Impossible escrita por Tamy Black


Capítulo 3
CAPÍTULO II;




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CAPÍTULO II:

DE VOLTA


No capítulo anterior:


Mas agora não era momento de pensar em nada. Agora era o momento de pensar no meu bebê, na minha pequena vida.

 

-x-


Edward POV.


Seis anos.


Seis longos anos. Eu fui embora de Forks, já que ela não me queria mais, só que eu seria hipócrita se disse que não a amava mais. Mas era óbvio que eu ainda a tinha em meu coração, ela sempre fora a dona dele, com aquele jeito estranho e encantador ao mesmo tempo. Mas eu estava seguindo em frente. Estava formado em medicina e estava noivo, é, noivo.

 

Emily Adams era uma das minhas colegas de turma, fomos aos poucos nos aproximando e a mesma era uma boa companhia pra mim, então estava no caminho certo. Ela é ruiva e de belos olhos azuis, branca e dona de um belo sorriso.

 

Em todos esses anos nunca mais soube notícias de Bella Swan. Só uma vez ouvi a sua voz, quando quis falar com a minha irmã e liguei para o apartamento dela, quem atendeu ao telefone fora Bella, reconheceria sua voz em qualquer lugar do mundo. Eu sabia que as duas tinham ido juntas para Yale e que moravam no mesmo apartamento, então eu deveria ter ligado para o celular da nanica. Ouvir a sua voz depois de certo tempo foi nostálgico. Muitas lembranças vieram a minha mente aquele dia.

 

Flashback


- O que você quer, Cullen? – a Swan disse ríspida quando eu a encurralei na saída do banheiro.

- É tão difícil de entender que eu quero você? – perguntei, bem sério.

- Pra que? – ela revirara os olhos – Ficar comigo e sair espalhando perante toda a escola que ficara até com a garota mais estranha, Cullen? – senti o sarcasmo.

- Não, você não acredita mesmo que eu estou caidinho por você, não é? – ri, eu era mesmo um idiota por estar me humilhando pra ela.

- Isso só pode ser uma daquelas suas apostas idiotas. – ela me encarou seriamente.

- Não, não é. – eu disse sério – O que tenho que fazer pra te provar que o que estou falando é verdade? – a encarei profundamente.


Fim do Flashback


E a partir daquele dia eu mudei bastante. Mesmo ela não querendo, passei a andar com ela, eu já fazia todas as aulas com ela, isso era bom, então era bem mais fácil. Comecei a mostrar para Bella que eu não era apenas o playboy que ela me chamava aos quatro ventos. Depois de todo um processo, Bella finalmente cedeu as minhas investidas e foi no baile a fantasia, dou graças a Alice por este fato.

 

Flashback


Era o baile a fantasia que tinha todo o ano e era sempre organizado pela turma de formandos e sempre no Halloween, é claro. Eu estava de príncipe, fantasia mais clichê. Alice vinha descendo as escadas, ela estava com um vestido de seda verde super colado no corpo, asas douradas e sandálias douradas. Ela era a Sininho, bem a cara dela. Depois a Bella descia as escadas, sim, Isabella Swan tinha vindo se arrumar – por muita insistência da Alice – em nossa casa.


Eu quase caí para trás. Ela usava um vestido branco que era apertado até a cintura e depois tinha várias camadas até seus pés, ela tinha asas brancas atrás e um arranjo metálico em seus cabelos, que estavam cacheados hoje. Ela estava fantasiada de anjo, ela já era um anjo pra mim.


Eu estava babando, teria muito trabalho hoje. Chegamos rapidamente até a escola, a festa seria no ginásio e este estava devidamente decorado. A música rolava solta, todos os alunos já se encontravam lá. Depois de muito insistir, consegui tirar a Bella pra dançar.


Crazier – Taylor Swift

 

- Por que você é tão teimosa, Bella? – eu disse a ela, sorrindo.

- Não se trata de teimosia, Edward... – agora nos tratávamos pelos nomes – Eu fui obrigada a usar um salto enorme pela sua irmã gêmea e eu odeio salto alto! – ela bufou e eu ri.

- Que pena, hein? – debochei e ela revirou os olhos – Mas devo acrescentar que você está muito bela hoje, sabia? – sei que não dava para enxergar muita coisa por causa do jogo de luz, mas podia jurar que ela estava corando.

