Impossible escrita por Tamy Black


Capítulo 5
CAPÍTULO IV;




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CAPÍTULO QUATRO:

UMA CHANCE


No capítulo anterior:

 

Nathaniel abraçou o pai novamente e Edward o encheu de beijos. Eu nunca o impediria de conhecer o filho, sei que tive motivos errados para esconder, mas eu acho que o tempo iria fazer com que os dois tivessem um relacionamento pai-e-filho normal como qualquer outro. 

 

***

 

Bella POV.


Eu podia me acostumar com o Edward de volta em minha vida. Quer dizer, não totalmente de volta, mas como ele é o pai do meu filho, ele obviamente estaria presente em todos os momentos possíveis e impossíveis.

 

Parecia que eu nunca tinha escondido nada de Edward; Nate e ele se tornaram os melhores amigos desde o dia que falamos a verdade ao pequeno. Edward já estava ajeitando tudo para mudar o registro de nascimento dele, mas quando eu disse que o Nathaniel já tinha o sobrenome Cullen desde que nasceu e o nome do pai constava no registro, ele se aquietou e sorriu.

 

Edward vivia em meu apartamento assim como o Nate ficava horas na mansão Cullen. Eu aproveitei essa empolgação paterna para cuidar do meu pai, ele já estava bem melhor e já tinha saído da UTI, estava no quarto e se tudo der certo em poucos dias ele estará de volta em casa.

 

Eu já estava trabalhando num jornal em Port Angeles como colunista, devido ao meu currículo é claro, e Nate ficava com o pai enquanto eu trabalhava.

 

(...)

 

Mais um dia corrido no jornal, fui diretamente pra casa. Alice tinha me dito que estava com o Nate e o traria de volta pra mim depois, Edward não estava com nosso filho porque tinha que dar atenção à noiva, é claro que tal Emily não devia estar satisfeita com essa descoberta, mas eu não estava me importando.

 

Entrei no apartamento e joguei minhas coisas no sofá, fui até meu quarto e tirei os sapatos. Estava louca pra tomar um banho, entrei no banheiro e me despi. Fui para dentro do Box e liguei o chuveiro, deixei a água morna escorrer por meu corpo, relaxando-me por completo.

 

Edward POV.

 

Eu já estava inteiramente por dentro da vida do meu filho. Nathaniel era um garoto adorável, esperto e muito inteligente. Ele era muito parecido comigo, tanto fisicamente como sua personalidade e era isso que me deixava mais fissurado nele. Eu já o amava muito, muito mesmo.

 

Bella já estava trabalhando e eu gostava disso porque enquanto ela trabalhava, eu ficava com o Nate. Eu e ela ainda tínhamos que conversar sobre a minha participação financeira na vida dele, mas tudo ainda era muito novo pra mim, e ainda não tínhamos tido tempo para conversar, já que ela também aproveitava a oportunidade do nosso filho estar comigo para cuidar do pai dela, nada mais justo.

 

Emily não aceitou muito bem essa história de filho, mas eu não podia fazer nada. Nate era meu filho e eu tinha responsabilidades para com ele.

 

Flashback.

 

- Você me deixa sozinha aqui nessa cidade, Edward. – ela reclamava, estávamos nos arrumando para dormir.

- Você não está sozinha, amor, tem a minha mãe, minha irmã...

- Como se alguma delas gostasse de mim. – ela me interrompeu e revirou os olhos – Sua irmã gêmea não foi com a minha cara desde que me viu e sua mãe é totalmente superficial comigo, sem contar que ela nunca está em casa.

- Eu sei que a Alice é um tanto complicada, mas a minha mãe gosta de você, ela só é ocupada com o trabalho de restaurações dela... – eu disse, tentando acalmá-la.

- Eu sei, querido. – suspirou – O problema é que só saímos com seu filho e não fazemos mais nada juntos e sozinhos. – cruzou os braços.

- Perdão, meu amor, estou em falta com você. – eu estava mesmo – Mas é que o Nate é tão... Incrível! E é meu filho! – ri, bobo – Façamos assim: amanhã faremos um programa só nosso, ok?

- Ok. – ela sorriu e me beijara.

