Whole Lotta Love 2 escrita por mlleariane
Notas iniciais do capítulo
"Não há segredos que o tempo não revele." (Jean Racine)
É com essa frase, citada por Penny em um comentário, que damos continuação à nossa história. Amanhã eu volto com a briga, digo, com o próximo capítulo.
Ah, e obrigada Beth Lopes por ter favoritado :)
Beijo, Ari ;)
Kate acordou empolgada. Voltar ao trabalho depois de 2 meses e uma semana afastada era a melhor coisa do mundo. Tomou um banho, se arrumou e apareceu na cozinha, onde Castle já a esperava com um café.
Castle: Caprichou no look heim detetive? Desse jeito vou ficar com ciúme.
Kate: Ah, você sabe que eu queria que você estivesse lá comigo... – ela chegou até ele e o beijou.
Castle: Eu também não vejo a hora de voltar... Babe, você vai se cuidar, não vai?
Kate: Vou, eu vou, meu amor.
Castle: É bom mesmo, ainda mais porque não estarei lá.
Kate: Amor, quanto a isso... eu soube que tem um detetive novo...
Castle: É mesmo? Na homicídios?
Kate: É, ele...
Jo: Mamãeee!
Kate: Oi princesa.
Jo: Eu não estou achando meu brilho, eu não posso ir para a escola sem ele!
Castle: Ela não pode, Kate. – Castle revirou os olhos, e Kate riu. Pegou sua bolsa e tirou algo.
Kate: Toma, eu deixo você levar o meu hoje.
Johanna abriu o maior sorriso do mundo.
Castle: Os meninos que te contaram?
Kate: Oi? – Kate voltou os olhos para Castle.
Castle: Sobre o novo detetive. Os meninos que te contaram?
Kate: Ah... é, foi. – Kate pensou um minuto enquanto Castle terminava o café – Na verdade...
Alex: Mamãe, meu tênis desamarrou!
Alexander se aproximou da mãe, que abaixou e amarrou o cadarço do tênis do garoto.
Kate: Prontinho.
Alex: Obrigado, mamãe! – Kate sorriu com o beijo que ganhou do filho. Alex já ia correndo quando Castle o chamou.
Castle: Ei, ei, volta aqui, nós temos que tomar café senão vamos nos atrasar.
Alex: Você volta a trabalhar hoje, mamãe?
Kate: Sim, querido.
Alex: Ah – Alexander fez um bico – você não vai mais ficar com a gente à tarde...
Jo: Nem ir ao balé e à natação...
Kate: É meus amores, eu não vou mesmo poder ir às aulas com vocês, mas olha, em toda apresentação eu estarei lá, como sempre foi. Eu amo muito, muito vocês!
Jo: Eu vou estar linda na próxima apresentação!
Alex: E eu vou ganhar a medalha de primeiro lugar na competição!
Kate: Eu acredito em vocês!
Kate sorriu olhando sua família. Ela realmente tinha muita sorte.
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Ryan: Olha só quem voltou!
Espo e Ryan foram encontrar Kate assim que ela saiu do elevador.
Kate: É tanta saudade que vocês não esperam nem eu chegar até minha mesa?
Ryan: Quanta ingratidão!
Kate riu e abraçou os dois.
Kate: Eu senti muita falta!
Espo: Nós também.
Kate: E então, como vai o papai do ano?
Espo: Endividado.
Kate: Bobo. Como Lanie está?
Espo: Mais calma.
Kate: Vai dar tudo certo, Espo.
Espo: É, eu sei... – ele sorriu – na verdade eu estou muito feliz.
Kate: Todos nós estamos – ela abraçou o amigo.
Gates: Bem-vinda de volta, detetive.
Kate: Obrigada, sir – Kate foi até a chefe e a abraçou. Anos antes esse contato não seria assim tão íntimo.
Gates: Eu preciso conversar com você sobre um pessoal novo que entrou, mas vou deixá-la se acomodar primeiro.
Kate: Obrigada, capitã.
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Gates havia chamado Kate para uma conversa sobre novos funcionários, entre eles um novo médico legista para cobrir as férias e licenças, dois novos carcereiros e um detetive que viera de Nevada – Levine, ou Peter, como Kate já sabia. Ela, porém, não mencionou o fato de que já se conheciam, e a capitã provavelmente não sabia disso ainda.