- Hm... – ela murmurou, constrangida – Obrigada.

- De nada, mas isso não é nem metade do que a verdade... – eu disse e ela desviou o olhar do meu – Apesar de que eu não estou gostando nada de todos os olhares dos caras pra você, mas eu consigo superar isso.


E então seu olhar voltou ao meu, o castanho dos seus olhos eram incríveis. Eram de um chocolate tão intenso, tão bonito. Ficamos nos encarando e dançando sem desgrudar os olhos um do outro, eu podia me perder ali, naquela imensidão de chocolate, que não estava nem ligando.


Nossos rostos estavam de frente um para o outro, narizes na mesma direção, só não na mesma altura – mesmo com salto alto, ela ainda era mais baixa que eu –, respirações sincronizadas, olhares intensos, os lábios dela entreabertos, tão convidativos... Eu sei que poderia voltar atrás com que eu estava prestes a fazer, mas não me contive. Inclinei a cabeça em sua direção e por um milagre, Bella não retrocedeu, continuou no mesmo lugar, fechara os olhos, me deixando no comando da situação. Aquela batalha já estava ganha, ela também queria aquilo que eu queria.


Tirei a mão que estava em sua cintura e coloquei em sua nuca, puxando-a para mais perto de mim, então colei meus lábios nos seus e senti toda aquela descarga elétrica percorrer por todo o meu corpo. Era uma sensação indescritível.  Devagar, sem pressa alguma, comecei a movimentar meus lábios sob os dela, e Bella me correspondeu da mesma forma.


Parados no meio do ginásio, estávamos tendo o nosso primeiro – de muitos – beijo.


Fim do Flashback


Fui desperto dos meus devaneios com a porta do apartamento sendo aberta. Era ela, a minha noiva. Emily adentrava sorridente, retribuí a seu sorriso. Ela se jogou em meu colo e me beijou apaixonadamente. Eu gostava dessa energia positiva que emanava dela, fazia com que eu me sentisse sempre amado, querido.

 

- Estava com saudades suas, meu bem. – ela disse entre meus lábios.

- Eu também. – disse a ela.

- Então, eu fui comprar as nossas passagens. – ela dizia sorridente.

 

Nós dois tínhamos acabado de nos formar. Morávamos juntos e antes de nos casarmos e eu começar com o emprego novo, já que o pai dela era diretor de um hospital conceituado aqui em Boston, pedi a ela que passássemos o verão em Forks. Ela aceitou de bom grado, queria ver meus pais e queria que eles a conhecessem antes de tudo.

 

Bella POV.

 

Seis anos.

 

Nate tinha apenas cinco anos e alguns meses, e a cada dia que passava ficava mais parecido com o Edward. Os olhos verdes tempestuosos do pai, a cor castanha dos cabelos era minha, branquinho como nós dois, mas o temperamento era todo dele, até algumas manias e gestos.

 

Alice se casara com o Jasper há alguns meses, Edward não pôde comparecer ao casamento porque estava entregando a sua monografia no dia. Rosalie e Emmett se casaram há três anos e têm uma filha de um ano e meio, Olivia. Eu já estava formada há um ano e trabalhava em um jornal muito conceituado daqui, meus pais já conheciam o neto e o babavam sempre que o viam, já tinham me perdoado. Alice também já havia se formado, estava tentando erguer sua primeira grife de roupas e já tinha sua própria loja.

 

Rosalie trabalhava como engenheira numa indústria automotiva, Emmett trabalhava comigo, a pequena Olivia era minha afilhada. Nate fazia muitas perguntas sobre o pai, eu sempre lhe disse a verdade, não toda é claro, mas disse a ele que o pai dele era a melhor pessoa do mundo e que um dia eles dois iriam se conhecer, mas que a mamãe não iria impedi-lo de nada.

 

Eu estava em casa, Nate estava com a tia Alice e o tio Jasper. O telefone começara a tocar, corri para atender.

 

- Alô?

- Bella, querida? – era minha mãe.

- Sim mãe. – respondi − Algum problema?

- Infelizmente, meu amor. – ela disse, chorosa.

- O que foi, mãe? – a indaguei, já preocupada.

- Seu pai... – hesitou – Ele... Ele teve um enfarto.

- Ele o que? – quase gritei.

