De Repente Um Conto De Fadas escrita por Rosyta Alonso


Capítulo 15
Capitulo 39


Notas iniciais do capítulo

Esse capitulo é pras meninas do grupo do what, que não me deixam em paz e ainda faz chantagem kkkkkkkk.


Boa Leitura



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Não fui trabalhar naquela sexta-feira. Não me importava como eu pagaria o aluguel. Eu tinha que encontrar a tal mulher. Pensei em pesquisar na internet para descobrir informações sobre ela, mas eu nem mesmo sabia o seu nome.

Peguei meu carro e rodei pela cidade, entrando em todas as lojas que vendiam celular, sentindo o desespero me dominar a cada "não". Ninguém nunca ouviu falar dela. Procurei o dia todo em vão.

Claro que ela não deixaria rastro depois do estrago que fez.

Fran bancava a detetive virtual, procurava na internet casos de pessoas que diziam ter viajado no tempo, mas sem encontrar nada concreto.

Procurei por ela durante dias, até mesmo nas cidades vizinhas, até em delegacias.

Nunca havia nada. Nada de nada.

Uma semana depois, mudei meus planos. Pensei que a vendedora talvez fosse uma daquelas bruxas que faziam magia. Procurei nas páginas amarelas e visitei cada buraco que pude encontrar o endereço.

Numa dessas incursões, fiquei tentada a me deixar levar depois da minha viagem ao passado, não havia mais muita coisa em que eu não acreditasse.

Dentro de uma sala minúscula e repleta de incensos, cristais coloridos e tecidos, a cigana Odara tentou me convencer de que sabia de alguma coisa.

— Você está aflita. — ela afirmou.

— Sim. — confirmei. Mas isso era evidente, então não me surpreendi

— Vejo que tem assuntos mal resolvidos no passado. — ela disse, com a ponta dos dedos pressionados contra as têmporas observando uma bola transparente que soltava faíscas azuis.

— Tenho.

— Um homem — ela continuou. — Que você ainda a...

— É. — eu disse empolgada.

— Você o quer de volta. Por isso está aqui.

— Sim, — confirmei. Afinal, o motivo para encontrar a vendedora era para que ela me levasse até German outra vez, não era?

— Posso fazer isso pra você. Posso trazê-lo de volta em três dias.

— Como?

— A magia de cigana Odara é muito poderosa. Custará 300 reais.

—Trezentos? — não que não valesse à pena. Se funcionasse, claro. Mas eu tinha que me certificar de que ela não era uma espertalhona — Que garantias eu tenho de que está me dizendo a verdade?

Ela estreitou os olhos verdes carregados de maquiagem.

— Cigana Odara não mente. Cigana Odara é poderosa. — era tão irritante que se referisse a si própria na terceira pessoa!

— Tá, mas me dá mais alguma coisa. Mais informações.

— Muito bem. — ela disse pressionando a testa outra vez. — Ele é bonito e educado, — até aí tudo certo. — Te amava muito. — meu coração começou a bater forte com a esperança. — Mas não foi capaz de resistir à tentação. A culpa foi da outra.

Murchei.

— Outra? — repeti desanimada.

— A outra mulher. Pela qual ele te trocou.

O complicado de se procurar em lugares místicos é que alguém sempre tenta te convencer de eles sabem exatamente o que você procura.

Depois de cigana Odara, tomei mais cuidado, prestando atenção nas frases — quase todas generalizadas: Você está infeliz. Vejo que esta procurando alguém, tem um homem no seu destino, posso trazê-lo de volta por duzentos. Cem. Cinquentinha e não se fala mais nisso! Mas, na última espelunca em que me atrevi a entrar, me surpreendi. Primeiro, por não se tratar de uma espelunca, mas de uma sala agradável, branca com diversas velas coloridas e algumas imagens de santos. A segunda surpresa foi Mãe Cleusa não querer me oferecer seus serviços, apenas respondeu que não conhecia nenhuma outra vidente com as características que eu descrevi a ela. Mas a grande surpresa aconteceu mesmo quando eu estava de saída. Depois de me dizer para seguir em paz, os olhos de Mãe Cleusa tremularam e ela ficou diferente, como se não estivesse ali na sala. Fiquei imóvel. Segundos depois, ela sacudiu a cabeça e piscou.

