Keep Calm and Try to not Hate Him escrita por ApplePie


Capítulo 5
Capítulo 4 - O Frango que fugiu de mim


Notas iniciais do capítulo

POR FAVOR, LEIAM AS NOTAS (AMBAS)!! (SE QUISEREM)...
Gente, desculpem a demora, é que eu ando bem estressada com... bem... tudo. Sério, por eu não ter passado na 1ª chamada da USP, por ter tido alguns problemas com a minha família e outras coisas que aconteceram por aí. Então eu acabei ficando sem inspiração. Me desculpem. Enfim...
Quero agradecer à "Iza Herondale", "Zabelita", "Lola Grace" e "Palominha" por terem favoritado a fic!
I hope you enjoy,
Kissus



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Charlotte DarkShadow

Eu adorava chuva.

Entretanto só quando eu estava observando ela pela janela do meu quarto ouvindo música e tomando um copo de chocolate quente.

Eu definitivamente odiava chuva quando eu tinha esquecido meu guarda-chuva e estava tentando esperar os pingos declararem um cessar-fogo para eu ir para casa.

Sim, isso era para ter sido uma piada, mas provavelmente não teve o efeito que eu queria considerando que eu parecia um gato molhado rezando para o meu livro “A casa dos segredos” não molhar.

Eu tinha acabado de comprar aquela merda. Ele não ia molhar. Não o meu bebê.

— Charlie? — uma voz perguntou ao meu lado.

— Ótimo, já não basta eu estar parecendo um cachorro que acabou de tomar banho, eu tenho que encontrar com meu vizinho — murmurei.

— Tecnicamente nós não somos vizinhos, só moramos perto um do outro — ele disse rindo.

Revirei os olhos.

— Ah é? — eu falei com um sorriso amargo. — Eu não ligo.

Colby sorriu.

— Ah, qual é, Charlie? Sorria um pouco.

— Eu iria sorrir se meus dentes não estivessem ocupados demais tremendo de frio.

Colby olhou para mim e logo tirou sua jaqueta de couro.

— Toma — ele disse colocando sua jaqueta pelos meus ombros. O cheiro dela era de perfume masculino, eu inalei longa e fortemente.

Ele riu.

— O que você está fazendo?

— Cheirando sua jaqueta.

— Quem vê pensa que é cocaína do jeito que você está — não antes dele terminar o que ia dizer, eu dei um soquinho de leve em seu ombro.

— Você vai pra casa? — perguntei, tentando puxar assunto.

— É — ele deu de ombros. — Não tem muito o que fazer, sabe? — ele colocou seu fone de ouvido. — Eu preciso ficar tomando conta dos meus irmãozinhos que devem voltar em uma hora para casa quando a babá for buscá-los.

Assenti sem dizer nada.

Eu não sei como Colby não conseguia ficar frustrado com seus pais.

Ou melhor, mãe.

O pai de Colby era piloto de avião e morreu em um dos testes. A mãe de Colby ficou meio louca por causa disso e simplesmente largou o trabalho e foi viajar pelo mundo todo, ela só voltava no final do ano. Colby era quem ficava cuidando de seus irmãos quando a babá não estava perto.

O que era quase nunca.

Você deve estar pensando: “nossa! Colby deve penar muito em casa ou com seus irmãos”.

Não exatamente.

O pai de Colby era EXTRETAMENTE rico. O cara deveria ter, só de herança, milhões. Juntando com o dinheiro que ele fez mais o dinheiro que a mãe de Colby acumulou, dava para ir até a Lua, almoçar em Marte e depois dar uma passadinha em Vênus.

Isso não fez sentido, mas acho que você entendeu.

Basicamente, Colby tinha empregadas e babás para seus irmãos aos seus pés, então ele não precisava fazer muita coisa.

— O que está pensando? — ele me olhou com um olhar divertido.

— Se é fácil ou difícil ser você — dei de ombros. — Acho que se minha mãe sumisse da minha vista, eu não seria capaz de ser feliz como você o tempo todo, sabe? Ter diversão...