- Ele teve um enfarto, quase não conseguimos salvá-lo. – ouvi-a fungar, meu coração se apertou.

- Mas ele... – hesitei – Ele está...

- Ele está bem, por hora. – ela disse e suspirou.

- Eu estou voltando pra Forks. – disse sem pensar.

- Não precisa disso, Bella. – minha mãe disse – Só estou avisando-a, meu bem.

- Nada disso, mãe. – disse firme – Ele é o meu pai, sei que estou longe, mas consigo um emprego rápido.

- Bella, querida, tem o Nate... A escola dele, anjo. – ela tentou argumentar.

- Ele estuda aí. – eu disse – Já estamos no verão, ele já está de férias. Isso é rápido, eu já estava indo passar o verão aí mesmo...

- Ok, anjo, mas venha com calma. – ela disse.

 

Despedimo-nos e eu sentei ao sofá, tentando absorver as notícias. Voltar a Forks depois de todos esses anos... Sim, eu nunca mais voltei lá desde que saí. Meus que vinham me visitar nas férias, para ver o Nate e falando nele, a campainha tocara, devia ser ele com a Alice e o Jasper. Levantei-me do sofá e fui até a porta, abrindo-a. Meu bebê se jogou nos meus braços assim que me viu. Senti seu cheiro, era tão parecido com o do pai, inalei-o e respirei fundo, era um calmante.

 

- Mamãe! Mamãe! – ele dizia assim que eu o pus no chão – Tia Allie e o tio Jazz me levaram ao cinema, eu vi o filme do Avatar! – ele sorria.

- Você vai ter que me contar tudinho depois! – sorri para ele.

 

Alice e Jasper entraram em seguida, abracei-os e esperei que Nate estivesse bastante alheio a nossa conversa para contar-lhes a notícia que recebi.

 

- Eu vou voltar pra Forks. – eu disse olhando pra Alice.

- Você o que? – ela se exaltou.

- Isso mesmo que ouviu Alice. – suspirei – Meu pai sofreu um enfarto do miocárdio e eu estou indo pra lá no máximo em duas semanas.

- Meu Deus! – ela levou a mão à boca, assustada.

 

Contei a eles sobre o telefonema de minha mãe. Mais tarde eles foram para sua casa e era a hora de colocar o meu anjinho pra dormir. Coloquei-o pra tomar banho, dei-lhe seu jantar e depois fui levá-lo para o quarto (n/a: só com uma cama).

 

- Mamãe, não sei por que a senhora me trás pro quarto, eu já sou bem grande... Posso fazer sozinho. – ele dizia fazendo um bico ao final.

- Porque se eu não vier você não dorme, mocinho! – dei um beijo estalado em sua bochecha.

 

Ele bocejara e se virara para o outro lado, eu ri baixinho.

 

(...)


Durante a semana que entrou, eu consegui um emprego num jornal de Port Angeles, graças ao meu chefe no jornal daqui, ele ouviu o meu problema e com alguns contatos, conseguiu que eu fosse trabalhar lá, como colunista. Emmett e Rosalie não gostaram muito dessa idéia de eu me mudar e levar o Nate junto, mas compreenderam o motivo de eu estar indo. Coloquei o apartamento a venda, Alice e Jasper já tinham ido para Forks, e encontraram pra mim um apartamento, e a minha amiga já estava decorando-o.

 

Nate não estava muito contente, mas assim que eu disse que era a cidade que eu e o pai dele nascemos e onde nos conhecemos, ele perguntou quando iríamos. E agora estávamos no avião. Depois de horas de vôo, cheguei a Port Angeles com Nate no colo, já era tarde da noite, entreguei-o para o Jasper e fui buscar as malas. Minha mãe chorou tanto quando me viu, então fomos todos para o meu apartamento novo.

 

Mais uma hora de carro até Forks e já estávamos adentrando ao meu novo prédio, Alice estava quicando de felicidade, falava sem parar. Ela me entregou a chave do apartamento e quando o abri, meu queixo caiu. A sala de jantar e de estar eram logo na entrada, estava linda; fui logo para o novo quarto do Nate e com a ajuda de minha mãe, arrumei-o na cama.

 

Fui direto para o meu quarto e babei nele, até agora não tinha do que reclamar; meu banheiro era perfeito, não via a hora de ficar de molho naquela imensa banheira. O banheiro social também estava perfeito e depois fui para a cozinha, babei novamente. E por último a varanda, muitíssimo bem decorada.

