O que realmente é escrita por Dhoutor


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Olá célebres otakus e grandes fãs de fic's, venho humildemente lhes trazer mais um trabalho para que desfrutem...
Como meu acesso a rede está cada vez mais difícil então resolvi postar um de meus antigos trabalhos, um tanto quanto clichê mas espero que gostem...
Ah sim, é mais um do meu casal favorito, me desculpem por isso, mas espero vir logo com mais variedades...
Aproveitem a leitura ^^



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Ela não sabe, ou pelo menos acho que ela não sabe aquilo que se passa aqui comigo... sempre, tudo causado por ela. Meu rosto sempre fechado serve para manter uma calma artificial perto dela e para que todos vejam, ou pelo menos não percebam o que se passa aqui, assim ninguém fica sabendo o que acontece... e assim ninguém me incomoda. Mas não é que eu não queira que ninguém me incomode, pois espero uma exceção, espero que ela venha, que ela se aproxime, apenas ela, e com seu jeito inocente descubra que a fachada que carrego no semblante é apenas para afugentar aqueles que se aproximam de mim, mas parece que que isto não ocorre tão facilmente como esperava.

Minha expressão não apresenta brechas, uma parede tão bem construída que não possui ponto fraco, e assim torna imperceptível o que realmente ocorre, o que realmente sinto. Um bloqueio que impede que ela e todos a minha volta percebam que meus pensamentos se voltam todos para ela, que meu poder vem da vontade de protegê-la, que minha preocupação é toda por motivada pela duvida se ela está bem, que meu sorriso que poucas vezes deixo escapar é motivado por ela, que o temor de perdê-la é o maior que já senti, e por ela até mesmo a morte posso superar.

Não sei quando isso começou a se passar comigo, acredito que tenha sido naquele dia em que a vi pela primeira vez, e apesar do que geralmente ocorre, aquele dia não foi tão agradável assim para ser recordado com certa frequência. Levando isto em conta pode até parecer que tudo começou por pena, pena de vê-la fragilizada naquele difícil momento, mas não foi, era algo mais profundo, mas não que realmente importe como começou, afinal, estamos aqui, tempos depois e esse sentimento por ela fica cada vez mais pesado para eu carregar por trás desta máscara.

Pensamentos assim me assolam todos os dias, e pensando nisso nem percebi o tempo passar, o sinal de término da ultima aula soa indicando a hora de ir embora, antes que alguém me pare para conversar pego minha bolsa e saio da sala a longos passos. Já no pátio percebo que o céu está nublado e ameaça chover a qualquer instante. Próximo ao portão minha percepção se atém um pouco e sinto que minha bolsa está mais leve que o normal, ao abri-la vejo que está faltando alguns livros, provavelmente acabei esquecendo-os sobre a mesa, neste tempo em que fiquei parado os demais alunos passaram por mim e seguiram para suas casas antes que a inevitável chuva caia sobre eles, percebendo isto volto sem pressa à sala, sabendo que esta estaria vazia não precisaria me incomodar com possíveis perturbações alheias. Cruzo corredores vazios rumo minha sala, o silencio toma conta do ambiente, me aproximo da porta mas antes de abri-la ouço barulhos vindos lá de dentro, não tenho duvidas, há alguém ali, mas de qualquer forma preciso pegar meus livro, fecho meu semblante como sempre e abro a porta. Meus olhos vagam por alguns segundos antes de se fixarem em um ponto, me surpreendo por vê-la ali, por ser justamente ela. Ela estava concentrada em algo que estava no chão até que percebeu minha presença.

- Ah, Kurasaki-kun...

- O que houve Inoue?

- Minha bolsa enroscou em umas das mesas quando eu estava saindo e quando tentei tirar acabei derrubando meus livros no chão...

Ela falava tudo com um sorriso infantil no rosto, seu jeito como sempre fazia situações que normalmente seriam irritantes parecem divertidas é incrível, o que somado a sua personalidade apenas me faz me derreter mais por essa mulher...

- Quer ajuda? Tem muita coisa pra recolher e daqui a pouco irá chover.

- Ah... bem, é que... eu não quero te incomodar Kurosaki-kun...

