a conversa com Castle seria delicada e demorada. Explicou então ao marido que precisaria trabalhar à noite para cobrir a colega, e que voltaria o quanto antes. Castle entendeu, e disse que a amava antes dela sair.

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Det. Levine: Então você será minha parceira hoje?

Kate: Estou atendendo a um pedido da minha capitã.

Os dois se cumprimentaram.

Det. Levine: É bom rever você, Kate. Você parece bem.

Kate: E estou. Exceto pelo fato de ter que vir à noite, eu realmente odeio isso.

Det. Levine: Por causa das crianças?

Kate: É.

Det. Levine: Eu vi a foto – ele apontou para a mesa dela – eles são lindos.

Kate: Obrigada.

Peter ia falar alguma coisa, mas foi interrompido por Kate, que iniciou os trabalhos. Ela não estava ali para conversas.

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Depois de um tempo...

Det. Levine: Uau, a fama realmente procede.

Kate: Como? – Kate levantou os olhos do relatório.

Det. Levine: Eu vi seu interrogatório. Você é realmente boa, Kate.

Kate: Você... poderia me chamar de Beckett? É que esse é meu ambiente de trabalho, todos me chamam assim aqui. – Kate tentou não parecer rude.

Det. Levine: Claro, det. Beckett.

Peter rodeava a mesa de Kate, quando finalmente se sentou na cadeira de Castle. Kate respirou fundo. Se ela dissesse a ele que saísse, ia parecer infantilidade. Ela odiava, porém, o que ele estava fazendo.

Kate: Por que você está aqui?

Det. Levine: Oi?

Kate parou de escrever o relatório e o encarou.

Kate: Por que você está em NY?

Det. Levine: Eu sou daqui, lembra?

Kate: Mas você tinha ido embora... por que voltou?

Det. Levine: Eu... bem, eu estava noivo, e ela me traiu. Terminamos o noivado.

Kate: Eu sinto muito.

Kate voltou a escrever o relatório.

Det. Levine: Eu resolvi que era hora de buscar novos ares. Ou velhos, no caso. Você nunca saiu daqui? Eu digo... depois da universidade.

Kate: Não.

Det. Levine: Eu soube da sua mãe. Eu sinto muito.

Kate: É, eu também.

Det. Levine: Eu me lembro de quando ela me defendia do seu pai. Ele me odiava!

Kate não conteve o riso.

Kate: Todos os pais odeiam os namorados das filhas.

Det. Levine: Não, aquilo era pessoal.

Kate: Acredite, não era. Ele nunca gostou de nenhum deles. Só de Castle.

Det. Levine: Você é feliz?

Kate: Mais do que um dia poderia imaginar.

Kate assinou o relatório, e algo chamou a atenção de Peter.

Det. Levine: Uau.

Kate: O que?

Det. Levine: Você assina o Castle – ele apontou a assinatura.

“Katherine H. Beckett Castle”.

Kate: Eu sou casada, lembra?

Det. Levine: É só que... é estranho vindo de você. Eu me lembro de você dizer que jamais assinaria o nome de um homem.

Kate: É, isso foi antes de eu me apaixonar.

Kate se levantou e começou a pegar as coisas dela.

Det. Levine: Se você tivesse aceitado aquele anel seria um “Levine” aí – ele sorriu provocativo.

Kate: O que te faz acreditar que estaríamos juntos?

Det. Levine: Você gostava de mim. Ou eu me iludi à toa?

Ele fez cara de ofendido e Kate riu.

Kate: Eu gostava, realmente gostava. Até você tentar me convencer a ir para Connecticut.

Det. Levine: Yale era uma boa universidade. Mas você sempre quis Stanford...

Kate: Não era para ser, Peter.

Det. Levine: Detetive Levine – ele provocou.

Kate: Sim, detetive.

Kate foi em direção ao elevador.

Det. Levine: Não é engraçado que entre todas as delegacias dessa cidade eu tenha caído justo na sua?

“Não”, Kate pensou, não tem nada de engraçado nisso.

Kate: Boa noite, detetive.

Det. Levine: Boa noite.

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No dia seguinte...

Kate dormiu até mais tarde, e quando acordou, Castle já mostrava a Gabriela fotos do pessoal da delegacia.

Castle: Você precisa falar com eles.

Gabriela: Eu ia te pedir exatamente isso!

Kate: Pedir a ele ou a mim? – Kate entrou no escritório – bom dia.