 

- Você fez um ótimo trabalho, pequena. – abracei a Alice de lado.

- Obrigada Bella. – ela sorriu.

- Meu anjo, seu pai está no hospital, mas já passou do horário de visitas. – ela disse.

- Tudo bem mãe, eu o vejo amanhã bem cedo. – disse a ela.

- Bom, então eu vou indo. – ela sorriu – Obrigada por estar aqui, Bella. – ela me abraçou e me deu um beijo no rosto.

 

Jasper a levou pra casa, eu ainda tinha que esperar o meu carro chegar. Alice ficara comigo, eu tomei um banho e vesti uma calça de moletom preta e uma blusa regata branca. Ficamos em meu quarto.

 

- Tenho que te contar uma coisa, Bella. – ela disse.

- O que? – a indaguei.

- O Edward está vindo pra Forks também. – ela disse e me encarou seriamente.

- É o que? – arregalei os olhos.

- Isso mesmo que está escutando. – ela sorriu triste – Ele está chegando ao final de semana. É por isso que a Esme está organizando um grande almoço, tanto pra você quanto pro Edward.

 

Eu fiquei em choque. O meu maior motivo de não ter voltado a Forks durante as férias, feriado ou qualquer coisa do gênero, era para não dar de cara com o Cullen. E agora a sua irmã gêmea me diz que ele está chegando dali a três dias e obviamente eu não poderia fazer desfeita com a Esme, ela estava louca de saudades e morria de curiosidade para conhecer o Nathaniel, posso até entender o motivo.

 

(...)

 

Os dias passaram com extrema rapidez, eu já estava trabalhando no jornal de Port Angeles, já tinha visitado o meu pai, ele melhorava gradativamente. Carlisle estava cuidando especialmente do caso. Esme já conhecido o Nate e o meu filho a adorara, o sentimento era recíproco. Mal sabia ela que o mesmo era seu neto, aquilo me corroia por dentro. Quando ela pôs os olhos no menino, ela me encarou seriamente, mas não disse nada.

 

Edward chegara ao sábado à noite, e hoje – domingo – seria o grande almoço. Eu já estava pronta, tinha escolhido um vestido roxo, sandálias de salto alto pretas, um par de brincos de prata e um relógio da mesma cor do vestido; meus cabelos estavam soltos e a maquiagem estava leve, mas me dando um ar mais de mulher. Eu não podia negar que estava imensamente nervosa.

 

Nate já estava arrumado: uma calça jeans escura, um tênis azul com detalhes em branco, uma camiseta vermelha e um casaco preto com detalhes por cima. Estava lindo o meu pequeno príncipe, mas sinceramente, eu não queria levá-lo. Pois sabia que assim que Edward colocasse os olhos nele, pensaria besteira ao meu respeito, com toda a certeza.

 

Terminei de me arrumar e peguei meu filho pela mão, ele estava ansioso iria conhecer outras pessoas, minha mãe não iria, ficaria no hospital, eu disse que ficaria lá, mas Esme quase me come viva quando eu disse que não poderia ir, eu estava tentando a todo custo me livrar desse almoço.

Chegamos à garagem e eu desativei o alarme do meu carro, ele tinha chegado ontem. Coloquei o Nate no banco detrás e pus o cinto de segurança nele. Fui para o banco do motorista e dei partida.

 

Edward POV.


Era bom estar de volta em casa. Nesses últimos seis anos, eu vim todas as férias pra cá, mas nos dois últimos semestres da universidade eu não tive tempo de vir, estava morrendo de saudades dos meus pais, da minha irmã e tudo mais. Abracei-os por bons minutos assim que os vi no aeroporto de Port Angeles a minha espera.

 

Eu ainda não tinha contado aos meus pais sobre o noivado, então era essa a oportunidade de contar. Alice estava radiante a me ver, mas tinha um sorriso diferente, como se estivesse aprontando algo, depois eu perguntaria a ela. Emily fora bem recebida pelos meus pais, Alice a tratava bem por educação, mas eu sentia que a baixinha não gostava muito dela, já tínhamos discutido sobre isso e desde então ela só a tratava como a boa educação mandava.