- Me incomoda é ver você fazer isso sozinha.

Adentro a sala e rumo próximo onde ela se encontra, me abaixo e começo a recolher seus pertences junto com ela, mais uma vez o silencio domina. Enquanto recolha as suas folhas de anotações vejo de relance meu nome gravado em uma delas...

- Inoue?

- Sim Kurosaki-kun?

- Quando foi a ultima vez que fizemos um trabalho escolar juntos?

Ao ouvir esta pergunta ela se vira rapidamente para mim e percebe a sua folha de anotações com meu nome gravado em minha mão, no mesmo instante ela se aproxima tentando pegar a folha, porém eu não à entregaria antes que ela me explicasse a situação, afinal, eu tinha uma breve esperança no fundo do que aquilo poderia significar. Com o semblante um pouco assustado ela tenta pegar a folha da minha mão, mas como ambos estamos abaixados sua mobilidade se encontra reduzida, ergo meu braço a fim de dificultar sua ação...

- Você não pode ver isso Kurosaki-kun!

Ela fazia um enorme esforço para alcançar a folha enquanto eu igualmente me esforçava para mantê-la longe de seu alcance. Em um momento e com a ajuda de um esforço extra ela me supera e consegue pegar a folha, nisto percebemos a situação em que nos encontramos, eu me encontro sentado no chão extremamente curvado para trás enquanto ela está sobre minhas pernas e com o corpo extremamente colado ao meu me forçando cada vez mais pra baixo. Ao perceber isto minhas forças vacilam e desabo ao chão com ela sobre mim fazendo com que nossos rostos fiquem perigosamente próximos.

Neste momento meu semblante falso se desfaz completamente e é substituído por um que apresenta um misto de surpresa, espanto e vergonha. Nossos olhos se cruzam e por um momento me permito me perder naquela vastidão castanha com que eu sonhava quase que obrigatoriamente todas as noites. Quando me desfaço do breve transe percebo que ela encara meus olhos muito profundamente também, seu rosto extremamente corado e seus lábios brilhavam como rubis sob o sol. Percebo meu rosto esquentar, provavelmente estou tão ou mais corado que ela...

- Kurosaki-kun...

- Inoue...

Nossa respiração fica pesada, nossos rostos se aproximam ao ponto de nossos lábios ficarem a milímetros de se encontrarem, nossos olhos mantem contato constante enquanto se aproximam, jamais imaginei que esta situação acabaria assim, quando finalmente acho que o inevitável aconteceria escutamos batidas na janela fazendo com que nossa atenção voltasse ao mundo ao redor de nós, juntos olhamos para a janela, a chuva que antes ameaçava cair agora desaba pesadamente encontrando-se com os vidros. Voltamos nossa atenção novamente um ao outro, após alguns segundos assimilando a situação ela finalmente compreende o que está acontecendo, nisto seu rosto cora ao máximo possível e ela busca se levantar o mais rápido possível.

- M-me desculpe Kurosaki-kun!!!

- A-a culpa também foi minha Inoue...

Ficamos sentados, um de costas para o outro, acredito que ela esteja tão envergonhada quanto eu...

- Acho que... deveríamos terminar de juntar isso e ir embora...

- Ok...

Voltamos a recolher seus pertences no mais absoluto silencio e evitando ao máximo o contato visual. Quando finalmente terminamos me levanto e estendo a mão para ajuda-la a se levantar também, mesmo em pé ela se mantém olhando para o chão a fim de evitar o contato visual, percebo que seu rosto continua corado, não tanto quanto antes, mas bem perceptível ainda...

- Acho que deveríamos ir agora...

- Sim, mas não antes de você me explicar o que tem de tão importante nesta folha.

Neste momento ela percebe que a folha pela qual disputávamos momentos atrás ainda está comigo, sua boca se entreabre mas nenhum som é produzido, ela mais uma vez olha para o chão, acho que pensava no que dizer, e, apesar de parecer calmo, por dentro eu estava desmoronando de nervosismo, não encontrava palavras para dizer em seguida, apenas à observava enquanto esperava que ela falasse algo. Percebo ela inspirar profundamente e levantando a cabeça me olhando diretamente...