— Ele está te esperando.

— O que? — perguntei insegura.

— Ele está te esperando. Não desistiu de você. Está esperando que você volte.

— Está? — senti meus olhos ficarem úmidos.

— Ele está infeliz. Tanta dor! — ela disse fazendo uma careta, como se sentisse dor. — Ele te ama muito, menina.

— Eu sei. Eu também o amo. Demais! — respondi em meio as lágrimas. Ela podia estar inventando, mas ouvir aquilo era um alívio. Ele me amava. Ele existia! — Vê mais alguma coisa, Mãe Cleusa?

— Um quadro. Ele fica parado olhando para um quadro.

— Um quadro? — o quadro que ele estava pintando? Meu quadro?

— É tudo que eu vejo, me desculpe. — e sacudiu a cabeça,

— Por favor, Mãe Cleusa, não dá pra ver mais nada? Nós vamos nos encontrar outra vez?

— Não posso ver mais nada, menina. Mas vejo uma flor azul no seu futuro. Significa alguma coisa pra você?

— Não. Não imagino o que possa ser.

Ela me abraçou, em seguida colocou a mão sobre minha cabeça, fez uma oração e disse que pediria aos orixás para que me ajudassem. Naquele instante, me senti em paz.

Mas a paz não durou muito tempo. Apenas algumas horas e eu estava de volta ao desespero e agonia habitual dos últimos dias.

Fui até o apartamento da Fran no final de semana, pra conhecer o "novo" ninho de amor do casal, onde fui informada que se casariam oficialmente no próximo mês.

— Quem sabe você pega meu buquê, Angie. — Fran tentou me animar. Ela me conhecia bem para saber que eu não estava nada bem.

— Quem sabe. — concordei, desanimada.

Tem uns caras bacanas do Jiu-Jitsu que talvez você goste. Se quiser, posso te apresentar a algum deles. — Diego ofereceu. Fran contou a ele que eu estava apaixonada, para explicar as minhas ações tão atípicas nos últimos dias. Mas é claro que ela não contou a ele que o German não morava naquele mesmo século. O German pensava que eu tinha tomado um belo pé na bunda.

— Não, não. Valeu pela oferta, mas não, obrigada!

Diego foi até a cozinha pegar os pratos para comermos a pizza. Ele ajudava Fran em tudo, fiquei surpresa.

— Ele começa a trabalhar nesta segunda. — ela me confidenciou, orgulhosa.

— Isso eu tenho que ver! Quem foi o maluco que deu emprego pra ele?

— Foi o Zezão. O Diego vai ser personal na academia dele.

— O salário até que é razoável e ele pode acabar conseguindo uns por fora! — sorriu entusiasmada.

— Bacana! Fiquei fora alguns dias e o Diego está trabalhando, casando... e eu não estou trabalhando. O mundo tá mesmo de pernas pro ar! — tentei brincar, mas não me sentia muito animada.

Fran notou isso.

—Ah! Angie! — ela lançou seus braços ao meu redor e me apertou firme. — Não podia se apaixonar por alguém mais acessível? — disse, meio brincando, meio lamentando.

— Não tive escolha, Fran. Não sei como viver sem ele. Tenho que encontrá-la a qualquer custo. Eu tenho que encontrar a tal mulher! E muito rápido. — A cada dia, ficava mais insuportável respirar.

— Humm. — ela resmungou. — E nós vamos encontrá-la. Vamos procurar em cada canto do planeta. Você não vai passar o resto da vida sofrendo assim! — afirmou convicta.