 

Fim do flashback.

 

E aqui estava eu, depois do nosso programa romântico, deixei Emily em casa e corri para o apartamento da Bella. Tinha prometido ao Nate que iria ver o jogo de futebol do Arsenal com ele.

 

Estacionei o carro na garagem do prédio e subi, o porteiro já me conhecia. Cheguei ao seu andar e fui andando até a sua porta, apertei a campainha. Ouvi Bella gritar um “já vai!” e esperei.

Alguns segundos depois a porta se abrira e quase estaquei com a mulher a minha frente.

 

Bella POV.

 

Tomei um banho relaxado e desliguei a torneira do chuveiro por fim. Peguei minha toalha e comecei a me enxugar. A campainha tocara para me assustar.

 

- JÁ VAI! – gritei.

 

Devia ser a Alice com o Nate. Enrolei-me na toalha e saí do banheiro descalça, molhando toda a casa. Droga! Abri a porta e dei de cara com ninguém menos que Edward Cullen. Merda...

 

Eu acho que fiquei somente os ossos, porque o pai do meu filho me deu uma secada dos pés à cabeça. Ele estava praticamente me comendo com os olhos, mas é claro que era só porque eu estava somente de toalha.

 

- O que faz aqui? – perguntei, quebrando o silêncio.

- Ah... Qu-que? – ele balbuciou, tive vontade de rir, mas segurei – Eu vim ver o meu filho, é claro. – ele disse passando a mão direita pelos cabelos desalinhados.

- Acontece que o Nate está com a sua irmã. – eu disse calma – Mas você pode entrar e esperar, ele deve estar chegando. – e dei espaço para ele passar.

- Claro. – respondeu-me e entrara.

 

Eu fechei a porta assim que ele passou, eu e Edward sozinhos era meio que perigoso, ainda comigo nesses trajes, era melhor eu me trocar.

 

- Você pode ficar a vontade, eu vou me vestir. – eu disse a ele.

 

Virei-me para ir até o meu quarto, mas Edward pegou-me pelo braço, fazendo-me virar para ele novamente.

 

Lost Without You – Robin Thicke

(n/a: escutem porque vai dar todo o clima sexy)

 

- Não vá ainda. – sussurrou – Eu preciso falar com você.

- E não pode esperar eu me vestir? – perguntei calmamente.

- Felizmente não. – ele sorriu torto e me puxou para si.

 

Meu corpo bateu contra o seu e eu ofeguei. Mas o que diabos que estava acontecendo ali?

 

- Edward. – chamei seu nome, repreendendo-o.

 

Encaramo-nos intensamente. Parecia que seus orbes verdes faiscavam, e eu conhecia aquelas faíscas muito bem. Era desejo.

 

Edward POV.

 

Eu não conseguia crer no que estava vendo. Isabella Swan teve a audácia de vir atender a porta apenas enrolada numa toalha. Seus cabelos molhados caindo pelas costas, gotículas de água ainda escorriam por seu pescoço e por um momento eu me distraí com o trajeto delas... Aquilo era uma perdição!

 

- O que faz aqui? – Bella me indagou.

- Ah... Qu-que? – balbuciei, saindo de meus devaneios – Eu vim ver o meu filho, é claro. – disse passando a mão direita pelos meus cabelos, nervoso.

- Acontece que o Nate está com a sua irmã. – ela disse calma – Mas você pode entrar e esperar, ele deve estar chegando. – e me deu espaço para passar.

- Claro. – respondi e entrei.

 

Ela fechara a porta assim que passei. Bella veio até mim e nos encaramos brevemente. Minha mão estava coçando para tirar aquela toalha. Oh meu Deus!

 

Alguém. Me. Segure.

 

- Você pode ficar a vontade, eu vou me vestir. – ela disse.

 

Bella se virou para ir até seu quarto, mas eu não sei por que, não me pergunte, segurei-a pelo braço e a fiz virar para mim de novo.

 

- Não vá ainda. – sussurrei – Preciso falar com você. – mentira descarada.

- E não pode esperar eu me vestir? – ela me perguntou calmamente.

- Felizmente, não. – sorri torto e a puxei para mim.