Por outro lado, seus companheiros diários e amigos pareciam estar a par da situação.
Espo: Então você já conhece o novo detetive? – Espo perguntou como quem não queria nada, e Kate estranharia, se não conhecesse a amiga que tinha.
Kate: Lanie te contou, não é?
Espo sorriu confirmando.
Kate: Pra quem foi que você já abriu a boca, heim Espo?
Espo: Ei, eu não sou fofoqueiro, ouviu? Eu só contei pro nosso Little Ryan aqui.
Ryan: Me diz uma coisa Beckett... Castle aceitou numa boa?
Kate: Ele ainda não sabe.
Espo e Ryan trocaram um olhar.
Kate: Mas saberá hoje à noite. E não há motivo para ele se incomodar com isso. Peter é parte do meu passado.
Espo: É detetive Levine agora.
Kate: Eu sei... e vocês dois parem de fazer com que isso seja uma grande coisa, porque não é. Eu estou muito bem casada, obrigada.
Ryan: Sim senhora Castle.
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À noite...
Kate mal chegou em casa e foi arrastada pelos filhos para se deitar e assistir alguns desenhos com eles. Tinha sido assim nos últimos dois meses, e as crianças já estavam sentindo falta desse contato com a mãe.
Naquele dia, Gabriela tinha ficado até mais tarde, e quando ela e Castle saíram do escritório, encontraram Kate deitada com os filhos, cada um de um lado e segurando a mão dela. Os dois sorriram com a cena.
As crianças não queriam largar a mãe tão cedo, e quando Kate finalmente conseguiu que os dois tomassem banho, Castle já havia preparado o jantar.
Um tempo depois, enquanto Kate lavava a louça...
Castle: E então, como foi a volta? – Castle a abraçou por trás.
Kate: Muito boa, amor. Estou realmente feliz em voltar.
Castle: Eu sei, eu te conheço – ele a beijou.
Kate: Rick, eu quero conversar com você sobre uma coisa...
Castle: O que?
Kate: É sobre umas mudanças na delegacia...
Castle: Eu não vou poder voltar nunca mais? – Castle já tinha uma expressão sofrida.
Kate: Não amor, não é isso.
Castle: Graças a Deus! Se não é isso não pode ser tão ruim.
Kate: Bem, talvez não seja algo tão legal... é que...
Alex: Mamãaae! O Tiger está morrendo!
Kate: O que?
Kate e Castle trocaram um olhar apavorado. Kate olhou para o filho em prantos, e saiu correndo.
Jo: Olha, mamãe – Johanna já chorava também.
Havia sangue na caixinha de areia de Tiger. O gatinho, porém, parecia dormir tranquilo.
Kate: O que aconteceu, Rick?
Castle: Eu não sei... mas ele está bem.
Jo: Não está, papai. Ele vai morrer!
Kate: Não vai não princesa, calma.
Alex: Nós precisamos levá-lo ao médico!
Castle: Nós vamos, agora mesmo.
Ele olhou para Kate e ela concordou. As crianças estavam abaladas demais.
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Algumas horas de espera depois, Kate, Castle, Johanna e Alexander entraram com Tiger no consultório do veterinário de plantão de um hospital para cachorros e gatos. As crianças tinham os olhos assustados, e não queriam largar o gatinho.
Dr. Mark: Então esse é o meu paciente?
Jo: É o Tiger. Ele vai morrer?
Alex: Ele não pode morrer!
Dr. Mark: Calma, deixe-me examiná-lo.
Alexander soltou o gato com muito custo. Kate explicou que haviam encontrado sangue na caixinha de areia, mas que o gatinho apresentava comportamento normal.
Dr. Mark: É uma infecção urinária, também chamada de cistite – ele apalpou o gatinho – por enquanto ele não tem pedras na bexiga, mas se não tratar pode ser que elas surjam.
Castle: O que temos que fazer?
Dr. Mark: Eu aplicarei uma injeção, como está no começo uma só deve bastar, mas se a infecção voltar vocês devem trazê-lo de novo.