Castle: Bom dia, babe – os dois trocaram um beijo.

Gabriela: Bom dia, Kate.

Kate: Quase boa tarde, não é?

Castle: Kate teve que trabalhar à noite.

Kate: E terei que ir agora também, já recebi uma mensagem de Espo.

Gabriela: Então Kate, será que tem como eu falar com o pessoal da 12ª?

Kate: Claro, eles vão adorar. Amor, estou indo – Kate deu mais um beijo em Castle, se despediu de Gabriela e saiu.

Castle: Ah amor, pegue meu carro, o seu precisa ir para a revisão!

Castle ainda gritou, mas Kate já tinha saído.

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No meio da tarde...

Ryan: Olha só quem lembrou dos amigos!

Castle: Confessem, vocês morrem de saudade de mim.

Espo: E das cervejas que você paga.

Castle cumprimentou os dois.

Castle: Cadê a senhora minha esposa?

Espo: E você ainda acreditou que ele veio pela gente – Espo olhou para Ryan, e os dois ficaram enciumados.

Castle: Quanto drama, meu Deus! Eu vim pegar o carro dela para a revisão, eu disse para ela vir com o meu, mas acho que ela não ouviu. Ei, vocês também podiam aparecer em casa de vez em quando.

Ryan: Não dá tempo, eu tenho dois empregos.

Espo: Eu vou precisar de cinco agora.

Castle: Exagerado! Parabéns, papai.

Espo: Obrigado – Espo abriu um sorriso.

Castle: Daqui uns dias trarei minha biógrafa para vocês conhecerem, mas olha, cuidado, ela é um perigo. – Castle sussurrou – é brasileira, uma ex minha. Muito gostosa – Castle ganhou olhares dos amigos – Porém, eu sou um homem sério e nossa relação é somente profissional.

Ryan: E Kate deixou ela andar com você pra cima e pra baixo?

Castle: Ela ficou um pouco enciumada no começo, mas agora as coisas estão melhorando.

Espo: Claro que estão, ela nem pode reclamar, não é?

Ryan: Isso explica porque você não enlouqueceu.

Espo: Cara, eu achei que você não ia aceitar.

Castle: Aceitar o que? Do que vocês estão falando?

Espo: Det. Levine, o novo detetive.

Castle: Ah, o novo detetive...

Ryan: E ex de Kate.

Castle: Ex...

Espo e Ryan trocaram um olhar, Castle parecia surpreso.

Ryan: Ela te disse, não disse?

Castle: Cla... claro. Kate sempre me conta tudo. Eu só fiquei confuso porque ela mencionou o nome dele, que é...

Espo: Peter. O nome dele é Peter. Cara, se um ex namorado de Lanie viesse trabalhar com ela, eu não ia gostar nem um pouco.

Ryan: Deixa de ser bobo, Javi. Uma coisa que aconteceu há tantos anos não pode atrapalhar o presente.

Espo: Você gostaria que um ex de Jenny esbarrasse com ela toda hora?

Castle: Toda hora?

Ryan: Ah, não, o detetive trabalha à noite, Kate mal o vê. – Ryan voltou-se para Espo – E respondendo, não, eu não me importaria, porque eu sei que ela me ama.

Espo: Você fala isso porque não está vivendo a situação...

Enquanto Espo e Ryan conversavam, Castle estava absorto em seus pensamentos. Peter, ex de Kate, o mesmo da caixinha de lembranças, do diário, do anel, o primeiro... Castle deu um passo para trás, se afastando da mesa dela.

Espo: Mesmo assim, se fosse comigo, Lanie teria que dar um jeito.

Ryan: Teria? Qual é Javi, todo mundo sabe que Lanie manda em você.

Castle: Você disse que ele trabalha à noite? – Castle interrompeu a conversa, olhando para Ryan, e pensando na noite anterior.

Ryan: Sim, ele é parceiro da Karpowski.

Espo: Você parece bem surpreso, Castle.

Castle: Não, é que... Kate voltou só há dois dias, e tanta coisa aconteceu, nós não tivemos muito tempo de conversar...

Espo: É, mas ela sabe do cara desde semana passada, quando eles se encontraram no necrotério.

Ryan deu um beliscão em Espo, mas já era tarde demais.

Castle: Eu... tenho que ir.

Castle foi saindo apressadamente.

Ryan: Ei, você não ia trocar o carro?

Mas Castle não respondeu. Já tinha saído dali.


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