— Diversão é uma necessidade — ele disse firmemente, mesmo que sorrindo.

Ele ficou em silêncio por um tempo para depois voltar a falar.

— Eu sei que deve ser difícil para minha mãe. E não é como se eu também não sentisse falta do meu pai. Afinal, eu lembro dele, diferente dos meus irmãos, mas não tem nada o que fazer. Nada de bom vai acontecer se eu ficar triste. O mundo não se preocupa com seus dramas, Charlie, essa é uma dura realidade. Nós temos que lutar por nós mesmos por mais que temos alguém do nosso lado.

Ele olhou para mim com simpatia.

Eu sabia disso. As pessoas não ligam para a sua dor depois de um dia. Elas têm seus próprios problemas. Por isso, eu decidi me fechar, então eu não teria que lidar com a minha dor e ninguém teria que me chatear por não dar a mínima para os meus problemas.

Colby me olhava como se tentasse ver a minha mente, mas eu apenas assenti.

— A chuva está parando. Até mais, Colby — eu saí andando antes que ele pudesse falar alguma coisa.

Eu só percebi que eu ainda estava com sua jaqueta quando entrei em casa.

— Droga! — eu murmurei me segurando para não bater a minha cabeça contra a parede.

***

— Filha! — minha mãe gritou da cozinha. — Você pode vir pra cá?

Eu desci as escadas vestindo meu pijama e fui até a cozinha.

Minha mãe estava tão suja, mas tão suja que ela parecia ter tomado um banho de... alguma coisa laranja.

— O que é isso? Laranja? — eu perguntei confusa e espantada.

— Ah — ela sorriu. — É abóbora. Eu estava tentando fazer uma torta.

Eu olhei para ela, falando silenciosamente para continuar.

— Só que aí eu lembrei que não sabia fazer uma torta de abóbora, então fiz só um doce mesmo — ela deu de ombros.

Eu balancei minha cabeça negativamente sorrindo.

— E o papai?

— Foi buscar o tio Allan no aeroporto. Ele vai passar dois dias aqui.

Meu sorriso alargou.

— Yay! — eu gritei. — E o Nathan?

— Teve de ficar na Holanda. Ele já está tendo aulas na faculdade.

— E o tio Dylan?

Ela suspirou.

— Parece que Dylan teve um cliente que marcou uma consulta repentinamente. Ele não pôde cancelar. Por isso Allan só vai passar dois dias.

Assenti sem dizer nada.

— Agora, deixe-me falar o que eu queria que você fizesse para mim — ela disse, finalmente chegando ao ponto. — Eu preciso que você vá ao mercado e compre um frango inteiro, leite e pão.

Dei de ombros, meio que concordando.

— Aqui, o dinheiro.

Troquei de roupa rapidamente e, graças ao bom Zeus, tinha parado de chover, então eu fui sem o guarda-chuva.

Cheguei ao mercado poucos minutos depois. Peguei o leite e os ovos. Só faltava o bicho.

— Frango... fraguito... cadê você? — eu murmurava tentando achar a parte de carnes do mercado.

Foi então que eu me deparei com o Frank.

— Chars! — ele disse feliz e animado. — Que bela surpresa.

Eu fiquei parada, olhando para ele.

— O que você está fazendo?

— Compras, Sherlock.

Frank corou.

— Ah, desculpa. Eu sei que você não gosta de responder perguntas óbvias...

Eu olhei para ele. Não esperava que ele lembrasse disso. Por mais que eu fosse grossa e pouco amorosa que ele e Joshua, eles sempre pareciam ser legais comigo. Então eu cheguei numa conclusão.

Joshua e Frank eram como bichos de estimação.

Eu dei risada ao pensar isso.

— Por que está rindo? — ele perguntou confuso.

— Nada, nada — eu fiz um gesto de “deixa pra lá” — eu estou meio avoada hoje. Só vou pegar meu frango e vou embora. Tchau, Frank.