Jo: Eu não quero que ele fure o meu gatinho! – Johanna começou a chorar.
Kate: Minha princesa, ele precisa fazer isso, senão o Tiger vai ficar doente.
Alex: É Jo, você não quer que ele fique bom?
A garotinha fez que sim.
Dr. Mark: Eu vou aplicar lá dentro.
Alex: Eu quero ver!
Jo: Eu também quero ver! – Johanna enxugou as lágrimas, mudando de opinião.
Dr. Mark olhou para Kate e Castle, que assentiram. O veterinário, então, preparou a injeção e aplicou. Os gêmeos ficaram atentos a cada detalhe.
Kate: Tem alguma forma de evitar isso?
Dr. Mark: Eu já ia mesmo conversar com vocês sobre. O ideal é que ele coma somente ração e beba bastante água. Ele come algo diferente?
Kate: Não, só ração.
Jo: Ele come bolo às vezes.
Kate olhou para a filha.
Alex: E danone.
Jo: E sorvete.
Alex: E cookies.
Castle: É, claramente acontecem coisas naquela casa das quais nós não temos conhecimento.
O veterinário não pôde deixar de rir. Chamou então as crianças para perto de si.
Dr. Mark: Vejam, vocês dois são os donos de Tiger, não são?
Os gêmeos fizeram que sim.
Dr. Mark: Então vocês têm que cuidar dele! O ideal é que ele só coma ração.
Jo: Mas ele gosta de doces!
Dr. Mark: Na verdade Tiger é muito novo ainda, praticamente tudo que vocês derem ele irá gostar e se acostumar a comer.
Alex: Então ele só pode comer ração?
Dr. Mark: Sim, e acredite, é o que ele mais gosta. E nós não queremos que ele fique doente de novo, não é?
As crianças fizeram que não.
Dr. Mark: Posso confiar que vocês cuidarão do Tiger?
Jo: Sim.
Alex: Nós vamos cuidar dele!
Detalhes acertados, a família voltou para casa com o gatinho, que trocava de colo entre Alexander e Johanna a cada 5 minutos.
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Kate: Que noite!
Castle: Que noite!
Kate: Coitadinho do Tiger...
Castle: Ele vai ficar bem. Você viu que lindo os dois cuidando dele?
Kate: É, eles são muito responsáveis. Tirando a história dos doces.
Castle: É...
As crianças já dormiam e agora o casal colocava os pijamas também.
Kate: Rick, eu estava te contando sobre a delegacia...
Castle: Amor, eu estou cansado... não pode ser amanhã?
Kate: Pode, pode sim.
Castle: Ok, então – Castle bocejou, e depois a beijou – Eu te amo, Kate.
Kate: Eu também te amo, Rick. Sempre.
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Na terça-feira, Kate trabalhou o dia todo. Mas quando preparava o jantar, seu telefone tocou.
Kate: Sim, capitã – Ela ouviu a explicação de Gates – mas... agora?
Gates: Beckett, eu sei que você trabalhou o dia todo, e sei também que prometi evitar ao máximo que você trabalhasse à noite, mas Karpowski teve um problema de saúde e precisou ser internada. O caso é difícil e... eu preciso que seja você.
Kate: Ok sir, eu vou.
Gates: Det. Levine pode passar em sua casa se você quiser.
Kate: Quem? – a voz de Kate saiu mais alta do que o normal.
Gates: Det. Levine, é o novo detetive que te falei, ele é o parceiro de Karpowski.
Kate: Sir, eu prefiro ir com meu carro.
Gates: Ok, detetive. Até logo. Ah, e não demore.
Kate desligou o telefone e respirou fundo. Se tinha um momento em que ela não deveria falar nada, o momento era esse. Gates queria que ela fosse rápida, e Kate sabia que a conversa com Castle seria delicada e demorada. Explicou então ao marido que precisaria trabalhar à noite para cobrir a colega, e que voltaria o quanto antes. Castle entendeu, e disse que a amava antes dela sair.
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Det. Levine: Então você será minha parceira hoje?
Kate: Estou atendendo a um pedido da minha capitã.
Os dois se cumprimentaram.
Det. Levine: É bom rever você, Kate. Você parece bem.