- K-Kurosaki-kun... i-isso é algo que fiz para você... por favor... leia...

Não encontrei palavras para responder, apenas pude fazer o que ela pediu e me coloquei a ler o conteúdo daquela folha... Ao final, apenas encarei o chão...

- Inoue... isso... isso é verdade???

- Sim...

Apesar do aparente nervosismo sua voz soou firme e com grande convicção... Eu não sabia o que dizer no momento, não conseguia encontrar uma linha de raciocínio para lidar com a situação. Sem saber o que fazer levanto meu olhar e mais uma vez encaro aquelas duas pérolas castanhas...

- Inoue... eu...

Neste momento vejo seus olhos marejarem e num único impulso ela se vira e sai correndo, após alguns segundos assimilando a situação compreendo minimamente o que aconteceu e me coloco a segui-la.

- Espere, Inoue...

Cruzo os corredores seguindo-a, ao longe a vejo passar a porta da frente rumo ao pátio, neste momento uso toda a força que tenho e corro o mais rápido que posso, não poderia deixar a situação assim e nem poderia perder essa oportunidade. No meio do pátio finalmente a alcanço e a seguro pelo braço impedindo que ela continue. Ela tenta se soltar mas não permito que ela consiga, vendo que não conseguiria se soltar ela apenas abaixa os braços e se põe a chorar...

- Eu sou uma idiota... por deixar você saber disso dessa maneira Kurosaki-kun. Você deve me achar uma estupida por causa disso... por favor... esqueça o que aconteceu e...

A interrompo puxando-a para perto de mim, envolvendo-a com meus braços e afundando seu rosto em meu peito...

- Não diga isso... aquilo me pegou de surpresa... nunca pensei que alguém fosse fazer isso por mim... e também... nunca pensei que também sentia isso por mim...

Levantando seu rosto molhado pelas lagrimas e pela chuva mais uma vez ela me encara com uma expressão de surpresa...

- Também???

- É... bem... me deixe fazer isso da forma certa...

- O que você quer dizer com isso Kurosaki-kun???

- Bom, eu te amo I... ou melhor, eu te amo Orihime...

Foram poucas às vezes, tão poucas que posso contar nos dedos quantas vezes à chamei pelo primeiro nome. Sob a chuva, naquele pátio vazio, apenas eu, ela e um só sentimento. Sua expressão era a de quem não acreditava no que acabara de ouvir, vendo isso fiz a única coisa que consegui pensar para confirmar o que sentia e num único movimento rompi a distancia que separava nossos lábios, selando-os num beijo muito esperado por mim e acredito também que por ela. Apesar da inexperiência, deixei meus instintos me guiarem e aprofundei o beijo entrelaçando nossas línguas enquanto ela me acompanhava num ritmo único, só nosso, a chuva nos molhava, mas eu nada sentia, nada além daquela maravilhosa sensação inexplicável proporcionada por nossos lábios. Suas mãos se afundavam em meus cabelos, puxando minha nuca, me forçando a aprofundar o máximo aquele momento, meus braços envoltos em sua cintura buscam cada vez mais unir nossos corpos, quase ao ponto de nos tornarmos um só. Assim seguimos até que o oxigênio em nossos pulmões acabe, com isso, nos separamos contra nossa vontade, ofegantes e cada um com um sorriso no rosto...

- Eu acho que... também preciso... fazer isso da forma certa...

- Como... assim..??

- Eu também... te amo muito... Ichigo...

Após tudo isso acho que se se eu morresse agora eu morreria feliz, mas isso não pode acontecer, ainda temos muito o que aproveitar, e também, quero ouvir meu primeiro nome sendo dito por ela mais vezes...


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado.
Críticas, parabenizações, sugestões, ideias, pedidos, estou sujeito a todas.
Sei que a qualidade não é das melhores e o enredo é meio batido, mas eu precisa postar, sempre quis uma história assim em meu portfólio.
Em breve com mais fic's
(Ps: dedicarei uma fic exclusivamente para a declaração que a Orihime escreveu para o Ichigo mencionada nessa fic, aguardem).
Ja matane :3