 

Seu corpo bateu contra o meu devido o movimento brusco, ouvi-a ofegar, era um sinal de que eu ainda mexia e muito com ela.

 

- Edward. – Bella disse o meu nome em tom de repreensão.

 

Eu a encarei intensamente. Bella sentia o meu olhar quente sob ela; conhecia-me perfeitamente bem. Eu a desejava e muito. Meu sentimento por Bella nunca morreu, continuava vivo em meu peito e desde que eu a revi, ela não saía de meus pensamentos. Eu sei que estava noivo de outra, mas isso era facilmente resolvível.

 

- Shh... – pedi silêncio – Não fala nada, apenas sinta.

 

Ela não disse mais nada, apenas me encarava aturdida. Então, sem esperar, beijei-a. Encostar meus lábios nos seus depois de seis anos sem saber o que era aquilo, era como se tudo tivesse de volta ao seu devido lugar.

 

Nossas bocas conectadas como há muito não eram, nossas línguas se encontram e ávidas exploravam a boca um do outro. Às mãos de Bella foram parar ao redor do meu pescoço e já se encontravam em meus cabelos, bagunçando-os mais do que já eram bagunçados. E as minhas estavam em suas costas, passeando por cima daquela toalha, ela era a culpada de tudo aquilo.

 

Bella já estava nas pontas dos pés e ainda nos beijávamos com tanta fúria, fome, saudade, amor, paixão... Então eu poupei seu trabalho e a peguei pela bunda, erguendo-a, ela – nada esperta – entrelaçou suas pernas em minha cintura.

 

Eu não iria ficar beijando-a no meio do corredor, então andei com Bella em meu colo até seu quarto. Coloquei-a em cima da cama e fiquei por cima dela. Minhas mãos nada safadas desfizeram o pequeno nó que ela fez para segurar a toalha. E eu tive a mais perfeita visão do seu corpo nu. A gravidez só fez bem a ela, deixara Bella com a cintura definida e os quadris perfeitos, seus continuavam na medida perfeita. Ela continuava linda...

 

Voltei a beijá-la com paixão e a mesma puxava minha camisa, eu a tirei, para ajudar. Meu amigo já estava pra lá de animado.

 

Bella POV.

 

Eu estava completamente entregue aquele homem. Meu Deus do Céu! Eu sabia que iria me arrepender amargamente daquilo depois, mas no momento eu não tinha condições de raciocinar. As mãos de Edward pelo meu corpo, meu deixando cada vez mais inebriada por ele, seus beijos quentes que me deixavam mais excitada a cada momento...

 

Ele tirou minha toalha rapidamente, ali estava tudo fácil pra ele. Então, resolvi tirar sua camisa e ele me ajudara nisso, jogou-a em qualquer canto. Minhas mãos foram parar em sua calça, eu já estava abrindo-a e o zíper também, mas a campainha soou ao longe. Congelei.

 

O que eu estava fazendo?

 

Edward continuava a beijar meu pescoço e eu a suspirar, mas a consciência voltara agora. Empurrei-o com toda a força de cima de mim e voltei a me enrolar com a toalha. Meu Deus, o que eu estava fazendo? Edward tinha ido ao chão e olhava aturdido e com um volume imenso transparecendo em sua calça.

 

- Você fica aí. – sibilei e peguei meu robe que estava em cima da cama e vesti.

 

Saí do quarto visivelmente abalada e fui atender a porta. Era Alice e o meu filho.

 

- Mamãe! – Nate se jogara em meus braços.

- Alice, eu diria pra você entrar, mas não vou dizer. – disse assim que soltei o Nate.

- O que foi? – ela me indagou.

- Edward está aqui e depois eu te conto. – sibilei.

 

Ela me avaliou por dois segundos e um sorriso malicioso abriu-se em seus lábios.

 

- Não se anime, não aconteceu nada. – suspirei.

- Mamãe! O papai está aqui e você nem me disse! – Nate disse vindo com o Edward ao seu encalço.

- Desculpe, anjo, estava falando com a sua tia. – respondi a ele, sem encarar o Edward.

 

Alice entendeu o recado e foi logo embora.