— Valeu, Fran! — eu me apertei mais contra ela. — Eu te adoro.

Voltei para casa tarde da noite e, dessa vez, sóbria............

Ainda era muito cedo. A cidade começava a despertar. Dirigi pelas ruas semi desertas até o apartamento da Fran.

— Pra onde vamos assim tão cedo? Você encontrou alguma coisa? — ela perguntou, entrando no carro com rapidez.

Eu não tinha encontrado nada. Mal dormi na última noite, mas o pouco tempo em que estava inconsciente eu sonhei com German. Estávamos em casa — na casa dele — e conversávamos sobre seus cavalos. Ele estava animado, sorridente, feliz. Seus olhos brilhavam e seu sorriso me hipnotizava. O mesmo de sempre! Mas, então, de repente ele começou a se distanciar. O sofá no qual estávamos sentados começou a se esticar e o German ficava cada vez mais longe. Eu tentei gritar, chamar por ele, mas minha voz não saiu, ficou presa em meu peito. Tentei me levantar para alcançá-lo, mas minhas pernas pareciam feitas de chumbo e eu não pude movê-las. Ele continuava se distanciando, até que, finalmente, foi engolido pelas sombras. Acordei com o coração batendo rápido, com lágrimas nos olhos e o grito ainda preso em minha garganta.

A dor me apunhalou fundo quando percebi que ainda estava em meu apartamento. Sem pensar, liguei pra Fran para encontrá-la.

— Não, Fran, não encontrei nada, mas eu preciso ir até lá. — engoli alto. Até a casa dele. Não vou conseguir fazer isso sozinha. Talvez tenha alguma pista ou... sei lá! Eu preciso ir até lá!

— Acha que a casa ainda existe? — ela perguntou, descrente.

— Espero que sim. — eu disse, pisando no acelerador. Refiz o caminho para a casa do German, bem diferente agora — com avenidas pavimentadas e semáforos me perdendo inúmeras vezes antes de encontrar uma ruela estreita. Depois de um tempo, avistei a casa, uma pequena chácara no meio da cidade grande. Era a mesma casa, deteriorada pelo tempo, acinzentada, mas era a mesma, eu tinha certeza. Minhas mãos começaram a tremer, pensei que a dor fosse me rasgar em duas. Fran percebeu.

— É ali?

Assenti. Parei o carro perto das escadas envelhecidas sem saber bem o que fazer. Não me importava se o dono chamaria a polícia ou se me levariam para a ala psiquiátrica outra vez, eu tinha que entrar lá.

— O que pretende fazer? — Fran indagou, observando a casa imponente.

— Eu não sei. Só quero... Só preciso entrar lá! Ver que tudo foi real e... — sacudi a cabeça. Eu não sabia o motivo, mas eu tinha que entrar naquela casa. Era como se me chamasse.

Saí do carro decidida, subi os degraus até alcançar a porta. Fran me seguiu. Eu bati e esperei.

— O que vai dizer? Por acaso, o German ainda mora aqui? — ela sussurrou, meio apavorada.

Não tive tempo para responder. A porta se abriu, um rapaz de cabelos cor de areia, estatura média e olhos de um azul familiar nos observou.

— Oi! — comecei insegura. Será que posso entrar e ver se o cara que eu amo está aí dentro? Você o conhece? Ele mora em 1830! —Eu...Tudo b...

Para minha surpresa, o rapaz sorriu.

— Angeles Saramego! — disse de forma muito segura.

Minha boca se abriu. Os olhos da Fran se arregalaram. Demorei um pouco para responder.

— S-sou eu. Como sabe? — perguntei, ainda em choque.

— Entrem. — e se afastou para nos dar passagem. Senti meu coração se encolher dentro do peito ao ver a sala de visitas agora mobiliada com moveis atuais e uma grande TV de plasma bem ao centro dela. Tudo estava diferente, todos os móveis eram contemporâneos, atuais. Até a cor das paredes era diferente.