Ele sorriu.

— Até, Chars.

***

Aquela merda era pesada demais para meu pobre corpitcho mui másculo.

Com o peru num braço e com duas sacolas – com o leite e pão – no outro, eu fui tentando achar meu caminho.

Basicamente, o Frango parecia do meu tamanho.

— Isso é um peru. Não é possível.

Eu comecei a brincar com o peru que estava embalado num saco.

— Que peruzão, ein... — eu disse e vi que o homem do meu lado e olhava de um jeito estranho e espantado.

É... parece que minha frase não foi muito bem colocada, ainda mais numa presença masculina ao lado.

— Boa tarde — eu me despedi do cara com uma voz mais grossa.

Eu estava descendo a ladeira que tinha no final da minha rua, quando eu tropecei numa pedra e deixei a droga do frango cair e rolar ladeira a baixo.

— MEU FRANGO! — eu gritei e saí correndo atrás da sacola.

O bicho rolou até praticamente a minha casa e parou perto.

Eu estava arfando quando me abaixei para pegar a sacola.

— Droga de carne — eu murmurei.

Entretanto, quando eu fui pegar a sacola outra mão surgiu do além e a pegou para mim.

— Acredito que isso seja seu — uma voz aveludada disse.

Eu levantei meus olhos me deparando com uma visão do paraíso.

O menino deveria ter a minha idade. Seu cabelo loiro como mel caía perto de seus olhos verdes e brilhantes. Seu corpo magnífico se flexionou quando ele pegou a sacolinha com o meu franguito.

— Eu sou Andrew — ele disse sorrindo para mim. — Eu acabei de me mudar aqui ao lado — e apontou para a casa do lado da minha! — e você é...

— Charlotte. A garota que, aparentemente, mora do lado da sua casa.

Seu sorriso ficou mais largo.

— Bem, Charlotte, parece que você é a minha mais nova vizinha.

Oh. Meu. Bebê. Jesus.


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Notas finais do capítulo

Bem é isso. Espero que tenham gostado. Comentem, favoritem ou recomendem!
EU QUERIA DEIXAR ALGUMAS COISAS CLARAS, porque eu tenho medo que alguém pense errado sobre essa fic: algumas das leitoras comentaram levemente e eu realmente percebi que, sem todo o resto da fic, SEM QUERER essa fic tem algumas coisas parecidas com "Garota-Gelo" da fabulosa da Bia. Certo, mas eu quero que vocês saibam que eu não plagiei, vocês me conhecem e eu não faço isso e além disso, esses "pontos" em comum não são muito bem comuns:
1º Charlie não é "briguenta" como a Katrina. Charlie, assim como Kat, fala MUITO o que não deve, é irônica, chata e resmungona, mas ela não usa seus punhos e Charlie é BEM MAIS INOCENTE que Katrina, no sentido de não ser maliciosa e com um passado bem diferente.
2º Colby não é parecido com Pedro. Sério, ele não sabe de seus sentimentos pela Charlie e, por mais que ambos sejam sexys, Colby é muito mais "kiddo" que Pedro, sacas? Ele é animado e fofo e mais tímido. Pedro é mais "puta que o pariu, italianos são sexys e pedaços de um mau caminho e eu quero me jogar nele A-G-O-R-A".
Bem, eu só queria mostrar que eles não são tão parecidos quanto pensamos porque eu não quero que ninguém pense errado de mim (sim, eu ligo muito para opinião alheia, mais do que eu deveria) e porque eu mesma parei pra pensar e vi que, nos 1ºs capítulos, dá essa impressão.
Ah e se você não entendeu nada do que eu falei porque não leu Garota-Gelo, você deveria, é uma história incrível e eu ainda não me conformei que acabou.
Enfim... Eu estou indo pra casa do meu pai amanhã buscar meu óculos que ficou pronto e só volto no sábado. Então vocês são vão me ver no final de semana com FM fresquinho para vocês.
Até lá,
Byebye