 

- Eu vou até o meu quarto. – disse a eles, assim que fechei a porta.

 

Eu praticamente corri até meu quarto e me vesti, pus minha lingerie branca, uma calça de moletom preta e uma blusa regata branca. Voltei a sala e Nate e Edward estavam vendo TV. Decidi ficar em meu quarto, liguei a televisão, mas meus pensamentos estavam no ocorrido de outrora.

 

As lembranças ainda eram muito nítidas em minha mente, se Alice não tivesse chegado com o Nate, eu poderia me arrepender amargamente depois.

 

Edward POV.

 

A campainha tinha que tocar e acabar com todo o clima. Era Alice e o meu filho, consegui me recuperar com muito custo e resolvi curtir o meu filho, Bella se recolheu em seu quarto.

 

Depois do jogo de futebol, Nate reclamou de sono e eu o levei no colo até seu quarto. Fiquei até o mesmo pegar no sono, beijei sua testa e desliguei a luz. Fui para o quarto de Bella, a mesma estava sentada em sua cama, a televisão ligada e ela com o olhar vago, perdida em pensamentos.

 

- Bella? – a chamei.

 

Ela piscara algumas vezes e me encarara, séria.

 

- Sim?

- Nate já dormiu, então eu já vou indo. – disse a ela.

- Espere um instante, precisamos conversar. – ela disse, seu tom de voz sério demais.

- Diga.

- Olha, − suspirou pesadamente – aquilo que aconteceu mais cedo foi... Foi um deslize, isso não vai acontecer mais, entendeu? Você tem uma noiva e nós temos um filho, é só o Nate que nos liga, nada mais, ok? – ela me encarava intensamente.

- Bella... – sibilei seu nome – Eu sei que aconteceram muitas coisas entre nós no passado e nós terminamos de um modo estranho, mas o que eu sentia por você nunca acabou. – ela arregalara os olhos – Nunca esqueci.

- Edward! – exaltou-se – Você. Vai. Se. Casar. – disse como se eu fosse um retardado – Não me fale de amor, pelo amor de Deus! – ela estava quase gritando – Os anos se passaram e tudo aconteceu, temos o Nathaniel, mas isso não significa que eu vá...

 

Eu não estava agüentando mais, então a calei com um beijo avassalador, que fora correspondido à altura. Ficamos presos aquele momento só nosso, pouco me importava se eu tinha uma noiva a minha espera na casa dos meus pais, pois bastava uma palavra, uma palavra apenas e eu terminava tudo com a Emily e construiria uma família com a mãe do meu filho, aquela que eu nunca deixei de amar.

 

Beijamo-nos até ficarmos sem fôlego, depositei um longo selinho em seus lábios e disse:

 

- Eu te amo, Isabella Swan. – falei entre seus lábios – Sei que é inapropriado e inesperado, mas eu ainda amo você.

 

Bella não disse nada, encarava-me como se tivesse recebido um soco na cara ou algo parecido.

 

- Dê-nos uma chance, só uma. – beijei-a novamente – Eu volto amanhã.

 

Emily POV.

 

Edward estava estranho. Muito estranho...

 

Mas para início de conversa, eu conheci Edward assim que começamos o curso de medicina em Harvard. Pra mim, foi amor à primeira vista. Aqueles olhos verdes me ganharam assim que pus os meus olhos azuis nos dele. Ele sempre foi muito charmoso, ele é muito bonito e muito bom de cama, mas para conquistá-lo eu levei um bom tempo.

 

Porque assim que nos conhecemos, ele era um tanto fechado. Foi óbvio que teve uma ilusão amorosa. Eu me perguntava quem era a louca que tinha deixado aquele pedaço de mau caminho assim, livre e solto? Só devia ser uma tonta. Mas com o meu incrível charme, jogo de cintura, consegui conquistá-lo há dois anos antes de nos formarmos.

 

Edward sempre foi um cavalheiro comigo, mas sempre o senti distante. O sexo era perfeito, ele sempre me satisfazia e isso era recíproco. Eu pensei que assim que nos formássemos, ele iria me dar um pé na bunda, mas fui surpreendida por um pedido de casamento. É claro que eu pus aquela idéia nele, ele era incrivelmente manipulável.