Kate: E estou. Exceto pelo fato de ter que vir à noite, eu realmente odeio isso.
Det. Levine: Por causa das crianças?
Kate: É.
Det. Levine: Eu vi a foto – ele apontou para a mesa dela – eles são lindos.
Kate: Obrigada.
Peter ia falar alguma coisa, mas foi interrompido por Kate, que iniciou os trabalhos. Ela não estava ali para conversas.
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Depois de um tempo...
Det. Levine: Uau, a fama realmente procede.
Kate: Como? – Kate levantou os olhos do relatório.
Det. Levine: Eu vi seu interrogatório. Você é realmente boa, Kate.
Kate: Você... poderia me chamar de Beckett? É que esse é meu ambiente de trabalho, todos me chamam assim aqui. – Kate tentou não parecer rude.
Det. Levine: Claro, det. Beckett.
Peter rodeava a mesa de Kate, quando finalmente se sentou na cadeira de Castle. Kate respirou fundo. Se ela dissesse a ele que saísse, ia parecer infantilidade. Ela odiava, porém, o que ele estava fazendo.
Kate: Por que você está aqui?
Det. Levine: Oi?
Kate parou de escrever o relatório e o encarou.
Kate: Por que você está em NY?
Det. Levine: Eu sou daqui, lembra?
Kate: Mas você tinha ido embora... por que voltou?
Det. Levine: Eu... bem, eu estava noivo, e ela me traiu. Terminamos o noivado.
Kate: Eu sinto muito.
Kate voltou a escrever o relatório.
Det. Levine: Eu resolvi que era hora de buscar novos ares. Ou velhos, no caso. Você nunca saiu daqui? Eu digo... depois da universidade.
Kate: Não.
Det. Levine: Eu soube da sua mãe. Eu sinto muito.
Kate: É, eu também.
Det. Levine: Eu me lembro de quando ela me defendia do seu pai. Ele me odiava!
Kate não conteve o riso.
Kate: Todos os pais odeiam os namorados das filhas.
Det. Levine: Não, aquilo era pessoal.
Kate: Acredite, não era. Ele nunca gostou de nenhum deles. Só de Castle.
Det. Levine: Você é feliz?
Kate: Mais do que um dia poderia imaginar.
Kate assinou o relatório, e algo chamou a atenção de Peter.
Det. Levine: Uau.
Kate: O que?
Det. Levine: Você assina o Castle – ele apontou a assinatura.
“Katherine H. Beckett Castle”.
Kate: Eu sou casada, lembra?
Det. Levine: É só que... é estranho vindo de você. Eu me lembro de você dizer que jamais assinaria o nome de um homem.
Kate: É, isso foi antes de eu me apaixonar.
Kate se levantou e começou a pegar as coisas dela.
Det. Levine: Se você tivesse aceitado aquele anel seria um “Levine” aí – ele sorriu provocativo.
Kate: O que te faz acreditar que estaríamos juntos?
Det. Levine: Você gostava de mim. Ou eu me iludi à toa?
Ele fez cara de ofendido e Kate riu.
Kate: Eu gostava, realmente gostava. Até você tentar me convencer a ir para Connecticut.
Det. Levine: Yale era uma boa universidade. Mas você sempre quis Stanford...
Kate: Não era para ser, Peter.
Det. Levine: Detetive Levine – ele provocou.
Kate: Sim, detetive.
Kate foi em direção ao elevador.
Det. Levine: Não é engraçado que entre todas as delegacias dessa cidade eu tenha caído justo na sua?
“Não”, Kate pensou, não tem nada de engraçado nisso.
Kate: Boa noite, detetive.
Det. Levine: Boa noite.
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No dia seguinte...
Kate dormiu até mais tarde, e quando acordou, Castle já mostrava a Gabriela fotos do pessoal da delegacia.
Castle: Você precisa falar com eles.
Gabriela: Eu ia te pedir exatamente isso!
Kate: Pedir a ele ou a mim? – Kate entrou no escritório – bom dia.
Castle: Bom dia, babe – os dois trocaram um beijo.
Gabriela: Bom dia, Kate.
Kate: Quase boa tarde, não é?
Castle: Kate teve que trabalhar à noite.