Também vazia, como eu.

— Estamos esperando por você há muito tempo. Há séculos, na verdade! Eu nem acreditava nas histórias, mas.., ele esticou os braços apontando para mim e sorriu eufórico. — Você está aqui!

E como gostaria de não estar! Estar em casa com o German conversando sobre qualquer idiotice. Ou até mesmo estar assistindo Camila discursar fervorosamente sobre a importância da fita no chapéu.

— Ouvi muito sobre você. — ele disse, animado. — Ouviu? — uma centelha de esperança se acendeu

— Vem comigo. — ele indicou o caminho.

Fui na frente, olhando de vez em quando para ele e a Fran — que parecia aparvalhada, olhando para todos de boca aberta — pra ver de que lado ir. Contudo, depois de algumas portas, eu sabia para onde seguíamos.

Para o meu quarto.

A porta estava trancada.

— Esperem um minuto, vou pegar a chave. — disse o rapaz, saindo pelo corredor que levava até cozinha.

Toquei a porta envelhecida. A mesma porta que tentei fechar e o German me impediu. A mesma que arrombou quando pedi a navalha e ele pensou que eu fosse suicida. Tentei me controlar um pouco, respirando fundo diversas vezes, tentando juntar meus cacos. Era doloroso demais estar ali sem ele, sem os móveis, sem a Violetta.

— Conhece este quarto? — Fran inquiriu, minha mão ainda na porta.

— É o meu quarto, Fran. — sussurrei.

O rapaz — que eu ainda não sabia o nome — voltou e colocou a chave na porta.

— Este quarto fica trancado o tempo todo. Apenas a família tem acesso. — me explicou enquanto o abria.

Estava escuro lá dentro, O quarto não tinha luz elétrica como o resto da casa. Fiquei parada na porta, enquanto ele se enfiava na escuridão abrindo as cortinas pesadas.

Dei um passo, vacilante, sem saber o que iria encontrar ali. Fran me seguiu. Logo fiquei sem ar.

— Puta Merda! — Fran exclamou.

Estava tudo como antes. Exatamente como eu o deixei! A cama, a banheira, o frasco de xampu, a mesa com o vinho, a poltrona, até a roupa de cama era a mesma, mas agora tinha manchas amareladas causadas pela passagem do tempo. Olhei em volta, sem saber o que procurava, quando encontrei. Minhas pernas falharam.

Não. Não estava exatamente tudo igual. Vários quadros haviam sido adicionados ao cômodo. Por um momento, não pude me mover. Senti que meus pulmões não mais sabiam o que fazer. Eu não conseguia respirar. Quando finalmente consegui levar um pouco de ar para dentro, me aproximei da parede.

Eu estava no quadro, com o vestido rosa da Villu, uma flor presa no cabelo trançado. Hesitante, levantei a mão, que tremia muito, para tocá-lo, exatamente como fiz na noite em que o vi primeira vez. Nenhuma voz pediu para que eu não tocasse a tela porque borraria. O rasgo em meu peito sangrou.

Então, ele terminou o quadro que vi em seu quarto na noite em que fizemos amor. A noite mais mágica de minha vida.

Toquei a tela, tentando sentir com as pontas dos meus dedos os lugares exatos onde os seus haviam estado. O quadro era lindo. Ele me retratou de forma deslumbrante. Muito mais do que eu era na realidade. O melhor Photoshop que já vi.

Lágrimas inundaram meus olhos, pisquei diversas vezes para que desobstruíssem minha visão e eu pudesse admirar as outras telas. Meus olhos seguiram a sequência de retratos.

Eu estava em todos eles.

Eu na cama com o cabelo bagunçado e o lençol branco preso entre os braços: a noite em que fizemos amor. Eu na sala de música, com o vestido de baile e olhos assustados: depois que contei a verdade a ele. Meus tênis vermelhos num quadro pequeno onde apenas meus joelhos cobertos pelo vestido azul apareciam: o vestido era curto e os deixou à mostra. Eu com as costas nuas brincando na água fria do riacho: quase pude sentir os calafrios outra vez.