 

Chegamos à mansão dos meus pais e fomos diretamente para o meu quarto, ajeitar nossas coisas, tomar banho e coisas assim. Depois de devidamente instalados, fomos para a sala de jantar, mas a Alice me puxou para a sala.

 

- O que foi nanica? – a indaguei, rindo.

- Bella está aqui. – ela disse de uma vez.

- Qu-quem? – gaguejei e ela revirou os olhos.

- Isabella Swan, Edward. – rira – Sua ex-namorada.

- Eu sei quem é, Alice. – minha vez de revirar os olhos.

- Não pareceu. – ela sorriu maliciosa.

- E por que está me contando? – perguntei.

- Só achei que você deveria saber. – sorriu do mesmo modo mais uma vez – Já que ela também estará aqui amanhã no almoço.

 

Essa era boa. Toda a vez que eu vinha aqui, sempre tinha a esperança de vê-la, mas quando eu penso que ela não virá, ela me surpreende e vem. Ótimo. Alice saiu da sala e me deixou sozinho, fui para a sala de jantar, Emily conversava animadamente com meus pais. Todos já estavam sentados a mesa, Alice ao lado de seu marido, mamãe ao lado de papai e eu me sentei ao lado da Emily.

 

Durante o jantar, fiquei pensativo... Como ela estaria? Noiva? Casada? Solteira? Eu a veria amanhã e ela também se surpreenderia comigo, pois eu estava noivo.

 

(...)


O dia amanhecera e eu já estava devidamente arrumado para o almoço. Vestia uma calça jeans, uma blusa pólo branca com listras verdes e um par de tênis com detalhes pretos e brancos. Emily saía do banheiro arrumada também, ela usava uma vestido estampado branco e com detalhes em preto e rosa, sandálias de salto alto preto e seus cabelos ruivos estavam soltos.

 

- Você está linda. – eu disse a ela.

- Obrigada. – ela sorriu – Você também está. – e me deu um beijo apaixonado.

- Vamos descer? – eu a indaguei.

- É claro. – ela sorria lindamente.

 

Demo-nos as mãos e saímos do meu quarto. Não vou negar, eu estava nervoso. Eu sei que não era para estar, mas... Puxa vida! São seis anos sem vê-la, sem ter alguma notícia se quer. Descemos as escadas e encontramos alguns convidados já ali, alguns amigos meus que já não via há anos... Apresentei minha namorada, ainda não tinha contado aos meus pais sobre o noivado, contaria no almoço.

 

Fui para o jardim, onde se encontravam as outras pessoas também. Será que minha mãe havia convidado toda a Forks? Bem capaz... Falei com mais alguns conhecidos e voltei para dentro da casa, iria resgatar minha noiva, queria falar logo com meus pais. Mas assim que voltei para a sala, meus olhos encontraram com um par de olhos castanhos que há seis anos não via.

 

Bella estava incrivelmente linda. Não que ela não fosse quando éramos mais jovens, mas ela está mais mulher. Seu corpo tem curvas que eu não conhecia, sua pele branca, seus olhos castanhos da cor de chocolate, seus cabelos castanhos longos, seus belos lábios entreabertos, acho que ela não pensou que me veria logo de primeira...

Estávamos numa troca tão intensa de olhares, eu estava parado no mesmo lugar onde estava, não conseguia me mover.

 

Bella POV.

 

Chegamos à mansão Cullen sem demora. Estacionei o carro e tirei o Nate do banco de trás, ele estava empolgado.

 

- Mamãe, quero ver a tia Esme e a tio Carlisle... A dinda Alice também está aí, né?

- Está sim, amor. – sorri.

- Ah! Que bom! Tô com saudade dela. – ele sorriu.

 

Ativei o alarme do carro e o meu pequeno me deu sua mãozinha para que eu segurasse, tão lindo o meu filho. Nós dois caminhamos pelo belo jardim da frente da Esme e a porta estava aberta, lógico. Adentramos e com quem que eu deparo assim que ponho os pés lá dentro?

 

Sim. Ele.


Edward Cullen.

 

O tempo só fez bem a ele. Mais másculo, peitoral mais definido, aqueles olhos verdes me fitavam intensamente. Aquele rosto esculpido pelos anjos, o corpo perfeito, como um Deus Grego. Eu ofeguei. Estávamos naquela troca intensa de olhares, eu não estava pensando que iria encontrá-lo logo de cara, já estava arquitetando ficar o mais longe possível.