Kate: E terei que ir agora também, já recebi uma mensagem de Espo.
Gabriela: Então Kate, será que tem como eu falar com o pessoal da 12ª?
Kate: Claro, eles vão adorar. Amor, estou indo – Kate deu mais um beijo em Castle, se despediu de Gabriela e saiu.
Castle: Ah amor, pegue meu carro, o seu precisa ir para a revisão!
Castle ainda gritou, mas Kate já tinha saído.
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No meio da tarde...
Ryan: Olha só quem lembrou dos amigos!
Castle: Confessem, vocês morrem de saudade de mim.
Espo: E das cervejas que você paga.
Castle cumprimentou os dois.
Castle: Cadê a senhora minha esposa?
Espo: E você ainda acreditou que ele veio pela gente – Espo olhou para Ryan, e os dois ficaram enciumados.
Castle: Quanto drama, meu Deus! Eu vim pegar o carro dela para a revisão, eu disse para ela vir com o meu, mas acho que ela não ouviu. Ei, vocês também podiam aparecer em casa de vez em quando.
Ryan: Não dá tempo, eu tenho dois empregos.
Espo: Eu vou precisar de cinco agora.
Castle: Exagerado! Parabéns, papai.
Espo: Obrigado – Espo abriu um sorriso.
Castle: Daqui uns dias trarei minha biógrafa para vocês conhecerem, mas olha, cuidado, ela é um perigo. – Castle sussurrou – é brasileira, uma ex minha. Muito gostosa – Castle ganhou olhares dos amigos – Porém, eu sou um homem sério e nossa relação é somente profissional.
Ryan: E Kate deixou ela andar com você pra cima e pra baixo?
Castle: Ela ficou um pouco enciumada no começo, mas agora as coisas estão melhorando.
Espo: Claro que estão, ela nem pode reclamar, não é?
Ryan: Isso explica porque você não enlouqueceu.
Espo: Cara, eu achei que você não ia aceitar.
Castle: Aceitar o que? Do que vocês estão falando?
Espo: Det. Levine, o novo detetive.
Castle: Ah, o novo detetive...
Ryan: E ex de Kate.
Castle: Ex...
Espo e Ryan trocaram um olhar, Castle parecia surpreso.
Ryan: Ela te disse, não disse?
Castle: Cla... claro. Kate sempre me conta tudo. Eu só fiquei confuso porque ela mencionou o nome dele, que é...
Espo: Peter. O nome dele é Peter. Cara, se um ex namorado de Lanie viesse trabalhar com ela, eu não ia gostar nem um pouco.
Ryan: Deixa de ser bobo, Javi. Uma coisa que aconteceu há tantos anos não pode atrapalhar o presente.
Espo: Você gostaria que um ex de Jenny esbarrasse com ela toda hora?
Castle: Toda hora?
Ryan: Ah, não, o detetive trabalha à noite, Kate mal o vê. – Ryan voltou-se para Espo – E respondendo, não, eu não me importaria, porque eu sei que ela me ama.
Espo: Você fala isso porque não está vivendo a situação...
Enquanto Espo e Ryan conversavam, Castle estava absorto em seus pensamentos. Peter, ex de Kate, o mesmo da caixinha de lembranças, do diário, do anel, o primeiro... Castle deu um passo para trás, se afastando da mesa dela.
Espo: Mesmo assim, se fosse comigo, Lanie teria que dar um jeito.
Ryan: Teria? Qual é Javi, todo mundo sabe que Lanie manda em você.
Castle: Você disse que ele trabalha à noite? – Castle interrompeu a conversa, olhando para Ryan, e pensando na noite anterior.
Ryan: Sim, ele é parceiro da Karpowski.
Espo: Você parece bem surpreso, Castle.
Castle: Não, é que... Kate voltou só há dois dias, e tanta coisa aconteceu, nós não tivemos muito tempo de conversar...
Espo: É, mas ela sabe do cara desde semana passada, quando eles se encontraram no necrotério.
Ryan deu um beliscão em Espo, mas já era tarde demais.
Castle: Eu... tenho que ir.
Castle foi saindo apressadamente.
Ryan: Ei, você não ia trocar o carro?
Mas Castle não respondeu. Já tinha saído dali.
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