Muitos quadros. A memória do German gravada nas telas. Ele se lembrou de cada detalhe meu, cada traço, cada curva, cada expressão.

Meu coração se espremeu ainda mais, até o ponto de latejar.

— Estes quadros foram feitos por meu tio-avô. Tataravô, Eles estão na família há sete gerações. — o rapaz disse.

Não pude vê-lo, meus olhos não conseguiam parar de olhar tantas provas do amor de German por mim.

— O que sabe sobre ele? — sussurrei. — O que sabe sobre German?

— Bem... — ele não se espantou quando usei seu primeiro nome. — O que meus pais me contaram, que souberam através dos seus, e assim por diante... German Castillo se apaixonou por esta mulher, Angeles Saramego, e a retratou até o fim da vida, numa tentativa de não esquecê-la, eu acho.

Até o fim da vida.

Não pude conter o soluço.

— Ele tinha vinte um quando pintou este. — me virei para acompanhá-lo. Eu sabia qual era o quadro. — Ela estava lá. Minha tataravó a conheceu. — sua testa se enrugou. — Mas ela desapareceu depois de alguns dias e o German não se recuperou.

— Não! — não era um lamento, nem uma pergunta, era desespero e dor misturados com raiva, agonia e medo.

Fran me amparou.

— Respire, Angie. Apenas respire. — ela pediu. Tentei obedecer, mas não obtive muito êxito.

— Ele ficou obcecado por ela, a retratou até este aqui, quando tinha trinta e um. — continuou o rapaz, apontando para a outra parede.

Era um quadro branco, muito branco, apenas a silhueta escura de uma mulher envolta na luz branca. Sua última lembrança. Nosso último momento.

— Depois disso, adoeceu. E, como estava fraco demais por culpa de todo o álcool que ingeria, não conseguiu reagir e acabou...

— NÃO! — isso não podia estar acontecendo. Eu precisava acordar daquele pesadelo.

Tentei engolir e não consegui. Senti meus joelhos faltarem. Fran me segurou antes que eu caísse. O rapaz a ajudou a me levar até a cama.

Respirei várias vezes. Eu não queria ouvir mais nada.

— Violetta ficou arrasada com... Depois que o irmão se foi... — meu corpo tremia muito, como se eu fosse partir ao meio. — Ela viveu com o marido e os filhos nesta casa até o fim. Este quarto se tornou um tipo de herança, que o herdeiro se comprometia a não modificar. A Violetta dizia que um dia a garota voltaria, seu irmão insistia nisso. Que um dia ela voltaria à esta casa.

A mão da Fran subia e descia por minhas costas.

— Ela foi feliz? Violetta foi feliz? — sussurrei. Não tinha forças para nada.

— Sim. Muito feliz. Mesmo depois da m... Ela se casou com meu tataravô aos vinte anos. Eles se conheceram num baile. Foi amor à primeira vista.

— Léon? — mal pude ouvir o som de minha voz.

Mas o rapaz ouviu, sorriu e balançou a cabeça. Tentei sorrir também, mas acho que não consegui.

—Veja. — ele pegou um papel na mesinha de cabeceira, o livro de capa de couro ainda sobre ela. — Esta é a carta que o German deixou para a garota. A Violetta guardava como um tesouro.

Olhei para o papel em sua mão e demorei pra entender que deveria pegá-lo. Estava totalmente anestesiada. Fran percebeu isso e pegou o papel, colocando-o em minhas mãos logo em seguida.

Fechei os olhos e respirei algumas vezes. Meus dedos tremiam muito.

Desdobrei o papel antigo e manchado com dificuldade. Sorri tristemente ao ver sua caligrafia perfeita escrita com minha caneta barata.


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Notas finais do capítulo

É isso espero q tenham gostado.


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