 

E antes de nos casarmos em Boston, ele sugeriu que eu conhecesse sua família, eu achei ótimo, já que ele conhecia toda a minha. E assim que pusemos os pés no fim de mundo chamado Forks, uma cidadezinha medíocre no estado de Washington, conheci o Sr. Carlisle Cullen e a Sra. Esme Cullen. Super simpáticos e educados, todos os dois, mas a senhora Cullen me avaliava, óbvio que ela faria isso. Conheci também a irmã gêmea de Edward, Alice Hale, a garota só era parecida com o Edward nos olhos e o sorriso, de restante era totalmente diferente do meu Cullen. Ela tinha o sobrenome diferente, pois tinha acabado de se casar.

 

De cara nós não nos demos bem. Ela me olhava como se soubesse muito bem quem eu era e como tinha conseguido o irmão dela, e também me olhava como se soubesse que eu não duraria nada com o seu irmão. Mas não seria a irmã gêmea dele que me faria desistir, não depois de todo o trabalho que eu tive.

 

Mas nem tudo é perfeito. No almoço que a minha sogra organizara para prestigiar a chegada de seu filho, conheci a mulher que o fez se iludir. Seu nome era Isabella Swan, uma mulher com cara de sonsa, mas eu sei que aquilo não era nada boba. E de quebra ainda tinha um filho que era a mesma coisa que olhar para o Edward. Era mais que óbvio que aquele garotinho era filho do Edward.

 

Só que o meu amor não sabia. E aquilo foi o fim da picada pra mim. Eu agüentei tudo calada, é claro. Mas Edward não tinha mais tempo pra mim, vivia enfiado no apartamento da mãe do filho dele ou quando não, o garoto estava aqui, na mansão Cullen. Isso já estava me dando nos nervos. Como quem não queria nada, eu indaguei a minha sogra e a mesma me contou toda a história de Edward e Bella, como ela era chamada por aqui.

 

Eu decidi que iria por um fim naquilo e iria ser logo. Passamos o dia juntos, finalmente, sozinhos, mas Edward disse que tinha prometido ao garoto que iria ver um jogo de futebol na casa do mesmo. Esperei que ele chegasse e assim que Edward pusera os pés em nosso quarto, ele estava estranho... Muito estranho.

 

- Você está bem, Ed? – indaguei-o.

- O que? – ele me olhou, aturdido.

 

Tinha acontecido alguma coisa.

 

Ele estava distraidíssimo. 

 

- Você está estranho... – disse – Aconteceu alguma coisa?

- Er... – ele coçou a cabeça – Não, nada. – sorriu amarelo.

 

Aí tem.

 

- Só estou cansado, Nate me cansa. – me deu um beijo na testa e foi para o seu closet.

 

Saiu de lá instantes depois com uma calça de moletom e sem camisa, deitou na cama e se cobriu, depois virou para o lado. Estava mais do que claro que tinha acontecido alguma coisa na casa da mosca morta. Eu não iria dá-lo de bandeja de volta para aquela mulher, ela podia ter um filho dele, mas não... Não ficaria com ele, ou eu não me chamo Emily Aimeé Adams.

 

(...)

 

O dia amanhecera e assim que acordei Edward já não estava mais em casa, Esme disse que ele tinha pegado o Nathaniel cedo e ambos tinham ido a um clube e que ele não me chamara porque eu estava dormindo muito pesadamente. Era a minha oportunidade de fazer o que tinha planejado.

 

Tomei um café da manhã com calma e depois saí com um dos carros de Edward. Eu conhecia o caminho para o condomínio da Swan. Então estava tudo tranqüilo...

 

Bella POV.

 

Eu não consegui pregar o olho um minuto que só durante a noite. A declaração de Edward estava muito fresca em minha mente e eu cada vez mais confusa. Meu coração estava em festa por saber que ele ainda me amava, é claro que eu amava Edward. O sentimento nunca mudou, sempre esteve quieto em meu peito e eu sempre o camuflando, e desde que Nate nascera eu meio que transferi todo o amor para ele. Pois sabia que Edward e eu nunca ficaríamos juntos.