 

- Mãe? – a voz do meu filho me tirou dos meus devaneios.

Oh droga! Nate.

- Oi? – desviei do olhar intenso do Cullen, mas eu ainda sentia o seu olhar queimando sob mim, e olhei para o meu pequeno.

- Por que estamos parados aqui? – ele sorria.

- Hm... Por nada, vamos. – e o puxei para a ante-sala.

 

Para a minha sorte encontrei Alice e Jasper lá com o Carlisle, pude suspirar aliviada. Alice fez festa quando viu o Nate e o mesmo também aproveitou, abracei Carlisle demoradamente e depois abracei o Jazz.

 

- O que você tem, Bells? Está estranha... – ele disse quando estávamos abraçados.

- Eu o vi. – disse num sussurro.

 

Jasper e eu nos separamos, o meu amigo me olhou intensamente, me avaliando. Alice me puxou para um abraço, enquanto o Jazz pegava o Nate no colo.

 

- Você está arrasando, amiga. – ela dizia risonha.

- Obrigada. – eu disse.

- O que você tem? – ela me indagou.

- Só dei de cara com o seu irmão assim que pus os pés aqui. – disse rapidamente.

- Sério? – ela sorriu largamente, eu revirei os olhos e assenti – Isso é ótimo! – ela praticamente quicou – Poupou-me o trabalho de fazer com que vocês dois se vissem. – e sorriu.

- Você ficou maluca, Alice? – olhei sério para ela – Eu estava com o Nate, ele obviamente o viu. – ela entendeu o que eu quis dizer.

- Você não ficaria nervosinha se tivesse contado toda a verdade no dia em que descobriu que estava grávida, então não se irrite. Você que criou toda essa situação, agora agüente as conseqüências. – ela sussurrou e sorriu.

 

Edward POV.


De repente, Bella quebrou a nossa conexão. Desviou seus olhos dos meus e fitou mais abaixo, e fui de encontro ao que ela estava olhando, era uma criança. Um garoto de mais ou menos uns cinco anos, creio eu. Ele falava algo a ela, Bella lhe respondeu sorrindo e ambos saíram da minha vista.

 

Quem era aquele garoto? Bella era mãe?

 

Fui desperto de meus pensamentos quando senti a mão da minha noiva em meu ombro.

 

- O que faz parado aí, amor? – ela me indagou.

- Hm... Nada. – respondi e me virei para ela.

 

Eu falei com mais algumas pessoas e vi Bella em vários lugares da casa, mas parece que ela não queria muito falar comigo. Pois toda a vez que eu chegava, ela saía. Enquanto isso, eu observava o garoto que ela trouxe. Ele não devia ter mais que seis anos, tinha os olhos verdes e os cabelos castanhos, como os de Bella. Mas ele me lembrava alguém...

 

Sem contar o fato de que todos o paravam e o beijavam, brincavam com ele, o pequeno garoto tinha o dom de todos gostarem dele. Principalmente a minha mãe e assim que a mesma deixou o menino voltar a correr, eu fui até ela.

 

- Quem é esse garoto, mãe? – indaguei.

- Oi, meu anjo. – ela se virou para mim e me deu um beijo estalado na bochecha – Ele é o filho da Bella, Nathaniel.

- Filho da Bella? – questionei.

- Sim, ele não é uma graça? – ela sorria – Lembra-me muito você quando era pequeno, Edward.

 

Minha mãe sorria de um modo estranho, como se soubesse de algo. Realmente, eu sabia que o garoto me lembrava alguém, mas não imaginei que era a mim mesmo. Olhei-o correndo novamente pela sala, ele era muito parecido mesmo comigo, com exceção a cor dos cabelos é claro.

 

- Quem é o pai dele? – perguntei a minha mãe, ainda olhando para o pequeno.

- Isso é grande mistério. – ela riu.

- Como assim? – encarei-a.

- Quando todos nós descobrimos a gravidez de Bella, até ela própria, foi pouco tempo depois que você foi embora de Forks. – ela começou a narrativa – E logo que todos nós pensamos que Bella estava grávida de você, − meu coração deu um salto − eu estava maravilhada, assim como a Renée. Mas Bella disse que o bebê que esperava não era seu, isso me deixou intrigada.