 

É completamente impossível, ainda mais agora. Minha mente trabalhava nisso, a razão estava imperando no momento, por mais que o meu coração gritasse dizendo que ele me amava, a minha consciência dizia que ele tinha uma noiva, e coração rebatia dizendo que ele não a amava.

 

O dia amanhecera e Nate logo já estava de pé, eu o estava arrumando para ir ao clube com o pai dele que chegaria dentro de instantes.

 

- Mamãe, por que você não vai com a gente? – o meu bebê me indagava.

- Porque a mamãe está cansada, amor... Ela não dormiu direito. – sorri doce – Vá você com o seu papai, sei que vocês vão se divertir.

 

O interfone tocara, era o porteiro avisando que o senhor Cullen já esperava o filho. Desci de elevador com o Nate, apesar de que eu não queria vê-lo, não ainda. Vi-o encostado no balcão de entrada do prédio e conversava animadamente com o Sr. George, o porteiro. Ele parou no instante em que Nate correra para os seus braços.

 

- Ei, campeão vai sentando no carro que eu vou falar com a sua mãe um instante. – ele disse ao nosso filho.

 

Nathaniel o obedecia tão facilmente, era incrível. Depois que ele foi, Edward me encarou.

 

- Quando eu voltar com ele, podemos conversar? – me indagou.

- Podemos. – disse, incerta.

- Ótimo. – sorriu largamente e me deu um beijo na bochecha.

 

Fiquei vendo-o correr até o carro e depois os dois partiram. Voltei ao meu apartamento e tomei um banho morno. Vesti-me e fui comer alguma coisa, depois arrumei a cozinha e voltei pra sala. A campainha tocara, levantei-me e abri a porta, não era ninguém menos que Emily Adams, a noiva de Edward.

 

- Olá Isabella. – ela disse com um sorriso enigmático.

- Olá... Emily. – disse.

- Vejo que mesmo sem nos apresentarmos, já sabemos nossos nomes. – sorriu mais uma vez – Será que podemos conversar?

- Claro. – dei espaço para que ela passasse.

- Muito bonito o seu apartamento. – elogiou assim que parou na sala.

- Obrigada. – sorri – Vamos nos sentar.

 

Ela se sentou no sofá e eu ao seu lado.

 

- Sei que deve ser super estranho pra você, mas eu preciso muito conversar com você. – começou – Pra início de conversa, eu amo o Edward. Ele e eu construímos um amor sólido, a base de verdade e confiança. – ela dizia me encarando.

- Eu sei, eu vi. – disse a ela.

- Fiquei chocada quando soube da notícia de que ele tinha um filho. – disse séria – Mas o Nathaniel é um garoto adorável e muito parecido com o pai. – sorriu – Eu sei, Isabella, que você e Edward tiveram um relacionamento na época da escola e isso resultou na criança e sei também que você não quis contar a ele quando descobriu estar grávida.

- Eu sei disso tudo, Emily. – disse impaciente – Pode me dizer onde quer chegar com isso tudo? – indaguei.

- Claro. – sorriu – Eu estou grávida.

 

Ofeguei.

 

- Estou grávida do meu noivo e pretendo contar somente depois do casamento. – ela sorria – Mas eu estou com medo desse casamento não acontecer. – disse melancólica – Edward passa a maior parte do tempo aqui com você e o seu filho, parece que ele me esquecera. – choramingou – Eu o amo, Isabella, e não vou deixar ninguém tomá-lo de mim.

 

Super direta ela, não?

 

- Emily... – suspirei – Edward e eu não temos nada, se é isso que você está pensando. – disse a ela – A única coisa que temos em comum é o nosso filho, e eu não quero tomá-lo de ninguém. Eu não... – isso era bem difícil de dizer – O amo mais. E Edward só vem aqui por causa do Nate, compreenda isso, ele não sabia que tinha um filho.

- Porque você não contou. – ela disse – Eu compreendo, mas eu sinto falta dele. Eu o quero inteiramente de volta pra mim, como era antes.

- Bom, isso eu já não posso garantir. – sorri enviesada e ela arqueou suas sobrancelhas bem feitas – Você vai ter que dividi-lo com o Nate, sinto muito.