 

Eu não entendi, então quer dizer que Bella me traía? Por isso que terminou tudo daquela forma ridícula?

 

- Não faça essa cara Edward, espere eu terminar de contar tudo. – minha mãe afagou meu rosto – Bella e Alice foram para Connecticut e lá ela teve o pequeno Nate, e eu nunca o vi pessoalmente, meu filho, mas pelo que Renée me contava de suas viagens para lá e as fotos que Alice me mandava, Edward... Esse menino é seu filho. – ela riu – E assim que pus os olhos quando o mesmo chegara aqui, pareceu que estava o vendo com seis anos.

- Qu-qual a idade dele? – gaguejei.

- Ele fez seis anos em março, Edward, faça as contas. – ela sorriu − Você é médico, querido.

Não fora preciso fazer contas. Lembro-me muito bem da minha última noite com Bella.

 

I ‘Il Be Your Baby Tonight – Norah Jones

 

Flashback


Suas pequenas e delicadas mãos passeavam por minhas costas sem pudor algum. Eu já estava sem a blusa que usava e Bella também, ela estava com seu sutiã roxo e o mesmo contrastava com sua pele branca, deixando-a linda. Nós estávamos em minha casa, as provas finais já tinham acabado. Alice não estava em casa e nem meus pais, nós estávamos sedentos um do outro fazia dias. E ela me provocava muito, então consegui levá-la para minha casa.


Eu beijava sua boca sem cerimônia alguma, explorava cada canto, me deliciando e fazendo-a gemer, mas estes eram abafados. Eu abri o botão de sua calça jeans e abri lentamente o zíper de sua calça. Aquilo estava se tornando perigoso...


Desci os beijos para seu pescoço e pude ouvir os suspiros de Bella em meu ouvido, suas ávidas mãos fizeram o mesmo que eu fiz outrora. Deitei-a delicadamente em minha cama e retirei sua calça. Joguei-a em qualquer canto do meu quarto e voltei a beijar Bella com paixão.


Sua mão direita estava em minha face enquanto a outra mão descia sorrateiramente pela lateral de meu corpo, parando em minha calça, ela rapidamente começara a abaixá-la e dera uma boa apertada em minha bunda, eu ri.


- Safada. – disse entre seus lábios.

- Bem que você gosta. – ela gargalhou.

Calei-a com mais um beijo e tirei sua mão boba lá de trás e a prendi com as minhas mãos, soltei seus lábios e comecei a beijar seu colo, seus seios por cima do sutiã, sua barriga lisinha...


(...)


Estávamos nus, meu corpo sob dela, nos amando deliciosamente. Eu ouvia seus gemidos e pedidos por mais... Bella me levava literalmente à loucura. A dança frenética que fazíamos era tão gostosa e prazerosa.


- Eu... Te...  Amo. – ela disse, entre gemidos.

- Eu... Também. – disse a ela.


Minhas mãos estavam em sua cintura, meio que controlando todo o ato, mas ela gostava daquilo. Nossos momentos eram sempre diferentes e sempre maravilhosos. Ela arqueava as costas e seus seios estavam totalmente empinados, abocanhei um deles com vontade, ouvi seu gemido alto.


Os espasmos estavam fortes, iríamos chegar ao ápice a qualquer instante. E como sempre, Bella começara a gemer o meu nome, pronto, comecei a ficar doido. Movimentos mais rápidos, mais fortes e violentos. As unhas dela estavam cravadas em meus braços. Até que senti um espasmo forte demais e toda aquela sensação maravilhosa me tomara a seguir, e não fora somente eu, Bella também arqueava seu corpo e o mesmo tremia sob mim.

Beijei sua boca com paixão e fui retribuído da mesma maneira, podia sentir seu batimento cardíaco acelerado e ouvir a sua respiração descompassada. Isso era maravilhoso.


Fim do Flashback.


Voltei de minhas lembranças quando ouvi de longe a voz da Alice me chamar. Pisquei algumas vezes e a encarei.

 

- Estava no mundo da lua, maninho? – e ela riu.

- Por que não me disse que eu tenho um filho, Alice? – fui direto ao ponto.

 

-x-


N/A: Sorry a demora para postar, como já disse nas outras fanfics, tive problemas com a internet.

Bom, muitíssimo obrigado pelos comentários maravilhosos e continuem a comentar.

Beijos,

Tamy Black.

 


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