- Isso eu posso agüentar, só não posso agüentar dividi-lo com você. – disse direta.

- Eu não o quero, Emily. – disse ríspida – Ele é todo seu, faça bom proveito.

- Tenho a sua palavra quanto a isso? – indagou-me.

- Tem sim. – disse firme.

- Então muito obrigada por me ouvir. – ela sorriu e se levantou.

- De nada. – e levei-a até a porta.

 

Impossible – Kelly Clarkson

(n/a: escutem porque é a música que gerou a fanfic)

 

Fechei a porta assim que ela passou e depois desabei no sofá. Eu pensando que iria ser fácil voltar a Forks e tentar viver minha vida do jeito que eu levava em Connecticut. Mas assim que pus os pés aqui tudo virou de cabeça pra baixo. Quer dizer, na verdade tudo mudou quando eu o revi.

 

Como uma pessoa simplesmente chega á sua vida, depois de anos sem vê-lo, mudando tudo de lugar, tudo aquilo que você construiu e tudo aquilo que você não queria sentir... Simplesmente volta como um furacão, fazendo estragos.

 

Acabei de acordar e pensei que iria tentar
Tentar passar por essa linha
Você sabe que eu andei pensando sobre isso por um tempo

 

As lágrimas já desciam por minha face. Era dolorido demais. Eu não podia estragar a vida dele. Não podia fazer isso com a nova vida que estava por vir. Não mesmo. Nate já tinha a mim e tinha o pai, muitas crianças são criadas sem os dois pais hoje em dia e meu filho não iria sentir essa falta toda.

 

Começando a pensar que é hora de eu partir
Me faz bem saber que eu finalmente sinto
Sinto essa dor, é realmente possível

 

Não sei por quanto tempo fiquei ali, sentada e chorando. Eu já sabia o que fazer, iria machucá-lo, mas era o melhor a se fazer. O telefone tocara e eu limpei as lágrimas e atendi.

 

- Alô?

- É o Edward, Bella. – eu sabia que era ele, não precisava dizer, aquela voz era inconfundível.

- Algum problema com o Nate? – perguntei.

- Não. – riu de leve – Eu o deixei na casa da sua mãe e estou indo aí, precisamos conversar.

- Tudo bem, precisamos conversar mesmo. – respondi.

- É claro, estou quase chegando aí. – ele disse e depois nos despedimos.

 

(Você diz)
Não pode mudar os ventos você diz
Não importa de qualquer forma
Não pode alcançar tão longe porque é impossível
(É impossível)
Não pode ir acima desse lugar
Não mudarei eles todos então rezarei
Derrubando paredes para o impossível

 

Levantei e fui ao banheiro, queria lavar meu rosto antes de vê-lo, não queria demonstrar que estava chorando. Bebi um copo de água na cozinha e depois voltei à sala, comecei a andar de um lado para o outro, impaciente já.

 

Mas finalmente a campainha tocara e eu abri a porta. Edward continha um sorriso estonteante nos lábios. Eu continuei séria, não me renderia aos seus encantos, não mais. Dei passagem a ele e o mesmo entrou, fechei a porta e fui direto pra sala, ele me seguiu.

 

Andando sozinha eu sei
Essa estrada solitária está se tornando um novo lar
Mas eu não paro, só continuo em frente
E em frente
Não há necessidade de secar meus olhos,
Eu não chorei por um longo tempo
Todo dia eu acho que sei que isso é possível

 

- Oi. – ele disse.

- Oi. – retribuí – Edward, eu tenho umas coisas pra te falar...

- Então diga. – ele sorria muito.

 

Meu Deus me ajuda!

 

(Você diz)
Não pode mudar os ventos você diz
Não importa de qualquer forma
Não pode alcançar tão longe porque é impossível
(É impossível)
Não pode ir acima desse lugar
Não mudarei eles todos então rezarei
Derrubando paredes para o impossível

 

- Não podemos ficar juntos. – ele arregalou os olhos – Eu sinto muito.

- Como é? – ele indagou-me, exaltado – Bella, o que eu te disse ontem não significou nada pra você?

 

Ele me encarava, seus olhos verdes brilhavam de tanta intensidade.

 

- Edward, nós dois somos o impossível. – disse calma – Tudo que vivemos no passado foi uma grande fantasia, era um amor complicado demais. E o Nathaniel é o que temos de melhor, nosso filho, é só isso que vai nos ligar daqui pra frente.

 

Alguém me disse por que você é tão difícil de aceitar chances
Você desenha a linha e pensa
Que eu não vou pedir por mais
Eu serei firme e cometerei meus próprios erros
Mas eu não me preocuparei com isso mais
É impossível

 

- Bella, eu te amo! – quase gritava – Será que não vê isso? – as lágrimas escorriam por sua face – Eu amo você, somente você.

- Eu sinto muito, Edward. – eu estava me segurando para não chorar – Eu não te amo mais.

 

­­Ele me olhava incrédulo, como se eu tivesse dizendo a maior barbaridade do mundo. E era. Eu o amava loucamente, mas não podia, não era possível.

 

Edward e pegara pelos braços e me pressionara contra seu corpo, brutalmente.

 

(Você diz)
Não pode mudar os ventos você diz
Não importa de qualquer forma
Não pode alcançar tão longe porque é impossível
(É impossível)
Não pode ir acima desse lugar
Não mudarei eles todos então rezarei
Derrubando paredes para o impossível

 

- Você não sente nada quando eu te toco, Bella? – perguntou ríspido – Você não sente nada quando eu faço isso? – e passou seu nariz por meu pescoço, me provocando arrepios – E quando eu faço isso?

 

Tomou meus lábios para si num beijo avassalador. Como não retribuir? Seus lábios contra os meus de uma forma bruta e excitante, mas eu não me renderia, juntei todas as forças e o empurrei.

 

- EU NÃO POSSO EDWARD! É IMPOSSÍVEL, EU JÁ DISSE! – berrei – VOCÊ VAI CASAR, VAI CONSTRUIR UMA FAMÍLIA E VAI ME ESQUECER! – eu gritava e as lágrimas saíam junto – AGORA SAI DAQUI!

 

É impossível para você
Não para mim
Não para mim
Não pode ir acima desse lugar
Não mudarei eles todos, então seguirei
Derrubando paredes para o impossível

 

Edward me encarava estupefato, mas fez o que eu disse. Só que antes de bater a porta, ele disse:

 

- Eu vou me casar com outra mulher e você não vai poder impedir, lembre-se disso. – disse com raiva e bateu a porta por fim.

 

Eu me sentei no chão e deixei as lágrimas me invadirem por completo. A dor era imensa, eu queria gritar, mas o grito estava preso na garganta. Eu não poderia fazer nada, como ele disse, a escolha foi toda minha.

 

Então acordei e pensei que iria tentar
Tentar passar por essa linha

 

-x-

 

N/a: HELLO PEOPLE! *quica* Meu Deus! Esse capítulo foi fantástico de escrever, sério. Adoro barraco! *risos* Bom, agora vocês já sabem de onde eu tirei a fanfic. Essa música da Kelly – minha diva – Clarkson é mais para o Edward, mas também pra Bella. E eu achei que encaixou perfeitamente nesse momento aí, espero que vocês tenham realmente escutado porque ela tem todo um significado pra mim e pra fanfic.

Gente, esse é o penúltimo capítulo da fanfic. É isso aí, no próximo temos o desfecho da minha idéia maluca. *risos* O que vocês acham que vai acontecer? Quero a opinião de vocês sobre isso, quero ver quem vai adivinhar... *mode Alice on* E tipo, vai ter um epílogo básico. *comemora*

Agora falando do capítulo rapidamente, que conversa mais sem pé nem cabeça da Emily com a Bella. A Bella é muito anta e o Edward não fica atrás, vocês vão ver isso no último capítulo. Mas o que vocês acharam da agarração deles dois? Gente, a Bella só de toalheenha, o Edzito não resistiu! –qq.

Bom, agora eu me vou, já falei demais!

E façam o favor de comentarem, oks? Decaiu muito o número de reviews.

Beijos,

Tamy Black.


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